O Labirinto de Kyara



Eles acordaram e se arrumaram, depois desceram as escadas e foram tomar café.


Eles sentaram nas cadeiras almofadadas d’A Toca, onde todos esperavam por eles. A mesa estava cheia de comida, salsichas, torradas amanteigadas, ovos, pão de forma, pão francês, sanduíches de bacon e diversas frutas, além de sucos de todos os sabores e cores.


Eles tomaram um café da manhã excelente, cheio de comida e sucos. Depois do café da manhã Tiago foi correndo botar a roupa da escola e postar-se perto da lareira, até que seu pai lhe disse que só iriam comprar o material na próxima semana.


Depois que Tiago foi praticamente humilhado, foi até o quarto de hospedes onde Osvald armava os planos de Hogwarts.


Alvo e Rosa estavam nos jardins, conversando sobre Hogwarts. Harry e Rony fingiam estar concertando o telhado d’A Toca, mas na verdade estavam descansando em cima de vassouras voadoras.


Hermione e Gina estavam conversando com Molly, que fora visitá-los pela manhã. Hugo e Lílian liam os livros de Rosa e Alvo, além de usar suas vestes.


-Vamos dar uma passadinha na casa do Sr. Lovegood? – perguntou Alvo a Rosa.


-Claro.


Os dois começaram a caminhar pelos pastos verdejantes, onde se viam pequenas árvores com grandes folhas do tamanho do Monstro. Finalmente subiram o monte que dividia as duas casas. Alvo e Rosa olharam para trás, A Toca, que agora era uma pequena casa de boneca, estava maior do que antes. Eles tornaram a caminhar, de repente viram a grande casa do Sr. Lovegood, era como um cilindro lunático, cheio de frutas estranhas nos jardins floridos. Alvo e Rosa se aproximaram da casa que parecia uma grande torre bagunçada e bateram na porta. Ninguém veio atende-los, mas eles podiam ouvir vozes vindas de dentro da casa.


-Calma, mãe, eu vou comprar o material só na próxima semana está bem?


Os dois se entreolharam e bateram na porta mais uma vez, de repente, um garoto de cabelos meio louros meio castanhos abriu a porta, os olhos castanhos e profundos encaravam com felicidade as crianças ali postadas.


-Peter? – perguntou Rosa.


-Oi galera! – gritou ele e Alvo sentiu seus cabelos esvoaçarem um pouco para trás.


Peter Longbottom só era o garoto que acompanhou Alvo em suas duas aventuras, era o melhor amigo de Alvo e sem dúvida, o de Rosa também.


-Entrem, o meu avô preparou um chá! – disse Peter.


Alvo já ouvira seu pai comentar sobre o chá de Xenofílio Lovegood, ele dissera que era diferente, mas não disse se era bom ou ruim.


Eles entraram na grande casa, havia muitos objetos raros ali dentro, além de Luna Lovegood e seu pai, que estava servindo chá para sua filha.


-Olá, Alvo, Rosa – disse Luna abrindo aquele sorriso atraente.


-Oi, tia Luna – disseram os dois ao mesmo tempo, sentando-se em cadeiras.


Peter se sentou no parapeito da janela, que era enorme. Ele não queria beber nem se quer um gole de chá, Alvo não sabia porquê.


-Beba um gole – ofereceu Xenofílio a Alvo, que aceitou e pegou a xícara.


Ele bebeu um gole, mas teve vontade de vomitar um segundo depois, porém já era treinado com os chás de vermes do Hagrid.


Ele engoliu com força e bebeu o resto do chá, quase morrendo. Depois os três amigo foram para fora da casa e ficaram caminhando nos jardins floridos.


-Viajei pro Brasil nas férias – disse Peter – por isso não tenho mandado cartas.


-O que foi fazer no Brasil? – perguntou Alvo deitando na grama.


-Conhecer bruxos famosos que viveram por ali. Sabia que existe um bruxo chamado Rafael? Ele faz parte de uma banda de Hap.


-Canta uma música aí – disse Alvo.


Peter fechou os olhos e começou a cantar um verso em brasileiro:


Na quadra do Bloco 5, já fiz mais de 2 mil gols


Agora junto com 5, to partindo pra 2 shows


Elas querem ouvir meu Free, só pra apreciar meu Flow


Sempre tem um Bem-Te-Vi, mas não sabe pra onde eu vou.


Rosa e Alvo sorriram e disseram que a música era legal. Perguntaram ao amigo de que banda ela pertencia, mas ele teve dificuldade de falar, era mais ou menos:Cone mil?


Eles estavam conversando sobre o ano em Hogwarts, até que Luna foi colher frutos perto do rio.


-Sabia que a Ordem da Fênix está no fim? – perguntou Alvo ao amigo.


-Sério? – perguntou Peter desanimado – Eu queria participar.


-Eu também – disseram Alvo e Rosa juntos.


Eles começaram a caminhar por ali, as árvores eram maiores nos campos do Sr. Lovegood. Eles adentraram numa floresta, onde, pelo outro lado, podia-se ver a cidade onde vários trouxas viviam.


Carros e ônibus corriam apressadamente lá em baixo, enquanto os três amigos os observavam calmamente, apenas contemplando o cenário. Peter apontava a todo momento para os aviões que passavam voando como vassouras gigantescas e para as entradas dos metrôs.


O vento fazia o cabelo de Alvo esvoaçar, assim como o de Rosa e Peter, que encaravam os grandes prédios e pontes tranquilamente.


Luna havia voltado para casa e estava carregada de frutas avermelhadas, azuladas, roxas e verdes.


-Vou preparar uma salada de frutas! – gritou ela para os três amigos que observavam o pôr do Sol.


Eles abriram um enorme sorriso e tornaram a olhar a cidade trouxa, que estava toda movimentada, cheia de pessoas caminhando.


Alvo ouviu uma voz conhecida vinda de alguns metros atrás:


-Impressionante, não acham?


Os três amigos se viraram para ver o locutor da frase, Alvo conhecia bem o homem, sua túnica lilás descia até o topo dos pés, mal dava pra ver os dedos e a barba ia até a cintura, onde havia um cinto prateado.


-Merlin! – disse Alvo e correu para abraçar o velho e bondoso homem, que lhe ajudara tanto no ano retrasado.


Rosa e Peter ficaram olhando os dois corajosos homens se abraçando.


-O que o traz aqui? – perguntou Rosa se aproximando do velho homem.


-Eu tinha que mostrar uma coisa pra vocês, é claro – disse o homem, sacando a varinha que Alvo nunca vira parecida. Era muito comprida e seu apoio era laranja, com pequenas serpentes laranjas se enrolando através do cano de varinhas.


-Vamos a algum lugar? – perguntou Peter.


O homem sorriu, exibindo seus dentes branquíssimos e ofuscantes.


-Como adivinhou?


-Intuição.


O homem assentiu, confirmando que entendeu, logo depois se sentou debaixo de uma árvore e fechou os olhos, respirando fundo e com varinha lá no alto disse:


-Vamos para um lugar fora dessa dimensão, um lugar onde quase nenhum bruxo pensou em pisar. No labirinto de Kyara.


-Onde?


-Labirinto de Kyara, um lugar muito oculto, vocês vem comigo? – agora Merlin abriu os olhos.


-Claro – disseram os três ao mesmo tempo.


-Ótimo, segurem meu braço – El se levantara e postara o braço como se fosse se casar com eles.


Os três amigos seguraram o braço do bruxo com força e de repente eles estavam caídos em uma terra negra, ao redor havia  muitas montanhas e uma espécie de lixo, que faziam um tipo de parede.


Merlin estava parado de costas para eles, olhando uma montanha de lixo.


Uma fraca luz acendera em cima de todos, aquele lugar era assustador, chegando a fazer arrepios em Alvo e seus amigos.


-A varinha, crianças.


Todos sacaram as varinhas, assustados. Eles ouviram algo se mexer na montanha de lixo e de repente...TAPUM!


Um homem gordinho saiu da montanha, com um martelo e um pedaço de madeira na mão, ele ainda não tinha reparado os quatro curiosos ali até Merlin abrir a boca e dizer:


-Como vai Gilberto?


O homem se assustou e escorregou no próprio cadarço, caindo de bunda no chão.


-Pelas barbas de Merlin, olá Merlin... soou estranho, mas tudo bem!


Os três amigos riram.


-Gilberto, e como vai nas fabricações de varinhas?


-Ah, muito bem, muito bem... Eu consegui lançar um feitiço de memória com aquela quebrada que te mostrei.


-Certo, e cadê Kyara?


-Em casa, fazendo o almoço.


-Almoço? – perguntou Alvo observando que o céu estava negro.


O homem não havia reparado os três adolescentes ali parados, então tomou novamente um susto.


-Olá, quem são vocês?


-Eu sou Alvo, esse é Peter e essa é Rosa.


-Prazer.


-Ah, vamos andando garotos.


E Merlin levou os três amigos para mais adentro do local estranho; onde havia uma pequena casinha que soltava fumaça pela janela lateral.


Merlin bateu a porta e imediatamente uma garota bonita, de olhos verdes, cabelos louros e uma pele bem clarinha abriu a porta.


-Merlin! – e deu um abraço no bruxo.


-Olá, Kyara, como está?


-Ótima, vamos entre, e quem são esses fofinhos?


-Olá, me chamo Alvo.


-Sou Peter.


-Prazer, Rosa.


E entraram na casebre, era muito estranha, mas parecia confortável, havia dois sofás enormes.


-Sentem-se.


Os quatro bruxos se sentaram e encararam a mulher, que estava com um sorriso pregado no rosto.


-O que o traz aqui, Merlin?


-Infelizmente, problemas.


-Quais?


-Comensais da Morte virão procurar a chave que lhe entreguei a um tempo.


-Por que?


-Por causa do colar de Onilda, eles querem achá-lo.


-Certo, tomarei cuidado, obrigada pela visita, Merlin.


Merlin saiu da casa e seguiu em frente, sendo seguido pelos três bruxos atrás dele.


Eles estavam caminhando pelo labirinto quando Alvo ouviu um estampido e se virou.


Joker e os comensais da morte estavam lançando feitiços neles.


-Merlin, vire-se – gritou Alvo sacando a varinha e se protegendo de um feitiço lançado por Joker.


-Corre! – gritou Peter e todos espalharam-se, exceto Merlin, que ficou batalhando com Joker.


Alvo estava correndo desesperado pelas paredes de lixo, alguns cruzamentos podiam ser vistos e ele passava depressa por eles.


Atrás dele viam dois comensais da morte, que lançavam feitiços constantemente. Alvo virou-se e lançou um feitiço, mas um dos comensais da morte se defendeu.


Alvo olhou para trás e colidiu com alguém, para sua surpresa, Peter fugia de dois comensais da morte que se aproximavam. Os dois amigos passaram a correr juntos, lançando feitiços e se defendendo.


Eles passaram por um longo corredor, onde passavam vários feitiços vindos dos comensais da morte zunindo pelos seus ouvidos.


-Alvo, como vamos sair daqui? – perguntou Peter enquanto corria.


-Eu não sei, Expeliamus!


E um comensal da morte caiu no chão, atordoado.


Alvo empurrou Peter para um corredor estreito e eles correram muito rápido. Por uma fração de segundos, eles colidiram com Rosa, que vinha de um corredor ligado ao deles.


-Flipendo!


E um comensal da morte caiu no chão, atordoado.


-Brilhante, agora vamos, temos que encontrar o Merlin.


E os três amigos dispararam em direção ao bruxo que duelava com Joker. Eles se debruçaram no braço de Merlin por um momento, mas Alvo, ao ver Joker, largou ele e correu em direção ao comensal da morte.


A vingança finalmente seria alcançada, ele conseguiria matar Joker?


A maldição que seu pai lhe dissera, talvez seria melhor usá-la agora.


-Crucious!


Joker caiu no chão, estava se contorcendo todo, como se estivesse levando um choque.


-Vamos acabar com isso, Joker! – seria o momento da outra maldição que seu pai lhe falara? Aquela que ele sobreviveu? – Avada Ke...


-Alvo! – Merlin veio correndo e abraçou Alvo, de repente, eles estavam caídos na grama ao lado d’A Toca.


Alvo se levantou, estava confuso, estava procurando Joker, que sumira de sua vista. Estava quase tendo sua vingança...


-Cadê Rosa, e Peter?


-Lá dentro.


-O que foi aquilo?


-Um aviso, tome cuidado na escola Alvo, Frank quer viver... – e desapareceu na fumaça.


Alvo entrou dentro d’A Toca, onde todos estavam reunidos na lareira, rindo e conversando, às gargalhadas.


-Olha, Alvo, venha. Sente-se!


Peter e Rosa estavam no quarto da prima, onde Alvo foi também.


-O que foi aquilo? – perguntou Peter.


-Por que ele nos levou lá, o que nós sabemos?


-De uma coisa eu sei. Há algo escondido no labirinto de Kyara

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