Sim ou Não?



 


Naquele momento, tudo passou pela minha cabeça. O que eu dizia? É claro que eu queria dizer sim, mas será que meu pai iria aceitar? Ao contrário do tio Harry, o meu papai nunca perdoou o pai do Scorpius. Mas se eu dissesse não, eu não estaria seguindo meu coração, como minha mãe sempre me mandou fazer. O que eu digo? Levantei a cabeça e olhei pro rosto do Scorpius. Ele estava um pouquinho vermelho. Resolvi apressar meus pensamentos.


 


-Claro que sim! – respondi abrindo um sorriso e deixando minhas bochechas ficarem muuuito vermelhas.


 


O Scorpius sorriu de volta e também ficou um pouquinho vermelho.


 


E agora? O que a gente faz agora? Eu devo falar alguma coisa ou fazer alguma coisa ou ele que deve fazer isso? Naquele momento, eu estava muito confusa e vermelha, como sempre.


 


-Vamos almoçar? – ele falou.


 


Eu apenas balancei a cabeça em sinal de “sim”.


 


Da porta do salão, eu pude ver a Katelyn falando com a Laylla. Como eu conheço as duas muito bem, eu sabia que a Katelyn estava tentando explicar alguma coisa pra Laylla.


 


O Scorpius foi andando segurando na minha mão e eu fui seguindo-o, até que nós paramos um pouquinho antes de onde a Katelyn e a Laylla estavam.


 


-A gente se vê mais tarde? – ele falou.


 


-Uhum – respondi.


 


Ele então deu um beijo na minha bochecha e saiu andando para a mesa da Slytherin.


 


Fiquei uns 5 segundos parada em pé processando o que tinha acabado de acontecer. Eu estava namorando com o Scorpius! É isso! Eu e o Scorpius estamos juntos! Namorando! Ai meu Merlin, o que eu faço agora?


 


-Rose, tá tudo bem? – a Katelyn falou – o Scorpius acabou de te dar um beijo na bochecha e vocês estavam de mãos dadas!


 


-É – respondi sentando meio avoada pensando em como contaria pros meus pais.


 


-E aí, vocês estão namorando, ou o que? – a Katelyn falou.


 


-É – respondi sem prestar atenção.


 


-Peraí! Rose Weasley, preste atenção em mim agora! – a Katelyn falou fazendo os meus olhos olharam direto nos dela – você e o Scorpius estão namorando?


 


Não sei porque, mas estava com vergonha de novo, então apenas balancei a cabeça em sinal de “sim”.


 


-Rose, isso á maravilhoso! – a Katelyn falou – eu preciso contar pra todo mundo!


 


-Peraí – falei – todo mundo não!


 


-Rose! Caí na real! Você tá namorando com o Scorpius! Você tem noção do que isso significa? Eu tenho que contar pra todo mundo! É meu dever como sua melhor amiga! – a Katelyn falou.


 


-Mas, Kate, se meu irmão e meus primos souberem meu pai pode descobrir – falei – e eu quero falar com a minha mãe primeiro. Eu sei que ela vai me apoiar. Já meu pai, não vai concordar.


 


-Tá bom, então – a Katelyn falou – mas o Scorpius também pode espalhar. Acho melhor você falar com a sua mãe logo.


 


-Pensando melhor – falei – acho que vou falar com a Victoire. Ela sempre me ajudou e sempre me deu os melhores conselhos. Vou mandar uma carta pra ela agora. Kate, a gente se encontra na aula de Herbologia.


 


Então, eu saí correndo, fui até a sala comunal, peguei uma pena e um pergaminho e escrevi.


 


 


 


Querida Victoire,


 


Estou escrevendo essa carta pra você porque eu preciso de conselhos, e você é a pessoa certa pra dá-los. Lembra do Scorpius, filho do Draco Malfoy, o cara que meu pai mais odeia no mundo inteiro? Então, eu estou meio que gostando do Scorpius agora e ele pediu pra namorar comigo hoje e eu aceitei. Ele foi muito fofo e romântico. Então, a questão é, eu queria que você me ajudasse a encontrar o jeito certo de contar pro meu pai que eu estou namorando. Pra ele, eu ainda sou aquela menininha pequena que nunca arranjaria um namorado. Meio que como a minha mãe quando ela era pequena. Só que os tempos mudaram e agora é assim que funcionam as coisas. E também, só passou uma semana que eu estou em Hogwarts e já estou namorando! Estou começando a pensar que essa foi uma decisão precipitada. Só por curiosidade, com quantos anos você começou a namorar com o Teddy?


 


Beijos,


 


Rose


 


 


 


Guardei a pena e subi com o pergaminho até o Corujal. Sem nem pedir para o Albus, peguei a coruja dele, dei pra ela o pergaminho e ela saiu voando.


 


Fiquei assistindo-a até ela desaparecer de vista, quando me lembrei! A aula de herbologia! Não, eu não podia chegar atrasada!


 


Corri para a saída e comecei a correr enquanto descia as escadas. Sem querer, eu tropecei em um degrau, senti meu pé torcendo e então cai de cara no meio da escada. Fiquei uns 5 segundos lá deitada de barriga pra baixo no meio da escada.


 


Meu tornozelo estava doendo muito, acho que estava torcido. Mas não era apenas o tornozelo que doía. Como eu caí de cara, meu nariz tinha batido na ponta do degrau, mas ainda bem, não estava sangrando.


 


Tentei me levantar com os braços, fazendo esforço, porque os braços também pareciam doer agora. Me sentei. Depois fiz mais um esforço e fiqueiem pé. Oque eu fazia agora? Ia pra ala hospitalar ou pra aula de herbologia? Acho melhor pra ala hospitalar.


 


Fui descendo as escadas devagar, até chegar lá embaixo. Não havia ninguém por lá, porque obviamente as aulas da tarde já haviam começado. Fui andando lentamente até a ala hospitalar e não encontrei absolutamente ninguém, pelo caminho, apenas alguns fantasmas.


 


Abri a porta e encontrei a Madame Crawley. Ela estava em uma mesa de remédios fazendo algumas misturas. As camas estavam vazias. Tinha apenas um aluno dormindo e dois acordados. E os três pareciam estar ótimos.


 


-Boa tarde, Madame Crawley – falei me aproximando dela.


 


-Rose Weasley! O que a traz aqui de novo? – ela falou.


 


-Eu estava descendo as escadas do Corujal correndo...


 


-Por que você estava correndo? Você sabe que não se deve correr nos corredores e nas escadas! – a madame Crawley me interrompeu.


 


-Eu estava atrasada pra aula de herbologia – falei – que por sinal já começou e eu estou perdendo!


 


-E o que aconteceu depois?


 


-Eu tropecei e caí de cara na escada e acho que torci o tornozelo porque está doendo muito e eu demorei um tempão pra chegar aqui – falei.


 


-Então venha deitar aqui – ela falou e me levou até a cama mais próxima.


 


-Já é a segunda vez que a senhorita vem aqui esse semestre, não acha que deveria ficar mais atenta? – a madame Crawley falou.


 


-É que a carta que eu tava mandando era muito importante – falei.


 


-Claro que sim – ela falou e foi até a mesa de remédios.


 


Um tempo depois ela voltou com um copo com um líquido azul marinho e com coisas para enfaixar o meu pé.


 


-Beba isso e descanse. Dependendo de como você estiver até o fim do dia, posso deixá-la sair – a madame Crawley falou e eu rapidamente bebi.


 


Aquilo tinha gosto de feijãozinho de todos os sabores. E não era um dos bons.


 


-Eu vou poder sair pro jantar? – perguntei.


 


-Talvez – ela respondeu terminando de enfaixar o meu pé – preciso ver se você já vai ter melhorado até lá.


 


A madame Crawley era realmente uma enfermeira muito boa, uma das melhores. Ela cuidava de cada aluno com carinho e paciência, e não gostava nada quando a ala hospitalar ficava vazia. Ela gostava dela cheia, porque assim ela teria muita gente pra conversar e muito trabalho a fazer. E era assim que ela gostava. Às vezes, ela até dizia para os alunos que eles tinham que ficar lá por mais um tempo, pra que ela pudesse passar mais tempo com eles e ter certeza que tudo estava realmente bem. E eu sei de tudo isso porque como vocês podem eu sou muito desastrada, então eu tô vivo na ala hospitalar!


 


Eu estava com bastante tédio, então resolvi dormir. Assim eu vou poder ficar acordada até mais tarde de noite. Demorou um tempinho, mas eu dormi.


 


 


 


 


 


Pouco tempo depois eu acordei. Olhei ao redor. Além de mim só haviam mais dois alunos ali agora. A madame Crawley estava falando com um deles há três camas de distância de mim.


 


-Madame Crawley? – falei quando ela estava passando pela minha cama.


 


-Sim? – ela falou.


 


-Que horas são? Eu já posso sair? – perguntei.


 


-Tente andar – ela falou.


 


Me levantei e tentei andar. Se não fosse pelas coisas que ela havia enrolado no meu tornozelo, eu poderia andar.


 


-Acho melhor você passar a noite aqui – ela falou.


 


-Já tá na hora do jantar?


 


-Já, começou há um tempinho.


 


-Eu tô morrendo de fome, por favor, madame Crawley, me deixa ir!! – pedi.


 


-Tudo bem – ela falou – mas volte quando quiser.


 


-Irei voltar o mais rápido que você imagina, pode crer – falei e saí andando.


 


-Rose, espera – ela falou.


 


-O que foi? – falei.


 


-Eu não posso deixar você sair, seu pé ainda está enfaixado, pra você sair eu preciso desenfaixá-lo e para isso, seu pé precisa estar totalmente bom, e ele ainda não está!


 


-Não se preocupe, eu vou jantar e mais tarde eu volto pra você desenfaixar, que tal? – pedi.


 


-Tá ótimo – a madame Crawley respondeu com um sorriso e eu fui para o salão principal.


 


Chegando lá eu não sabia o que fazer. Será que eu devia ir falar com o Scorpius ou não? Ele estava conversando com os amigos. Falo com ele ou não?

N/A: Oi, gente. Eu estou pensando em cancelar a fic e deixar ela por aqui. As aulas vão começar agora e eu vou ter muito o que fazer não vou postar muitos capítulos. Se quiserem mais, comentem, por favor. E obrigada Ana, pelo comentário. Beijos

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Comentários (4)

  • Ana Potter Weasley Malfoy

    Continuaaa!!!!!!!!!!!!!!!! Sua fic é boa demais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não para não!!!!

    2012-02-10
  • Luana de Ameida.

    Oii' contiiiiiiinua... gente tá muito boa essa fic. Sabe eu vou dar a minha opinião, eu acho que o Zach deveria aparecer mais; ok? bjsssssss

    2012-02-08
  • Kandra Aquarius

    Continuaaa!

    2012-02-02
  • Joan

    continua vei, nem que demore ;D

    2012-01-30
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