Eu nunca vou entender poções!



 


Ai meu Merlin! O que será que o Scorpius queria conversar comigo? Será que ele ia acabar comigo? Mas faz tão pouco tempo que a gente começou a namorar! Ai meu Merlin, E AGORA?


 


-Tá bom – respondi tentando parecer calma – mas eu já tô atrasada pra aula de Poções. E você também!


 


-Não tem problema, eu falou com o Prof. McLinney, ele vai entender – o Scorpius falou.


 


-Tá bom – falei – o que você precisa conversar?


 


-Rose... Eu não sei como falar isso...


 


Eu fiquei calada. O que o Scorpius queria dizer?


 


-Rose... é sobre os seus amigos.


 


-Que amigos? – falei com uma certa dúvida.


 


-Aqueles dois que estavam com você – ele falou.


 


-Peraí! Você estava me espionando? – perguntei.


 


-Não era exatamente espionando... – o Scorpius falou.


 


-Mas você mentiu pra mim dizendo que estava indo pra aula de poções e ficou aqui me espionando? – falei. Com um tom meio sério e chateado, mas por dentro eu estava feliz pelo Scorpius estar com ciúmes do Jake e do Gabe.


 


-Rose, eu não estava espionando... – o Scorpius falou.


 


-Tava espionando sim! – falei.


 


-Rose, me deixa falar, por favor! – o Scorpius pediu.


 


-Tá bom – cedi.


 


-Eu não fui pra aula de poções por causa dos seus amigos. Eles estavam agindo... Eu não sei... Eu estava... É que...


 


-Você estava com ciúmes? – perguntei. Ai meu Merlin, como eu consegui falar isso? E eu nem senti minhas bochechas ficarem vermelhas! Ainda bem!


 


-Meio que... Sim – o Scorpius falou.


 


-Scorpius, eles são meus amigos, só isso! Apenas bons amigos! Eu não acredito que você estava com ciúmes deles! E ainda ficou me espionando! – falei – eu não acredito!


 


-Rose, peraí – o Scorpius falou – me escuta.


 


-Eu tô atrasada pra aula – falei e saí quase correndo para a aula de poções.


 


Quando cheguei nas masmorras o Scorpius estava na porta da sala de aula.


 


-Com licença – pedi.


 


-Rose, é sério! Me escuta, por favor! – o Scorpius falou.


 


Eu estava tentando não olhar pros olhos dele, mas quando olhei pude ver que estavam realmente arrependidos.


 


-Olha, Rose, eu sei que fui errado, eu não devia ter feito isso, é que você é a minha primeira namorada e eu quero que tudo dê certo. Eu já tinha visto você com os seus amigos antes da gente namorar e eu estava com inveja. Eu sei que não é certo ficar com inveja, mas eu estava. E quando a gente começou a namorar, eu até pensei em falar isso, mas achei errado. Eu achei que eles iam parar de agir assim, mas não. Por isso me senti na obrigação de lhe ver. Eu sei que não devia ter visto que devia ter confiado em você, é que eu ainda não tinha certeza se você gostava de mim...


 


Aí eu o beijei. Os olhos deles estavam realmente arrependidos e pidões e eu queria provar que realmente gostava dele.


 


-Isso prova que eu realmente gosto de você? – perguntei.


 


O Scorpius não respondeu, apenas me beijou de novo. E por aquele beijo eu percebi que ele realmente gostava de mim.


 


-Eu gosto muito mesmo de você, Rose – o Scorpius falou.


 


-Eu também – respondi.


 


-Que barulho é esse? – o Prof. McLinney falou abrindo a porta da sala.


 


Eu e o Scorpius estávamos de mãos dadas e todo mundo olhou pra gente


 


-Nada, professor – o Scorpius falou e eu fiquei de cabeça baixa.


 


-Entrem logo e irei tirar 20 pontos da Slytherin e da Gryffindor pelo atraso e pelo barulho – o Prof. McLinney falou e saiu andando para frente da sala.


 


O Scorpius pegou a minha mão e me puxou para uma banca vazia.


 


-Você me desculpou mesmo? – ele falou baixinho quando estávamos fazendo uma poção.


 


-Desculpei – falei.


 


-Você não imagina o quanto eu tô feliz, Rose – o Scorpius falou.


 


-Eu também tô – falei – eu só não quero que você me espione de novo, tá bom? O Jake e o Gabe são apenas bons amigos!


 


-Eu sei, eu só queria ter certeza disso – o Scorpius falou com seus olhos brilhando de felicidade.


 


-Os dois! Silêncio! – o Prof. McLinney falou passando por nós.


 


Eu dei uma risadinha baixa, porque a cara do Prof. McLinney quando brigava com a gente era engraçada e o Scorpius riu também.


 


-Agora é só adicionar três gotas disso e mexer no sentido horário – o Scorpius falou já no fim da aula.


 


Então eu adicionei três gotas de um frasco roxo que eu não sei o que tinha dentro, mas contanto que o Scorpius saiba tá tudo bem. E depois mexi três vezes.


 


-Pronto? – falei


 


-Pronto – ele respondeu.


 


-Sério? – falei – foi tão simples!


 


-Poções são simples – ele falou – só que o Prof. McLinney faz tudo parecer mais difícil.


 


-É mesmo – falei – mas é que você é um ótimo professor.


 


-O professor só é bom se o aluno também é bom – o Scorpius falou.


 


-Os dois! Silencio! – o Prof. McLinney falou passando por nós de novo.


 


-Mas nós já terminamos – falei.


 


-Hum, a Srta. Weasley já terminou... – o Prof. McLinney falou.


 


-Já – respondi – nós terminamos.


 


-Deixe-me ver – o Prof. McLinney falou e começou a examinar o poção.


 


Depois de alguns minutos ele falou:


 


-Está quase perfeita – ele respondeu – posso ver que seguiram todas as instruções que eu dei.


 


-Sim senhor – falei.


 


-Estão liberados – ele falou – tarefa de casa para a próxima aula: os efeitos dessa poção e os efeitos colaterais.


 


E então eu e o Scorpius saímos da sala e a Katelyn olhou pra mim com um olhar estranho como se não tivesse entendendo porque eu estava saindo mais cedo.


 


-E agora, vamos pra onde? – ele falou.


 


-Sei lá – respondi – mas se a gente ficar aqui fazendo barulho o Prof. McLinney pode colocar a gente em detenção.


 


-Verdade – ele falou.


 


-Vamos lá na biblioteca fazer o dever? – falei – eu realmente preciso ir bem em poções esse ano, no ano passado minha mãe quase me matou, porque eu fui muito mal.


 


-Então não se preocupe que eu lhe ajudo – ele falou – vamos lá pra biblioteca?


 


-Vamos.


 


 


 


 


 


-Eu ainda não entendo! – falei.


 


-Que parte você não entende? – ele falou.


 


Nós estávamos na biblioteca, em uma das grandes mesas. Não havia muita gente, a maioria ainda na aula, ou já estava indo pro Salão Principal almoçar.


 


-Tudo – falei.


 


-Olha, você não precisa entender exatamente – ele falou – você só tem que seguir as instruções das poções, ver os efeitos, essas coisas, sabe?


 


-Não, não sei – respondi – eu nunca vou entender poções.


 


-Eu já não disse que vou lhe ensinar? – o Scorpius falou totalmente calmo enquanto eu estava totalmente nervosa e estressada por não entender o que para ele era a coisa mais simples do mundo.


 


-Disse, mas pra mim, é impossível entender – falei.


 


-Eu já disse que você não tem que entender – ele falou – é simples, você só tem que decorar as poções e as suas funções e os seus efeitos e os seus ingredientes.


 


-Isso não é simples – falei.


 


-É sim – ele falou.


 


Ai meu Merlin, ele deve tá pensando que e sou burra como uma lesma! Mas é que eu realmente não entendo nada de poções! Nada faz sentido!


 


-Sabe a poção que a gente fez na aula hoje? – ele falou.


 


-Lembro – respondi.


 


-E você conseguiu fazer tudo direitinho não foi?


 


-Foi, mas eu não entendi nada, eu só fiz o que você falou pra eu fazer.


 


-Eu só li o que tinha no livro. Se você tivesse lido sozinha, ia dar certo do mesmo jeito.


 


-Não, não ia – falei – tem alguma coisa em mim que faz as poções darem errado.


 


-Talvez seja a pressão que o Prof. McLinney faz nos alunos – o Scorpius falou – ele fala de um jeito que faz a pessoa se sentir como um fracassado quando erra alguma coisa na poção. Mas na verdade a pessoa só sabe como é certo se antes fazer o errado. É errar é humano. Então você não tem com o que se preocupar.


 


Uau. O Scorpius sabe mesmo o que falar e quando falar. Ele é realmente especial.


 


-Tudo bem – falei – agora vamos continuar com o dever. Quais os efeitos dessa poção? Como a gente vai descobrir isso?


 


-Tem tudo isso no livro, é só procurar – ele falou – às vezes não tem dizendo exatamente, mas você consegue deduzir.


 


-Talvez você consiga, mas eu não – falei.


 


-Consegue sim, tenta.


 


E então eu consegui. Pela primeira vez na minha vida eu consegui fazer uma poção e depois consegui fazer o dever de casa perfeitamente bem! É um milagre.


 


-Ai Scorpius, você fez um milagre – falei e lhe beijei – ninguém nunca conseguiu me ensinar nada de poções e eu nunca entendi nada.


 


-Então posso receber meu diploma de professor – ele falou.


 


-Pode mesmo – falei.


 


-E então, vamos pro Salão Principal almoçar? – ele falou.


 


-É mesmo, eu me esqueci. Vamos.


 


E então nós saímos da biblioteca e seguimos pro saguão de entrada. Pelos corredores, haviam muitos alunos andando rapidamente para o Salão Principal.


 


-Agora a gente se separa? – ele falou me dando um leve beijo na porta do Salão.


 


-Acho que sim – respondi.


 


-Ei, Malfoy! – uma voz masculina gritou da mesa da Slytherin. Eu e o Scorpius viramos pra olhar.


 


-Tá de namorada é? – outro menino gritou.


 


-Já a apresentou pra a mamãe? – outro menino gritou.


 


-Me desculpa por eles, Rose – o Scorpius falou – eles são assim mesmo, estão sempre zoando.


 


-Tudo bem – respondi – eu vou indo pra mesa da Gryffindor.


 


-A gente se vê mais tarde?


 


-Aham.


 


E então eu segui para a mesa da Gryffindor onde vi a Jessica e a Hailey tendo uma crise de riso.

N/A: Gente, eu sei que eu tô demorando pra postar mais, é que eu ando muito ocupada, muito mesmo, então o próximo capítulo também vai demorar um pouqunho pra sair, mas por enquanto tem esse aqui novinho em folha. Comentem por favor e continuem lendo. Beijos. 



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Comentários (1)

  • Ana Potter Weasley Malfoy

    A sua fic está muitooo boa!!!!!!!! Não tem problema não você atrasar, os capítulos compensam! O Scorpius com ciúmes da Rose nesse capítulo foi muitooo fofo, você não tem noção do quanto eu tive vontade de sair gritando pela casa de tão fofo que o capítulo ficou!Bjs e até o próximo capítulo! 

    2012-04-29
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