O que aconteceu?



 


Já passaram 10 minutos. Já são 2:10. Onde será que o Scorpius está? Será que ele se meteu em alguma encrenca? Ou pior, será que aconteceu algum acidente? Ai meu Merlin! Onde está o Scorpius?


 


2:20. Será que ele não vai chegar nunca? E agora, o que eu faço? Resolvi reler o livro de Trato das Criaturas Mágicas, para estudar com o Scorpius mais tarde.


 


2:30. O que será que tá havendo? Onde o Scorpius se meteu? Por que ele não aparece? Será que ele não gosta mais de mim? Será que ele tá afim de outra garota? O que será que aconteceu com ele?


 


2:40. Já reli o livro. E agora. Não tenho mais nada pra fazer a não ser esperar. Continuei lendo, até que peguei no sono.


 


-Rose? Rose Weasley? – ouvi alguém me acordar.


 


-Só mais um pouquinho – virei pro outro lado e continuei a dormir.


 


-Rose, eu sou um amigo do Scorpius, ele pediu pra eu vir falar com você – ouvi o menino falar.


 


Na mesma hora, levantei a cabeça, ajeitei os cabelos e me virei para o menino.


 


-O que? O que aconteceu com o Scorpius? – perguntei já aflita.


 


-Calma, ele já tá bem – o menino falou parecendo preocupado com a minha reação.


 


-Já? Por que “já”? Quer dizer que ele estava mal? – falei.


 


-Olha, eu não sei explicar. Só vou dar o recado que o Scorpius me deu – o menino falou e fez cara de pensativo.


 


-O que foi? Fala logo – eu disse me remexendo de um lado pro outro. O que tinha acontecido com o Scorpius?


 


-Eu esqueci – o menino falou aflito.


 


-Calma – falei empurrando o menino para uma cadeira – me diz calmamente o que aconteceu.


 


-Eu estava visitando meu amigo Parker na ala Hospitalar, quando o Scorpius entrou lá. Aí ele tava desesperado pra sair, porque ele ia se encontrar com alguém. Provavelmente você. Aí quando eu tava saindo de lá, o Scorpius me pediu pra passar aqui e dizer pra Rose Weasley que ele quer falar com você e pra você passar lá quando puder – o menino falou.


 


-E o que aconteceu com o Scorpius? Por que ele foi parar lá? – falei.


 


-Não sei – o menino falou – eu tô atrasado, tenho que ir.


 


-Tá bom, pode ir – falei.


 


O menino se levantou e saiu correndo achando que eu fosse uma doida.“E agora” pensei “o que eu faço? Vou lá visitar o Scorpius, ou é melhor não?


 


-Vá, Rose – uma voz na minha cabeça dizia – você gosta do Scorpius e quer saber se ele está bem.


 


-Não vá, Rose – outra voz dizia – o Scorpius vai achar você muito oferecida.


 


Resolvi então, fazer o que eu queria. Me levantei e fui até a Sala Comunal guardar os livros.


 


-Rose! – a Katelyn gritou quando me viu entrar. Ela estava conversando e rindo com quase todo o resto dos alunos de Gryffindor. Ela correu pra onde eu tava.


 


-Oi, Kate – falei não animada.


 


-O que aconteceu, Rose? Por que você tá tão triste? Ainda não são nem três horas, onde tá o Scorpius – a Katelyn falou tão rápido que eu quase não entendi.


 


-É complicado, Kate – falei indo em direção aos dormitórios – depois te conto tudo. Eu juro.


 


Corri pro dormitório, joguei os livros em cima da cama e corri até a Ala Hospitalar. Parei na porta para descansar. E então abri a porta.


 


Madame Crawley estava dando um remédio para uma menininha na primeira cama. Resolvi ir até ela.


 


-Boa tarde, Madame Crawley – falei.


 


-Boa tarde, Srta. – a Madame Crawley respondeu.


 


-Eu queria visitar o Scorpius? Onde ele tá? – perguntei.


 


-Ah, claro, você é a namorada dele! – ela falou.


 


-Não, Madame Crawley – falei – você deve ter entendido alguma coisa errada. Eu e o Scorpius somos só amigos, quer dizer, a gente só tinha marcado pra estudar junto. O que os amigos fazem.


 


-Se você insiste – a Madame Crawley falou – o Scorpius está dentro no segundo cortinado. Ele está dormindo agora.


 


-Então eu volto mais tarde – falei me virando pra sair. Depois me virei de volta pra Madame Crawley – Madame Crawley, o que aconteceu com o Scorpius?


 


-Nada de mais, meu amor – a Madame Crawley falou. Ela era bastante carinhosa com todo mundo - ele apenas tomou uma poção. Só que a poção não foi bem preparada, então teve efeitos colaterais.


 


-Como assim? – perguntei.


 


-Eu ainda não sei qual poção ele estava querendo fazer, mas os efeitos foram terríveis – Madame Crawley me respondeu e saiu andando.


 


-Madame Crawley – falei andando atrás dela – quanto tempo ele vai ficar aqui?


 


-Não sei, meu amor – ela respondeu pensativa – no mínimo dois dias.


 


-Dois dias? – falei.


 


-É – ela respondeu – talvez ele se recupere até amanhã à noite. Senão, vai ter que ficar aqui por mais um tempo. Não gosto de liberar os alunos antes de eles estiverem totalmente curados.


 


-Então eu volto mais tarde – falei – obrigada, Madame Crawley.


 


-De nada, queridinha – ela falou e eu saí andando.


 


Não estava com vontade de conversar com ninguém. Só queria o Scorpius curado pra gente poder se encontrar. Exatamente como a gente tinha combinado. Só que infelizmente não ia ser assim.


 


Saí andando sem rumo. Desci as escadas lentamente até que fui parar no saguão. Era uma bela tarde de outono. Resolvi descer para os jardins. Sonhando que o Scorpius estivesse ali exatamente como planejado. Ao longe, atrás de uma árvore, vi minha prima Dominique beijando um garoto. Nem me importei. A Dominique está sempre com um garoto diferente. Acho que é porque ela tem inveja da Victoire e do Teddy.


 


Resolvi me sentar e pensar. Mas não havia mais nada do que pensar. Só havia passado uma semana de aula e não havia nada pra estudar.


 


Resolvi subir para a Sala Comunal. Eu normalmente não sou uma pessoa preguiçosa, mas naquele momento, a preguiça tomou conta de mim. Resolvi ficar lá sentada, até alguma coisa acontecer.


 


-Oi, Rose – alguém falou atrás de mim.


 


Me virei. Era meu irmão, Hugo.


 


-Oi, Hugo – falei – o que você tá fazendo aqui?


 


-O mesmo que você – ele falou.


 


-Como você sabe o que eu tô fazendo? – falei.


 


-Verdade, eu não sei – o Hugo falou.


 


Ficamos calados pelos próximos cinco segundos. Apenas olhando para paisagem ao redor.


 


-Hugo – falei baixinho.


 


-O que? – ele respondeu.


 


-Você sente falta da mamãe e do papai? – perguntei.


 


-Sinto, é claro – ele respondeu – por quê?


 


-Por nada – falei.


 


-Rose, tá tudo bem? – o Hugo perguntou.


 


-Tá sim, Hugo, não se preocupe. Pode ir ficar com seus amigos – falei.


 


-Tá me expulsando, é? – o Hugo falou rindo.


 


-Claro que não – falei também rindo – só tô dizendo que não precisa se preocupar comigo.


 


-Eu não tô preocupado com você – ele falou.


 


-Então porque você tá aqui? – perguntei.


 


-Porque eu gosto da minha irmã – ele falou – aquela é a Dominique?


 


O Hugo fez uma cara de espanto que me deu vontade de rir.


 


-É sim – falei.


 


-Quem é aquele garoto? – ele perguntou.


 


-Não faço ideia – eu ri.


 


-Ei, Hugo, vem cá – o Albus apareceu a uns 10 metros de distância.


 


-Oi, Al – falei.


 


-Oi, Rose – ele respondeu – vem logo, Hugo.


 


-Tenho que ir, Rose – o Hugo falou indo – tchau.


 


-Tchau – respondi.


 


Agora estava sozinha de novo. Sem nada pra fazer.


 


-Rosie! – a Lucy e a Lily falaram em uníssono se sentando na minha frente com sorrisos no rosto.


 


-Oiiiii – respondi sorrindo.


 


-Por que você tá tão triste? – a Lucy perguntou.


 


-Você não devia tá com o Scorpius? – a Lily falou.


 


-Peraí – falei – quem contou a vocês?


 


-Ninguém – a Lucy e a Lily falaram em uníssono de novo. Mas dessa vez elas não sorriram, muito pelo contrário, elas se entreolharam nervosas.


 


-Desembuchem – falei.


 


A Lily e a Lucy se entreolharam de novo.


 


-A Hannah – a Lily respondeu.


 


-Que Hannah? – perguntei.


 


-Quantas Hannahs você conhece? – a Lucy falou.


 


-Sei lá – falei nervosa.


 


-Ela é irmã da sua amiga – a Lily falou.


 


-Irmã da Katelyn? – perguntei.


 


-Não! – a Lucy falou.


 


-Da outra amiga! – a Lily falou.


 


-A Laylla? – falei.


 


-É – as duas responderam.


 


Só podia ser alguma das irmãs da Laylla.


 


-Qual irmã? – perguntei.


 


-A Hannah! – a Lucy falou impaciente.


 


-É mesmo – falei – desculpa, esqueci. Podem continuar.


 


-Continuar o que? – a Lucy falou – a gente já falou tudo.


 


-Mas quem contou pra Hannah? – perguntei.


 


-A irmã dela, provavelmente – a Lily falou.


 


-A Laylla? – perguntei.


 


-Claro que é a Laylla, Rose, que outra irmã da Hannah você conhece? – a Lucy falou.


 


-Sei lá – falei – eu nem conheço a Hannah direito.


 


-Você tá meio lentinha hoje, Rose – a Lily falou.


 


-Tá mesmo – a Lucy concordou.


 


-Mas quem contou pra Laylla? – perguntei.


 


-Eu sei lá – a Lucy falou – eu nem conheço a Laylla.


 


-Muito menos eu – a Lily concordou.


 


-Não foi você que contou, Rosie? – a Lucy perguntou.


 


-É mesmo – falei – acho que fui eu. Mas se não fui eu?


 


-Deve ter sido a Katelyn, ou alguém, por que isso importa? – a Lily falou.


 


-Tem razão – falei – isso não importa.


 


-Tá bom, Rose – a Lucy falou – você tá meio doidinha hoje, acho melhor a gente ir embora.


 


-Vamos – a Lily falou se levantando.


 


-Vamos – a Lucy respondeu e se levantou.


 


-Tchau, Rosie – as duas responderam em uníssono sorrindo.


 


-Tchau – respondi não muito animada.


 


Agora que estava sozinha de novo, voltei a pensar no nada.

N/A: Oi, pessoas que lêem a minha fic!! Brigada por estarem acompanhando, eu fico extremamente feliz. E pra eu ficar mais feliz ainda, comentem, por favor!!!! Beijooos 



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