A espionagem [POV Alvo]

A espionagem [POV Alvo]



Eu acordara cedo, já tomara uma ducha e usava boas vestes. Era sábado pela manhã e, como combinado, eu deveria me encontrar com Fred e Tiago na Sala Comunal. Eu estava animado, com a espionagem, então chegara cedo. Porem, logo avistei os dois num canto da sala.


Aproximei-me. Fred, visivelmente animado com sempre, abriu imediatamente a mochila, que Tiago segurava. Mostrou-me novamente seus ''tesouros'', tudo o que me mostrara na noite passada, na detenção, estava lá. 


Ele jogou para mim uma lata de pó escurecedor instantâneo do Peru, um par de orelhas extensíveis e dois detonadores chamariz.


Deu-me também uma capa, grande e lustrosa. Tio George as fabricava, eram simples e obviamente não eram originais como a de meu pai, que ele nos mostrara nas férias. As de Tio George continham um simples feitiço de invisibilidade, eram contornáveis com um feitiço simples, mas, uma vez que não pretendíamos fazer som algum, seriam uteis.


Rose e Scorpius nem pensariam em usar feitiços reveladores, garantiu-me Fred.



Seria uma operação simples, pura espionagem, só para nos certificarmos de Rose não estar fazendo nada, err, improprio, por assim dizer.



Fred nos explicou como seria e Tiago e eu, obedientemente, ouvimos. Fred era sem duvida o mais experiente de todos.



Tiago finalmente verificou o Mapa do Maroto, afanado do gabinete do papai um dia antes de seu primeiro ano. Ele viu Rose e Scorpius no corredor.



Logo nos três corremos com nossas capas, e depois de muito tempo de concentração e truques de Fred localizamos a Sala Precisa. Só foi possível , segundo Fred, pelo minha enorme necessidade ciumenta. Precisamos de todo esse tempo e força de vontade porque a sala não aparece no Mapa.



Esperamos no corredor, ainda em baixo das capas, e vimos quando Rose e Scorpius chegaram à frente da sala. O garoto, concentrado, entrou no local, segurava a mão de Rose, num gesto que me deu ódio. Fred e Tiago me puxaram, debaixo de suas capas, seguimos na sala, cuidadosamente, por trás dos dois.



O lugar era um jardim, com uma arvore grande e um canteiro repleto de rosas brancas. Eu vi quando os dois se encostaram na arvore, Scorpius entregou a Rose uma das rosas e esta lhe beijou na bochecha, eu vi Scorpius corar. Conti minha raiva.



Scorpius se aproximou mais de Rose, pondo seus braços ao redor dela, sorrindo. Rose pôs seus braços ao redor do pescoço dele, vi suas cabeças se aproximarem e soube o que ia acontecer. Era ridículo! Eles haviam acabado de se conhecer! Não aguentei, grunhi alto. Tudo estava acabado.



Assim que grunhi Fred tapou minha boca com a mão, eu a mordi. Ele urrou de dor e fez menção de partir pra cima de mim, Tiago, finalmente notou a situação e segurou Fred, para conte-lo.  Infelizmente, Fred sacou a varinha, expulsando Tiago de perto dele, rapidamente, jogando o para fora da capa, que ficou nas mãos de Fred. Este recuperara a calma, despira a própria capa e correra em direção a Tiago, para checar se este estava bem.



Rose e Scorpius olhavam os dois, estupefatos. Rose parecia irritada, e Scorpius parecia irado. Eu estava satisfeitíssimo. O clima de romance entre eles, de segundos atrás, nem existia mais. Eu poderia ter saído de fininho dali, mas Scorpius foi mais esperto.



-Homeniun Revelium! -gritou, empunhando a varinha.



Minha capa saiu voando acima de mim, caindo no chão ao meu lado.



Scorpius me fitou, minha satisfação passageira passara para ele. Rose parecia muito magoada comigo. Eu evitei seu olhar.



Ela pegou a mão de Scorpius, e saiu da sala, arrastando o com ela, deixando a mim Fred e Tiago sozinhos. Os dois me fitaram, e pelo meu rosto, deduziram que seria melhor me deixar sozinho. Estavam certos.



Eu somente sentei no chão. Sentindo-me a pior pessoa do mundo. Magoar Rose era a ultima coisa que eu queria. Talvez ela estivesse certa, e eu não devesse ter me intrometido. Ela era dona da própria vida. Mas, eu sempre a tivera ao meu lado. Toda só para mim. Era difícil deixa-la ir. Ela sempre fora como uma irmã para mim, quem sabe eu tivesse só confundindo meus sentimentos e ela continuasse sendo aquela irmã de sempre. Mas, como eu a superaria, e deixaria de encherga-la como eu estava enchergando agora, como voltaria à ve-la como sempre, como uma irmã, eram perguntas pras quais eu ainda não havia encontrado resposta. Mas decidi erguer a cabeça, deixar a sala, e acha-las.

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