John Weasley



 



"A mudança vem como um pequeno vento que agita as cortinas no amanhecer. E vem como o discreto perfume das flores selvagens escondidas na grama.”


Eu respirei fundo e dei duas batidas leves na porta. Ouvi movimento no lado de dentro da casa e pouco tempo depois a porta foi aberta.


- John? - disse a senhora surpresa


- Olá senhora Smith, boa noite. – eu a cumprimentei um pouco sem jeito – London está?


Ela ainda me encarava surpresa e demorou um pouco a responder.


- Claro querido, está sim. Entre, por favor. – disse simpática como sempre e eu entrei – Eu vou chamá-la, espere aqui um minuto.


Ela saiu apressada e eu fiquei aguardando, ansioso. Eu tinha ido à casa de London apenas uma veze nesses três anos de namoro, para conhecer a mãe dela. Agora eu estava ali pela segunda vez e nem sabia exatamente o por que. Talvez pelo fato de que London havia me ignorado desde ontem pela manhã, havia prometido ir ao jantar na noite passada e sem nenhuma justificativa não apareceu. Talvez porque eu era louco por ela, e só de imaginar que eu tivesse feito algo para magoá-la me desesperava.


- Johnny? – ouvi ela me chamando e me virei


Ela estava com cara de assustada, mas ainda assim linda.


- Aconteceu alguma coisa? – ela perguntou se aproximando


Eu permaneci onde estava.


- Eu quem devia perguntar isso. Aconteceu alguma coisa London? – eu devolvi a pergunta, com o coração acelerado


Ela franziu o cenho.


- Não. Por quê? – perguntou sem entender


Eu soltei uma risada nervosa e fechei os olhos tentando manter a calma.


- Você prometeu ir ao jantar ontem e não apareceu. – eu disse acusando-a – E nem se quer me ligou pra dizer alguma coisa. E hoje simplesmente não apareceu o dia inteiro. E ainda pergunta por quê?


London cruzou os braços e eu soube que ela estava brava com alguma coisa.


- Tem razão, eu não fui ao jantar ontem e não te procurei hoje o dia todo. – admitiu tranquilamente – Mas já passou pela sua cabeça que eu estou cansada de sempre ir até você?


- Do que você está falando? – eu perguntei


- Estou falando de um relacionamento John. – ela se alterou – Onde as duas partes precisam fazer sacrifícios.


- Eu faço sacrifícios por você! Eu... – gaguejei sem entender do que estava sendo acusado – Eu não estou entendo amor, o que eu fiz de errado?


London fechou os olhos e suspirou, passou uma das mãos pela face, em sinal de cansaço e voltou a me encarar.


- Vem aqui me dá um abraço. – ela ordenou com aquele ar de mandona que eu amava – Senti sua falta hoje.


Eu soltei o ar dos pulmões, aliviado e fui até ela, a abracei, rompendo aquela distância incômoda. Me afastei e a beijei ternamente. Nos amávamos, isso era fato, mas era fato também que tínhamos problemas.


- O que aconteceu? – eu perguntei mais tranqüilo, acariciando a face dela


- Tudo. – ela disse angustiada – E nada.


Eu lhe dei um beijo na testa.


- Vamos por partes então. – eu sugeri - Porque não apareceu ontem no jantar?


- Porque não me sinto bem na sua casa. – ela disse direta


- London, nós já conversamos sobre isso. – eu disse em tom cansado


- É, já conversamos. E você insiste em negar a verdade. – ela disse firme – Sua família não aprova nosso namoro, sua mãe não gosta de mim e eu sei. Então pára de tentar me esconder isso, chega John!


Eu me afastei e me virei de costas pra ela. Eu não queria admitir aquilo, porque admitir significava me dar por vencido e eu não podia aceitar. Odiava a forma como minha família a tratava, principalmente minha mãe, e não entendia como eles não conseguiam amá-la também. Eu queria que minha família entendesse que era ela a garota certa pra mim, que eu queria ela na minha vida pra sempre, mas eles não entendiam e aquilo me doía. Ela me abraçou por trás, colocando as mãos ao meu redor.


- Eu te amo por passar por cima de tudo isso pra ficar comigo, por tentar me proteger da verdade, mas não consigo mais fingir. – ela disse num sussurro beijando minhas costas – Nós não somos mais dois adolescentes vivendo uma paixão John, nós já somos adultos e odeio o fato de planejarmos nosso futuro escondido deles.


Eu me virei de frente pra ela novamente e as mãos dela permaneceram na minha cintura, enquanto eu segurava o rosto dela entre as mãos. Os olhos dela estavam úmidos e eu a beijei com carinho.


- Tudo bem. Você está certa. – eu disse vencido – Mas quero que você saiba que nada nesse mundo vai me fazer desistir de você, nem minha família inteira, nem se Voldemort voltasse hoje.


Ela riu me dando uma tapa.


- Não diga besteira. – disse e voltou a ficar séria – Eu só quero que você entenda quando eu não me sentir bem em ir até lá. Isso não quer dizer que eu nunca mais vou até lá, apenas que não vai ser mais tão freqüente.


Eu concordei.


- Eu vou passar a vir mais aqui então. – eu disse


- Não. – ela disse com cuidado – Não quero que você venha aqui, e você sabe por quê.


Eu balancei a cabeça. Sabia que ela não se sentia a vontade comigo ali. O pai dela tinha alguns problemas e ela sentia vergonha. Às vezes queria carregar ela daquele lugar, ela merecia muito mais, ela merecia tudo que sempre sonhou.


- Eu não vou agüentar ficar sem te ver. – eu disse tentando convencê-la


Os olhos dela voltaram a se encher de lágrimas, mas ela era durona e eu sabia disso também. Ela sorriu tristemente, brincando com a gola da minha camisa.


- Lembra quando falei sobre sermos adultos agora? – ela começou pacientemente com a voz trêmula e me encarou, eu concordei – Precisamos aceitar que as coisas nem sempre vão sair do nosso jeito, é assim que os adultos agem.


Eu ri, tentando disfarçar a tristeza.


- Eu sei como os adultos agem London Smith. – disse divertido e ela também riu


Eu sequei uma lágrima teimosa que caiu do olho dela e a beijei. Meu coração estava mais leve por saber que ela ainda estava comigo, mas parecia mais apertado por ter certeza de que nós teríamos uma longa batalha pela frente. Eu encerrei o beijo, me lembrando do nosso compromisso.


- Vá se arrumar. – eu disse a ela – Estamos atrasados.


Ela me olhou sem entender.


- Pra quê? – perguntou


- Vamos à boate hoje, estão todos te esperando. – contei e ela abriu um grande sorriso – Só queria que passássemos lá em casa antes. Tio Olívio chegou hoje, está louco pra te ver.


- Quando ele chegou? – ela disse animada


- Hoje de manhã. – eu respondi


- Quero muito vê-lo também, eu me lembro que gostava dele. – ela disse e eu concordei – Vou me trocar e você me espera no carro tudo bem?


Eu não protestei. Ela me levou até a porta e me deu um beijo antes de fechá-la. Eu me virei e fui em direção ao carro, uma BMW X5 com sete lugares, e sentei no banco do motorista pra esperar por ela. Algum tempo depois ela apareceu, linda como sempre, e entrou no carro.


- Sei que já te disse isso um milhão de vezes, mas você está linda. – eu a elogiei


Ela sorriu em agradecimento e eu dei partida no carro. Minha casa era um pouquinho longe, uns vinte minutos de carro.


- Como está o clima na sua casa? – ela quis saber


- Hoje em especial está ótimo. – eu contei prestando atenção ao caminho – Estamos todos muito animados com tio Olívio aí. Até tio Harry está de bom humor, nem parece que eles estiveram brigados durante dois anos.


Ouvi ela soltar uma risada.


- E como foi o jantar ontem? – perguntou


Eu dei de ombros.


- Acho que foi bom, não sei... – eu admiti – Eu não estava com a cabeça no jantar, estava preocupado com você.


Ela me olhou um tempo em silêncio.


- Me desculpe não ter avisado. – ela disse passando a mão em meus cabelos


Eu sorri e concordei, sem desviar meus olhos da rua.


- Tudo bem amor. Agora está tudo bem. – disse sincero – Mas acho que foi bom, Ann estava muito feliz hoje.


- E Rachel? – ela perguntou preocupada


- Você não vai acreditar quando te contar... – eu disse e narrei pra ela o que tinha acontecido


O caminho até em casa foi tranqüilo e em pouco tempo estávamos parados do lado de fora do portão. Toquei o interfone.


- Pois não? – ouvi a voz de Alexander


- Sou eu Alex. O John. – eu me identifiquei e o portão foi aberto


Parei o carro fora da garagem, já que íamos sair logo. Nós dois descemos e demos as mãos, caminhando até a entrada. Mal entramos e ela foi cumprimentada por Peter. Pelo menos meus primos gostavam dela e ela se sentia a vontade com eles.


- Cheiroso. – ela o elogiou


Ele fez uma pose.


- Obrigado. – disse convencido – E você está linda.


Eu o empurrei pra longe dela e ambos sorriram.


- Cai fora, anda! – eu mandei e ele se afastou


- Vou esperar no carro. – ele disse antes de sair pela porta


London ainda sorria quando adentramos a sala de visitas. Tio Olívio estava sentado conversando animadamente com Richard, quando ele nos viu entrar abriu um enorme sorriso e se levantou. London soltou sua mão da minha e se adiantou para cumprimentá-lo.


- London Smith. – ele disse afastando-a para encará-la – Você está uma mulher, e maravilhosa, diga-se de passagem.


Ela riu sem jeito.


- Obrigada Sr. Wood.


- Por favor, me chame de Olívio. – ele pediu mandando-a sentar – Assim eu me sinto velho. Acabei de dizer isso a Richard.


Eu e London cumprimentamos Richard.


- Tio, estamos com pressa, mas o senhor vai poder conversar com ela na festa. – eu disse – Onde estão todos?


- Peter disse que já estavam descendo. – ele disse – E eu e os adultos vamos jantar fora hoje. Eles já devem descer também.


- Ótimo. – eu disse e me virei para London – Você quer esperar no carro com Peter?


Ela concordou imediatamente.


- Eu também vou esperar lá Johnny. – disse Richard se levantando – Sr. Wo...desculpe. Olívio, foi um prazer conhecê-lo, o senhor é exatamente como Ann disse que era.


Tio Olívio sorriu e apertou a mão de Richard.


- Obrigado rapaz, tenham uma ótima noite. – ele disse – E não esqueça o que eu te disse.


Tio Olívio piscou para ele que concordou, e depois se virou para London.


- Espero mesmo te ver novamente London. – ele disse gentil


- Eu também Olívio. Fico feliz que o senhor esteja aqui. – ela retribuiu sincera


Eles se abraçaram e London e Richard se retiraram. Eu ia subir pra chamar o resto, mas tio Olívio me impediu.


- Espere John... Escuta, é impressão minha ou Peter não gosta muito do namorado da Ann? – ele perguntou


- Não foi impressão sua tio. – eu conformei – Ele sente ciúmes, mas Richard é um ótimo cara, Peter que gosta de implicar com ele.


Tio Olívio fez cara de quem tinha entendido.


- Ah tio, obrigado. – eu disse – Por receber London bem.


Ele balançou a cabeça.


- Porque eu não receberia Johnny boy? – ele perguntou – Você a ama e ela é adorável, isso é mais do que suficiente.


Eu lhe sorri agradecido, me despedi e me retirei. Cheguei ao primeiro degrau da escada e já ia subir quando os vi descendo. David, Ann e Rachel vinham à frente, enquanto Ben e Lizzie vinham mais atrás discutindo.


- Eu não estou dizendo que você está feia Lizzie, por Merlin! – disse Ben irritado – Até porque isso seria impossível!


Ela sorriu diante do elogio do irmão.


- Obrigada. – agradeceu o provocando


Ele suspirou nervoso e quando me viu notei que ele pedia ajuda. David passou por mim e me deu um tapa de consolo no ombro.


- John, ainda bem que você chegou. – disse Ben descendo as escadas depressa – Olha só pra essa roupa?


Ele apontou para Lizzie, que ainda vencia os últimos degraus. Ela estava com um vestido verde curtíssimo.


- Vá se trocar Lizzie. – eu mandei e ela gargalhou


- Vocês quatro são uns chatos! – disse divertida – Escuta Johnny, Peter já tentou me convencer, David também e Ben até agora não desistiu. E veja só, eu ainda estou usando o vestido! – terminou irônica


Ela terminou de descer as escadas e passou por nós dois, saindo pela porta. Eu olhei para Ben contrariado. Morríamos de ciúmes dela, a protegíamos de tudo e de todos, como se ela fosse uma bonequinha de porcelana prestes a se quebrar.


- Não podemos fazer muita coisa. – eu disse


- Use sua varinha, você já pode fazer magia fora de Hogwarts. – ele insistiu


Eu o encarei incrédulo e balancei a cabeça o reprovando.


- Ben, ficou louco? – eu disse ofendido – Eu não vou fazer isso! Ficamos de olho nela lá, não se preocupe.


Ele concordou nervoso e nós dois saímos também. Quando eu já estava perto do carro papai me chamou à porta de casa. Eu voltei correndo até lá.


- Oi pai.


- Tome cuidado. – ele disse preocupado – Dirigir não é brincadeira.


Tio Harry também apareceu ao lado dele, fechando o paletó.


- Muito cuidado John. – ele me preveniu – Principalmente se tiver repórteres do lado de fora, eles causam tumulto, você é o mais velho, tome conta dos outros. Pegou o controle do portão?


Eu concordei.


- Peguei. E pode deixar tio, pode deixar pai. – eu disse – Vou tomar cuidado. Até amanhã.


Eles acenaram enquanto eu voltava ao carro. Entrei e me sentei atrás do volante. London estava sentada na frente ao meu lado. Me virei para trás e abri um grande sorriso.


- Prontos pra diversão?


*****


Chegamos à porta da boate. A fila para entrada estava enorme, como de costume.


- Pare ali John. – disse Peter – Trevor está esperando pra pegar o carro.


Eu parei aonde ele tinha sugerido, onde Trevor, um dos funcionários da boate, estava parado nos aguardando. Desliguei o carro e eles começaram a descer. Trevor se postou ao lado da minha porta e eu desci.


- Boa noite Trevor. – eu desejei, entregando a chave a ele – Cuide bem dele.


- Boa noite Sr. Weasley, não se preocupe. – ele disse simpático


Eu dei a volta no carro e peguei a mão de London, me juntando aos outros. Ann e Richard também deram as mãos. Estávamos na direção da metade da fila e Richard começou a puxar Ann em direção ao final.


- Aonde você vai? – ela perguntou divertida


Ele a olhou confuso.


- Pro final da fila. – ele se justificou simples


Nós todos começamos a rir, era mesmo uma piada.


- Relaxa Richard. – disse Ben rindo – Nós não pegamos fila.


Começamos a andar em direção a entrada, passando pelas pessoas que ainda esperavam. Peter e Ben mexeram com um grupo de garotas que estavam na fila.


- Olá garotas. – disse Ben sorrindo


Elas sorriram.


- Estaremos lá dentro, esperando por vocês. – disse Peter andando de costas


- Vamos procurá-los. – disse uma loira


Eles sorriram charmosamente e nós continuamos a andar. London apertou minha mão.


- Você que ouse vir pra esse lugar sozinho algum dia e eu te mato. – disse ameaçadora – Ainda mais acompanhado desses dois.


Eu sorri e a beijei.


- Não se preocupe. – lhe garanti


Chegamos à porta de entrada. Mike estava de serviço naquela noite.


- Grande Mike. – disse Ben o cumprimentando


Ele era um homem bem grande, mas não metia medo em ninguém com aquele sorriso no rosto. Todos nós o cumprimentamos.


- Sabia que vocês apareceriam hoje. – disse pegando as pulseirinhas de Vips no pote


Começou a colocar as pulseiras em nossos pulsos.


- Minhas gatas Lizzie e Rachel. – disse colocando as pulseiras nelas – David Potter, meu garoto de ouro. – colocou no pulso de David – Ann e...- ele olhou para Richard – Você é o novo namorado dela?


Perguntou fazendo cara de mau, parecendo realmente assustador dessa vez. Richard riu nervoso e concordou. Ann riu e deu um tapa em Mike.


- Não o assuste Mike. – ela pediu


Mike voltou a rir e colocou a pulseira em Richard também. Os próximos eram Peter e Ben.


- Mike, está vendo aquelas garotas ali? – perguntou Peter enquanto colocava a pulseira


- Quais? – disse passando a pôr uma em Ben


- Aquelas, junto com a loira de preto. – disse Ben – Aquela gostosinha.


Mike riu com o comentário dele.


- Agora estou vendo. – ele confirmou


- Coloque-as na ala Vip também, certo? – pediu Peter – Você pode fazer isso por nós?


- Pode deixar garotos, vou mandá-las pra vocês. – ele disse divertido e os dois entraram


Eu e London fomos os últimos e estávamos rindo dos dois.


- Meu casal preferido. – ele disse colocando as pulseiras em nós


- Como vai Mike? – eu o cumprimentei rindo – Aqueles dois não tem jeito.


Ele balançou a cabeça.


- Você é que está certo. – disse se referindo a London – Tirou a sorte grande.


Ele piscou pra ela, que sorriu antes de entrarmos. Ben ainda estava logo a nossa frente. A boate estava razoavelmente cheia, mas iria encher realmente quando toda aquela gente do lado de fora entrasse. Eu pus a mão nas costas de London e a guiei. Ben permanecia parado e alcançamos ele.


- O que foi Ben? – perguntei irritado


Ele sorriu marotamente.


- Olha quem está ali! – disse apontando para uma garota a alguns metros de nós – A de vestido marrom.


Eu e London estreitamos os olhos para ver quem era. Eu o encarei entediado quando a reconheci, era Samantha Patrow, a garota que mais odiava Ben nesse mundo.


- Ben, deixe a garota em paz! – eu pedi ainda irritado – É por isso que ela te odeia.


Ele gargalhou e pôs a mão em meu ombro.


- E você sabe como eu amo o fato dela me odiar não sabe? – disse ainda a encarando – Eu vou até lá.


Nos comunicou e London revirou os olhos.


- Às vezes até eu o odeio por essas atitudes. – ela disse – Ele parece outra pessoa nessas horas.


- É eu sei. – eu disse chateado – Mas vamos subir, deixa o Ben pra lá.


Eu voltei a guiá-la, abrindo espaço entre algumas pessoas até alcançar as escadas que levavam ao andar da ala Vip. Cumprimentamos o segurança ao pé da escada e subimos rapidamente. O lugar estava ocupado pelas mesmas pessoas de sempre: filhos dos chefes de departamento do ministério, filhos do Ministro da magia e filhos de mais gente importante e rica. Avistei os garotos sentados na mesa que sempre sentávamos quando íamos lá e fui em direção a eles, na intenção de não cumprimentar ninguém, mas era meio difícil.


- Johnny... – me parou Willian Tudor, o filho mais velho do Ministro da Magia


Eu sorri agradavelmente ao reconhecê-lo, ele era mais simpático que o irmão.


- Olá Willian, como vai? – eu disse educado


- Bem, muito bem. – disse também muito educado – London, tudo bem?


Ela lhe sorriu como resposta, também cordialmente


- Que bom encontrá-los aqui. Seus primos não vieram? – perguntou


- Sim vieram, estão logo ali. – eu disse querendo me livrar dele, ele era uma boa pessoa, mas nós não éramos muito próximos


Ele balançou a cabeça e estava pronto pra se despedir, quando o desagradável do irmão dele se aproximou.


- Vejam só se não são John Weasley e a namoradinha dele. – disse com ar de superior


- Adam, por favor... – pediu Willian desconfortável


Adam Tudor era simplesmente uma das pessoas mais insuportáveis de Hogwarts, talvez a mais insuportável do planeta. Ele se achava superior por seu pai ser o Ministro.


- Ela tem nome Adam, e é London! – eu disse já irritado


Adam riu provocativo e eu rangi os dentes. Porque papai tinha que dar acesso Vip a todos aqueles idiotas. London colocou a mão no meu peito.


- Não vale a pena amor, deixa pra lá. – ela sussurrou no meu ouvido, suplicante


Eu continuei a encará-lo e Ben chegou pra me salvar, me impedido de voar no pescoço dele.


- Vejam se não é Adam Tudor. – disse Ben irônico, fazendo-o fechar a cara - O filho do futuro ex-Ministro da Magia!


Eu e London rimos.


- Oi Willian, como vai? – Ben o cumprimentou com um pouco mais de educação – Não se ofenda, o problema não é com você.


Willian balançou a cabeça, mas não disse nada.


- Estava mesmo faltando você pra estragar a festa Malfoy. – disse Adam com rancor


Ben riu alto, zombando dele. Eles dois tinham uma disputa pessoal, eram inimigos declarados.


- Não Adam, essa tarefa eu deixo pra minha irmãzinha. – o provocou Ben – Ela sempre estraga suas festas no final.


Adam era quem estava irritado agora. Isso porque ele era louco por Lizzie, mas ela não dava a mínima bola pra ele, ela o destratava na frente de qualquer um e ele amava ser pisado por ela, porque sempre depois de beber um pouco a mais ele corria pra se humilhar.


- Ai, essa doeu. – eu disse irritando-o ainda mais


Willian estava realmente incomodado com a situação e segurou o irmão pelo braço.


- Vamos Adam, você foi quem procurou. – disse puxando-o – Até mais garotos, até mais London.


Nós retribuímos e caímos na gargalhada.


- E é nessas horas que eu te amo Malfoy. – disse London a Ben


Ele ria orgulhoso.


- Garoto metido a besta. – disse com desprazer e voltou a sorrir – Mas vamos nos divertir, porque nós merecemos.


Ele apanhou um copo de wiskhy na bandeja de um garçom que passava e o virou. Eu balancei a cabeça reprovando, mas sorrindo. Aquela seria uma noite e tanto.

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