Pequenas Discussões Idiotas

Pequenas Discussões Idiotas



Oie!!!!


Tô tão feliz por terminar o novo cap! Ele tá meio chato, mas tudo bem...


Sei que vc's vão querer me matar quando terminarem a leitura, mas é só pra dar água na boca ...


Nossa! Ele é grandinho e espero que vc's tenham paciência pra ler e comentar tmb!


Desculpem-me qualquer erro, eu terminei agora e não revisei, tá?!


Chega de papo, ao cap 8:




Pequenas Discussões Idiotas

-Érica escovou os dentes?

-Sim papai... E também tô levando um jogo de xadrez, será que Maycon sabe jogar?

-Deve saber. Mas agora vamos, tenho que voltar cedo.

-Por que?

-Porque sim.

-Tá bom...


Em poucos minutos estavam na casa de Hermione. E Harry já estava com vontade de voltar pra sua. Observando com mais atenção constatou que a sala estava com cacos de vidro e luminárias quebradas.

-Vamos, pai.

-Estou indo... – Ele voltou-se pra filha e a seguiu.

Érica bateu na porta do quarto e foi atendida por uma Gina sorridente.

-Ele acordou há meia hora. Hermione já tratou de lhe dar um banho e comida. Nem parece que ficou a noite inteira desacordado.

-Que ótimo! – Érica exclamou. – Então ele vai poder jogar comigo!

-Que bom que vocês chegaram. – Hermione dirigiu-se precisamente para Érica.

-Onde está Maycon? – Harry perguntou. – Posso examiná-lo?

-Eu agradeceria se você o fizesse. Ele está na cama, por que vocês não entram?

-Obrigado. – Harry percebeu que Hermione estava calma e até se atrevia a sorrir, seus olhos, não mais inchados, irradiavam calma e suavidade. Estava mais composta e não estava mais com a roupa da festa.

Harry dirigiu-se para a cama.

-E ai campeão! Como está se sentindo?

-Quebrado... – Ele falou sorrindo. – Minha cabeça dói.

-Você não falou isso pra mim! – Hermione falou.

-Não queria preocupar a Sra...

-Bem, isso é normal. – Depois disse como em tom confidencial. - Não sei se te contaram, mas eu vivia fazendo magias involuntárias quando criança. – O menino balançou a cabeça, dizendo que não. – Imaginava isso. Mas vamos aos testes.

Depois de alguns exames típicos, Harry disse que ele só precisava de repouso.

-Mione, eu peço desculpas, mas tenho que trabalhar. Você se importa? – Hermione lhe lançou um olhar de ‘o que posso fazer?’

-Sem problemas. – Ela disse, contudo implorava que Gina ficasse, em pensamento.

-Então tchau, amor. – Ela disse dando um beijo no rosto de Hermione. – Mais tarde venho de ver, Maycon. E espero que já esteja melhor, assim a gente pode tomar sorvete.

-Tá! Eu vou estar melhor! – Ele exclamou. Ela deu uma piscadela e aparatou.

-E então você sabe jogar xadrez?

-Sei sim, Érica.

-Que tal uma partida? – Ela perguntou sentando de lado na cama.

-Seria legal. Ficar sem fazer nada é um saco...

-Você não vai trabalhar? – Harry perguntou olhando pras crianças.

-Não. Vou ficar com meu filho.

-Se quiser, posso ficar com eles. Estou de licença e como Érica não está estudando...

-Não será preciso... Mas lhe agradeço.

-Já avisou que não irá comparecer? – Ele perguntou olhando de lado pra ela.

Ela fechou os olhos. – Eu nem tomei café... – Disse baixo.

-Pode ir, então. Eu fico olhando eles.

-Não...

-Não sou um irresponsável, sabe... – Disse calmamente. - Cuido de Érica há dois anos sozinho, e nunca tive problemas.

-Eu não quis dizer isso...

-Se você não confia, não que me sinta mal com isso, é só falar.

-Você está pondo palavras em minha boca. Em nenhum momento disse isso.

Ele finalmente a olhou.

-Mas pensou. – Falando isso ele se dirigiu as crianças, que estavam entretidas demais pra repararem no que acontecia à volta delas. – E então como está esse jogo? – Hermione o olhou muito feio, ele sempre entendia tudo errado.

-Ela comeu um cavalo meu, e eu um bispo dela.

-Sem querendo interromper, mas já interrompendo. – Ela disse fingindo calmaria. – Vocês aceitam alguma coisa?

-Não, muito obrigado. Mione. –Disse Érica. Harry e Maycon balançaram a cabeça. – Então eu vou arrumar algumas coisas e daqui a pouco volto. – Eles já não ouviam.

*****


Hermione estava perturbada.


Como ele podia ser tão contraditório? Em uma noite ele a tratou rudemente, depois a consolou e agora estava sendo o ‘coitado’? Ele tinha que resolver. Tá certo que ela não queria que o filho ficasse com ele, mas por que? Sempre soube que podia confiar em Harry até de baixo d’água, que mesmo ele a ‘renegando’ como amiga, ou seja lá o que ela se considerava pra ele, Harry sempre faria de tudo pra ajudá-la. Então por que essa desconfiança? Talvez ciúme do filho, ou ainda, medo de que pudesse se magoar, ou melhor, magoa-lo novamente. Ela não agüentaria passar novamente pelos olhares frios que ele lhe lançava quando precisavam falar ou das monossílabas que ele dizia quando ela tentava ter uma conversa ‘normal’ (isto é, como antes da briga) com nele, era tão doloroso...


Não podia negar que nem de longo tivera uma conversa como antigamente, mas na noite anterior quase pôde ver o mesmo Harry de doze anos atrás, aquele que brincava e sorria com ela, aquele que sempre fora seu amigo e se preocupava com ela mais que o suficiente, que não queria vê-la chorar ou sofrer... Aquele que sempre estaria ali pra ela.


Ela balançou a cabeça quando despachou sua coruja para o banco, dizendo que não poderia comparecer. Como conseguira escrever aquela carta, não sabia, seus pensamentos estavam tão distantes, ou melhor, vagando por um certo moreno de olhos muito verdes. Logo depois que mandou a carta, dando ordens pra que a coruja fosse o mais rápido possível, se dirigiu para cozinha e fez café, já havia tomado banho, enquanto Gina estava olhando seu filho, e percebeu estar faminta.

Andava de um lado para o outro da cozinha, maldita hora que deu licença pro mordomo...

-Onde tem água?

-Ai. Droga... – Hermione murmurou, acabara de cortar a mão porque se assustou com Harry, que chegara naquele momento. – Em cima da mesa tem água gelada. – Disse apontando pra mesa com a mão sadia, e tentando estancar o ferimento da mão. – E no filtro tem água na temperatura ambiente... Têm copos na pia.


Harry foi até a pia e encontrou alguns copos lá, os lavou, secou e foi até a mesa para colocar água, depois foi ao filtro e misturou as água. Quando estava saindo olhou pra Hermione, esta estava mais preocupada com seu machucado do que com o que ele fazia. Ele balançou a cabeça, colocou os copos a um canto e se dirigiu a ela.

-Você está fazendo errado. Me dê sua mão.

-Não, não precisa. Hum... Eu consigo. – Disse atrapalhada.

-Não seja boba. - Ele disse pegando a mão dela. – Não é assim que se estanca sangue. – Ele disse conjurando uma maleta de primeiros socorros. Harry estancava o sangue sob protesto dela.

-Sério, não precisa. Eu faço isso. – Ele não lhe deu ouvidos. Enquanto ela ainda falava, lavou o local.

-Se você parar de se mexer, ficaria agradecido. Além de meu trabalho diminuir. – Hermione parou de tentar puxar a mão que Harry segurava firmemente. – Muito obrigado. Sra. ‘Eu posso sozinha’. – Hermione abriu a boca pra retrucar, mas se entreteve com o sorriso de Harry, que ainda prestava atenção a mão da mulher. Ela virou um pouco a cabeça para observá-lo melhor, tinha um belo sorriso e lábios muito convidativos... Ela desviou o olhar com a testa franzida, pensando o quanto era estranho observar esse detalhe.


Enquanto isso Harry esterilizou e pôs atadura no local. Ela votou a olhar para sua mão e sem reação, já estava pronto, sem contar que havia parado de arder a tempo. – Daqui a alguns minutos já estará boa e você poderá tirar a atadura.

-Eu poderia ter feito isso... – Ela mordeu o lábio inferior.

-É, eu sei. – Harry disse erguendo uma sobrancelha. – Você sempre pode.

-Não precisa ser irônico!

-É de minha natureza... Ironia sempre.

-Seria bom parar com isso.

-Você não manda em mim... – Ele disse com simplicidade.

-É só um conselho. – Era a segunda pessoa que a lembrava que não era a dona dos pensamentos ou atitudes deles.

-Guarde pra quem precisar. – Ele disse pegando os copos de água. – E você nem sabia como proceder com o ferimento mesmo, de fato.


Hermione ficou ali, encarando onde, há alguns segundos, se encontravam as costas de Harry. Como ele ainda tinha o poder de deixá-la sem resposta ou confusa? Como ainda podia influencia-la tanto ou magoa-la, feri-la de modo que mais ninguém sabia ou saberia fazer? Hermione se distanciou desses pensamentos e foi (tentar) tomar café da manhã.

*****

Meia hora havia se passado. Como já tinha organizado a sala e a cozinha, Hermione foi pro quarto.

-Isso não é não cachorro nem aqui nem na china! – Érica exclamou.

-Bem, se a gente virar a cabeça pra esquerda e depois pra direita... – Disse Harry que estava sentado no chão.

-Ah! Vamos lá. Não ficou tão ruim. – Maycon falou.

-Eu juro que pensei que fosse um elfo doméstico... – Érica confessou.

-O que importa é que é a sua vez, Harry. – Harry havia conjurado um quadro negro pra os meninos brincarem.

-Vamos lá... O que posso desenhar?

-Uma dica! Dá uma dica.

-É muito fácil... Vocês o conhecem muito bem, ao menos Érica. – Ele fez uma caricatura.

-Sr. Hert (professor de ciência deles)?

-Silvia?

-Não! Parece um homem.

-Errado pros dois. – Harry sorriu. – Vou ganhar os doce! – Então os meninos começaram a chutar pessoas, e erram todos. – Sem nenhuma idéia? Acho que os doces são meus.

-Quem desenhou a caricatura do Rony no quadro? ficou muito bom... – Hermione perguntou entrando no quarto e olhando pras crianças.

-Pai, era o tio Rony? – Érica perguntou depois de olhar o quadro novamente, bem que parecia...

-Era sim. – Disse contrariado.

-Então o doce é da Mione.

-Ei, perai. Minha mãe não tava brincando.

-Mas ela acertou. – Disse Érica convicta.

-Do que estão falando?

-Você acertou quem era a pessoa do jogo, então ganha. – Harry disse lhe dando um saco de balas da ‘Dedos de mel’, por coincidência os que ela mais gostava...

-Mas eu não estava brincando...

-Você acertou, você leva. – Harry disse obstinado, empurrando os doces de volta pra ela.

-Mas não é justo com as crianças.

-Na verdade, não é justo com o Harry. Ele que ficaria com os doces.

-Então é seu.

-Você venceu! É seu. E acho que já tomamos muito tempo de vocês, vamos Érica, está na hora de irmos.

-Eu me recuso a deixá-los ir sem te devolver os doces.

Érica e Maycon se olharam cúmplices, pelo que conheciam dos pais poderiam ficar ali horas e horas. Eram tão teimosos...

-Não é seu!

-Meu não. Você ganhou!

-Por que vocês não dividem? – Os adultos se olharam, com relutância, acabaram dividindo...

-Até quarta, então.

-Até...

-Um bom dia pra vocês.

-Agradeço pela visita...

*****

-Papai, eu esqueci o meu tabuleiro de xadrez... Vamos pa...

-Quarta –feira você pega. –Harry disse. – Agora vá trocar de roupa, me espere lá que iremos estudar um pouco.

-Certo.
__________

-Mãe. A Érica esqueceu o tabuleiro dela aqui. Será que...?

-Me dê ele. Eu vejo o que posso fazer... Como você está se sentindo?

-Bem, mas estou cansada de ficar na cama...

-Você vai ter que ficar um pouco mais. Vou lá embaixo e você fica aqui quieto, hein?! Eu saberei se você não ficar.

-Certo, mamãe... –Maycon falou em desanimo. Qual, afinal de contas, era o truque dela? Como poderia saber tudo?

-Não. Hermione. Olhe nos meus olhos. – Disse Harry calmamente. – Se concentre em entrar em minha mente.

-Estou tentando. – Arfou ela. – Mas você pratica oclumencia e legimencia a tempo! Eu não tenho chance.

-Ah! Você tem sim! Nem que nós fiquemos nessa sala a noite inteira. Hermione, você pode! Confie em si mesma. Você nunca deixou de fazer nada... – Ele ficou pensativo. – A não ser quadribol, mas isso não vem ao caso, não agora... Vamos lá, mais uma vez. Olhe nos meus olhos.

-Tá... –Ela disse sem ânimo.

-O que é isso? – Harry perguntou descontraído. – Devolva minha Hermione, aquela que não desiste e que me ensinou o feitiço de convocação. – Harry sorriu. - Você já aprendeu oclumencia, não foi? Vamos lá, só mais uma vez...

-Certo. *Legilimens*! – Hermione exclamou.

A sala precisa flutuou diante dos olhos verdes e desapareceu; algumas imagens passaram por sua mente em alta velocidade.
Eles brincando de guerra de neve, discutindo a importância de adivinhação (e chegando a conclusão que não valia de nada...).

-Chega. – Harry murmurou. – Parabéns Hermione! Você conseguiu. – Claro que ele não falaria que não estava usando oclumencia.

Hermione estava exausta, mas com um sorriso enorme de satisfação e agradecimento.

-Graças a você! Muito obrigado Harry! – E Harry se viu novamente apertado nos braços da amiga.


*****

-É, acho que terei que ir lá... Mas e se ele não gostar? – ‘Você tem a desculpa de levar o tabuleiro, quero dizer, você está fazendo um favor! Não é desculpa...’ – Isso, eu estou fazendo um favor... – Pensou em Harry e se concentrou nele, e finalmente, livre de dúvidas aparatou.
__________

-Er... Com licença. – Hermione falou, estava na sala de estar dos Potter.

-O que está fazendo aqui? – Harry perguntou meio alarmado levantando-se abruptamente do sofá onde estava, fazendo Mione pular pra trás. Ninguém, exceto os Weasley’s, sabia onde morava. Hermione ergueu o tabuleiro, depois do susto.

-Vim lhe entregar.

-Não precisava. Maycon poderia entregar a Érica quarta. Mas obrigado pela preocupação.

-Achei que Érica gostava muito do seu jogo e... – Por que não pensou nisso? Sentia-se tola agora...

-Não é necessário explicação.

-Eu só... – Falou respirando fundo e falando pausadamente continuou. – Estava querendo entregar isso, Ok?!

-Certo, já entregou.

Hermione repreendia-se mentalmente por pensar que poderia voltar as boas com Harry... Estava preste a voltar pra casa quando a voz dele cortou o ar.

-Gostaria que não mais voltasse aqui.

-Eu não pretendia de qualquer modo. – Ela encolheu os ombros, revolta em seus olhos. – Só estava fazendo um favor, Potter.

-Agora estamos quites. Não que você precisasse fazer algo pra igualar nosso status, porque ajudei seu filho como ajudaria qualquer pessoa.

-Não fiz isso, para ficar ‘quite’ com você. Só trouxe essa... – Respirou pesado. – coisa, pela Érica. E não por qualquer outro motivo que você possa estar a pensar.

-Não pensei em nada. Você é que acha que estou pensando...

-Isso está ficando idiota... Já fiz o que tinha que fazer, meu filho está em casa sozinho não posso ficar aqui com discussões infantis com você, novamente.

-Hu... Sra. ‘Responsabilidade’. – Ele zombou. Era tão fácil irritá-la e de alguma forma tomou gosto pela coisa.

-Pare com isso.

-E você abaixe esse dedo! –Ele falou indignado.

-E o que você vai fazer se eu não abaixar? – Era idiota, mas ele a tirava do sério. Harry aproximou-se e a forçou a abaixa-lo.

-Você não sabe do que sou capaz. – Ele murmurou olhando nos olhos dela.

-Esquecei a sua promessa? – Ela o encarava corajosamente, seus rostos a centímetros.

-Eu quero te lembrar uma coisa... – Ela observou ódio nos olhos do homem. Ele continuou num tom perigoso. – Não se aproxime de mim ou da minha filha.

-Você não pode me impedir. Por alguma razão eu gosto demais da sua filha, mesmo a conhecendo há pouco tempo.

-Não quero te ver novamente aqui. Porque eu odeio você. – Ela prendeu a respiração, Harry não havia tirado os olhos dos dela um segundo sequer. Contudo, ele não estava mais com aquele olhar de ódio, havia mudado para um que Mione desconhecia.

-Você é... Repugnante. – Ela soluçou. – Não pode esquecer os erros de alguém? – Ela se forçou a não chorar.

-Posso. Mas não quero. – Olhos dele perpassaram velozmente pelos lábios da mulher, tanto que ela se perguntou se foi o efeito da luz refletida dos óculos do homem.


A proximidade deles aumentava e não parecia que percebiam a situação. Estavam tão próximos agora, que a única coisa que podiam ver nitidamente eram seus olhos... Os verdes e os castanhos, não paravam de se encarar e mergulharam uns nos outros. Qualquer pensamento era dispensável ou inerte. As mãos de Harry automaticamente buscaram a cintura de Hermione e lá repousaram. Ela engoliu em seco e arrepiou-se quando sentiu as mãos dele a puxarem pra si. Onde estava toda a raiva que vira há alguns segundos, minutos ou horas, ela não sabia há quando tempo estava ali... Instintivamente pôs as suas próprias no ombro dele. Seus lábios estavam a ponto de se tocar...

(continua)
*****
^^

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