Encontros Propositais



Fic: Um Dia Especial

Autora: Yasmin

Cap.10 - Encontros Propositais




A segunda feira depois de tantas conversas, pensamentos e discussões passou voando. Logo era noite e Harry e Érica ainda estavam estudando.

Depois de um longo bocejo da filha, Harry decidiu que ela já podia dormir, pois já tinham jantado. E ela foi, satisfeita (e com muito sono) pra cama (depois de escovar os dentes), Harry bem que tentou... Mas estranhamente parecia que estava ‘elétrico’ demais para dormir. Sem sono e depois de revirar na cama por mais de duas horas, resolveu fazer algo que não costumava, primeiro porque não tinha tempo, segundo porque não gostava, ele foi ver televisão.



-Como imaginava... Nada de interessante. – Ele bufou, desligando-a. – É, acho que vou adiantar o trabalho. Tenho mesmo que testar aquele feitiço. Com ninguém pra atrapalhar posso me concentrar mais. – Ele então se dirigiu para seu laboratório.



Harry trancou a porta e pela primeira vez não estava feliz por estar naquele local. Ignorando isso, ele foi até uma mesa grande e mexeu nos pergaminhos que estavam em cima dela, quando finalmente achou seus apontamentos, sentou numa cadeira confortável e ficou analisando-os, depois de uma olhava foi até uma estante, que estava próxima a porta, e nela havia livros de diversas finalidades.

Pegou um livro de couro grosso, intitulado ‘Chegando ao desconhecido’, o abriu na página 913, onde um parágrafo estava grifado. Seus olhos passaram e passaram pela mesma linha tantas vezes que ele estava já enjoado e do mesmo modo, não conseguiu absorver nada do que estava escrito ali, fechou a boca e o livro com força, fechou os olhos em frustração, pr’aqui só tinha uma solução, poção sonífera. Mas o problema era que seu estoque havia acabado e era demasiado trabalhoso fazer uma, além de não ficar pronta no mesmo dia, e Harry queria uma solução rápida e prática, sem precisar sujar nada.

Pelo jeito a solução era ficar na cama e, na marra, dormir...



Como se não bastasse a falta de sono, toda vez que fechava os olhos lembrava de uma situação onde Hermione sempre estava, alegre (onde ela sorria muito) ou triste (onde ela sempre estava a consolá-lo). Depois de abraços e beijos (na bochecha) trocados por eles (que não eram poucos), as brigas tolas e depois ele pôde sentir o cheiro de canela que ela emanava desde que eram crianças, nossa! Como ele gostava daquele perfume, era simplesmente Hermione. Ele poderia distinguir aquela fragrância mesmo que não sentisse há anos ou inúmeras diferentes estivessem no mesmo lugar e toda vez que a sentia, era Hermione que via a sua frente ou vinha em pensamentos. Aquilo estava impregnado nele e duvidava que com um banho pudesse evaporar, sumir, ser esquecido. Com a mente voltada para a morena de cabelos encaracolados e olhar penetrante, conseguiu dormir e como não foi surpresa, sonhou com ela...



*****



A quarta-feira chegou e com ela o dinamismo de Érica (que não era pouco) pareceu se expandir. Eram seis horas e a menina já estava acordada checando o material escolar.



-Livro de matemática? Na bolsa. Estojo? Na bolsa. Dinheiro? Hum... –Ele procurou e nada. – Acho que tenho que pedir ao papai...



_____________



-Bom dia! – Harry exclamou quando a menina chegou a cozinha.



-Bom dia. – Disse dando um beijo na bochecha do pai. – Ah! Pai, meu dinheiro de lanche.



-Tinha me esquecido... – Ele foi ver na carteira. – Aqui.



-Obrigado. E... Vamos ao beco diagonal quando o senhor chegar do trabalho? Eu queria comprar um livro. – Harry ergueu a sobrancelha.



-Esqueceu que está de castigo até sexta?



-Bem... Não. Mas eu pensei que o Sr. tinha esquecido... – Disse corando.



-Eu vou pensar no seu caso, mocinha. Mas o que quer comprar?



-Bem, o Sr. já me deu a mesada desse mês eu queria comprar um livro de poções, um de DCAT, um de transfiguração e um de história da magia.



Harry sorriu. Não conhecia nenhuma criança que comprasse livros com a mesada, só a sua Érica e não podia negar que se orgulhava disso.



-Vamos, coma que hoje eu te levo pro colégio. Mas Jonnas (motorista de Érica), irá pegar você. E Marisa estará aqui pra qualquer coisa.



-Tá bom. Hoje o Sr. chega tarde?



-Tudo indica.



-Quer que eu espere pra jantarmos juntos?



-Não, querida. Não precisa.



*****



Sete horas já estavam na frente da escola.



-E nada de brigas hoje, Ok?! – Disse Harry dando um beijinho na menina, que sorriu.



-Esqueceu que eu sou amiga do Maycon agora? Só se alguém vier brigar comigo, mas com meu histórico... Acho que não. – Ela brincou.



-Até mais tarde, então. E nada de livros de feitiços. – Ele murmurou. –Lembre-se: Eu saberei... – Ele disse com um olhar de ‘nada escapa’. Érica deu um sorriso amarelo.



Harry entrou no carro e logo tinha ido para o ministério, Érica suspirou e foi andando pra sala de aula.



-Tomara que ele não chegue muito cansado. – Ela falava baixinho. – Não gosto quando ele chega cansado. Papai trabalha demais...



Em minutos chegou na sala e foi cumprimentada pelas crianças que estavam lá.



-Érica. Ontem liguei pra você a tarde inteira. – Disse Silvia. – Mas ninguém atendia.



-É eu saí com meu pai. Mas o que queria?



-Te dar a matéria de segunda e terça.



-Sem problema, eu pego hoje. – Ela deu uma piscadela e voltou sua vista pra porta, onde Maycon acabava de entrar com Hermione. Érica deu um largo sorriso, a amiga seguiu o que a menina olhava e engasgou quando viu Maycon e a mãe.



-Érica! Então acabou a suspensão? –Hermione perguntou descontraída dando um beijo no gosta dela.



-Graças a Me... Deus! – Ela disse espontânea. - E você, Maycon, está melhor?



-Bem melhor! Você não sabe, Tio Rony foi me visitar lá. E me contou um monte de histórias do seu pai! – Ele disse empolgado. O queixo de muitos alunos caiu, eles estavam conversando como amigos?



-Crianças, eu tenho que ir. Mais tarde venho te pegar Maycon.



-Mãe, a Érica pode ir lá em casa hoje? Ela tem que pegar a matéria de ontem e a gente podia estudar.



-O que acha? – Hermione perguntou pra Érica.



-Ah! Eu não posso. –Ela disse desapontada. – Papai não está em casa...



-Mas minha mãe poderia pedir a ele! – O menino disse convicto. Hermione já não sabia se era uma boa idéia.



-Pode? – Érica perguntou em expectativa.



-Claro. Mas você pode me dar o número dele? – Hermione abriu a bolsa e pegou uma agenda.



-Tá. – E Érica deu.



-Um minuto que eu já dou a resposta. –Hermione saiu pra criar coragem pra telefonar pra Harry.



__________



-Você tem que me contar. O que o Tio Rony falou?



-Foi sobre o gigant...-Ele ia falando mais tinha pessoas observando.



Silvia, na cara-de-pau, puxou a menina pra um canto.



-Você está bem?



-Tô! Por que?



-Você tá falando com Maycon Malfoy!



-E daí?!



-Como ‘e daí?’ Você, brigados, soco, suspensão. Lembra?



-Ah! – Érica abanou as mãos. – Já faz tempo. Até tinha esquecido. Agora vem, ele não é tão mal quanto você pensa.



-Você não vai me convencer. – Ela disse.

___________



-Olá! Harry. Aqui é Hermione, aquela ex. amiga que você beijou segunda... Não, não.- Ela treinava. – Harry, eu sou Hermione, a mãe do Maycon... Não, ele sabe quem eu sou, muito bem! – Desistindo de arrumar uma forma de ‘encarar’ Harry, ela decidiu telefonar.



-Potter falando.



-Alo. Harry. É a Hermione. – Ela fechou os olhos, não tava bom. Ela correria o risco dele bater o telefone na cara dela? – Harry? – Ele estava calado.



-Estou ouvindo.



-Bem, - Ela respirou fundo.- Malcon chamou Érica para passar o dia lá em casa. E estou ligando pra pedir autorização. Eles querem estudar a matéria de ontem, que ela perdeu. Você se importa?



Harry pensou. ‘Pelo menos não ficaria em casa sozinha.’



-Tudo bem.



-Então eu a leve na sua casa. Às cinco?



-Bem, acho melhor eu pegá-la ai, porque posso sair tarde. –Então ele lembrou. - Hum... Problema. Acho melhor ela não ir.



-Por que? – Hermione perguntou sem entender.



-Hoje eu chego tarde do trabalho.



-E o que é que tem? Melhor ainda. Assim ela fica em minha companhia e de Maycon.



-Não quero causar trabalho.



-Érica é um amor de menina. Não causa incomodo.



-Então está bem... – Ele disse devagar. - Então acho melhor eu pegá-la em sua casa.



-Tudo bem.



Quando Harry ia desligar. Hermione se lembrou do óbvio.



-Você não quer o endereço? Ou virá por pó de flú?



-Não eu vou de carro mesmo. Pode passar o endereço.

__________



Silvia por alguma razão tinha criado birra com Maycon, que não entendia nada.



Hermione depois de alguns minutos chegou.



-E então? –O menino perguntou.



-Ele deixou. E disse que vai pegar Érica quando sair do trabalho.



-Mas hoje ele trabalha até tarde!



-Melhor ainda! Assim a gente estuda e brinca mais!



-Mas Mione – Érica falou mais uma vez. – Eu só estou com o uniforme do colégio.



-Nós passamos na sua casa pra pegar uma roupa. Você tem a chave?



-Tenho sim. E também a Marisa tá lá.



-Marisa? –Hermione perguntou curiosa ‘de certo uma ‘amiguinha’’



-É. Nossa cozinheira. – Hermione corou ao perceber que pensou alto e refletiu pelo lado negativo (não que ter uma amiga seja mau, mas é mau quando se trata de Harry Potter...). As crianças estavam tão animadas e fazendo planos que nem repararam no rubro do rosto da mulher. –Então tchau, meninos. Até mais tarde.



-Você vai trabalhar, Mione?



-Não, hoje eu estou de folga.



Crianças ainda estavam chocadas com o que presenciaram. Fazendo os dois ‘protagonistas’ rirem muito.



A aula transcorreu normalmente (a não ser pelos bilhetinhos que de minuto em minuto eram troados por Érica e Maycon). Logo, a tarde chegou e Hermione foi buscá-los.



-Primeiro vamos à casa de Érica pegar uma roupa pra ela. – Disse ela. – E então Érica, onde fica sua casa?



Chegaram lá em quinze minutos de carro.



-Entrem... Eu vou lá encima rapidinho.



-Érica, você quer almoçar agora?



-Ah! Deixa eu apresentar. – Ela disse quando uma senhora entrou na sala. –Essa é a Marisa. Marisa, esses são Hermione e Maycon.



-Muito prazer em conhece-la Marisa.



-É todo meu, senhora.



Hermione pareceu realmente aliviada de saber que a tal Marisa não tinha chance com Harry, tinha a idade de ser sua mãe.



-Marisa. Hoje vou passar o dia na casa de Hermione. Papai não avisou?



-Não.



-Vou ligar pra ele. – Érica disse. – Pai. Tudo bom? O senhor não avisou pra Marisa que eu ia passar o dia na casa da Mione? Tá eu passo pra ela. Marisa quer falar com você.



-Sr. Potter? Estou ouvindo. Certo. Não fazer? E se o senhor chegar cedo? Ok.



O rosto de Érica pareceu se chatear, o pai não chegaria tão cedo.



-Érica, vá pegar as coisas. –Hermione disse.



-Eu tinha me esquecido...

__________



Quando chegaram em casa tomaram banho e foram almoçar.



-Está muito gostoso, Mione.



-Eu gosto de cozinhar. E faço o almoço e jantar quando tenho tempo.



-Eu também gosto. Papai já me ensinou um monte de coisas.



-Mesmo?



-Ele me ensina muito sabe, de tudo. Mal posso esperar para ir a Hogwarts, ele já me falou de um monte de feitiços e poções.



-Você gosta de poções? – Maycon perguntou.



-Eu gosto de tudo. Poções é tão interessante... – Os olhos dela brilharam. – Fico me imaginando quando crescer. Quero ser uma grande feiticeira. Pra meu pai se orgulhar de mim.



-Você gosta mesmo dele não é? – Maycon perguntou.



-Como poderia não gostar? Ele é demais e não é porque é meu pai. Mas eu o amo muito, o adoro.



-Mudando de assunto. Como vi que comeram tudo, então tem direito a sobre-mesa.



-E o que é mãe?



-Torta de abóbora.



-Hum. Eu amo torta.

_____________



O dia passou estranhamente rápido, as crianças estudaram, brincaram e lancharam. Com facilidade veio a noite e Harry chegou.



-Boa noite. – Ele falou quando Hermione abriu a porta. Ele estava com um sobretudo negro e o cabelo totalmente despenteado, estava com uma cara cansada. Tinha o rosto rosado, ela supôs que era o frio.



-Boa. É, entra. Os meninos estão lá encima. – Ela disse se afastando e constrangida. – Meninos!

__________________________



-Calma aê. – Disse Érica. – Como você conhece o Tio Rony?



-Minha mãe é muito amiga da família Weasley. É considerada uma filha.



-Ei, pai também! Mas como então não nos conhecemos antes?



-Eu não sei... Minha mãe é amiga do tio Rony desde que entrou em Hogwarts.



-E meu pai também! Não pode ser coincidência... Meu pai nunca falou de Hogwarts.



-Minha mãe evita falar. – Ele disse pensativo. – Aí tem coisa...



-Meninos.



-Sua mãe está chamando, vamos.



-Mas ainda nem terminamos o jogo...



-Mas é uma boa chance de perguntar pra ela sobre Hogwarts, não acha?

_________________________



-Estamos indo Mãe! – Veio a voz de lá de cima.



-Senta ai. – Hermione disse mostrando o sofá. – Quer alguma coisa?



-Água seria bom. – Ele disse sentando-se. Hermione logo veio, mas não com água, trouxe suco de abóbora.



-A água está quente... – Explicou quando ele a olhou com curiosidade.



-Obrigado. –Ele pegou com a mão esquerda.



Ela sentou-se em uma poltrona, que estava pouco próxima ao sofá.



-Érica se comportou? – Harry perguntou depois de beber um gole do suco.



-Sim. Eles estudaram quase a tarde inteira.



-É, Érica gosta muito de estudar.



-E de você. – Hermione disse olhando pra ele. – Falou muito de você. Estava preocupa por você chegar tarde.



Harry sorriu, - Ela não gosta que eu chegue tarde, diz que prejudica meu ânimo.



-Você parece cansado. – Disse casualmente.



-Trabalhei o dia inteiro, é meu normal.



O silêncio instalou-se entre eles.



-Pronto, mãe. O que a senhora queria?



-O pai de Érica chegou, veio buscá-la.



-Mas já? Nós ainda não terminamos o jogo de xadrez... –Disse Maycon.



-Papai! Que saudade. –A menina correu pra abraçar o pai. Quando o abraçou, ele fez uma pequena careta, que só Hermione percebeu.



-Como está querida?



-Muito bem. Estava jogando xadrez com Maycon.



-Como vai? – Harry perguntou pro menino.



-Muito bem. O senhor deixa a Érica terminar essa partida?



-Claro que deixa, não é?! – Hermione se meteu. – Vão lá encima e terminem a partida, depois Érica pegue sua roupa e desçam.



Quando os meninos saíram...



-Por que fez isso?



-Queria que sua filha percebesse que estava ferido?



-Como...? Não sei do que está falando.



-Vamos Harry. Eu vi quando Érica te abraçou. – Disse indo até ele.



-O que você vai fazer? – Hermione tinha pegado a mão esquerda dele.



-Venha pra cozinha. Quero ver esse machucado.



-Não tem machucado algum.



-É mesmo? – Então ela apertou o braço direito dele.



-Você está louca. – Ele falou se afastando. E segurando o braço.



-Não tenho tempo pra te amarrar. Então colabora, Ok?! –Hermione foi até ele novamente e o puxou para cozinha, ainda sob protestos dele. – Eles daqui a pouco descem. Se Érica perceber, ela fará muitas perguntas que você não quer responder, não é mesmo? – Isso o fez parar por um minuto.



-Tem razão.



-Eu sempre tenho razão.



-Por que você é tão metida?



-Pelo mesmo motivo de você ser irônico. – Ela disse de forma casual. – E eu não sou metida, só sei minha capacidade.



Harry balançou a cabeça descrente. – Sem discussões.



-Se deu por vencido, Potter? – Ela ergueu a sobrancelha.



-Eu n... O que está fazendo?



-Tirando o seu casaco. –Disse simplesmente.



-Isso eu sei.



-Então por que perguntou? – Disse ainda tirando o sobretudo dele, cuidadosamente. – Você não quer fazer o curativo com ele por cima não é? – Depois de tirar, ela tirou sua blusa manga comprida (que por sinal estava com sangue). Harry ficou atônito, ela o havia deixado só com a camiseta. – Você faz curativos nos outros, mas não em você? Típico... – Ela disse olhando o machucado, que era profundo. – O que houve aqui? Algum animal te mordeu?! – Ela disse quando olhou pro ombro dele.



-Bom...



-Esquece, nem precisa falar. Por que eu ainda me surpreendo?! – Perguntou pra si mesma. –Vamos lá. Como não sou medi-bruxa você terá que me dar instruções.



-Eu posso fazer sozinho.



-Por Merlin, deixa de ser teimoso por pelo menos alguns minutos! Você está com o braço direito debilitado, como pretender segurar a varinha?



Harry pensou, ele não queria que ela cuidasse dele. Se sentia fraco.



-Vamos fazer o seguinte, – Ela disse. – Quando eu fizer o curativo vamos ficar ‘quites’, como você gosta de dizer. Afinal, você cuidou do meu filho e curou minha mão. – Hermione disse conjurando uma mala de primeiros socorros. – Vamos, qual é o primeiro passo? – Ela perguntou empolgada.



-Só me prometa que não vai ficar se vangloriando depois disso... – Ele falou. Ela o olhou feio. – Tá bom...



Então ele começou a coordená-la pra fazer o curativo. Hermione tinha a mão leve e delicada, por esta razão Harry mal sentiu quando ela teve que limpar o ferimento.



-Viu não foi tão difícil. – Ela disse concentrada (ao menos tentando) em por a atadura nele (Harry nesse momento se encontrava sem camiseta, pois tinha que colocar atadura no peito também. Não é preciso dizer que Hermione quase teve que fazer malabarismo pra conseguir convencê-lo a tirar, mas pra arrancar mesmo, a blusa) – Levanta os braços. – Ele o fez e Hermione colocou novamente a blusa nele. – Estou me sentindo como se fosse sua mãe.



-Minha mãe? Por que?



-Por que fiz o seu curativo. E você nem reclamou.



-Só não reclamei por não estar doendo.



-Então fiz um bom trabalho?



-Vamos dizer que deu pro gasto. –Harry disse sem olhá-la, parecia que a mulher iria o matar se ele a olhasse.



-Por que não fui ótima?



-Porque não há perfeição na medicina. – Ele disse. – Poderia ter pedido pra Miranda fazer isso... –Ele falou sem se importar.



-Miranda Delacour?



-Ela mesma. Ela é medi-bruxa e trabalha comigo.



-Da última vez que vi vocês dois juntos, você não parecia muito a vontade. – Hermione disse contendo o riso. E com uma pontada de ciúme. – Pra não dizer que estava ‘sufocado’.



-Muito engraçado. Ela só tem... Hã...



-Uma atração selvagem por você? – Ela completou. Harry corou.



-Ora, por favor! – Ele disse indo pra sala.



-Quer dizer que você prefere alguém que sinta atração por você, pra te ajudar.



-Eu não disse isso.



-É o que parece... Porque, bem...



-Dá pra mudar de assunto?! – Ele falou. – Por que eu ainda falo com você? Eu tinha prometido não falar.



-Eu sei que é difícil não falar com uma pessoa quando ela o provoca. Ainda mais quando essa pessoa o conhece bem, como eu o conheço.



Ele a olhou sem palavras. – Talvez esteja certa. E pelo jeito você também não consegue ficar sem falar comigo.



-A escolha não foi minha, e você sabe... – Ela disse desviando o olhar.



-Achei que com aquele tapa, você estava escolhendo o Malfoy. –Ele falou sentando-se no sofá, Mione o acompanhou.



-Como poderia escolher? Eu achava que estava apaixonada por ele. E você era meu melhor amigo! Tinha que me entender.



-Eu não sou perfeito Mio... Hermione Granger. – Ele disse baixo.



-E eu também não... – Ela murmurou. – Eu também erro Harry e posso errar feio, como aconteceu há doze anos atrás...



-Os meninos estão demorando... –Quis mudar de assunto.



-É um jogo de xadrez. Leva tempo.



-Você pode chamar Érica pra mim. Está ficando tarde, e eles têm aula amanhã...



-Ok. Mas isso significa que está fugindo do assunto.



Hermione subiu deixando um Harry imerso em pensamentos. Depois de alguns minutos eles desceram.



-Então vamos?



-Claro papai. –Érica estava com uma cara de dúvida e parecia curiosa.



-O que foi?



-Nós queríamos perguntar uma coisa. – Disse Maycon.



-O que? – Perguntaram os adultos juntos e logo depois se arrependeram.



-Por que não nos contaram que se conheciam? –Érica perguntou. Eles se entreolharam surpresos.



*****

(continua)



É eu sei ficou horrível, né?! Mas tudo bem...

Eu realmente estou sem criatividade alguma.

Comentem, tá?

Desculpem qualquer erro, eu terminei agora...


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