Lobos



Cap. 07 – Lobos


 


A escuridão cobria todos os cantos daquela rua deserta, pelo avançar da hora. O céu, coberto por espessas nuvens escuras, escondia a lua crescente e o brilho das estrelas, impossibilitando qualquer transeunte de andar calmamente pela praça sombria em frente às casas de número onze e treze. No silêncio total, pôde-se ouvir um estalo agudo no ar, mas não havia nenhuma testemunha para estranhar o fato. Na casa escondida, de número doze, uma campanhinha estridente tocou, acordando um moreno de olhos extremamente verdes.


- Quem está aí? – a voz desconfiada de Harry foi ouvida pelos dois adultos que ocupavam o degrau mais alto da escadaria de entrada.


- Ei, cara, sou eu, Rony. – o homem ruivo respondeu, rolando os olhos de forma cômica para a mulher ao seu lado.


- Você sabe que horas são? – a voz abafada de Harry era uma mistura de desconfiança e irritação. – Como sei que é você mesmo Ron?


- Pelas barbas de Merlin, Harry! – Hermione respondeu antes que Ron pudesse pensar em qualquer coisa. – Eu e Rony queremos conversar com você.


Uns segundos depois a porta do Largo Grimmauld, número doze, foi aberta para que Hermione e Ron entrassem. Harry estava com os óculos tortos em seu rosto, com os cabelos mais bagunçados que o normal e um pijama composto por uma calça comprida e uma camiseta velha. Era óbvio que fora acordado pelos amigos. Hermione reparou que o amigo estava descalço e os três andaram em silêncio até a cozinha da casa.


A velha mansão da família Black havia sido totalmente reformada por Harry, após o final da guerra. Afinal, era lá que ele pretendia começar uma nova vida com sua futura esposa. A única coisa que ainda restava da grande casa que já fora a sede da Ordem da Fênix era o quarto antigo de Sirius (com os pôsteres de motos e a foto dos marotos) e o feitiço de proteção sobre a casa, tornando-a invisível ao olho dos trouxas. O quadro da Sra. Black tinha sido o único objeto mantido na casa, além do quarto de Sirius, deixado como lembrança para Monstro, claro, em uma parede no quarto do elfo. Nenhuma imprecação contra os visitantes era ouvida há muito tempo.


Entrando na cozinha silenciosa, os visitantes ocuparam dois lugares vagos nas cadeiras ao redor da grande mesa de madeira, enquanto o anfitrião colocava, com um aceno de sua varinha, água dentro de uma chaleira e a colocava para esquentar sobre o seu fogão. Nenhum dos três falou por algum tempo. Quando a chaleira já soltava bufadas de fumaça, Harry se virou para os amigos, trazendo consigo três xícaras de chá.


- Achei que você estava em um encontro com Lilá, Rony. – Harry se dirigiu primeiramente ao amigo, enquanto distribuía as xícaras para os dois. Seu tom de voz era, no mínimo, malicioso.


- Bom... – Rony passou a mão pelos cabelos, mas deu de ombros. – É uma longa história.


- Greg e eu fomos ao mesmo restaurante em que Rony e Lilá estavam. – Hermione explicou, encurtando toda a história do encontro duplo, que Rony não parecia disposto a contar.


- Não tão longa assim, pelo jeito. – Rony falou em um tom sarcástico, bebendo um pouco do seu chá.


- Então, você e Greg ainda estão...? – Harry perguntou, com um olhar curioso no rosto, deixando o resto da frase no ar. Hermione deu um pequeno gole na bebida quente antes de realmente responder.


- Isso não vem ao caso agora, Harry. – ela disse como quem não vê nada de importante no assunto. Com o canto de olho, pode ver a expressão séria voltar ao rosto de Rony. Era melhor acabar com essa história de uma vez por todas. – Nós viemos conversar com você sobre a viagem de Quim à França.


- Ah... isso? – Harry disse num tom de voz falsamente despreocupado. – Pelo que sei, não é nada demais. Alguma coisa entre ele e o ministro francês... deve ser uma partida de críquete, ou algo assim...


- Eu não disse?! – Rony olhava diretamente para Hermione, com uma expressão irritada.


- Nós sabemos que não se trata apenas de uma viagem diplomática. – Hermione continuou, com seu tom sabe-tudo. – Os aurores estão envolvidos nisso e é um caso de alto risco...


- Não sei onde você ouviu isso, Mione, mas não há nada acontecendo na França ou em qualquer outro lugar que seja... – Harry interrompeu o fluxo de palavras que saía da boca de Hermione. Ele mantinha um sorriso relaxado no rosto, mas seus ombros estavam tensos, denunciando a falsa tentativa de parecer despreocupado. A bruxa sentiu suas faces corando, de raiva.


- ONDE ESTÁ GREYBACK?! – a voz de Hermione subiu algumas oitavas quando a pergunta que a sufocava, desde que soubera da verdade do incidente francês, saiu pelos seus lábios. Por um momento, tudo o que se pôde ouvir foi o silêncio ecoando pelas paredes. Harry e Rony a encaravam com expressões idênticas de surpresa. Percebendo sua falta de controle, a mulher respirou fundo algumas vezes, tentando voltar ao seu lado racional.


- Cara, nós temos o direito de saber. – Rony comentou com a voz rouca, evitando olhar para a mulher ao seu lado. Harry passou a mão pelos cabelos, em sinal de nervosismo.


- Sei que têm o direito... – Harry deus as costas aos amigos, dizendo em uma voz baixa. – ...mas depois de tudo que passaram... eu só... não queria que vocês tivesse mais esse peso...


- Você não pode segurar as pontas sozinho, cara. – Rony disse.


- É o meu trabalho, Ron. Eu, como chefe do Departamento de Aurores, tenho o dever de resolver isso. É a minha obrigação, não a de vocês. – Harry voltou a encarar seus dois visitantes. Em seu rosto havia tanto desespero e culpa que Hermione sentiu uma onda de arrependimento pela explosão anterior.


- É seu trabalho combater as artes das trevas, mas você não é o único que pode fazer, Harry. – Hermione argumentou, olhando de um bruxo para o outro naquele aposento.


- Ela tem razão, sabe. Como se isso fosse novidade. – Rony comentou em um tom risonho. O clima tenso se dissolveu em três sorrisos tímidos.


- Tudo bem, vou contar o que sei... – Harry falou depois de um olhar cúmplice entre os três amigos.


***


A madrugada já era predominante quando o moreno de olhos verdes terminou de relatar todos os fatos envolvidos no mistério da viagem do Ministro britânico à França. Harry contou a Rony e Hermione tudo o que ele presenciara no interrogatório do grupo de aurores que fora selecionado para investigar o incidente. Tudo o que encontraram no local do “incidente” fora pedaços espalhados de corpos que pertenciam a no mínimo uma dúzia de pessoas. Dentro de uma casa abandonada encontraram pernas, braços e cabeças de mulheres, homens e, mesmo crianças, provando que os assassinos não tinham nenhum tipo de preferência, ou escrúpulos.


Em busca de evidências um jovem auror acabara encontrando, por acaso, um menino de aproximadamente sete anos escondido em um fundo falso embaixo da escada. O menino estava tão assustado que se recusou a deixar seu esconderijo ou mesmo a falar com qualquer um dos aurores que tentara se aproximar. Em uma medida descuidada, o mesmo jovem auror que encontrou o menino, entrou em sua mente em busca de suas memórias. As imagens que o homem viu eram tão assustadoras que ele mesmo precisou de um tratamento para os nervos, antes que conseguir falar qualquer coisa do que vira.


A casa trouxa pertencia aos pais do menino trouxa, que descobriram se chamar Steven. Os tios, primos e amigos da família comemoravam o aniversário da irmã mais nova do menino, que fazia cinco anos. Então, surgindo do nada, um grupo de quatro homens, com pêlos espessos espalhados em todo o corpo, com um forte odor de suor e sangue, invadiu a casa e matou todos os que viram ali. O menino perdeu toda a família que tinha e tivera a sorte de estar brincando de pique-esconde com a irmã na hora que tudo aconteceu. O medo impediu que ele saísse do esconderijo, mas pela fresta da tampa assistiu a tudo, de camarote.


Quando Harry teve acesso às memórias do menino, através das memórias do jovem auror assustado, não houve dúvidas sobre a identidade do líder da alcatéia: Fenrir Greyback. Os lobisomens atacaram à luz do dia e fora da temporada de lua cheia. Era óbvio que os três seguidores eram como o bruxo: sedentos de sangue mesmo em suas formas humanas. Depois do massacre, o grupo de lobos abandonou a casa cheia de corpos e desapareceu na escuridão da noite que caía. Havia suspeitas que eles ainda estivessem perto do vilarejo onde o crime aconteceu, e um grupo seleto de aurores, com Harry no comando partiria na noite de domingo para investigar e procurar o bando do Comensal. O Ministro britânico partiu antes para a França em uma tentativa de acalmar os ânimos no país vizinho, onde o medo de uma nova onda artes das trevas estava causando confusões.


- Nós vamos com você, Harry. – Foi a primeira coisa que Hermione disse depois de todo o relato dado por Harry.


- De jeito nenhum. – Harry falou em um tom irritado, como se já previsse essa reação da amiga. – Isso é um assunto oficial do Quartel de Aurores, você não tem o treinamento para ir.


- Não diga bobagens! – Hermione sentiu sua irritação voltando à tona. – Eu ajudei você e Rony na guerra quando tínhamos apenas dezessete anos! Posso muito bem ajudar agora.


- O Harry está certo, Mione. – Rony disse com uma voz grave e séria. – É muito perigoso para você ir.


- Agora você está do lado dele, não é? – Hermione respondeu, ríspida, pela falta de apoio vinda de Ron.


- Eu não estou do lado de ninguém, Mione. – Rony falava com uma voz cansada. – Mas...


- Eu não estou duvidando da sua habilidade mágica, Hermione. – Harry interrompeu o discurso de Rony. Os dois trocaram um olhar sério antes de Harry continuar a falar, cautelosamente. – Mas você tem uma ligação pessoal com Greyback que poderia acabar com toda a missão. Você se distrairia e nós ficaríamos preocupados demais com você.


- O que vocês querem dizer com “ligação pessoal”? – Hermione perguntou incrédula do que ouvira, mas ela sabia que Rony também concordava com as palavras de Harry. – Vocês dois têm tanta ligação pessoal com aquele Comensal da Morte quanto eu!


- Não somos nós que tivemos pesadelos durante meses com o lobisomem depois da guerra. – a voz gentil de Rony fez que Hermione olhasse para ele com surpresa. Então, tudo ficou mais claro para ela. Harry e Rony estavam preocupados com a reação dela à presença de Greyback. Eles provavelmente tinham razão. Ela mesma não saberia qual seria sua atitude se pudesse ver aquele... aquele animal uma outra vez. Foram precisos muitos frascos de Poção para Dormir sem Sonhos para que ela parasse de acordar à noite gritando, repassando as cenas que acontecera a ela na Mansão dos Malfoy. Na verdade muitos pesadelos mostravam o que poderia ter acontecido com ela se Harry e Rony não tivessem a tirado de lá. Hermione suspirou derrotada, sabendo que aquela batalha estava perdida.


- Não fique preocupada, Mione. – Rony disse, colocando sua mão no ombro da amiga, para conforto. – Eu vou cuidar bem do nosso Harry, certo?


- O quê? – A voz rouca de Hermione fez com que os dois amigos a olhassem com preocupação. Ela ignorou os olhares. – Você não vai!


- É claro que vou. – Rony parecia surpreso, mas sorria da reação da amiga. Se Hermione estivesse atenta, teria percebido um sorriso de lado na expressão de Harry também.


- Mas é perigoso, Ronald! – Ela tentava argumentar com o amigo. Já seria difícil o suficiente passar sabe-se lá quantos dias preocupada com o estado de Harry. Ela viraria uma pilha de preocupação de Rony fosse também. Ron fez uma careta por ser chamado pelo nome completo.


- Hermione, - Ron começou a responder, ainda com a expressão divertida no rosto. – eu sou um auror treinado, sei me cuidar. Além do mais, quem é que vai cuidar do Harry se eu não estiver lá? – a bruxa olhou em direção ao amigo, em busca de ajuda, mas tudo o que Harry fez foi dar de ombros. Era a segunda batalha perdida.


- Você vai contar tudo a Gina antes de ir. – foi tudo o que ela conseguiu pensar em dizer a Harry. O moreno deu um sorriso e assentiu. – E você – ela se virou para Rony com um dedo esticado, a fúria retornando à sua expressão. O ruivo pareceu assustado. – Traga Harry inteiro ou eu mesma acabo com você, antes que a Gina te encontre!


Sua expressão séria e enfurecida não amedrontou seus melhores amigos, pois os dois começaram a gargalhar fortemente depois de suas últimas palavras.


***


As horas se arrastavam naquela manhã de quinta-feira. O céu cinzento que ela via pela janela de seu escritório provavelmente refletia os humores do Ministério. Ninguém sabia a real razão da ida do Ministro e de um time selecionado de aurores para a França, mas a sombra da guerra ainda era presente na vida de todos os bruxos. Todos temiam pela volta das Artes das trevas.


Hermione olhava seu relógio trouxa sem parar. Ela tinha passado toda a semana aflita pela ausência de seus melhores amigos. Como a missão era de segurança máxima, os aurores enviados não podiam se comunicar com ninguém, para que não houvessem informações interceptadas. Tudo o que Hermione sabia era que os dois bruxos haviam pego uma chave do portal na noite de Domingo para um lugar seguro perto do vilarejo onde houvera o ataque, e que voltariam caso o crime fosse solucionado ou perdessem todas as esperanças.


A bruxa havia criado um pequeno hábito durante aquela semana. Ela ia trabalhar normalmente todos os dias de manhã, mas, assim que chegava a hora do almoço, Hermione saía rapidamente do Ministério, via rede de flú, e ia diretamente para A Toca, onde ela, Gina e a Sra. Weasley almoçavam juntas e faziam companhia umas para as outras. Ela sabia que era para lá que Harry e Rony iriam primeiro quando chegassem de sua missão, e queria estar lá para recebê-los. E a Sra. Weasley e Gina precisavam de um pouco de distração, também.


O pequeno apito do seu relógio indicou que a hora pela qual ela ansiava havia chegado. Juntando alguns pergaminhos que ela precisava revisar para a manhã seguinte (ela não conseguia se concentrar no trabalho, mas n’A Toca, ao lado de Gina, acabava adiantando alguma coisa para o dia seguinte), ela saiu em direção ao Átrio, rumo à casa que chamava de segundo lar desde os seus doze anos.


***


O céu cinzento se tingia de tons alaranjados, indicando que o sol não tardaria a se pôr. Pela janela do quarto de Gina, no quarto andar daquela casa de Hermione chamava de lar, a visão do pôr-do-sol era incrivelmente perfeita e maravilhosa. E totalmente ignorada pelas duas amigas que ali estavam.


- Então, daqui a uma semana nós vamos à Madame Maxime para escolhermos o modelo de seu vestido. Você está folheando as revistas trouxas que te passei, não é Gin? – Hermione e Gina estavam sentadas na cama da segunda, Hermione lendo uma lista de tarefas do casamento que fariam nas próximas semanas.


- Que revistas? – Gin perguntou, parecendo confusa.


- Gin! Eu trouxe uma pilha de revistas trouxas antes de ontem! – Hermione indicou a escrivaninha onde havia colocado as revistas dias antes e elas continuavam lá, intocadas. A bruxa olhou para a amiga com preocupação. – Gin, qual o problema?


- Qual o problema?! – Gina parecia incrédula com a pergunta da amiga. – O problema é que meu irmão e meu noivo estão em uma missão suicida, esse é o problema! – Hermione suspirou, deixando a lista de tarefas de lado.


- Eu sei Gin.


- Como você consegue não se preocupar? – Gina perguntou, em um tom acusatório e curioso. A bruxa de cabelos enrolados suspirou novamente.


- Eu me preocupo Gin. – Hermione começou, ajeitando uma mecha de cabelo atrás da orelha. – Me preocupo tanto que acho que vou explodir a qualquer hora. Me preocupo tanto que se eu não me distrair com alguma coisa, qualquer coisa, vou acabar pegando uma chave de portal para ir atrás daquele Comensal da Morte e matá-lo antes que ele chegue perto daqueles dois. Eu só... só preciso me distrair.


Antes que Gina pudesse reagir às palavras de Hermione, um barulho estalado foi ouvido nos andares de baixo da casa, junto com um grito sufocado de alívio vindo da Sra. Weasley. As duas bruxas imediatamente pularam de cima da cama e correram aos tropeços para fora do quarto e, depois, escada abaixo. Gina, sendo uma atleta profissional e, em melhor forma que Hermione, seguiu à frente, enquanto a morena tentava controlar as batidas desenfreadas de seu coração.


Chegando ao final das escadas que dava para o hall ao lado da cozinha, Hermione parou de chofre. Ela podia escutar as vozes alteradas e alegres de Gina, Harry e Molly vindas da cozinha, mas sua respiração presa e o coração na boca eram por outro motivo. Parado ao pé da escada, com seu sorriso de lado, estava Ron, esperando por ela. Com o cabelo molhado, provavelmente saído de um banho, com roupas limpas e nenhum arranhão visível no corpo.


O alívio tomou conta de Hermione e ela não pensou antes de agir. Ainda no primeiro degrau da escada, ela se jogou nos braços de Ron, em um abraço apertado, que emanava saudades, preocupação e alívio. Ela sentiu os braços do ruivo ao seu redor e inalou o cheiro de xampu que saía dos fios avermelhados. Nenhum dos dois falou alguma coisa e ficaram assim, abraçados, por um tempo que ela não soube definir. Lentamente, seu coração voltou a bater em uma velocidade aceitável, e sua respiração ritmada era calma. Antes que ela pudesse olhar novamente nos olhos azuis do ruivo, ela ouviu um pigarro divertido vindo da porta da cozinha.


- OI! – A voz alta e divertida de Harry fez com que os dois se separassem. Hermione, evitando olhar para o ruivo, viu Harry e Gina parados na porta da cozinha, com olhares marotos idênticos.


- Tem uma guerra acontecendo? – Hermione ouviu a voz também divertida de Rony ao seu lado. Os quatro amigos, se lembrando da cena onde aquelas frases foram ditam, começaram a rir. Hermione, sentindo-se mais relaxada que o normal, ignorou os olhares questionadores de Gina, e foi finalmente abraçar Harry e se certificar que todas as partes de seu corpo estavam inteiras.

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    kkkkkkkkkkkkkk ameiii o capitulo *-* ri fiquei nervosa...Aawww*-* fofis!

    2011-12-13
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