O Sequestro de Hermione



Fazia apenas cinco dias que Hermione partira para o Brasil, mas para Harry parecia uma eternidade. Harry e Rony estavam com problemas nas maiorias das matérias, pois era ela quem revisava seus deveres. A boa notícia era que o professor substituto de poções era bem mais amigável do que Snape e, com a ausência do líder, o grupo de Malfoy evitavam provocar qualquer membro da grifinória ou do AD.



Alguns membros do AD, inclusive Cho e Ernie Macmillan, vieram procurar Harry para saber se ele continuaria a dar aulas de Defesa das Artes das Trevas no grupo de estudo, uma vez que ainda não tinham encontrado professor nenhum para esta matéria e os alunos já estavam preocupados com os NIEMs. Harry marcou o primeiro encontro do ano para dali a duas semanas.



A noite, antes de dormir, Harry pensou em Hermione e na promessa que lhe fizera. Ele sentia saudades dela e gostaria de saber como ela estava se saindo. Promentendo a si mesmo enviar uma carta para o Brasil no dia seguinte, Harry adormeceu.




Harry teve um sonho. Muito vívido. Muito intenso. Hermione presa por algemas que lhe cortava a pele, os dois pulsos atados a uma corrente que pendia do teto. Ela tinha terríveis espasmos de dor. A sua frente, Lord Voldemort e Belatriz gargalhavam, azarando a garota com a maldição cruciatus.



- Implore pela sua vida, Granger. Quem sabe assim eu lhe deixo viver! – Belatriz guinchava com um olhar senil.



- Brinque com ela, Bela, mas não a mate. Não até que Potter venha nos visitar. – dizia uma voz sibilante que Harry bem reconhecia.





Harry gritou, queria salva-la. Precisava salva-la. Precisava tirar Hermione dali.



- Harry, Harry! – Harry escutou outros gritos ao longe e acordou de repente. Ele estava deitado no chão e a sua volta estavam Rony, Dino, Simas, Neville e o professor Dumbledore.






Harry tomou impacientemente mais um gole da água que Rony lhe servia.



- Professor Dumbledore, eu tenho certeza. Voldemor seqüestrou a Hermione.



O professor Dumbledore o fitava através dos óculos de meia lua. Parecia aflito, mas tentava não demonstrar.



- Harry, acalme-se. Da última vez que o senhor teve uma visão, era apenas uma isca para atraí-lo e o senhor descobriu mais tarde ser falsa.



Harry tentou se acalmar. O diretor tinha razão, por mais alarmante que sua visão poderia ser. Ele lembrou-se de quando teve a visão com Sirius sendo torturado no Ministério da Magia. Ela tão vivido quando esta última visão, mas era mentira. Também lembrou-se dos conselhos de Hermione e da promessa que lhe fizera.



- Sim, eu sei, ainda assim eu gostaria de confirmar. O senhor tem como confirmar se Hermione está bem?



- Vou mandar uma coruja imediatamente, está bem? Até que confirmemos o que aconteceu o senhor deve manter sua calma.





Três dias depois que Harry tivera aquele perturbador sonho, eles ainda não haviam recebido nenhuma confirmação do Brasil. Dumbledore explicou que como o trajeto era muito grande, provavelmente a coruja teria que parar para descansar e isto tomaria muito mais tempo. Pela primeira vez na vida, Harry desejou usar algum recurso trouxa como usar o telefone, mas também não adiantaria, uma vez que o hotel onde Minerva e Hermione estavam era totalmente bruxo.



Harry não conseguira dormir um segundo sequer depois do sonho e comia muito pouco apesar das insistência de Rony para que se esforçasse. O amigo também aparentava estar muito abatido com a possibilidade de Hermione estar em posse de Voldemort no momento, mas pelo menos ele não tinha visto aquela imagem em sua cabeça.



Depois do quinto dia, enquanto freqüentavam a aula do professor Flitwick, Hagrid veio chamar-lhe para uma reunião na sala do diretor Dumbledore. Rony fizera questão de acompanhá-lo.



Ao chegarem no escritório, Harry se espantou em ver muitos dos integrantes da Ordem da Fênix: Olho-tonto Moody, Tonks, Lupin e o Sr. Weasley estavam a um canto e cochichavam entre si bastante preocupados, mas calaram-se quando Harry entrou. Também presente estavam Fudge, o professor Snape e... Draco.



- O que ele está fazendo aqui? – Harry perguntou, rispidamente.



- Sr. Potter! O sr. Malfoy está aqui pela mesma razão que o senhor. – Snape retorquiu. Parecia muito pálido e fraco.



- Harry – Dumbledore começou a falar. – O que o senhor mais temia, parece ter se cumprido. O professor Snape juntamente com a professora Minerva, o Sr. Malfoy e a Srta. Granger foram atacados enquanto estavam no congresso no Brasil.



O diretor parou de falar. Harry percebeu que havia um brilho estranho em seus olhos, como se o diretor fosse chorar.



- Sentem-se, Sr. Potter, Sr. Weasley! – o diretor continou. Rony e Harry obedeceram prontamente. – A professora Minerva foi ataca com a maldição cruciatus. Ela não resistiu. Esta no hospital St. Mungus agora. Não há esperanças de que melhore. Ela parece ter enlouquecido como os pais do Sr. Longbotton.



- E Hermione? O que aconteceu com a Mione? – Harry perguntou sentindo o desespero tomar conta do seu ser.



- Voldemort nos libertou, mas seqüestrou Hermione, pois sabia que ela é importante para o Sr. – Snape respondeu antes do diretor. – Lord Voldemort está exigindo o senhor como resgate pela menina.



- A mim? – Harry perguntou, atônito – Então devemos trocar agora. Hermione está sendo torturada a cada minuto e talvez não resista como a professor Minerva. Devemos trocar agora.



- Não, sr. Potter! – o professor Dumbledore respondeu, calmamente. – Não vamos negociar com Voldemort.



- Eu não acredito! VOCÊS VÃO DEIXAR HERMIONE MORRER NAS MÃOS DAQUELA MANÍACA DA BELATRIZ? COMO É QUE PODEM? EU NÃO ME IMPORTO DE MORRER, MAS NÃO VOU DEIXAR QUE HERMIONE MORRA...



- Harry... quando eu lhe contei sobre a profecia, achei que entenderia que a sua segurança nesta guerra que vivemos é mais relevante do que tudo. Mais importante até do que a vida da sua melhor amiga – o diretor falou tranqüilamente, mas de seus olhos, algumas gotas prateadas começaram a rolar. – Eu mais do que tudo queria ver a srta. Granger em segurança, mas se eu tiver que escolher entre o bem de uma pessoa e o bem de toda a civilização de bruxos, eu terei que escolher o bem da maioria. O senhor é o único que pode dar um fim a Voldemort e não posso e não vou deixar que ele tenha a oportunidade de tirar a sua vida antes que esteja preparado para enfrentá-lo.



- VÃO DEIXAR QUE ELA MORRA SEM FAZER NADA? – Harry berrou, revoltado.



- Nós faremos tudo o que estiver em nosso alcance para salva-la. A ordem da Fênix, os aurores e o Ministério da Magia em peso está empenhado neste resgate, Harry. Mas quero que o senhor fique fora disto tudo e que mantenha a sua calma, só assim ajudara sua amiga.



Pedir para que ficasse calmo, depois de ter tido a visão de Hermione sendo torturado era demais, mesmo estando consciente da promessa que ele fizera para Hermione. Harry ficou calado, mas sabia muito bem o que faria. Não lhe importava o que pudesse acontecer. Ele negociaria com Voldemort e daria a sua vida pela vida de Hermione.




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