CAPÍTULOS 1 E 2



CAPÍTULO 1: SAUDADE
As aulas começaram novamente. Não gosto quando isso acontece, pois fico longe de Edward. Ainda não me acostumei com essa mudança de nomes também. Ainda hoje de manhã, eu era Isabella Swan: uma garota completamente normal exceto pelo fato de ser a namorada de um vampiro (o vampiro mais lindo, carinhoso, romântico e perfeito de todo o mundo) e seu melhor amigo ser um lobisomem (o amigo que toda a garota queria ter), e agora eu sou Hermione Granger: uma bruxa de sangue-ruim, mas a mais inteligente de Hogwarts e melhor amiga do bruxo mais famoso do mundo por ter “derrotado” o Lorde das Trevas, o feiticeiro mais temido do planeta por ser malvado e cruel.
Vou sentir falta de Edward... Especialmente do jeito que estou. Tive que terminar o namoro com ele devido ao terrível fato de que ficar longe dele enquanto namorava-o doía mais do que ficar solteira. Lembro-me ainda como foi horrível o momento (eu ainda o considero como meu namorado). Mas pelo menos, posso me lembrar dele a hora que quiser. Ainda tenho a minha pulseira (com um lobo de madeira feita por Jacob e o coração de cristal da mãe de Edward)... OK, OK, isso foi idiota, mas pelo menos eu me sinto melhor quando olho para ela. Apesar de tentar esquecê-lo...
Meu irmão, Cedrico, tagarelava ao meu lado sobre como a escola seria legal este ano. Esse ano era seu último ano em Hogwarts! E quem me entenderá e me consolará agora? Tenho Harry e Rony, mas eles não sabem nada sobre eu ser Bella ou sobre Edward e Jake. Sem saber direito o que estava fazendo, despedi-me de Cedrico e fui para a cabine do trem onde Harry e Rony já me esperavam. Os dois estavam conversando sobre Quadribol ou algo do tipo. Eu estava tão entretida olhando para minha pulseira e recordando meus momentos com meu amado, que não ouvia uma palavra que eles estavam falando. Então, de repente, me lembrei de quando James me enganou dizendo que estava com minha mãe, e fui me encontrar com ele no estúdio de balé, a hora em que ele me mordeu e o veneno começou a se espalhar pelo meu corpo. Dei um gemido e sacudi a cabeça, como se eu quisesse afastar esse pensamento da minha cabeça. Desde aí comecei a prestar atenção no que Harry estava falando:
— Hermione. Hermione.
Respirei fundo e respondi:
— Ah. Desculpe. É... O que você queria dizer?
— Nada não. Era só para ver se o seu cérebro estava funcionando bem ou se deveríamos chamar um professor. — brincou.
— Ah. Bem, como vocês podem ver, estou bem. — disse, sorrindo
— O que tem nessa pulseira? Deixe-me ver. — disse Rony, pegando meu pulso para matar a curiosidade de o que a pulseira tinha de tão interessante para eu estar tão entretida nela. Mas acho que ele se desapontou quando viu o que realmente tinha lá. — Ah. É só um lobo de madeira e um coração de... O quê? Cristal?
— É. — Respondi sem muita vontade.
— Ah. O que tem de tão especial nessa pulseira, afinal? Só tem dois pingentes idiotas.
Estremeci por dentro. Então senti meu rosto queimar e começar a ficar vermelho de raiva. Como ele pode dizer isso? E eu vou deixar barato? É claro que não! Acho que ele se assustou com a minha expressão. Acho que comecei a voltar ao normal.
— Pra sua informação, eu não preciso da sua opinião sobre o que eu devo ou não usar. — Respondi friamente, tirando meu pulso de suas mãos.
Ele ficou pálido com a minha reação, mas não disse nada, nem eu. Todos nós ficamos quietos por alguns minutos. Agora eu estava olhando através da janela. Mas eu não estava observando a paisagem, eu estava com os pensamentos muito longe disso. Agora estava me lembrando de como reagi ao saber que era essa aberração. E Edward ainda se achava um monstro. É por isso que ele se sentiu atraído por mim: vampiros têm uma forte atração por bruxos e feiticeiros. Que droga.
— É... Bem, o que vocês acham que irá acontecer nesse nosso ano juntos na escola? — Disse Harry, quebrando o silêncio e o caminho dos meus pensamentos. Então senti um dos seus braços sobre meus ombros.
Então olhei para ele com uma cara de quem não estava entendendo nada. Daí eu olhei o que ele havia feito. Ele havia posto Rony ao seu lado e posto seu braço em seus ombros também, como se quisesse juntar-nos em um trio inseparável ou algo assim. Eu observei os dois por um segundo e perguntei:
— Bem... O quê?
— O que você acha que irá acontecer este ano? — respondeu ele, pacientemente.
Olhei para ele e processei aquilo que ele havia dito por algum tempo. Então abri um meio sorriso.
— Bem... — olhei para a porta. Era a senhora que vendia guloseimas e logo atrás apareceu Cho Chang, pedindo duas tortinhas de abóbora. Não precisei dizer nada. Só olhei para ele, então para ela e aí olhei para ele de novo. Depois que elas saíram, ele disse:
— Está tão na cara assim? — perguntou ele, envergonhado, para mim e Rony, que estávamos agora sorrindo.
— É... Está! — dissemos nós dois em coro.
Então nós três começamos a rir. Então, para animá-lo, eu disse:
— Fique frio. Ela gosta de você.
— Sério? — indagou ele com um pouco de animação.
— Na verdade, ela te acha uma graçinha.
— Como você sabe? — questionou ele, duvidoso.
— Alô! Ela sabe de tudo... — disse Ron em um tom divertido.
— Aff... — disse revirando os olhos — Ela é minha melhor amiga... Será que isso quer dizer alguma coisa pra vocês?
— E daí que ela é sua melhor amiga? Harry também é meu melhor amigo e ele não me contou nada sobre gostar da Cho. — retrucou Rony.
— Bem, vocês são um caso à parte... Sem falar que você já sabia mesmo, então não havia o que contar.
Todos riram. O trem estava começando a parar. Já estávamos chegando. Quando ele finalmente parou, nos levantamos e pegamos nossas malas. Fui a primeira a sair da cabine, mas antes respirei fundo. Daqui pra frente é um ano inteiro sem ver Edward. Cada vez ficava mais difícil ficar longe dele. Mesmo tendo despedaçado seu coração e o meu junto.
— Você está muito estranha hoje, Hermione. Você adora a escola. O que há de errado? — disse Rony, estranhando meu comportamento.
Ah, Rony. Nada só estou triste por ficar longe do amor da minha vida que, por acaso é um VAMPIRO! E aproveitando o que eu acabei de falar, sabia que eu tenho DUAS PERSONALIDADES e que o meu melhor amigo é um LOBISOMEM, mas não da mesma espécie do professor Lupin?
— Não é nada, não. Você está imaginando coisas. — desconversei — Você acha que eu ando estranha, Harry?
Harry não respondeu. Então dei um peteleco na cabeça dele. Ele disse:
— O quê? Não! Rony, eu concordo com Hermione.
Dei um sorriso satisfeito. Então alguém com uma voz muito familiar que eu reconheceria em qualquer lugar (quase igual à de Edward), disse atrás de mim:
— Hermione! Tudo bem? Vou dar uma dica pra vocês: se começarem a andar, destrancarão uma fila.
Virei-me rapidamente e então vi meu irmão parado atrás de mim com seus amigos idiotas com cara de imbecis. E respondi:
— Ah. Oi, Cedrico. Tudo bem sim. Harry, Rony: acho melhor começarmos a andar, mesmo.
Os dois assentiram com a cabeça e começamos a andar.
Quando saímos do trem, meu irmão e sua turma passaram por nós rapidamente. Logo atrás de nós estavam Malfoy, Crabbe e Goyle. Eles estavam passaram por nós até que pararam na nossa frente para nos barrarem. Malfoy estava de frente agora. Como sempre, ele começou a falar e os seus companheiros (acho que não posso chamá-los de amigos) ficaram quietos atrás dele.
— Ora, ora, vejam só. É Harry Potter — ele pronunciou o nome de Harry com desgosto — e sua turma: Weasleyzinho e a... Granger. — para meu espanto, ele pronunciou meu sobrenome com um ar de surpresa e hesitou um pouco antes de falá-lo.
Bufei e passei por entre eles. Olhei para trás e fiz sinal para Harry e Rony me seguirem. Foi o que eles fizeram. Não dissemos nenhuma palavra e deixamos Malfoy e suas “damas de companhia” para trás de queixo caído. Olhei para trás uma vez discretamente e eles estavam parados lá e Malfoy continuava com aquele mesmo olhar bobo de ainda há pouco. O que será que houve para ele agir daquela forma? Não dissemos nada.

CAPÍTULO 2: TORNEIO E DORES
Estávamos todos à mesa. O diretor começou a falar:
— Este ano, presenciaremos um evento lendário: o Torneio Tribruxo. Para os que não sabem, o Torneio Tribruxo envolve três escolas mágicas. E apenas um aluno de cada escola será escolhido. Esses alunos terão que passar por três tarefas. Três tarefas extremamente perigosas. Nenhum aluno menor de 17 anos pode participar. Quem quiser se inscrever é só escrever seu nome num pedaço de pergaminho e depositá-los na chama do Cálice de Fogo até sexta-feira. Mas depois falamos disso. Agora vamos dar às boas-vindas para as adoráveis moças da Academia de Brexabouts.
Então, entraram moças lindas, todas de vestidos azuis justos com um chapéu da mesma cor. Quando elas passaram pela gente, Rony que estava mais perto delas, não tirou os olhos dos seus traseiros. Foi meio nojento. Aí o diretor voltou a falar:
— E agora a Escola de Durmstrang.
Então entraram garotos fortes e bonitos e uma pessoa que eu jamais poderia imaginar: Viktor Krum! O jogador de Quadribol mais famoso do mundo! O diretor voltou a falar novamente.
Olhei para Cedrico. Ele estava atento demais... Ah não! Ele não vai fazer isso, não vai! Não vou deixar de jeito nenhum!
Na hora de irmos dormir, como sempre, Cedrico me esperou para me dar boa noite. Ele viu a minha expressão. Eu deveria parecer mesmo triste... Daí nós começamos a subir as escadas. Então ele perguntou:
— O que houve? — “Não importa o que você diga, vou me inscrever de qualquer jeito.”
— Nada, não. Só pelo fato de VOCÊ querer se INSCREVER NO TORNEIO TRIBRUXO! — Um zumbido infernal rodeava minha cabeça.
— Como sabe? — disse ele com voz calma
— Eu vi como você olhava para o Professor Dumbledore enquanto ele falava e você acabou de falar!
— Não. Eu não disse. — então eu ouvi: “Você deve estar louca. Coitadinha.”
— EU NÃO ESTOU LOUCA!
— Hermione. Calma. Eu não falei nada, eu pensei!
Soltei um gemido. Estava com uma enorme dor de cabeça! Não agüentei nem ficar em pé. Sentei-me na escada e quando voltei à consciência estava sentada na escada entre os braços de Cedrico chorando desesperadamente.
— O que está havendo comigo, hein? Eu estou sentido muita falta dele, estou com um monte de zumbidos na cabeça e você acabou de dizer que estou lendo pensamentos! Eu até pareço ele mesmo!
Ele me apertou. Então disse:
— Vou te ajudar com isso. Vou estar sempre ao seu lado. Não há o que temer.
Dei outro gemido e, entre dores de cabeça, soluços e lágrimas, consegui falar:
— Vo-você promete? Que nunca vai me abandonar?
— Sim. — disse ele respirando fundo.
— AI! — disse colocando as mãos na cabeça — Então me diga que não vai participar desse torneio.
— Hermione...
— Por favor — disse numa voz fina e esganiçada (foi o máximo que consegui fazer sair da minha boca) — Você quer a glória eterna? Quer ser visto como um herói? Você não precisa da glória eterna e para mim, você já é um herói! Poxa, não vou agüentar ver você, você... — eu não conseguia dizer a palavra “morto”.
Ele me abraçou mais forte ainda. E disse:
— Vou pensar.
— Pense com carinho. — e então a dor aumentou e gemi mais alto e forte.
— Hermione, vou te levar até a sala do diretor. Ir até a enfermaria não adiantará nada. Você precisa saber quem você é de verdade.
Dessa vez eu urrei de tanta dor. Mas ainda assim consegui falar porque aquela dor nem chegava aos pés da dor do veneno de um vampiro:
— Quê? Do que você está falando? — urrei novamente.
Mas ele já havia levantado e estávamos indo para a sala do diretor. Tivemos que passar pelos corredores cheios de alunos. A dor em minha cabeça aumentou em quinze vezes. Eu não sei o que aconteceu, mas eu fixei meus olhos no meio dos alunos e, do nada, eles se dividiram exatamente no ponto em que tinha mantido meus olhos e desejado que eles se repartissem. Passamos correndo, quer dizer, Cedrico passou correndo abraçado a mim me arrastando. Quando finalmente chegamos à sala do diretor, Cedrico bateu uma vez na porta e já entrou correndo e me sentou no sofá. Eu estava com as mãos agarradas à cabeça gemendo e urrando. Nem vi quem estava na sala. Senti as mãos de Cedrico sobre as minhas, então ele tirou uma das minhas mãos de minha cabeça e a segurou com força e disse:
— Vai ficar tudo bem, calma. Eu prometo que isso irá passar... — de repente ele paralisou e então continuou falando, mas não para mim — Hei vocês dois! É, vocês mesmo! O que querem?
Então uma voz conhecida falou:
— Ver o que houve com Mione.
De repente me vi cercada por três garotos, os meus melhores amigos: Cedrico, Harry e Rony mais uma dor de cabeça insuportável. Gemi novamente e então o diretor finalmente apareceu com o professor Snape e uma poção vermelha. Cedrico pegou a poção e me deu e eu agarrei-a e tomei. Comecei a me sentir tonta e então apaguei.

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