Testes



Capítulo 75 – Testes

Numa velocidade surpreendente chegou o dia da primeira aula de DCAT. Gina que já tivera o desprazer de ter uma aula com Snape disse que ele conseguia ser mais intragável como professor desta matéria de que Poções. E ela tinha aula sem nenhuma outra casa.
- Você está ferrado, Harry. – disse Rony enquanto eles se dirigiam para a sala.
- Só eu não, meu caro. – retrucou o moreno. – Estamos juntos nessa. Snape nos odeia completamente, não é exclusividade minha. Sem contar que teremos nossos queridos sonserinos na sala.
- Nada mais animador. – disse Mione.
Eles chegaram a sala e se juntaram a Neville que apesar de ser um pouco desastrado tinha conseguido uma boa nota nesta matéria. Alias todos os alunos do sexto ano da Grifinória faziam DCAT. Apesar de que depois do anúncio da mudança de professor alguns pensaram em abandonar a matéria. Mas a preocupação com o futuro foi mais forte que a aversão ao professor.
Harry percebeu que a sala era muito diferente daquela que Remo possuía. Lembrava bem as masmorras do castelo, com sua escuridão e sem enfeites.
Não seria sua aula preferida este ano.
Quando Snape entrou, Harry teve que se esforçar muito para não rir. Ele se lembrou de Letícia comparando ele com o Batman. Ou melhor, o herói depois de tomar um porre, e experimentar a maquiagem do Coringa. Mas conseguiu evitar que o professor percebesse.
- Se vocês estão aqui, quer dizer que tem um bom conhecimento de Defesa. Não ficarei falando para vocês da importância dos exames. Se nos últimos dois anos vocês não aprenderam, não aprenderam agora. Seria perda do meu tempo. – disse o professor começando seu discurso inspirador. – O antigo professor pode ter dado a impressão que de isso tudo é fácil. Coisa típica dos Grifinórios. Nenhum de vocês sabe nada sobre Defesa, pelo menos não no nível que veremos. Não importa o que tenha passado.
Harry se recusou a reagir às palavras dele, Rony ficou com as orelhas vermelhas de raiva, Mione chegou a mover a mão, mas pensou melhor e disfarçou o movimento mexendo no livro. Malfoy riu acreditando que isso era para Harry e seus amigos.
- Não sei porque está rindo, Sr Malfoy. – disse o professor. – Você teve umas das menores notas dos que eu permito aqui. Sinal que sabe menos ainda que todos os outros.
Ele continuou com a tortura pelo resto da aula. Harry ignorava qualquer insinuação contra ele ou seu pai, o que só irritava mais Snape.
 No fim da aula, Snape fez uma série de perguntas para Harry, que tinha tirado a maior nota, e para seu desapontamento, todas foram respondidas de forma mais que satisfatória.

- Não entendo o que Dumbledore pensou quando deixou Snape dar DCAT. – disse Mione.
- Só isso. – disse Rony. –Eu nunca entendi o fato dele dar aulas, em primeiro lugar.
- Ele sabe muito de poções. – disse  a morena.  
- Isso é verdade. Mas não sabe nada sobre dar aulas. A McGonagall é mais rígida, mas não fica aporrinhando os alunos. Ela quer que aprendemos, não mostrar que sabe mais.
-Isso você tem razão. – disse ela. – Harry?
Finalmente eles perceberam que o amigo não prestava atenção neles. Escrevia algo em um pergaminho.
- E comigo? – perguntou ele surpreso deles terem terminado a discussão muito rápido.
- Não, como o que está ao seu lado. – disse Gina, surgindo perto deles. – Claro que é com você. Tem outro Harry no castelo?
- Na verdade tem. – disse ele. – Mas acho que não atende mais por esse nome.
- Engraçadinho. – disse Gina.
- Posso saber o motivo de que você não prestava atenção na gente? – perguntou a monitora.
- Não me leve a mal, Mione. Mas quando você e o Rony começam a discutir ninguém fica por perto. – disse Harry. – Todos sabem que é assim que vocês mostram o afeto que sentem. Esperava que vocês continuassem até eu ter terminado.
- Terminado o que? – perguntou Gina.
- Os planos para os testes de quadribol. Tia Mimi está enchendo o saco por isso.  
Mione deu um sermão sobre responsabilidade para Harry. Só não falou mais, pois uma menina do quarto ano chamou os dois monitores para resolver uma confusão que estava acontecendo perto dali.
Harry tentou aproveitar que os dois os deixaram sozinhos para roubar um beijo de Gina.
- Acho melhor continuarmos com o segredo. – disse ela. – E melhor que eles digam que estou namorando você por estar no time, que estar no time por namorar você.
- Como se alguém fosse louco para deixar você fora do time. – disse ele resignado. – Ou falar algo assim na sua frente. E nem adianta falar que está protegendo o Rony. Eles vão torrar a paciência dele de qualquer jeito.

Letícia foi com o pai visitar Débora e Kal. A menina gostava de estar na escola, mas sentia falta de ter alguém de sua idade para passar o tempo. E garantir que o seus sonhos se realizassem.
Mas agora ela queria um amigo. Harry era amigo da Gina antes de...
Ela acabou arrastando o menino para a biblioteca, um lugar que ela gostava de ficar, principalmente que ela poderia ficar perto do seu pai.
Letícia não percebeu que o menino ficou constrangido quando ela começou a mostrar seus livros preferidos.
- Já leu esse? – ele perguntou, sem perceber que Tiago e Débora entravam.
- Não. – disse Kal.
- Não? Achei que todos lessem ele. – disse ela.
- Eu não sei ler. – disse ele. – Pra mim todos os livros são paginas em branco.
- Estava esperando um pouco para ensinar o Braile. – disse Débora. – Mas com a guerra apontando e ele tendo que passar os dias no Beco, não consegui ensinar.
- Tente esse. – disse Tiago, entregando para ele o Livro que tinha usado para voltar no tempo. – Ele possui uma magia diferente.
Kal pegou o livro esperando que desse errado. Ele tinha tentado enfeitiçar alguns livros para ver se funcionava, mas nada acontecia. Mas ao abrir ficou surpreso, as paginas não estavam mais em branco.
- Mas como? – ele perguntou.
- Ele livro foi encantado para permitir que apenas algumas pessoas consigam ler. – disse Tiago. – Imaginei que a magia estivesse na tinta, não nas páginas como normalmente ocorre. Se lançarmos um feitiço diferente na tinta do livro, você será capaz de ler. Assim não terá problemas em Hogwarts, nem ninguém perceberá isso.
- Se for um que eu consiga ler, posso ensinar para ele. – disse Débora.
- Legal. – disse Kal folheando o livro.
- Esse foi um dos primeiros que eu li. – disse Letícia, mas para sua decepção Kal não reagiu a essa notícia.
Tiago percebeu isso.
- Normalmente, as crianças aprendem a ler em livros infantis, pequenos, de poucas páginas. – disse ele. – Muitos adultos não gostam de ler livros como esse que é grande.
Agora Kal reagiu, arregalou os olhos na direção de Letícia, e pesava o livro nas mãos.
A menina tinha um olhar orgulhoso no rosto, mas não deixou de corar.
Ela é igual a mãe, pensou Tiago.

Harry estava no vestiário esperando a hora de iniciar os testes. Ele até tentou esperar no campo, mas a quantidade de pessoas que apareceu e tentou chamar sua atenção foi grande.
Ele até mesmo preferia ficar com os amigos, mas o pessimismo de Rony começou a aborrecer, e antes que brigasse com o amigo.
- Você foi o goleiro ano passado. – disse ele antes de sair. – O que quer dizer que já passou por isso. E te digo foi muito bom.
Ele agora estava amaldiçoando o fato de somente ele, Rony e Katie estarem no colégio, isso sem contar Gina que participou de um jogo no ano anterior. Isso fez com que ele tivesse que abrir inscrições para todas as posições com exceção da sua. Apesar de que teve gente que tentou.
No horário combinado ele saiu com sua vassoura e a caixa das bolas. Com um suspiro triste, ele viu que o estádio estava cheio. Não apenas de espectadores, mas de candidatos também.
- Muito bem, gostaria de agradecer a todos que vieram, mas infelizmente só podemos realizar os testes com alunos da Grifinória. – disse ele, e viu algumas meninas saindo dando risadinhas, as mesmas que ele odeia. Eram meninas que estavam ali por ele, não pelo esporte. Assim como alguns meninos, que provavelmente estavam ali para atrapalhar.
- Infelizmente no momento nenhum aluno do primeiro ano pode realizar os testes. Sei que é uma injustiça, já que eu mesmo estou aqui desde o meu primeiro ano, mas eram circunstâncias especiais, sendo indicação da McGonagall, e não houve selecionados nos testes. Portanto se não completar as vagas hoje, pode ser que alguém que realmente saiba voar, possa pleitear uma vaga.
Mas alguns alunos se levantaram, mas ainda parecia que toda a Grifinória estava ali.
Como ele esperava por isso, ele fez primeiro o teste de voo. Eliminaria aqueles que não tinham habilidade para o jogo.
Logo ele separou os candidatos por posição.
- Vamos começar pelos batedores.
- Não seria melhor começar pelos goleiros? – perguntou um rapaz que Harry sabia ser do sétimo ano, Comarco McLagen, ou algo assim, tinha o visto apenas no trem durante a reunião do Club do Slug.
- Não. – disse Harry simplesmente.
- Acho que seria o mais certo. – disse novamente o rapaz. – Devemos começar pela defesa, sempre foi assim. E seria se eu fosse o capitão.
- Eu não acho. – retrucou Harry. – Quero ver como todos os candidatos se saem em uma situação o mais real possível, e os batedores podem fazer isso sem a presença de outros. E você não poderia começar pela defesa, já que você seria o capitão.
- E como seriam os testes para goleiro? – perguntou ele, quando Harry ia se virar para dar continuidade.
- Na Hora você vai ficar sabendo. Agora é o momento dos batedores.
- Mas como eu vou me preparar?  – disse o menino. – Eu tenho que saber.
- Tem nada. – Agora Harry estava furioso. – Você devia esperar com os outros, e não tentar dar ordens. Pode se retirar, que você não entrará para o time, mesmo que nenhuma goles passe por você. Não precisamos de alguém como você no meu time.
- Você vai se arrepender disso. – disse o menino. – Você ainda vai precisar de um goleiro.
- Prefiro jogar sem um goleiro do que com você no time. – retrucou Harry, sendo aplaudido por quem conhecia o menino. – E se algo acontecer com o que eu escolher e ele não puder jogar, pode ter certeza que você terá um destino pior.
Sem esperar, Harry virou as costas e continuou os testes. Ninguém ousou desafia-lo de novo.

Tiago, Lílian e Letícia assistiam tudo da arquibancada.
- É o mesmo time. – disse Lílian. – eles estão com uma boa vantagem.
- Sim, e não foi preciso enganar o seu irmão, nem enfeitiçar um adversário. – disse Tiago.
- Então foi você que lançou o Confundus no McLaggen. – acusou a ruiva.
- Eu não. – disse Tiago. – Foi a Mione. Eu só fingi que colocava Felix Felicis no suco do Rony, enganando ele e a Mione.
- Bem esperto você. Fazendo a Mione acreditar, fez com o distraído do meu irmão achasse também.
- Eu já sabia lidar com os dois. – disse o moreno. – Vamos, tem uma festa para irmos, e ainda temos que pegar as meninas com a tia Mimi, que está louca para saber o resultado disso aqui.

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Comentários (4)

  • nicla potter

    como sempre fico com gostinho de quero mais....D++++++ do capítulo

    2012-01-11
  • Cleber Knies

    Estava fora muito tempo, mas li todos os capitulos novos. Esta muito legal mesmo. COntinue assim. ObrigadoAté mais

    2012-01-10
  • Prado Soares

    capítulo novo *--* a lety perguntand pro kal dos livros, tadinho... precisamos achar um feitiço que ajude ele quando entrar em hogwarts *--* posta sempre, viu? vou t smp aqui esperando *--* qro mt ver como será esse ano xD beijinhoz e volta logo!!!

    2012-01-08
  • Natascha

    como sempre ótimo!  

    2012-01-07
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