A Infância de Tom



Capítulo 76 – A Infância de Tom

Harry caiu nas graças de Slug. Quem parecia não gostar muito disso era Mione. Ainda mais depois que ele trocou a capa do Livro do Príncipe Mestiço com a do livro novo que estava com Rony quando o dele chegou.
- Você pode se dar muito mal. – disse ela. – O que está no livro é o que você deve seguir.
- Acho que um pouco de variação não muda muito. – disse o moreno. – Nos livros estão a receita que foi originalmente criada, ou alguma versão desta. Não quer dizer que podemos fazer algo diferente. Meus pais fazem isso o tempo todo. E assim que surgem novas poções, ou se pode compreender as reações de algumas misturas.
- Ainda acho que você devia contar para seu pai. – disse ela.
- Pode ser. – disse ele, mesmo estando meio apreensivo com isso.
Eles estavam para sair do Salão Comunal, quando Gina desceu de seu dormitório.
- Posso saber onde vocês vão? – perguntou ela de forma curiosa.
- Não. – respondeu Rony.
- Assim parece que você não gosta de mim. – disse ela.
- Ele só quer te proteger. – disse Harry. – Isso é manter você presa aqui. Mas vamos visitar os meus pais, quer vir junto?
- Claro, estou com saudades das meninas. – disse ela.
Agora eram dois emburrados no grupo. Mas nem Harry nem Gina se importaram com isso. Foram conversando o caminho todo.
Assim que chegaram, Harry pegou Carol no Colo, assim como Gina pegou Anny. Era uma coisa natural para eles.
- Cadê a Letícia? – perguntou Harry.
- Está em casa. – disse Lílian. – Winky a levou. Kal está aprendendo a ler, e ela está ajudando.
Tiago contou como eles fizeram isso.
- Muito interessante. – disse Mione, esquecendo um pouco o motivo que estavam ali. – Eu procurei para saber, e não encontrei nada na biblioteca, e perguntei para Madame Pomfrey, que disse que nunca ouviu algo assim.
- Pode ser algo realmente inédito, ou que as pessoas não chegaram a descobrir. – disse Tiago. – E espero que ninguém venha a descobrir sobre ele, as coisas podem ser complicadas para ele se isso acontecer.
- A gente não veio aqui para ver o negócio do Livro? – perguntou Rony.
- Isso mesmo. Vocês dois podem parar de me enrolar. – disse Mione.
- Você está falando do Livro do Príncipe Mestiço? – perguntou Tiago.
- Essa Historia, eu não conheço. – disse Lílian.
Tiago contou a parte de como pegou o livro.
- Ele tem informações bem uteis. – disse o auror. – Claro que as coisas não são totalmente boas ou ruins. Depende do uso que damos. Você pode continuar com ele, mas cuidado com o que faz com o que está escrito ali.
- Você sabe quem é o tal do Príncipe Mestiço? – perguntou Harry.
- Sei. – disse ele. – Mas vocês tem que descobrir sozinho.

Edwiges apareceu com uma carta para Harry durante o café da manhã. Ele achou estranho, normalmente quem escrevia para ele Sirius, mas ele tinha mandado uma carta no dia anterior, ou Hagrid. Mas isso não parecia ser coisa do professor.
- É do Dumbledore. – disse ele para os amigos. – Está me chamando para uma reunião hoje.
- O que será que ele vai te ensinar? – perguntou Rony. – Será alguma magia contra os poderes de Voldemort?
- Acho difícil. – disse ele. – Ele sabe que temos nossos encontros com meus pais.
- Ele pode saber algumas coisas diferentes, que sabe que seu pai poderia não saber ou ele mesmo quer ensinar. – disse Gina.
- À noite ficamos sabendo. – disse o moreno.
Apesar de ter demonstrado pouco entusiasmo no café, Harry teve dificuldade de se concentrar durante o dia. Ficou pensando sobre o encontro com o diretor.
Quase pegou uma detenção por causa disso, quando não percebeu que Minerva tinha acabado a explicação e pedira para eu todos começassem a praticar. Demorou alguns minutos para que a professora chamasse a sua atenção, mas como ele rapidamente se juntou aos outros, nada mais grave ocorreu. Ele ainda deu graças que não foi na aula do Seboso. Ai com certeza estaria em uma situação ruim.
Apesar se ter parecido que durou mais, logo ele estava em frente a gárgula que levava a sala do diretor.
- Varinha de Alcaçuz. – disse ele, e a gárgula deu passagem.
Ele entrou na sala do diretor e notou antes de qualquer coisa, os vários objetos de prata que o professor tinha ali. Mas algo chamou sua atenção. Um anel de ouro. Deve ter sido pela mudança de cor, que ele reparou nele.
- Boa Noite, Harry. – disse o diretor, sem perceber o objeto de interesse dele.
- Boa Noite, Senhor. – respondeu ele se dirigindo para a cadeira desocupada.
- Não vamos perder muito tempo. – disse Dumbledore. – Não quero chamar atenção sobre nossos atos. Existem muitas formas de combater um inimigo, e a mais certa é conhecê-lo, entender seus pontos fracos e fortes, e sua motivação. Por isso iremos passear por algumas lembranças que coletei nos últimos anos que podem nos fazer entender um pouco mais sobre Tom Riddle. Algumas são minhas, outras de pessoas que me cederam depois de muita pesquisa e buscas.
Dumbledore se levanta e pega uma caixa com várias garrafinhas, que Harry supôs conter as memórias, a que seu interior parecia ter uma névoa perolada.
- Essa primeira é de um funcionário do ministério que foi chamado por causa de uma azaração a um trouxa. – disse o diretor despejando o conteúdo em sua penseira.
Harry logo se viu em frente a uma casa toda cercada por arbustos. Logo presenciou uma discussão estranha, entre o funcionário do ministério e um rapaz. Apesar de que ele entendia perfeitamente o que era dito, o funcionário parecia não entender o eu o rapaz dizia. Notou então que ele falava a língua das cobras.
Logo apareceu um homem, que pela semelhança era pai do rapaz.
Pela conversa entre pai e filho, ele percebeu que o incidente era que o rapaz que se chamava Mofino havia atacado um trouxa da região, Tom Riddle. Pouco depois, surge uma garota, motivo da briga entre Tom e Mofino. Ela se chamava Mérope Gaunt.
A memória se encerrou depois que o funcionário do ministério saiu correndo.
- Ele retornou mais tarde naquela mesma tarde, com alguns aurores e levaram Servolo Gaunt por desacato, e Mofino por ataque ao trouxa. – disse Dumbledore. – Assim Mérope se viu livre, preparou uma poção do amor, deu para Tom Riddle. Os dois fugiram. Mas veja a ironia da historia, depois de se ver grávida, ela parou de dar a poção para ele, acreditando que isso faria com que ele a amasse. Tom a repudiou e a largou. Mérope teve uma gravidez difícil, e precisou vender aquele medalhão que você viu com ela, mas mesmo assim não conseguiu muito dinheiro e acabou dando a luz em um orfanato trouxa, vivendo o suficiente para dar nome ao filho Tom Servolo Riddle, em homenagem ao pai e avô do garoto.
- Ele viveu naquele orfanato pelo resto de sua infância, como você sabe pelo seu encontro no episódio da Câmara Secreta. Tom odiava aquele lugar, e ainda mais seu pai trouxa.
Dumbledore pegou outra memória e colocou na penseira.
- Essa lembrança é minha, mais precisamente meu primeiro encontro com Tom.
Harry se viu em frente a um velho prédio, ao lado de um Dumbledore mais novo, com cabelos e barbas mais curtos e ruivos. Ele viu o Dumbledore mais novo conversando com uma senhora e depois com um Tom garoto.
Viu como Dumbledore contou que todas as coisas estranhas que Tom fazia era magia. Inclusive com a demonstração de poder colocando fogo no armário, onde ele guardava seus troféus.
Mas ficou impressionado como uma criança podia mostrar tanta crueldade com os outros.
- Tom era uma criança especial, já demonstrava controle de seus poderes, e de maneira a amedrontar os outros. – disse Dumbledore depois que eles saíram da penseira. – Sabia que teria que ficar de olho nele durante o seu tempo na escola, apesar do diretor da época não ter a mesma opinião. E todos sabemos o que aconteceu.

Harry precisou esperar até o dia seguinte para contar aos amigos sobre a reunião com Dumbledore, claro que com autorização deste. Apesar de verem a razão de tudo, eles ficaram um pouco decepcionados, pois queriam ver algo que o diretor podia fazer.
Mas ficaram imaginando o que aconteceu para que Voldemort se tornasse o que é hoje.

Mione e Rony voltaram de uma reunião de monitores, mas não encontraram nem Harry nem Gina no salão comunal. Rony decidiu subir, estava cansado. Mione ficou para terminar um dever.
Poucos minutos depois, a porta do salão comunal abriu e por ela entraram Harry e Gina. Os dois muito sorridentes. O moreno acenou para a monitora e seguiu seu caminho para o dormitório.
Mione chamou por Gina.
- O que vocês estavam fazendo lá fora a uma hora destas? – perguntou ela.
- Fomos visitar os pais do Harry. – disse ela. –As Gêmeas estão uma gracinha.
- Vocês saíram antes da gente. – disse a morena. – E só voltaram agora. Você não tem nada para me contar, não?
- Na verdade não. – disse Gina.
- Nem mesmo sobre essa marca no seu pescoço?
- Eu mato o Harry. – disse ela tocando no pescoço.
- Estranho, para quem não tem nada para falar, sabia exatamente onde estava a marca. Você está namorando o Harry! - Não era uma pergunta, mas uma afirmação. – Sabia que vocês dois andam juntos de mais. Por que não contou isso para todos? Por que não me contou? Por que o segredo?
- Não é segredo. – disse a ruiva. – Só decidimos que não íamos sair contando para todos. Não queremos ninguém se metendo. E não somos propriamente discretos quanto a isso, como você pode ver.
Ela mostrou a marca do pescoço.
- Desde quando?
- As férias. Você estava muito preocupada com o meu irmão para notar.
Mione corou.
- E ainda tem o negocio do time. – disse Gina. – Não quero que as pessoas falem que eu estou no time só por namorar o capitão. Quero mostrar meu talento. Quem sabe depois do primeiro jogo.
- Certo ruiva. – disse Mione. – O que importa é que vocês estão felizes.


NA:

Esse Capítulo vai de presente para uma menina especial.
Parabéns, Anny. Felicidades.
Bjs
MM


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Comentários (2)

  • Natascha

    ficou ótimo! tinha mesmo q ser a Mione a descobrir primeiro!

    2012-01-21
  • Lediane Werner

    Muito bom o capitulo.Queria ver mais cenas do Harry com a Gina, gosto muito do casal.Parabens pela fic, ela é otima. 

    2012-01-21
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