Aula de Poções



Capítulo 74 – Aula de Poções

Harry acordou cedo na manhã seguinte, mas preferiu continuar na cama. Não via muito sentido se aprontar agora e ficar muito tempo esperando pelos amigos e as aulas.
Só se levantou quando os outros começaram a fazer o mesmo.
Mione já os esperava no salão comunal, mas Gina demorou um pouquinho para descer.
- Já estava digerindo o meu estomago. – disse Rony quando viu a irmã.
- Deixa de ser dramático, Rony. – disse a menina. – E um bom dia para você.
Rony saiu resmungando com Mione atrás dele, dando sermão.
- Esses dois não mudam. – disse a ruiva.
- E que graça teria se mudassem. – respondeu Harry depois de um rápido selinho.
- Bom, com os dois brigando podemos ficar sozinhos. – respondeu Gina.
- Isso se os professores permitirem. – disse Harry desanimado.
Eles alcançaram os dois monitores na metade do caminho. Pouco antes de encontrarem Letícia passeando pelo castelo.
Mais uma vez Neville se juntou a eles depois que Dino retirou seu formulário da menina perfeita da mochila.
Minerva não demorou para passar os horários para todos.
O de Gina foi tranquilo, já que eram as mesmas aulas do ano anterior, mas para os alunos dos NIEMs foi mais complicado.
- Por que não se candidatou a aula de Feitiços? – perguntou ela para Neville.
- Pedi a opinião da Vovó, já que meus pais estão super ocupados, e ela falou que eu deveria ter me esforçado mais em Transfiguração, e que Feitiços não era matéria digna.
- Isso é típico dela. Augusta não passou em Feitiços e fica desdenhando. – comentou a professora. – Acho que deveria tentar.
- Se a senhora insiste. – disse o menino.
Harry não teve muitos problemas com o seu horário. Só percebeu que já começaria com Poções. Pelo menos a primeira aula do Snape seria em três dias.
- Senhor Weasley, você não vai fazer Poções? – perguntou a professora.
- Não tirei nota para entrar na aula. – disse ele envergonhado.
- Isso era com o professor Snape. – disse ela. – Professor Slughorn aceita todos os que foram aprovados.
- Certo então. – disse ele recebendo o mesmo horário de Harry.
Mione é que deu um pouco de trabalho para a professora, já que cursaria mais matérias que os outros, mas no fim teve seu horário feito.
- Vou precisar comprar um livro. – disse Rony. – Mas só vai chegar para a próxima aula.
- Usa o meu. – disse Harry. – O professor pode relevar se eu não aparecer com o livro.
- Por isso é bom ser Harry Potter. – disse o ruivo pegando o livro do amigo.
- Isso pode se provar uma coisa muito ruim. – disse o moreno.
Eles seguiram para a aula de Poções.
Como eram poucos que conseguira nota para cursar o nível atual, ou que quiseram, e por elas serem mais puxadas, as aulas eram realizadas com todas as casas reunidas. Além dos três grifinórios, estavam Draco, Pansy, e mais um sonserino, três lufalufas e quatro corvinais.
Eles se sentaram a mesa de sempre no fundo da sala, que parecia completamente diferente do que eles estavam acostumados.
Três caldeirões estavam dispostos no meio da sala de forma que todos poderiam ver.
O professor entrou alegremente. E começou a dar sua aula, falando dos exames e em dado momento cumprimentou Harry.
- Nestes caldeirões estão algumas das mais difíceis poções que vocês podem fazer depois de formados. Quem sabe veremos algumas delas.
Todos os alunos abriram os olhos.
- Alguém poderia me dizer qual é essa poção? – perguntou o professor, mexendo num caldeirão fazendo o odor da poção se espalhar pelo ambiente.
Harry sentiu o cheiro de grama recém cortada, vassoura nova e de um perfume de flores silvestres que ele não conseguiu saber se era de sua mãe ou Gina.
Ele nem reparou que Mione ergueu a mão.
- Essa é Amortência, uma poção do amor. – disse ela.
- Como descobriu? – perguntou Slug.
- Pelo cheiro. – disse ela. – Cada pessoa sente um diferente. Senti o cheiro de pergaminho, amora e....
Ela não continuou, mas corou e desviou o olhar de Rony, mesmo que não estivesse olhando para ele.
- Muito bom. Cinco pontos para a Grifinória. – disse o professor. - Senhorita?
- Granger. – disse ela.
- Não conheço nenhum Granger. – disse Slug pensativo.
- Ela é uma sangue-ruim. – disse Malfoy.
- Termo estranho para um aluno de Hogwarts. – disse o professor. – Menos três pontos para a Sonserina.
- Mas... Você foi da Sonserina. – disse o loiro.
- Não sei, o que te ensinaram, mas não devemos discriminar as pessoas pela sua origem. Minha mais brilhante aluna era nascida trouxa. O Sr é?
-Malfoy, Draco Malfoy. – disse ele pomposamente.
- Malfoy, conheci seu avô. Me deve dinheiro até hoje. – disse o professor fazendo o sonserino se encolher. – e quanto a essa segunda poção?
Era uma poção lamacenta, de cor cinza escura.
- Polissuco.  – disse Harry sem perceber.
- Perfeito. – disse o professor. – Com certeza que você conhece, os aurores a utilizam muito. Sr Potter. Ela é usada para dar a uma pessoa a forma de outra por um determinado tempo. E a última?
Mione foi a única a erguer a mão, meio aborrecida por Harry ter respondido a outra.
- Srta Granger?
- Felix Felicis. A Sorte Liquida. – disse ela.
- Uma colherinha desta poção dará a sorte para qualquer pessoa por horas. – disse o professor. – E esse será o presente para quem se sair melhor hoje.
A aula foi sobre a lei que dizia que um antidoto feito para uma mistura de venenos é mais poderosa que o antidoto para cada um individualmente. Obviamente foi Mione quem respondeu essa. Na hora da pratica, identificar e fazer um antidoto para uma determinada mistura, Harry teve que revelar que não tinha livro.
- Pode pegar ali. – disse o professor, ainda mais depois da explicação. – Nobre como o pai.
Todos os livros eram velhos, então não fazia sentido para Harry escolher, pegou o de cima mesmo.
Ficou injuriado ao perceber que ele estava todo rabiscado. Perdeu muito tempo olhando para o livro, e quando percebeu metade do tempo tinha passado, e correu para a página que estava tudo escrito. Mais uma vez viu que tinham escrito ali.
Olhou para Mione e percebeu que ela fazia movimentos complexos com a varinha separando os venenos. Rony misturava várias coisas no seu caldeirão. Só ele nada tinha feito.
Indignado com ele mesmo. Harry identificou o que tinha escrito ali. BENZOAR. Ele se lembrava disso, Snape tentou pega-lo nesta. Era a cura para a maioria dos venenos.
Rapidamente, ele foi até o armário dos alunos e procurou pela pedra. Demorou um pouco, mas encontrou. Voltou ao seu lugar, no momento que o professor anunciou o fim do tempo.
Ele começou a verificar as poções, falando pouco. Rony estava nervoso, e Mione tentava, disfarçadamente, colocar mais algumas coisas no seu caldeirão.
- Muito boa. – disse ele ao passar pela de Mione. – Me parece ser a melhor de hoje.
O comentário deixou a morena corada e Malfoy irritado.
- E só falta o Sr Potter. – disse o professor depois de torcer o nariz para a poção de Rony. – Mas seu caldeirão está vazio.
Harry estendeu a mão e mostrou o benzoar.
- Inteligente e ousado como a mãe. – comentou o professor com uma gargalhada. – Benzoar com certeza curaria todos esses venenos. Você é o vencedor.

- Você devia saber bem que não se pode confiar em um livro assim. – disse Mione depois que Harry explicou sobre o que tinha acontecido na aula.
- Ele não tem magia escondida.  – disse Harry. – E Snape já tinha mencionado o Benzoar.
Mione saiu aborrecida.
- Ela só está assim, por que você ganhou dela. – disse Rony. – Sabe que ela gosta de ser a melhor.
Enquanto o ruivo seguia a namorada, Harry folheou o livro e viu que tinha algo escrito na primeira pagina.
“Pertence ao Príncipe Mestiço”

Letícia e Kal estavam passeando pelo castelo. A menina achou que seria melhor que ele conhecesse o castelo antes de entrar, e quanto mais cedo melhor.
Por ser um lugar de alta concentração de magia, era como se Kal tivesse a visão normal. Se ele não conseguisse ver a magia se movendo pelas paredes e quadros.
- Temos que ver as meninas. – disse a ruivinha. – Estão tão bonitinhas as duas. E já falam Lelê.
- Nem quero estar por perto quando elas começarem a andar pelo castelo.
- Nem eu. – disse Letícia. – Depois tudo que elas fizerem vai ser minha culpa.
Kal só balançou a cabeça.
No meio de um corredor eles escutaram um miado.
- Essa não, é a Madame Nor-r-ra. A gata do Zelador. – disse Letícia.
- Isso é um gato. – Kal falou surpreso com a novidade.
- Sim, mas essa é a melhor que você poderia ter conhecido. Depois te apresento o Bichento e Scar. – disse a menina. – Ela vive me perseguindo para contar para o seu dono. Ela não vai sair da minha cola tão cedo.
- Podemos despista-la. – disse Kal. – Logo ali na frente tem uma passagem que ela não vai conseguir nos seguir.
- Não estou vendo nada. – disse ela.
- Atrás daquele quadro. Ou pelo menos eu acho que é um quadro. – disse ele apontando para um quadro.
- Realmente é um quadro. – disse ela. – Pode nos deixar passar.
- A filha do Auror. – disse a Senhora do quadro. – Claro, mas não revele para ninguém que tem uma passagem aqui.
- Pode deixar. – disse a menina antes do quadro abrir e liberar a passagem dela.
- Que feitiço você lançou nela. – disse Kal depois que a porta fechou e prendeu a gata fora.
- Ela vai mudar de cor em algumas horas. – disse a ruivinha. – E o melhor nem vai poder me dedurar. Não vai saber que fui eu.


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Comentários (2)

  • Prado Soares

    MAIS! MAIS! MAIS!!!! porfavoooor *--* li 12 caps agr... nossa, como a fic continua perfeitamente perfeita *--* super ciriosa pra saber mais sobre o futuro marido da letícia xD

    2012-01-05
  • Natascha

    adorei! e a Letícia como sempre aprontando todas!

    2011-12-25
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