Club do Slug



Capítulo 73 – Clube do Slug

- Não entendo porque eles têm que ir para Londres para poder pegar um trem para voltar para cá. – disse Débora. – Isso é um pouco estranho.
- Isso é mais um evento social. – disse Lílian. – Você encontra todo mundo, conversa no trem, essas coisas.
- Sem contar que é um pouco para segurança dos alunos. – disse Tiago. – e mais difícil atacar um centro onde tem tanta gente, bruxo e não bruxa.
- E também para que os puristas não possam reclamar. – disse Lílian. – Eles não gostam muito de se juntar com os trouxas. E não queremos que falem que é favoritismo.
- Isso é sensato. – disse Débora.
Ela e Lílian ficariam em casa com as gêmeas, Letícia e Kal. Tiago levaria Harry para a estação, onde encontrariam com Molly, Gina, Rony e Mione.
A estação estava cheia, parecia que as famílias foram em peso para a plataforma. O medo da guerra e suas perdas fez com que todos quisessem se despedir.
Tiago queria evitar isso.
- Essa situação já está me irritando. – disse Molly quando via os meninos entrarem no trem.
- O castelo é seguro. – disse Tiago. – O problema é justamente os que ficam fora. Mesmo eu não posso prever onde vão atacar. Se frustro algo, eles arrumam outra coisa. Salvei Olivaras e Amélia Bones. Mas três figurões do ministério sumiram.
- Isso que me preocupa. – disse a ruiva.
- Não precisa se preocupar. – disse o auror. – Se algo acontecer com você ou Arthur, terá muita gente para cuidar dos meninos. Eu terei muito prazer em fazer isso. Mas prefiro que não precise.
O trem começou a andar.
- Vamos. Letícia está doida para te apresentar alguém. – disse Tiago.

Como aconteceu no ano anterior, Mione e Rony foram para a cabine dos monitores deixando Harry e Gina sozinhos.
Claro que desta vez, os dois aproveitaram o tempo sozinhos para namorar.
Ainda não haviam contado para ninguém do relacionamento. Mas como disse Gina, se ninguém percebeu a coisa toda, sendo que eles não são precisamente bons em manter segredo, eles não iam ajudar, contando.
Letícia sabia, demonstrou isso várias vezes. Mas era outra que nada dizia.
Eles acabaram se separando pouco antes de alguém bater na porta. Era Neville.
- O Dino está insuportável. – disse ele. – Desde que você deu o fora nele na volta do ano passado, ele está obcecado para encontrar uma namorada.
- Não me diga que ele está abordando todas as meninas que passam pela cabine. – falou Harry.
- Ele tentou. – disse Neville. – Mas sua primeira vítima foi Hermione. Não sei se ficou com mais medo dela ou Rony. Sinceramente não sei como você a aguenta reclamando com você, Harry. Eu fiquei com os ouvidos doendo. Imagina Dino.
- O que ele está fazendo agora? – perguntou Gina.
- Uma Lista das mais gatas. E quer a opinião de todos. E se não gosta de sua resposta reclama mais.
- Bom, eu que não darei a minha opinião para ele. – disse Harry.
- Como se ele não soubesse. – disse Gina, baixinho o suficiente para que Neville não escutasse.
Pouco depois os dois monitores chegaram a cabine. Neville levantou as mãos como se pedisse paz.
- Fique tranquilo, Neville. – disse Mione. – Sabemos que você não teve nada a ver com o que o Thomas fez.
- Ele que não abra o olho para ele ver. – disse Rony. – Ele pode se ferrar muito se algumas pessoas ficarem sabendo dos seus planos.
Pouco tempo depois, após a passagem do carrinho de doces, Gina sai para procurar Luna.  O que demonstrou ser sorte, pois logo em seguida entrou Malfoy na cabine.
- Sabe Malfoy. – disse Harry. – Seu pai devia ter te dado um pouco de educação. Invadir o espaço dos outros não é uma coisa que normalmente fazemos. E pode ter consequencias desastrosas.
- Eu só queria saber se o rumor era verdadeiro. – disse o loiro confiante, mas Harry pode perceber o medo em sua voz ao notar que todas as varinhas estão à vista. – Então você é realmente o capitão do time da Grifinória. Vai ser mais fácil te vencer esse ano. Já que eu também sou capitão.
- Você devia parar de sonhar. – disse Mione. – Nunca vi a Sonserina vencer a Grifinória.
- Fica quieta, sangue-ruim. – disse Malfoy. – Ele, com certeza, colocará esse traidores do sangue no time.
- Meu time terá os melhores jogadores que eu tiver a disposição. Se isso significa colocar o Rony e a Gina, eles estão, mas não por ser meus amigos. Eles pelo menos sabem o lado certo da vassoura para voar.  – disse Harry. – Outra coisa. Seu pai não poderá te ajudar preso, então tenha cuidado com suas palavras. Mais uma ofensa e você passará algum tempo na enfermaria.
- Não me ameace Potter.
- Eu não estou te ameaçando. Só comunicando, para depois você não reclamar.
Malfoy deu uma olhada para os lados para ver se poderia ter alguma vantagem, mas tanto ele quanto seus capangas estavam com as varinhas em seus bolsos, enquanto os grifinórios estavam com as suas na mão. Sem diz mais nada, ele saiu.
- Achei que íamos passar sem essa visita. – disse Harry.
- Como se o Malfoy fosse perder a oportunidade de te contar que ele era o capitão. – disse Rony.
- Ele devia ter esperanças que você não fosse. – disse Neville. - Mas como você está com o broche no peito ele não pode fazer nada.

Uma hora depois, alguém bateu na porta.
- Pode entrar. – disse Mione.
- Desculpe incomodar.  – disse o menino que parecia ser do segundo da Lufalufa. – Mas o professor Slughorn me pediu para entregar isso para Potter e Longbotton.
- Obrigado. – disse Harry, e assim que o menino saiu, ele leu o bilhete. – É um convite para um chá na cabine do professor.
- Ele começou o clube cedo. – disse Neville, e explicou o que seus pais disseram sobre o professor.
- Vamos ver o que ele quer. – disse Harry.
Os dois rapazes seguiram para a cabine indicada, na verdade um vagão inteiro. Já havia algumas pessoas lá, entre elas Gina.
- Nossos últimos convidados chegaram. – disse o professor.
Quando todos se acomodaram, ele começou a conversar com cada um. Perguntando sobre a família, sobre seus desejos para o futuro.
Harry percebeu que todos estavam ali por causa de algum parente famoso ou importante, exceto ele, que tinha sua própria fama, e Gina. Antes que pudesse perguntar para a ruiva o que ela fazia ali, Slug respondeu por ela.
- Não estranhem a presença da Srta Weasley aqui. – disse ele. – Estava passando pela cabine em que ela estava e vi quando ela executou com perfeição uma azaração em um menino que a importunava. Não via tanto poder assim a anos.
Logo ele mudou para um setimanista da grifinória.
- Zacarias Smith veio me perguntar se era verdade o que aconteceu no ministério. – disse ela para Harry. – Como não respondi nada, ele ficou falando que deveria ter chamado a AD para te acompanhar e que ele teria feito melhor.
- Pelo menos não levou detenção. – disse ele.
Por sorte, todos estavam muito ocupados prestando atenção na conversa do professor para ver a troca de olhares entre os dois. Senão, antes mesmo que o trem parasse todos já saberiam sobre o namoro.

Eles pegaram a mesma carruagem que Luna.
- Por que você não ficou com a gente? – perguntou Harry para Luna.
- Não sabia se incomodaria. – disse ela.
- Você não incomoda. – disse Mione. – E assim a Gina não sairia e eu não ficaria sozinha com três meninos o tempo todo.
- Como se você não tivesse aproveitado o seu tempo sozinha com o Rony. – disse Gina.
- Quando for a sua vez, não reclame. – disse a monitora.
- Eu não vou reclamar. – disse Gina de forma Sapeca.
Luna se separou deles quando entraram no salão. Gina não estava gostando nem um pouco dos olhares que Harry recebia das meninas que já estavam no salão. Mas ele não tinha consciência destes olhares, por estar acostumado a todos olharem para ele, e por estar indignado pelo olhares que a ruiva recebia de parte da população masculina.

- Devemos dar boas vindas ao Professor Horacio Slughorn, que aceitou deixar sua aposentadoria de lado e reassumir seu posto como Mestre de Poções. – disse Dumbledore.
Poucas pessoas aplaudiram, surpresas pelo anuncio.
- Poções? Não seria DCAT. – disse Mione.
- Foi o que todos pensamos, ao ver Snape ali.  – disse Harry. – Mas ele sempre quis o cargo de Defesa e agora parece até capaz de sorrir.
- Parece que nossa tortura mudou de lugar. – disse Rony.
 - Pelo menos teremos um pouco mais de tranquilidade em poções e nós vamos poder ter chances no NIEMS. – disse Mione.
- Quando você diz nós, quer dizer eu e o Harry? – disse Rony. – Você sempre teve chances.
Mione ia reclamar, mas viu Gina balançando a cabeça. Era melhor deixar isso para lá.

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