Capítulo 5





5) Capítulo 5

Hermione entrou apressada assim que Harry abriu a porta. Era mais de meia noite, mas não importava. Assim que ela a carta de Gina avisando que Rony e Julie retornaram, e que a primeira coisa que fizeram foi conversar com Harry, ela precisava vê-lo, não independente do horário. O moreno a fitou, confuso, parecia ter acabado de acordar.

- Aconteceu alguma coisa, Mione?

- Como assim aconteceu alguma coisa? Claro que aconteceu, Harry! – ela olhou irritada – Gina me contou que o Rony voltou.

- Ah. Isso. – ele deu de ombros, enquanto sentava no sofá.

- Harry, pelo amor de Merlim! Quer parar de suspense e me dizer o que houve? Vocês brigaram muito? Você lançou algum feitiço nele?

- Bom... Primeiro, eu pedi desculpas. – ela ergueu a sobrancelha, ainda de pé.

- Desculpas? Por ele ter fugido com sua namorada?

- Não. Desculpas por ter te roubado dele. – ele deu um pequeno sorriso – Eu sei que não foi intencional, mas o meu charme é realmente muito forte, então, certamente, nem você resistiria a mim!

- Harry! – ela sentou ao lado dele, e o empurrou, fazendo-o rir.

- Rony entendeu que não podemos controlar o que sentimos, afinal ele se apaixonou pela Julie.

- Só isso?

- Claro que ele também se desculpou, mas eu o perdoei. Na verdade, eu o agradeci.

- Agradeceu?

- Se ele não tivesse feito isso, eu nunca descobriria que você gostava de mim. E isso, sem dúvida, foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos tempos. – Harry disse, sinceramente, fazendo-a corar.

- Então está tudo bem entre vocês?

- Sim. Claro que realmente, antes de tudo se acertar, eu dei um murro nele. – ela arregalou os olhos – Eu sou homem, Mione.

- E quanto à Julie? – ela baixou a vista.

- Eu acabei de declarar que você foi a melhor coisa que me aconteceu e você ainda pergunta dela? – ele levantou o queixo da moça, fazendo-a encará-lo – Eu não imaginaria que depois de tantos anos, eu descobriria esse seu lado inseguro.

- É porque ainda é difícil acreditar que estamos juntos e... Eu penso que é um sonho e qualquer hora eu irei acordar, e você...

- Eu te deixarei? – Harry a beijou na testa – Eu realmente entendo o que você deve sentir, mas quando você fala essas coisas me magoa muito, Mione. Você acha mesmo que eu sou tão canalha assim?

- Não. Claro que não, Harry. Você é a pessoa que eu mais admiro nesse mundo.

- Então, você acha que não é capaz de me fazer te amar? Você pensa tão pouco de você? – Hermione virou o rosto.

- É que eu...

- Você é a pessoa que mais admiro nesse mundo. – ela o olhou surpresa – E eu não gosto quando você faz pouco caso de si. – algumas lágrimas escaparam pelos olhos dela.

- Eu te amo, Harry. – ela o abraçou, e Harry sorriu.


Acordara bem cedo no dia seguinte, e logo lembrou que não havia comprado nada para o café da manhã. Por sorte, era bem cedo, então assim que tomou um banho e se arrumou desceu e perguntou a Joseph, o porteiro onde poderia fazer umas compras. Diferente do período da noite, a cidade parecia um pouco mais movimentada. Retornou em uns quinze minutos, e preparou um desjejum bem simples.

Estranhou William não ter ligado perguntando como estava, porém, como queria chegar no horário no trabalho, deixou para ligar para ele à noite. Abriu o armário para guardar as outras coisas que comprara e assustou-se ao ver que já havia produtos lá dentro, exatamente as mesmas coisas que ela comprara a pouco.

Hermione olhou para o relógio, o qual além do horário também mostrava o dia. Vinte e cinco de outubro. A morena levou a mão à testa, confusa. Deveria ser vinte e quatro de outubro, segunda-feira. Fechou os olhos forçando-se a imaginar o que poderia ter acontecido. Esquecera-se o que aconteceu no dia anterior? Será que de alguma forma sua amnésia estava voltando. Respirou fundo tentando se acalmar.

Não soube exatamente o que fazer. Será que já havia ido ao St Mungus? Será que realmente conseguira o emprego? Quanto mais perguntas surgiam, mais nervosa ficava. Então, ela apenas pegou a bolsa, trancou o apartamento e desceu. Cumprimentou o porteiro e ia passar direto, mas parou subitamente e dirigiu-se à bancada.

- O senhor... Sabe há quantos dias eu estou aqui? – ela perguntou meio receosa, recebendo um olhar assustado do porteiro.

- A senhorita chegou ontem. – ela ergueu a sobrancelha. Deveria ter chegado no dia vinte e três, e não no dia vinte e quatro. Será que se confundira nas datas?

- Ontem? Tem certeza? – Hermione não podia acreditar que havia se confundido. Ela nunca errava essas coisas.

- Sim. Certeza absoluta. Ontem à noite a senhorita chegou num táxi, e eu a ajudei com a bagagem.

- Certo. Obrigada. – ele continuou a olhando sem entender. Hermione não parecia satisfeita, mas não podia pensar naquilo agora. Tinha que correr senão chegaria atrasada ao seu “primeiro” dia no St Mungus.

Lembrou-se das instruções do taxista, e seguiu sem erro para o hospital bruxo. Era o lugar que parecia mais cheio àquela hora da manhã. Passou pela portaria e uma moça lhe ensinou como chegar à direção. Respirou fundo, sem saber exatamente como agir. Não queria parecer louca se realmente tivesse esquecido tudo que acontecera no dia vinte e quatro. Então, ela reuniu toda sua coragem, e bateu na porta.

- Pode entrar. – ela assim o fez, encontrando um senhor de cabelo completamente branco e óculos redondos sobre o nariz. Deveria se apresentar, mas tinha medo de já ter feito aquilo antes, então apenas esperou – A senhorita é? – ela respirou aliviada. Realmente, era a primeira vez que estava ali.

- Bom dia. Sou Hermione Granger, médica, e me candidatei a uma vaga aqui. – o senhor balançou a cabeça, indicando uma cadeira a sua frente – S-sei que deve ser estranho uma moça como eu vir para Londres, e ainda querer trabalhar em meio a essa guerra, mas eu realmente gostaria que o senhor me aceitasse. Não sei nada sobre como vocês cuidam dos feridos, mas posso aprender o que não depender de magia.

- Hermione Granger. – ele repetiu, olhando fixamente para Hermione.

- E o senhor... Billy Brown, certo? Vai me aceitar no seu hospital? – perguntou, ansiosa.

- Senhorita Granger, tenho certeza de que seria de grande ajuda para nós. Contudo, receio que seus conhecimentos na área da medicina trouxa não sejam suficientes aqui.

- Eu concordo que não saberei atuar em diversas situações, mas posso e quero ajudar no que for possível. Eu só não pretendo ficar parada assistindo o noticiário para ver quantas pessoas foram mortas por dia.

- Admiro sua coragem, e sem dúvida, nas atuais circunstâncias não posso rejeitar ajuda. – ela sorriu – Porém, repito, a senhora não tem conhecimentos suficientes para trabalhar num hospital desse porte.

- Então, eu não vou poder trabalhar aqui? – o sorriso desapareceu de sua face.

- Ainda não. Creio que seria melhor começar num local menos movimentado, assim como acho que um treinamento especial poderia aumentar suas capacidades, para então poder admiti-la aqui no St Mungus.

- Farei o que for preciso.

- Ótimo. Com sua garra, não duvido que breve a terei com o meu pessoal.

- E onde posso receber esse treinamento? – Hermione perguntou.

- Você já ouviu falar na Ordem da Fênix? – ela confirmou – Eles têm um espaço onde recebem feridos cujo estado é menos grave, para que não fiquemos sobrecarregados. Em geral, é o pessoal que luta, mas quando há muitos ataques, civis também são encaminhados para lá. Além disso, posso falar com o pessoal de lá para lhe emprestar livros, ensinar algumas medidas para ajudar nos ferimentos feitos por feitiços, mesmo que a senhorita não possua magia.

- Muito obrigada, senhor Brown.

- Eu quem agradeço. É sempre bom ter novos membros na equipe.

- Eu vou me esforçar para ajudar no máximo que puder. – ela disse, confiante.

- Eu não tenho dúvidas.

- Quando posso começar?

- Agora mesmo. Eu vou pedir que alguém venha lhe buscar. Aguarde um momento.

- Certo. – Hermione se viu sozinha na sala. Estava muito animada com a possibilidade de aprender muitas coisas. Iria se esforçar bastante e em pouco tempo viria ao St Mungus.

Pensou em como seria a Ordem da Fênix. Todos aqueles bruxos poderosos, passando bem perto dela. Harry Potter! Talvez fosse capaz de vê-lo de longe. Sorriu sem nem perceber, enquanto se sentia bem mais entusiasmada. Poderia não ter magia, mas iria fazer a diferença naquela guerra. Estava tão envolvida nos pensamentos que se assustou quando a porta foi aberta.

- Senhorita Granger. – ela ficou de pé. Ao lado de Brown havia um homem ruivo. Ela o olhou bem, e quase arregalou os olhos. Ronald Weasley! Precisou se conter para não gritar o nome do bruxo que sempre ajudava Harry Potter. Ronald Weasley estava bem a sua frente.

- B-bom dia. – ela disse, nervosa.

- Bom dia. – ele pareceu nervoso também. Hermione notou que ele sorria discretamente. Um sorriso amigável que acalmou seu coração.

- Este é Ronald Weasley. Rony, essa é a senhorita Hermione Granger.

- Prazer em conhecê-la. – ele estendeu a mão e Hermione a aceitou prontamente.

- Prazer o meu, senhor Weasley.

- Deixo ela em suas mãos, Rony.

- Vamos? – ela ficou surpresa, mas o acompanhou. Jamais imaginaria que Ronald weasley quem a levaria à Ordem.

- É... Senhor Weasley? – ele quase riu quando a viu falar daquela maneira.

- Pode me chamar de Rony.

- Tem certeza?

- Absoluta. – ele riu mais abertamente, enquanto deixavam o hospital.

- Então, pode me chamar de Hermione.

- Pode deixar. Então... Hermione, algum problema?

- Não. É que... Não vou atrapalhar o seu dia? O senho... Quero dizer, você deve ter coisas mais importantes para fazer que me levar para a Ordem. – ela disse.

- Mas o que estou fazendo é importante. Teremos um novo membro na Ordem. – Hermione corou.

- Ah, que isso. Eu não sou ninguém...

- Não diga isso, Hermione. Todas as pessoas são importantes para nós. – Rony tentou se conter o máximo que pôde. Estava sendo realmente difícil fingir que não a conhecia. Porém, não poderia recusar o pedido de Harry – Inclusive você.

- O-obrigada. – ela corou ainda mais.

- Está pronta?

- Chegamos? – ela olhou para os lados, confusa, tinham apenas deixado o St Mungus.

- Não, nós ainda iremos. – ela ergueu a sobrancelha – Se preferir, feche os olhos.

Ele não precisou falar novamente. Hermione apertou os olhos, enquanto sentia as mãos dele em seu ombro. Depois, experimentou a sensação mais estranha de sua vida. Ficou imóvel, até que ouviu a voz de Rony, dizendo que poderia abrir os olhos.

- O que aconteceu? – estavam em outro lugar, completamente diferente.

- Nós aparatamos. É um método bruxa para transporte.

- Ah. – Hermione preferia não ter que aparatar novamente. Apesar de ser uma outra rua, o cenário não era muito diferente. Algumas casas estavam destruídas, e pouquíssimas pessoas transitavam pela rua.

- Vamos, Hermione. – ela o seguiu até um determinado lugar – Leio mentalmente o que tem nesse papel.

Ela obedeceu, e a porta do número 12 surgiu bem a sua frente. Sua boca ainda estava entreaberta quando adentrou atrás de Rony. Muitas pessoas passavam apressadas por eles, enquanto Hermione olhava para todas as direções. Era uma casa antiga, mas sem dúvida não parecia um lar, e sim um quartel. Reconheceu alguns bruxos famosos de revistas, mas estes pareciam ocupados demais para prestar a atenção nela. Até que finalmente Rony parou em frente a um homem, que ela reconheceu ser Remus Lupin.

- Estou de volta.

- Rony. – o olhar de Lupin foi direto para ela, olhando-a de cima a baixo. Hermione pensou ter visto um brilho nos olhos dele.

- Esta é Hermione Granger. Vai trabalhar com a Pumfrey na enfermaria.

- Oh, sim. Seja bem-vinda, Hermione. Sou Remus Lupin.

- É um prazer conhece-lo, senhor Lupin. – ela estendeu a mão.

- Remus, por favor. - Hermione corou. Mal podia acreditar que já conhecera dois bruxos poderosos. Só faltava conhecer Harry Potter no primeiro dia na Ordem. Seria muita sorte.

- E o Harry?

- Está em reunião. – o coração de Hermione disparou. Talvez houvesse realmente uma chance de vê-lo.

- Eu vou levar à Hermione para conhecer a Pumfrey.

- Foi um prazer conhecê-lo.

- Igualmente, Hermione. Até breve. – ela sorriu, e seguiu Rony para os fundos. Menos de dois minutos depois, Harry apareceu – Está espionando?

- Ela está aqui.

- Está. Bem perto de nós. Não vai falar com ela?

- Claro que não. Pretendo não ter contato algum com Hermione. – Harry disse, se afastando. Remus o seguiu.

- E pretende fazer isso como? Escondendo-se dela para sempre?

- Se for preciso.

- O que faremos no final do dia?

- Chave-portal. Ela usará sempre para ir e vir. Claro que eu pedi a dois aurores que fizessem guarda quando ela estiver em casa. – Harry explicou.

- E se ele descobrir?

- Então, eu a trarei definitivamente para a Ordem.

- E Hermione vai concordar com isso? – Lupin questionou.

- Se ela não concordar, eu pararei de me esconder e a farei concordar. – dito isso, ele subiu, deixando Lupin sozinho.

- Você acha mesmo que vai conseguir se esconder dela por tento tempo? – ele balançou a cabeça.

Hermione passou o dia todo ouvindo Pumfrey. Havia apenas três feridos ali, mas ela sentiu-se muito útil ajudando a enfermeira, mesmo que em pequenas coisas. A senhora emprestou-lhe diversos livros, e parecia realmente feliz em tê-la por perto, aprendendo. Precisaria estudar muito, mas Hermione não se intimidou. Iria ser capaz de ajudar bruxo ou não bruxo algum dia. Então, segurando o guarda-chuva que Rony lhe dera, e os livros na outra, ela despediu-se da enfermeira.

Deu uma olhada na sala, mas esta estava vazia àquela hora. Apenas Lupin estava sentado, lendo alguma coisa. Hermione aproximou-se, um pouco desapontada. Talvez, no dia seguinte, ela visse Harry Potter.

- Já está indo? – Lupin questionou.

- Sim. Se isso realmente me levar para casa. – ela apontou para o guarda-chuva.

- Levará sim, não se preocupe. E então, vai continuar conosco?

- Claro! Vou tentar aprender tudo o quanto antes.

- Não duvido disso. – ele sorriu – Porém, não se esforce demais.

- Certo. Rony me explicou sobre as medidas de segurança. Podem ficar tranqüilos que eu não sou uma comensal disfarçada. – Lupin riu – Claro que eu também diria isso se fosse, mas não sou. Disse a ele para me testar e eu passei no teste.

- Passou?

- Sim. Rony pode garantir que não há nenhuma magia negra em mim! – disse orgulhosa.

- Que bom. – ele falou, perguntado-se que tipo de “teste” Rony fingiu fazer em Hermione.

- Boa noite.

- Boa noite, Hermione. – ela apertou o guarda-chuva no local indicado, e então desapareceu.

N/A: =) Eu sei que demorei séculos, me perdoem!! Mas eu realmente estive ocupada esses dias com a faculdade. Então, quando tive tempo, me faltou imaginação!! Ehieuhieuheuihe! Por isso, o capítulo saiu assim, bem sem graça... ¬¬’’ Mas não se preocupem, que o próximo deve sair mais interessante!! =D Agradeço a todos que leram, comentaram e votaram!! Um beijo enorme para vocês!! Pink_Potter : )

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