Fim de tempos tempestuosos (um



Capítulo 16: Fim de tempos tempestuosos (um novo começo)

Wormtail, acompanhado de Lúcio e Belatriz, conduziu os garotos até o terraço da Mansão Malfoy. Lá havia um círculo demarcado com veneno de cobra misturado a sangue de unicórnio e no centro havia duas cadeiras (uma de costas para a outra) com algemas.
Belatriz apontou a varinha para Harry:
-Vá se sentar nessa cadeira que está na sua frente.
-E por que eu cooperaria com um plano de Voldemort? –pergunta Harry.
-Não ouse desafiar o Lord das Trevas. –Lúcio fala a Harry estreitando os olhos.
-Isso não seria nem um pouco sensato, Potter. Se bem que sensatez nunca foi o seu forte.Não me provoque, porque eu não tenho tempo para os seus joguinhos. Então, ou agora você senta na cadeira ou os seus amigos vão sentir a ira do Lorde das Trevas! –Voldemort disse a Harry em tom de ameaça.
Harry foi em direção a cadeira e lá se sentou, as algemas correram a se prender em seus pulsos e tornozelos.
-Assim é melhor. –Voldemort disse se sentando na outra cadeira e as algemas também o prenderam.
-Vocês quatro se posicionem no círculo. –ordenou Wormtail para Draco, Gina, Rony e Hermione –De acordo com os pontos cardeais. Malfoy ao norte (e Wormtail apontou para Draco), Weasley ao sul (“Você não, a ruiva!” E apontou para Gina), Srta. Sabichona ao leste e agora você no oeste.
-A minha sobrinha querida fica aqui comigo.
-Não se atreva a fazer nada com ela, Malfoy!!!-Harry gritou para Lúcio.
-Isso vai depender do seu comportamento...Serve para que pense duas vezes antes de tentar alguma gracinha. –Lúcio respondeu pegando Mandy pelo braço e apontando a varinha para ela.
-Bela, traga as varinhas. –Voldemort ordenou.
Ela deixou as varinhas aos pés de seus respectivos donos (Harry e Voldemort).
-Quanto tempo falta? –Voldemort perguntou.
-Faltam dez segundos, meu amo. –Lúcio lhe respondeu.
-..., três dois, um...Agora! –Wormtail disse terminando a contagem regressiva.
-Energe absorsum! –exclamou Lucio Malfoy apontando sua varinha para o alto.
Imediatamente dois jatos de luz, um verde e o outro prateado, iam descendo como raios em alta velocidade na direção do centro do círculo.
Harry não sabia o que fazer, mas sabia que tinha que fazer algo. Não podia ficar ali esperando o ritual se completar. Então lhe ocorreu que talvez conseguisse realizar novamente mágica sem estar portando uma varinha. Que outra escolha ele teria? Não tinha certeza de que daria certo, mas precisava tentar...Então desejando com cada fibra que tinha:
-Protego! –ele gritou apontando uma das mãos algemadas em direção a Mandy e outra em direção ao alto.
Formou-se um escudo invisível em volta do círculo e outro em volta de Mandy.
As varinhas de Harry e Voldemort se cruzaram e levitaram até a extremidade do escudo. Quando os jatos de luz tocaram a superfície do escudo eles se transformaram em um único dourado que deixou o escudo de mesma cor e o penetrou. Começou a tocar a canção da fênix e Harry estava absorvendo toda a energia dourada. Voldemort ficou tão surpreso e estupefato que parecia incapaz de falar.
-Potter, eu disse para não tentar nenhuma gracinha! Diga adeus para o seu amor! Avada Kedavra! –Lúcio falou lançando o feitiço em Mandy sem ao menos hesitar, mas ela ainda estava protegida pelo escudo e o feitiço bateu e voltou no próprio Lúcio Malfoy que desabou morto no chão com os olhos frios e sem expressão facial.
-NÃO!!!!! –o grito de Belatriz ecoou na noite.
Ela correu e se ajoelhou ao lado do corpo dele:
-Não Lúcio! Não me deixe! –e ela começou a chorar –Como isso? Não pode ser...Um feitiço de proteção não protege contra a maldição da morte...ESSE MOLEQUE VAI ME PAGAR. EU JURO QUE IREI VINGAR A SUA MORTE, NEM QUE SEJA A ÚLTIMA COISA QUE EU FAÇA!!! –Belatriz disse levantando-se.
Ela estava se dirigindo ao escudo dourado, decidida a chegar até Harry e matá-lo, mas Wormtail entrou na sua frente e a puxou pelo braço:
-Não Bela! Não faça nada de cabeça quente! Eu sei o que você sentia por Lúcio, mas controle-se. A vingança é um prato que se come frio.
-Não, você não sabe. Você não faz idéia de NADA! SAIA DAMINHA FRENTE!!! –mas ele não saiu –Cruccio!
Wormtail caiu no chão se contorcendo e gritando de dor. Belatriz continuou se dirigindo ao círculo. Ela levantou a varinha para lançar um feitiço contra o escudo dourado, mas antes que ela o lançasse, Voldemort e Harry haviam desaparecido deixando as cadeiras e as correntes para trás.

Harry e Voldemort haviam aparecido em um lugar que estava escuro, o ar impregnado por uma névoa esbranquiçada. Mesmo com essa névoa dava para ver aqui e ali túmulos adornados com cruzes, anjos e flores. Era um cemitério, mas não o cemitério em que Harry vira Voldemort ressurgir. Era outro, um que Harry jamais estivera, mas o fato era que ele estava se sentindo estranho naquele lugar, com uma certa sensação de familiaridade que lhe dava forças...
-Por acaso sabe onde estamos Harry Potter? –Voldemort que estava a uma distância de dez passos lhe pergunta.
-Um cemitério. –Harry respondeu.
-Isso é óbvio. Eu quis dizer que não é um cemitério qualquer, pelo menos para você...Sabe o por quê?
-Não. –Harry respondeu sinceramente.
-Porque esse é o cemitério de Godric’s Hollow e vai ser uma ótima ironia você morrer aqui perto do túmulo dos seus pais. –Voldemort falou maldosamente e dando uma gargalhada fria e sem emoção ao final.
Harry estreitou os olhos:
-E o que te faz ter tanta certeza de que eu vou morrer?
-Eu farejo o medo que está atrás dos seus olhos, Potter.
Harry não respondeu e Voldemort continuou mais convicto:
-Sua mãezinha de sangue-ruim está morta. Não tem para onde fugir e nem ninguém para morrer por você Potter. Dessa vez vai morrer! –sibila a voz de Voldemort em meio a escuridão crescente, só seus olhos vermelhos sem pupilas eram fendas que brilhavam anunciando a morte.
Harry se lembrou que havia sonhado com isso:
-Você sabe sobre a profecia? –Harry perguntou o mais calmamente que conseguiu.
-Sei, Lúcio forçou a sobrinha dele a contar tudo sobre você com a maldição imperius.
-Então você sabe que um de nós vai morrer. –Harry concluiu ainda tentando manter a voz firme.
-Sei e será você, porque eu sei que não tem coragem para matar ninguém e eu tenho.
-Sabe mesmo? Como pode ter tanta certeza disso? –Harry disse se esforçando para deixar a mente vazia e um brilho passou por seus olhos.
Harry deu um meio sorriso quando viu surgir em Voldemort a insegurança. Mas ele se recompôs rapidamente:
-É, Harry Potter, de novo e pela última vez frente a frente. –diz Voldemort naquela sua voz fria, alta e cortante (clássica dele) destacando as últimas palavras. –Agora somos apenas nós dois. Está pronto para dar tudo de si? Não existe bem nem mal, só existe o poder e aqueles que são demasiados fracos para o desejarem e merecer obtê-lo. Pronto para matar ou morrer? Ser a vítima ou o assassino? Ou está com medo do que o espera Harryzinho? –continuou Voldemort encarando-o olhos nos olhos.
Harry novamente se deu conta de que no seu sonho Voldemort dissera o mesmo que tinha acabado de dizer:
-Estou pronto! –Harry disse decidido.
Harry estava se sentindo apreensivo e ansioso (sabia que era tudo ou nada), mas tinha algo naquele lugar que dava forças a ele e o impelia a continuar. Ele estava se preparando para aquele momento (o do confronto final) desde que Dumbledore havia lhe contado sobre a profecia, mas na prática estava sendo uma árdua experiência:
-Sem varinhas? –Harry perguntou.
-Você sabe que as nossas varinhas são irmãs e não funcionam bem uma contra a outra. Além disso, não precisamos delas...

Quando Harry e Voldemort desapareceram, Draco correu a apanhar as varinhas dos dois que estavam caídas no chão.
-Expelliarmus! –bradou Draco e a varinha de Belatriz saiu voando das mãos dela e Rony a apanhou.
-Vou atrás de Pettigrew! –Rony avisou.
-Não se mexa! –Draco disse se dirigindo a Belatriz e apontando a varinha para ela.
-Pegue uma varinha. –Draco disse entregando uma para Gina.
-Eu vou recuperar as outras varinhas. –Hermione disse indo pegá-las dentro das vestes de Lúcio.
-ESTUPEFAÇA! –gritou Rony correndo atrás de Wormtail, mas ele já havia se transformado em rato e estava correndo pelo chão escuro. –ESTUPEFAÇA! ESTUPEFAÇA! ESTUPEFAÇA!!! –Rony continuou a gritar apontando para diferentes lugares.
-Não adianta, Rony! Ele fugiu. –Hermione disse correndo até ele.
-Aquele desgraçado escapou de novo!!! EU NÃO ACREDITO NISSO!!!
Vamos Rony! –Hermione disse puxando-o para onde os outros estavam.
Belatriz perecia transtornada, uma verdadeira maluca com os cabelos despenteados (de tanto passar as mãos pelos cabelos desesperadamente) e os olhos inchados de tanto chorar, não só por Lúcio (principalmente por ele), mas agora começava a temer o que aconteceria a ela e onde Voldemort estaria. O que ela mais sentia era ódio, mas não podia dar vazão a ele já que estava desarmada.
-Conte-nos sobre o que Voldemort pretendia com esse ritual. Onde ele foi com o Harry? –Draco disse apontando a varinha para o coração dela.
-Mate-me! –ela pediu no auge de sua loucura –Não quero mais viver, a vida não tem mais sentido!
-Não vai adiantar, Draco. –Mandy disse com uma voz distante, ela parecia estar em estado de choque.
-Mesmo que não estivesse nesse estado ela não cooperaria. –Gina falou.
-Alguma sorte com ela? –Hermione perguntou querendo saber se já haviam arrancado alguma informação de Belatriz.
-Não. –Gina respondeu.
-O que vamos fazer? –Rony perguntou –E se a torturássemos? –perguntou malvadamente ainda com raiva por Wormtail ter fugido.
-Não, Rony! –Hermione o repreendeu.
Mandy já estava cansada daquela ladainha, cansada de ficar de braços cruzados. Precisava saber onde o seu Harry estava, ela não queria sequer pensar no que ele poderia estar passando nesse momento nas mãos de Voldemort. Então ela foi até Belatriz e a puxou com força pela capa a chacoalhando bruscamente:
-ME DIZ AGORA ONDE O HARRY ESTÁ!!! ESTÁ ME OUVINDO SUA VADIA? SERÁ QUE ALÉM DE VADIA É SURDA OU TÁ COM ALGUM PROBLEMA MENTAL? ME RESPONDE SUA PROSTITUTA SAFADA!!! VOCÊ SÓ SERVE PARA TREPAR COM O MEU TIO, É? –Mandy gritava em altos brados mostrando que passara do estado de choque direto para o de histeria.
-LAVE A BOCA ANTES DE FALAR DO MEU LÚCIO!!! VOCÊ É METIDA A BESTA SÓ PORQUE VIVE PRA CIMA E PRA BAIXO COM O POTTER. TRAIDORA DO PRÓPRIO SANGUE! VOCÊ NÃO MERECE SER UMA MALFOY. MAS ESSA SUA SUPERIORIDADE VAI ACABAR EM BREVE... A ESSA HORA POTTER JÁ DEVE ESTAR BEM MORTO!!! –Belatriz respondeu a ela sem nem pensar duas vezes.
Mandy deu um tapa na cara dela e já ia avançando nela, mas Hermione e Rony a seguraram pelos braços e ela caiu no choro:
-Não! O Harry não...Eu amo ele...Onde ele estará agora?
Hermione a abraçou solidária com a sua dor:
-Calma Mandy, nós vamos dar um jeito...
-O Harry tem sete vidas, Mandy. Já passou por tanto e não morreu até agora. –Rony disse.
-É Mandy. –Gina concordou -Tem alguma idéia Draco? –ela acrescenta a Draco.
-Tem um jeito de forçá-la a falar a verdade. O feitiço veritas. –ele responde.

-Vou deixar que comece Potter. –Voldemort disse.
Harry sentiu uma energia emanar de seu corpo, apontou a mão direita para Voldemort e disse:
-Petrificus totalus!
-Protego. –Voldemort disse calmamente, mas o suficiente para criar um escudo de proteção que dissolveu o feitiço de Harry –Imperio! –Voldemort disse sem hesitar.
Harry não fez nada para evitar ser atingido e Voldemort deu uma risada.
-Qual é a graça? Esqueceu que eu sou imune a esse feitiço? Rictusempra!!! –Harry perguntou tranqüilamente e executou com força o feitiço.
Voldemort havia se esquecido disso e por isso foi pego de surpresa quando o feitiço de Harry o acertou com uma força extraordinária. Ele bateu as costas e a cabeça no túmulo atrás de si dobrando-se em dois de dor e caindo no chão.
-Eu devo te parabenizar, Potter. Esse foi um senhor feitiço...Parece que aquela energia do alinhamento se fundiu perfeitamente com a que você já tinha e está correndo nas suas veias. Era para ser uma energia maligna e metade dela deveria pertencer a mim, mas você melou o ritual fazendo com que a energia fosse boa e ficasse para você. Se tivesse dado tudo certo você não precisaria morrer...agora. Seria meu servo, poderoso e desalmado. Eu acabaria com essa sua fama de bonzinho e herói trágico do mundo mágico. O próprio Dumbledore morreria em suas mãos, eu queria tanto poder ver a cara daquele velho quando você estivesse a ponto de matá-lo. E depois disso eu te mataria e todos se curvariam diante do reinado de Lord Voldemort...Era um plano maravilhoso e você acabou com ele e agora eu acabo com você! –ele disse se levantando.
-Você está delirando! –Harry falou a Voldemort –Nunca ouvi falar de um plano mais insano que esse.
-Vamos ver quem é que vai ficar insano. Cruccio!
Harry (ele mesmo não sabia como) havia desaparecido da mira do feitiço e reaparecido em outro corredor do cemitério. O que só serviu para deixar Voldemort mais irritado:
-Maldito Potter! Está fugindo? Não adianta, eu vou achá-lo. –Harry ouviu Voldemort gritando.
As narinas de Voldemort se dilataram (parecia estar farejando) e começou a andar entre os túmulos.
-Dessa vez... –Voldemort disse desaparatando –sem erros...Avada kedavra! –ele disse aparatando na frente de Harry.
Harry não teve tempo nem de pensar e agiu por reflexo:
-Protego!!!
O feitiço de proteção não costuma proteger contra a maldição da morte, mas com a magia aumentada de Harry salvara Mandy. No entanto Voldemort era um bruxo bem mais poderoso que Lúcio...

-Mas o feitiço veritas é Magia Negra. –Hermione disse.
-E daí? Nós temos que trazer o Harry de volta. –Mandy fala ainda muito alterada.
-Não temos nada a perder. –Rony disse defendendo a idéia.
-É o único jeito? Quem daqui sabe fazer isso? Exige um certo nível de conhecimento em Magia Negra ou pode causar danos permanentes. –Gina que já ouvira seu pai comentar sobre ele comenta.
-Eu e a Mandy sabemos fazer. Ela porque estudava em Durmstrang e eu porque o meu pai fazia questão de que eu soubesse Magia Negra. Não vai ter outro jeito, a não ser que algum de vocês tenha por acaso trazido no bolso um frasco de veritaserum. –Draco respondeu.
-Faça logo ou eu farei. –Mandy disse decidida.
-Deixa que eu faço isso. Você não está em condições emocionais para fazê-lo. –Draco disse se aproximando mais de Belatriz. –Segurem-na. –pediu a Rony e Hermione e eles o fizeram. –Veritas! –disse apontando a varinha direto no coração de Belatriz.
-Tem o mesmo talento que Lúcio com Magia Negra, acho que eu seria capaz de contar qualquer coisa, apesar de não querer, é claro. –Belatriz disse a Draco quando sentiu a força com que o feitiço a atingiu.
-O que Voldemort pretendia fazendo esse ritual?-Draco perguntou.
Belatriz mordeu o lábio inferior tentando não abrir a boca, mas era inútil:
-Ganhar mais poder e fazer com que Potter absorvesse uma energia maligna e se tornasse perverso e o servisse. Queria fazer Potter se tornar um assassino chegando a matar o próprio Dumbledore e depois disso iria matá-lo.
-Por que disso tudo?
-O Lord das Trevas acabaria com os seus dois principais inimigos e ainda arruinaria a fama de Harry Potter. No final todos se curvariam ao reinado do Lord das Trevas.
-Como ele faria Harry se tornar mau?
-Com o ritual. A energia que vem do alinhamento é neutra, mas o sangue de unicórnio misturado ao veneno de cobra (que era com o que o círculo foi demarcado) faria a energia ser maligna.
-Por que Voldemort não matou a mim e os outros, deixando apenas o Harry vivo?
-Porque ele precisava da presença de quatro bruxos que fossem seus inimigos para cobrir os pontos cardeais, fazia parte do ritual. A sua prima ele não matou para poder ameaçar Potter livremente com a morte e tortura do ser amado, mas do mesmo jeito Potter deu um jeito de arruinar o plano. Você mesmo viu o que aconteceu, nada daquilo era planejado.
-Para onde Voldemort levou Harry?
-Não sei...
-Mentirosa!!!Veritas! –disse Mandy se juntando a Draco no feitiço.
-AI! –exclamou Belatriz sentindo mais dor.
-Diga! Onde está o Harry? –Draco perguntou.
-Não sei... –ela respondeu ofegando.
-Não sabe ou não quer dizer? Você não tem a mínima idéia? –Mandy perguntou apertando sua varinha até o nó de seus dedos ficarem brancos.
-Isso machuca!!! –Belatriz reclamou –Eu tenho uma vaga idéia...É apenas uma suspeita...Uma vez o meu mestre disse que adoraria matar Potter perto de seus pais...
-Seja mais clara! O que isso significa? –Draco perguntou ainda sustentando a varinha contra ela.
-Eu nunca entendi direito. Faz quinze anos que os Potter estão mortos. Não sei mais nada.
-Pergunte a ela onde eles estão enterrados. –Hermione disse e Draco obedeceu.
-Em Godric’s Hollow...no cemitério de Godric’s Hollow. –Belatriz respondeu.
-Finite incantatem! –Draco pronunciou e o efeito feitiço dele e Mandy cessou.
-Como vamos chegar até lá? –Mandy pergunta. –Ainda não sabemos aparatar.
-Não vamos até lá. –Hermione disse.
-Como não Hermione? Ficou maluca!!!NÃO PODEMOS DEIXAR QUE ELE MORRA!
-Agora que nós sabemos onde ele está vamos fazer um feitiço convocatório juntos.
-O quê? –Rony pergunta.
-É, ele está longe.-Gina disse entendendo a idéia.
-Se for feito em conjunto fica mais forte. Entenderam agora Rony e Mandy? –Draco perguntou também concordando com a idéia.
-Sim. –responderam os dois ao mesmo tempo.
-Quando eu contar três. –Hermione os informou –Um, dois, três...Accio Harry Potter!!!
-Accio Harry Potter!!! –os outros também disseram.

Harry foi jogado a 15 metros de distância aos pés de um túmulo, ele ficou num estado semi-inconsciente. Voldemort ia andando lentamente até ele.
“Harry, acorde!” –uma voz masculina que não era a sua ecoou em sua mente. Era a voz de seu pai.
“Não desista, filho!” –outra voz ecoou, dessa vez feminina. Harry reconheceu como sendo a doce voz de Lílian, sua mãe.
“Pai? Mãe? Eu morri?” –Harry pensou ainda de olhos fechados.
“Você ainda está vivo. Não há tempo... ele está se aproximando...” –Harry ouviu a voz de Lílian novamente.
“O que eu faço? Como o derrotarei? –Harry pensou.
“Não pense como ele, a morte no sentido literal não é a solução... A resposta está dentro de você...” –Harry ouviu a voz de Tiago.
-Hum...parece que acabou...Derrotei Harry Potter como sabia que faria. Não deu nem pro começo. –Voldemort disse observando Harry caído aos seus pés e aparentemente morto.
O que Tiago lhe ‘dissera’ por último pareceu despertar uma lembrança em sua mente. “O poder está em você, Harry. O mal deve ser transformado e não tratado com o medo e a ignorância.” Foi o que Dumbledore lhe dissera certa vez. Harry pensou, juntou um mais um e então...finalmente fez-se a luz no cérebro dele. O que ele tinha que fazer era transformar a energia de Voldemort, torná-la pura. Essa era a única forma de derrotá-lo.
Voldemort ia erguer o braço para virar em osso o corpo de Harry (certo de que ele estava morto), mas Harry abriu os olhos:
-Ainda não acabou...Purificare!!! –Harry disse apontando sua mão (da qual saía um jato de energia dourada) diretamente para o peito de seu oponente.
Voldemort caiu de quatro no chão urrando e gritando como se estivesse sendo torturado, a energia maligna contida nele estava se tornando pura e por isso totalmente incompatível com ele (que era a própria essência do mal). Seu corpo inteiro se desintegrou em poeira e a esfera dourada de energia pura que tinha sobrado, subiu ao céu como um raio.
Voldemort estava destruído. Harry ainda se encontrava no chão e totalmente esgotado (aquele feitiço de purificação exigiu muito dele), mas precisava arrumar um jeito de sair dali. Fechou os olhos para arejar a mente e tentar pensar melhor ou para tentar se comunicar novamente com seus pais, ele não sabia ao certo.
Mas não conseguiu nenhum dos dois.

Harry ainda estava de olhos fechados quando aterrissou deitado no terraço da Mansão Malfoy e nem percebeu que estava lá.
Mandy correu desabalada até Harry com os outros em seu encalço e se jogou aos prantos em cima do corpo dele que estava imóvel:
-Harry, você não pode morrer! Eu te amo! O que eu vou fazer da minha vida sem você... –ela o abraçava apertado não percebendo que em vez do seu corpo estar gelado (como um morto) estava quente.
-Olha, eu estou vivo ainda...Mas corro o risco de morrer por asfixia se você não abrandar esse aperto. –Harry disse a ela com um pouco de dificuldade.
Mandy soltou-o e olhou em seus olhos:
-Harry você está vivo! Você não sabe o quanto eu temi pela sua vida. –ela disse ainda chorando, só que dessa vez de felicidade.
-Deu para perceber pelo desespero com que você literalmente se jogou pra cima de mim chorando. –ele disse para ela -E aí gente? Parece que viram um fantasma.-acrescentou para Rony, Gina, Hermione, Draco que o olhavam perplexos e para uma Belatriz amarrada e com um olhar de ódio.
-Você volta parecendo morto e de repente ressuscita e ainda nos cumprimenta como se estivesse chegando de uma ida a um lugar exótico. Qual é a tua? É pra rir ou pra chorar? –Draco fala a ele ainda surpreso com a reação de Harry.
-Será que você não se cansa de não morrer Potter? –Belatriz pergunta.
-Não me canso não. Eu dou muito valor a vida, ao contrário de você e os seus amiguinhos.
-O que aconteceu ao meu mestre? –Belatriz pergunta.
-Foi dessa pra uma pior. –Harry respondeu solenemente, não deixando de sentir uma leveza em seu coração.
-Como é que é? –todos os presentes perguntaram juntos.
-Voldemort não está mais entre nós. –Harry disse.
-Impossível, está mentindo Potter! –Belatriz exclama com descrença.
-Você-sabe-quem morreu? –Gina perguntou.
-Morrer não, ele não tinha humanidade o suficiente para morrer literalmente. Podemos dizer que ele se foi para não voltar.
-O que no fim da quase na mesma. –Rony disse não contendo um sorriso.
-Nós ficamos preocupados com você. –Hermione falou.
-Como você conseguiu derrotar Voldemort? –Draco perguntou curioso com a façanha de Harry.
-Se vocês não se importarem, eu prefiro contar depois. Quando eu disser a Dumbledore vocês também poderão saber. Agora será que alguém poderia curar os meus ferimentos?
Mandy disse prontamente:
-Asclepio. –e os ferimentos de Harry se curaram –Como eu não reparei antes? Que namorada desleixada. Me desculpa... –Mandy disse abraçando Harry e o cobrindo de beijos.
-Ainda faltam muitos beijos para eu te perdoar... –ele disse rindo.
-É melhor irmos embora. –Rony falou.
-Draco, eu esqueci de dar meus pêsames a você... –Gina disse timidamente.
-Não se preocupe, eu estou um pouco abatido, mas nem tanto...ele não foi um bom pai. –Draco respondeu a ela.
-Nós a levaremos conosco, certo? –perguntou Hermione se referindo a Belatriz.
-Sim, depois de falar com Dumbledore, ela provavelmente volta para Azcaban. Eu vou enviar uma carta para o Ministério e outra para a minha mãe. –Draco disse e depois de assoviar uma coruja veio ao seu encontro.
Depois de dez minutos:
-Pronto, já despachei as cartas. Agora podemos ir. –Draco disse vendo a coruja partir.
-E a Mandy e o Harry? –Gina perguntou.
Draco olhou para onde eles estavam:
-Ainda estão se engolindo? Alguém vai lá e chame-os logo.
-Quem se dispõe? –Hermione perguntou.
Ninguém respondeu. Então depois de um tempo:
-Ela é minha melhor amiga, deixa que eu vou. Isso é se eles conseguirem me ouvir... –Gina falou andando até onde Harry e Mandy ainda estavam aos beijos.

Sala de Dumbledore, Hogwarts.

Estavam na sala do diretor: Dumbledore, Harry, Mandy, Draco, Gina, Mandy, Hermione, Rony e Belatriz (que ainda estava presa com cordas). Harry contou tudo (o que demorou um bom tempo) para o diretor, desde a descoberta do túnel até a derrota de Voldemort.
-Harry, eu sempre confiei que você fosse acabar com a ameaça que Voldemort era tanto para os bruxos quanto para os trouxas. Esse fardo era seu, muito pesado era o que eu mesmo achava e, portanto difícil de ser carregado. Mas como eu imaginava você superou essa barreira. Desde cedo você vem enfrentando desafios o que contribuiu para formar o seu caráter e eu me orgulho muito de ser mentor não só seu, mas também de vocês –ele disse se referindo aos cinco amigos de Harry -que demonstraram uma amizade que é rara. Passaram por emoções fortes essa noite, não? –o que eles confirmaram com a cabeça -Vocês tiveram coragem de ir explorar uma coisa muito perigosa, não que eu esteja dizendo que vocês fizeram certo por quebrarem as regras da escola, sabendo que seria perigoso e não saberiam o que iam encontrar. Em parte isso se chama coragem perante o desconhecido e por outro lado loucura e irresponsabilidade. A união de vocês realmente fez e faz a força. Apesar de existirem coisas que a gente precisa enfrentar sozinho, –e olhou significativamente para Harry –também existem aquelas em que dividimos tanto nos momentos ruins como nos bons, com os amigos. E é raro encontrar uma amizade verdadeira, por isso é preciso dar valor e saber cultivá-la. Uma vez li em um livro da literatura trouxa “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, o que indiscutivelmente é um fato. Tem algo que gostariam de me perguntar? –Dumbledore pergunta depois de fazer o seu discurso.
-Professor, o que vai acontecer a ela? –Gina pergunta apontando para Belatriz.
-Vai aguardar julgamento em Azcaban. Eu a levarei pessoalmente ao Ministério da Magia para que os aurores cuidem disso. –Agora já está no meio da manhã, mas vocês precisam descansar.
Toc, toc, toc e a porta se abriu. Era a Professora Minerva.
-Minerva, chegou bem na hora. Leve os garotos até a ala hospitalar e peça a Madame Pomfrey que dê a eles uma poção para dormir sem sonhar.
-Sim, Alvo. –respondeu a Professora se retirando dali junto com os alunos.

Na manhã seguinte eles puderam sair da ala hospitalar. A final de Quadribol havia sido cancelada já que o apanhador da sonserina e cinco jogadores da Grifinória estavam desacordados na enfermaria. Dumbledore tinha se pronunciado a escola no dia anterior e agora todos sabiam o que havia se sucedido com Voldemort. ‘O grupinho de Harry Potter’ (era como os alunos estavam se referindo a Harry, Mandy, Hermione, Rony, Gina e Draco) foi recebido na hora do café da manhã com aplausos de todas as Casas no Salão Principal, inclusive da Sonserina (isso porque Draco era aluno da Sonserina). Todos olhavam para eles com admiração, sobretudo para Harry, mas foram orientados por Dumbledore a não fazerem perguntas sobre o ocorrido. Uma coruja veio em direção a Draco:
Oi, filho:
Nós (eu, você e Remo) vamos morar na Mansão. Eu devo te dizer que eu e ele vamos nos casar dentro de um mês. Os meus padrinhos serão Severo Snape e Alice Turner. Os de Remo serão Dumbledore e Minerva McGonagall. Depois do casamento nós sairemos em lua-de-mel e se você quiser (para você ver como eu sou uma mãe boazinha) pode convidar seus amigos para passarem alguns dias lá e até se você quiser fazer uma festa (contanto que não derrubem a casa e nem façam dela uma zona!!!).
Te adoro!!!
Beijos, Narcisa.
Draco dobrou feliz a carta de sua mãe e colocou-a em um dos bolsos.
-Eu tenho um comunicado urgente a fazer. –Dumbledore fala se levantando e todos no salão voltam os olhares para ele –Hoje a noite vai haver um baile para encerrar o ano letivo e comemorar o fim de tempos tempestuosos e Voldemort. É uma oportunidade para um novo começo.
Ouviram-se murmúrios pelo salão. Dumbledore continuou e os alunos cessaram a falação:
-Será às 8h da noite. Livre para a escola toda, tratem de tirar as roupas de gala dos malões e arrumarem pares. Obrigado!
Todos o aplaudiram e a falação recomeçou.

8h da noite, Quadro da Mulher Gorda.

Harry, Rony e Draco estavam conversando e esperando por seus pares.
Harry estava com vestes azul-marinho e conseguiu dar razoavelmente um jeito em seus cabelos, no todo ele estava muito atraente.
Rony usava azul-petróleo e penteara o seu cabelo para trás, o que o fazia ficar com um charme a mais.
Draco usou preto (sua favorita), o que lhe caía muito bem. Seu cabelo estava como ele costumava usar (a franja caindo ocasionalmente nos olhos e ele fazendo um movimento gracioso para que ela voltasse ao lugar. Ele estava simplesmente muito gato, com certeza arrancaria suspiros da maioria das garotas da escola.
A porta do retrato se abre e deles saem três garotas lindas. Mas eles continuaram conversando sobre quadribol.
-Ei, vocês três! –uma delas os chamou e era Gina.
Eles viraram e as olharam. Não tinham percebido antes que as garotas eram os seus pares.
-Uau! –Draco disse.
-Torne minhas as suas palavras. –Rony disse concordando com Draco.
-Vocês estão fantásticas. –Harry falou.
-Obrigado -elas agradeceram.
Gina vestia um vestido vermelho frente única com cortes laterais que iam da barra até o meio da coxa e sandálias vermelhas de salto alto e fino. O cabelo dela estava solto e totalmente liso (mais até do que costumava ser).
Hermione estava com um vestido de alças que era lilás e com uma echarpe em mesma cor, seus sapatos eram lilás e com um salto que não era tão alto. Ela havia passado poção alisante e enrolado o cabelo nas pontas.
Mandy não abriu mão de sua cor favorita, portanto seu vestido novamente era preto, mas tinha detalhes em strass no decote que era em v e na barra. Sua sandália era como seu vestido (preta com strass). Seu cabelo estava soltou com uma tiara de strass.
-Terminaram de babar? –Mandy pergunta rindo.
-Vamos! –os três disseram desconversando e saindo do transe em que se encontravam.
Quando chegaram lá foi para descobrir que nunca mais esqueceriam aquela noite. Foi simplesmente o maior baile de todos os tempos. Harry estava dançando com Mandy e não conseguia parar (a pista estava enfeitiçada). Olhou para Mandy que lhe sorriu:
-Parece que não vamos parar tão cedo. Dumbledore enfeitiçou a pista para ninguém parar de dançar. –Mandy disse e ele lhe retribuiu o sorriso.
Harry olhou pelo salão e avistou Draco e Gina, ambos sorridentes e dançando, quando o viram olhar acenaram. Depois o olhar de Harry procurou Rony e Hermione e os encontrou. E adivinha? Também dançavam radiantes.
Harry olhou para Mandy e a beijou-a (o que era meio complicado de fazer dançando rock).
Harry gravou esse momento para sempre em sua memória, porque são momentos inesquecíveis como esse que fazem a vida valer a pena. Sentiu-se feliz como nunca, vendo a sua felicidade e a dos seus amigos. Sentiu-se leve como nunca pensara se sentir. Queria gritar de alegria (mas não lhe pareceu muito sensato). A perfeição daquilo tudo o deixava extasiado. Se houvesse dementadores ali ele seria capaz de fazer o melhor patrono do mundo. Dumbledore tinha razão era o fim de tempos tempestuosos e ele poderia ter a chance de fazer um novo começo. Finalmente Harry Potter poderia ter uma vida normal ou tão normal quanto o menino-que-sobreviveu poderia sonhar em ter.


FIM.




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