A Proposta de Casamento

A Proposta de Casamento



N/A: Eu gostaria de informar os meus leitores, que está a acontecer alguma coisa entre Harry e Ginny. Eles começaram a namorar meses depois da morte de Cho... Eu só não quero que haja mal entendidos... está bem? Aqui está o novo capítulo, espero que gostem!



N/T: E eu digo o mesmo! =P Espero bem que gostem! Porque demorou mais do que o previsto para ser actualizado... Mil desculpas! Mas em princípio, nao haverá mais esta demora toda! ^^ Mesmo assim, quero as vossas opiniões, ok? Divirtam-se! *Enjoy!*



Agradecimentos em especial às Preciosas e à Veela, a todos aqueles que recomendaram e comentaram e gostaram... ^^ E um chuak muito grande pra Carlinha, que continua imparável em me ajudar com a betagem e com o lusitano-brasileiro... =D

Cheers,

Vanilla







A Noiva da Serpente



Capítulo 3



A Proposta de Casamento





"Olá Virgínia."



Ginny olhou fixamente para o homem aparecendo sobre ela. Com a elevada altura dele, Ginny sentiu a poderosa presença dele, esmagando-a.



"Draco?" Ela disse com voz aguda.



Draco levantou uma sobrancelha ao ouvir o seu primeiro nome saindo dos lábios dela. Era a mesma Weasley de cara doce de há cinco anos atrás. Ali estava a ruiva com a cabeleira penteada e amarrada livremente, tão livre que tinha pelo rosto bonitos fios de cabelo, grandes olhos castanho-chocolate, o pequeno nariz feminino, as mesmas bochechas cheias de sardas, os suaves lábios rosa brilhante que ele tinha deliberadamente beijado anteriormente... Mas atrás de toda a doçura, encontrava-se algo feroz atrás daqueles olhos castanhos. Era uma ferocidade que ele nunca tinha visto antes numa mulher. "É bom que se lembre de mim, Weasley." Ele falou lenta e vagarosamente.



Ginny olhou fixamente para ele por muito tempo, sem saber o que dizer. Draco Malfoy... Depois de cinco anos... Memórias rapidamente zumbiram na sua cabeça...







"Isso é uma dívida bruxa, sabe? Voltaremos a nos ver, Virgínia."







Ela sacudiu a cabeça. Não, ele não pode estar falando sério agora, pode? Já se passaram cinco anos! Aqueles longos, felizes cinco anos sem o ver... sem nem ver a sua sombra...



"Alohomora."



O fraco click da porta afastou os pensamentos de Ginny. Ela olhou para Draco e franziu as sobrancelhas. "Não é suposto fazer magia aqui, Malfoy." Ela disse arrogantemente, olhando para a varinha dele.



Draco apenas encolheu os ombros e entrou no apartamento. "Não vais entrar?" Ele perguntou suavemente.



A boca de Ginny abriu-se com um mistura de raiva e desnorteamento. 'Isso é tão inacreditável!' Ela pensou. 'Eu estou sonhando... Isto é um pesadelo...' ela repetiu.



"Faz como quiseres." Draco disse deixando-a sozinha na entrada. "Lumos."



"Você tem de acender a luz no interruptor, seu idiota." Ginny sibilou furiosamente enquanto procurava pelo interruptor nas paredes com as mãos. Ela ligou-o e o quarto iluminou-se imediatamente. "Eu não aprecio mesmo que entres assim rudemente por aqui adentro." Ela começou quando Draco entrou na sua sala de estar. "Vai-te só embora." Ela acrescentou de uma maneira desagradável.



Com aquilo, Draco levantou os olhos. "É assim que tu dás as boas vindas a um velho companheiro de escola, Weasley?" Ele perguntou sorrindo afetadamente, dando uma vista de olhos pelo apartamento bem arranjado. Havia uns suaves sofás brancos perto duma pequena mesa com um -- como é que eles chamavam ali -- telefone? Ele abanou a cabeça interiormente. Em todo o caso, como é que ela podia sequer pensar em viver numa residência trouxa? Ele clareou a garganta e continuou. "Claro, eu teria usado a palavra amigo, mas até o que eu me lembro, tu-" Ele parou enquanto pensava numa palavra apropriada. A esta altura, Ginny decidiu ajudar.



"Desprezo-te?" Ela perguntou, as suas palavras cheias de veneno. "Oh sim, eu desprezo-te, então já podes sair, por favor?"



Então, Draco andou devagar até ela, os seus olhos estreitaram-se maldosamente. Ginny recuou devagar e respirou com dificuldade quando ele parou apenas a polegadas dela. Ela fechou os olhos ao cheirar a indistinta fragrância da sua colônia.



"Estás assustada, pequena Weasley?" Ele perguntou. Ginny abriu os olhos ao ouvir a sua voz suave e perigosa, tão suave que era como uma caricia. Com relutância, os olhos desceram para os lábios dele. Inconscientemente, a sua mente lembrou-lhe de como aqueles lábios dele sabiam e para seu horror ela encontrou-se lambendo os seus próprios lábios.



Draco riu por entre os dentes ao ver a ponta da língua rosa dela deslizando sensualmente pela pele macia da sua boca. "Ou apenas tiveste saudades minhas?" Ele corrigiu-se.



Desta vez Ginny franziu as sobrancelhas e afastou-se dele. "Não te lisonjeies demasiado, Malfoy." Ela disse maldosamente. Ela encarou-o, os seus olhos brilhando. "Desde que tu desapareceste, esses foram os anos mais felizes da minha vida, e como eu estou vendo, tu estás mesmo determinado a estragar tudo isso."



Em vez de replicar, Draco varreu-a com os olhos cinzento-prata. Bem, ele tinha de admitir, os anos tinham sido mesmo gentis e ela tinha se tornado uma bonita mulher. Ela estava usando roupas trouxas: uma fresca blusa branca de mangas compridas que estava formalmente metida dentro das suas calças pretas, e uns sapatos trouxas, ou botas, ou seja lá o que for que eles chamavam, de tacão alto. Considerando bem as coisas, mesmo com roupas trouxas, ela ficava bonita e decidida, quase autoritária. Ele perguntou a si mesmo o que é que aquela blusa poderia revelar. Apenas não lhe tinha escapado a pista das deliciosas curvas debaixo da blusa.



Ginny, ao reparar no exame minucioso do Draco, clareou a garganta de maneira alta. "O quê?" Ela falou com bruscamente. Ela podia sentir o sangue subindo-lhe ao rosto ao notar o olhar que ele lhe deu. Era um olhar de - apreciação e mais qualquer coisa, qualquer coisa ardente e intensa. Ela não podia estar enganada depois de ver a maneira como os olhos dele varreram atentamente para cima e para baixo o seu corpo. E ela odiou isso. Ela não queria agradá-lo de nenhuma maneira. Mas então, por que é que ela também se sentiu tão... arrepiada?



"Nada." Ele respondeu abanando a cabeça. Ele olhou para o lado para não prolongar os pensamentos endiabrados que agitavam-se dentro da sua cabeça.



"Eu estou cansada e quero ir descansar." Ginny começou com hostilidade. "Então seja o que for que tu vieste cá fazer-"



"Eu estou aqui para cobrar." Draco interrompeu.



"Cobrar o quê?"



Draco deu um riso suave e triste. "Não é surpreendente, depois de cinco anos, eu conseguir seguir-te no encalço e apanhar-te, pequena Weasley?" Ele perguntou.



Ginny apenas permaneceu em silêncio e esperou que ele continuasse. Draco clareou a garganta.



"Tu estás em dívida para comigo, Weasley." Ele disse finalmente.



"E depois? O que é que tem isso?" Ginny perguntou maldosamente.



"E eu quero que tu me pagues de volta."



O maxilar de Ginny caiu. Dívida bruxa... mas é claro que ele conseguiu seguir-lhe no encalço e apanhá-la. Era magia antiga. Criava uma ligação entre eles. Ela olhou para ele ansiosamente. Então o que é que ele queria em troca? Ela engoliu com força, pensando na maneira que ele lhe tinha olhado antes. Mas então, ela não tinha outra escolha. Não se podia escolher como e quando retribuir um favor, isso era um fato. Bem... a não ser que ela dominasse combatendo. Mas olhando para a estatura dele, sem dúvida seria uma batalha perdida.



"C-Como é que posso retribuir então?" Ela perguntou, tentando desesperadamente manter a sua voz fria. Ela olhou para ele olhos nos olhos para não lhe mostrar o seu medo.



"Casa comigo." Ele disse simplesmente.



A ansiedade da Ginny transformou-se em desnorteamento ao ouvir aquelas palavras. "O quê?" Ela perguntou. Estava ouvindo bem? Estaria ele louco?



"Casa comigo." Ele repetiu. "Para receber a justa cota da herança Malfoy, eu tenho de me casar. Está escrito no testamento, claro, senão eu não estaria aqui." Ele acrescentou.



"NÃO." Ginny respondeu curtamente. "Tu estás louco e eu simplesmente recuso. Pede outro favor, por favor." Ela continuou friamente. Depois ela franziu as sobrancelhas quando Draco sorriu de repente. "O que é tão engraçado? Mesmo que eu te devesse alguma coisa, mesmo que tu tenhas salvo a minha vida, cinco anos atrás, eu não vou casar contigo. Eu simplesmente não vou-"



"Eu vou herdar mais de 200 milhões de galeões no valor de bens." Ele disse suavemente.



"Bom para ti. Agora podes ir embora, por favor?" Ela disse violentamente.



Mas Draco andou até ela. "Pensa nisto como uma proposta comercial." Ele disse. "Pensa em como isto pode ajudar o orfanato. Pensa naquelas crianças. Aquelas crianças que tu tanto amas."



Com aquilo, Ginny parou. Estava ele a sugerir que estaria disposto a partilhar com ela a fortuna que iria herdar se ela consentisse em ser a sua esposa? E por que estaria ele assim tão desesperado? Bem, sim, ela não podia negar o fato que seria tão útil para o orfanato. Apenas um quarto daquela vasta quantia de dinheiro seria mais do que suficiente...



"Por que eu?" As palavras saíram dos seus lábios antes de ela conseguir pará-las. Ela afastou-se devagar. "Como é que tu soubeste do orfanato?"



"O Profeta Diário." Ele respondeu calmamente, avançando para ela. "Quanto à tua primeira pergunta, tu és o que o meu avô iria aprovar. Alguém simpático. Alguém que ele possa se orgulhar. Eu estou a citar o que ele disse, claro."



"Ou tu provavelmente não tens muitas escolhas, certo?" Ela disse vingativamente. "O que é que aconteceu, Malfoy? Não consegues arranjar uma namorada? Não é surpreendente, pois não?"



Draco sorriu afetadamente. "Pensa tudo o que quiseres." Ele falou de modo lento e arrastado movendo-se mais perto dela até que pôde encurralá-la contra a parede. "Apenas sim ou não, Weasley." Ele murmurou.



Ginny fechou os olhos ao sentir a respiração quente dele na sua bochecha. "Por que deveria?" Ela perguntou, a sua voz saindo ofegante. "Tu fizeste a minha vida um verdadeiro inferno. Na escola... tu eras tão insuportável, tão desprezível, tão--" Memórias vieram inundando-a.







Ela estava andando sem destino pelo corredor, cuidando das coisas dela, quando de repente ela sentiu a sua saia levantar assim como as suas vestes escolares. Ela olhou para trás e viu Draco e os seus campangas rindo.







"Casa comigo, Virgínia." Ele disse, encostando o nariz na sua bochecha deixando-a incapaz de dizer alguma coisa.







Era dia dos namorados e pela primeira vez na sua vida, alguém lhe tinha dado uma flor. Ela estava apressando-se para a aula de poções quando de repente ela chocou com ele. As coisas dela espalharam-se em todas as direções pelo chão juntamente com a simples flor. Ele riu cruelmente e pisou-a... esmagando-a...







"Diz apenas sim..."



Ginny soltou um suspiro quando um odiado prazer intensificou, subindo para cima e para baixo a sua coluna. Ela sentiu um movimento devagar dos seus lábios no seu pescoço.



"Casa comigo..." Draco disse, a sua face voltando para a dela. Depois, sem avisar, ele beijou os seus lábios para adoçar o acordo.



Os lábios da Ginny abriram-se relutantemente para ele. Ela estremeceu ao sentir a língua dele procurando minuciosamente pela dela imediatamente, as mãos dele viajando para a cintura dela, puxando-a para mais perto dele até que ela sentiu o corpo quente dele contra o seu. Puro prazer quente cortou-a por dentro ao ouvir o gemido relutante dele. Meu Deus, ela não tinha sentido isto com o Harry!



"Então, e agora, Virgínia?" Draco perguntou, a sua voz abafada pelos lábios dela.



"Sim." Ela pronunciou ofegante quando os lábios dele viajaram para o pescoço dela. "Sim, sim."



Depois, para surpresa dela, ele parou. Ginny quase chorou ao senti-lo afastar-se. Ela respirou fundo, engolindo os protestos que se formaram dentro dela.



"Uma sábia escolha." Ele disse, sorrindo preguiçosamente. Os olhos dele dançaram ao notar o rubor subindo à cara dela. "Então, eles ainda produzem mulheres que coram?" Ele viu-se perguntando.



Os olhos de Ginny estreitaram-se. Ela simplesmente não conseguia acreditar que ele tinha dito aquilo! Ela simplesmente não conseguia acreditar que tinha concordado em casar com ele! Ela concordou apenas por causa de uns poucos milhões de galeões e um escaldante beijo! O sentimento piorou quando o pensamento de ter sido comprada veio à sua mente. Mas agora tudo era irreversível. Ela mordeu o lábio para impedir a si mesma de chorar. O que é que iriam dizer os seus pais quando souberem que ela iria casar com um Malfoy?



"Claro, eu vou cumprir a minha parte do negócio." Ele disse calmamente. "Um milhão de galeões será imediatamente depositado na tua conta no Gringgots como uma prestação. Haverá uma festa de noivado, claro, e-"



"Isso inclui crianças?" ela viu-se perguntando.



Draco parou e olhou para ela por um momento. "Não, por sorte não inclui." Ele respondeu finalmente. "Voçê irá receber 30 milhões de galeões depois do nosso divórcio e-"



"70." Ela exigiu. Ela estava comprada agora, de qualquer maneira, e a melhor coisa a fazer era ganhar o máximo possível.



Os olhos de Draco estreitaram-se. A mulher era perspicaz! "50." Ele disse calmamente.



"70, última oferta." Ginny insistiu. Draco suspirou, passando a mão pelo seu cabelo fino.



"Temos então um acordo?" Ela perguntou docemente. Quando Draco acenou com a cabeça, Ginny sorriu. "Feito."



"Bom." Draco disse, acenando com a cabeça de novo. "Então eu acho que tu me verás muito ultimamente e-"



"Não inclui dormirmos juntos no mesmo quarto, pois não?" Ela perguntou. Bem, no final de contas, ter crianças estava fora de questão então ela não conseguia ver o porquê de partilhar uma cama. Esse pensamento quase a deixou doente. Partilhar a sua cama com Malfoy? Nem pensar! O seu cérebro gritou. Mas então, por que é que o seu corpo discorda? Maldito seja! Ela pensou maldosamente.



Draco franziu os lábios como se estivesse tentando fortemente não rir. Ele olhou para ela como se estivesse lendo as emoções conflituosas e furiosas dentro dela. "Queres isso?" Ele perguntou de novo naquela sua voz suave como uma carícia. "Nós certamente podemos fazer os preparativos apropriados." Ele acrescentou com segundas intenções.



"Oh, pára de te convencer disso!" Ginny exclamou indignadamente. "Eu quero um quarto separado, claro."



"Tens a certeza?" Ele perguntou, sorrindo intencionalmente. "E por que é que eu não acredito em ti?"



"Quartos separados ou você vai se encontrar sem esposa alguma, Malfoy!" Ela disse cruzando os braços teimosamente.



"Está bem, está bem, se é isso que quer. Quartos separados!" Ele disso atirando as suas mãos para cima em sinal de rendição. Mas depois, ele sorriu interiormente. 'Vamos ver por quanto tempo vais conseguir manter esta charada, Senhorita Weasley.' Ele pensou silenciosamente, lembrando-se das arfadas e gemidos de prazer dela apenas há um pedaço atrás. Depois de prová-la pela segunda vez, não havia simplesmente maneira de Draco permitir que ela dormisse noutro sitio qualquer na sua noite de núpcias.



"Dá-me um mês." Ela disse de repente.



Draco franziu as sobrancelhas. "Para quê? Tu acabaste de dizer sim." Ele disse.



"Eu tenho de preparar os meus pais para isto, principalmente os meus irmãos, seu idiota." Ela sibilou. 'E Harry.' Ela pensou silenciosamente.



"Oh, sim, sim claro." Draco disse concordando. Aquilo iria dar-lhe tempo suficiente para mostrar ao seu avô que ele tinha mudado. Ele tinha de provar que ele e Virgínia estavam apaixonados e de certeza um grande tempo era preciso para provar que ele tinha acabado com a Blaise e o resto. Vladimir Malfoy II não era estúpido.



"Então, e agora?" Ginny perguntou. "Mais alguma coisa?"



"Voltaremos a ver-nos em breve." Draco disse, andando até a porta. "Tu arranjas tudo com a tua família, eu arranjo com a minha. Depois do tempo apropriado, eu irei pedir aos teus pais a tua mão formalmente."



"Parece que já tens tudo planeado." Ginny disse debilmente.



Draco apenas acenou com a cabeça e saiu do apartamento. "Tem uma boa noite, Weasley." E com aquilo, ele tirou a sua varinha e desaparatou.



Ginny fechou a porta devagar e encostou-se nela fatigadamente. Ela trouxe as mãos ao rosto, engolindo pedaços de ar de uma só vez.



'Em que é que eu fui me meter?' Ela perguntou a si mesma. Depois lembrou-se de Harry. Ela tinha sido inflexível com ele. Ela estava totalmente controlada. Mas quando era com o Draco... mas quando era aquilo, por que é que ela se sentia tão... fraca, tão excessivamente incapaz...



'Oh, dívida bruxa uma treta!' Ela pensou. Mas então, ela não tinha outra escolha, certo? Ela suspirou.



Agora estava tudo decidido. A partir daquela noite, ela era oficialmente a noiva de Draco Malfoy.





Fim do Capítulo 3





Próximo Capítulo: Cartas

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.