É algo mais... hã... físico.





Meg o seguiu, atordoada.

- Aonde vai?

- Pegar um pouco de firewhiskey que por um acaso está na sala. – Respondeu, sorrindo sarcástico.

- AÊÊ! ESSE É O DANIEL QUE EU CONHEÇO!

- Que tipo de amigo eu seria se permitisse que ele tocasse a MINHA Hermione? – Retrucou, Meg apenas acenou com a cabeça empolgada.

- EXATAMENTEEE DANIEL! Que tipo de amigo você seria heein?? Isso aê! Agora chega lá botando moral, mas daquele jeito!

~**~

- Cof, cof. Será que a Vodka tá por aqu... – Draco e Hermione soltaram-se na mesma hora da interrupção de Daniel. – Ops, atrapalho alguma coisa? – Perguntara o loiro, Malfoy exibira uma expressão irritada de “Preciso mesmo responder?” e Hermione lhe sorrira levemente, feliz por algo tê-la feito voltar a realidade.

- Não, Dan. Pode ficar à vontade. – Dissera, afastando-se cada vez mais de Malfoy. Não queria ficar muito próxima dele, precisava evitar estar à sós com seu inimigo, por sinal. Ou não sabia do que seria capaz. Deu de ombros saindo dali o mais rápido possível.

Draco encarava o amigo com desdém, enquanto Dan mantinha uma expressão de cinismo.

- Estranho, eu achei que tinha Vodka aqui. – Dissera, coçando a cabeça numa fingida expressão de inocência.

Virou as costas e já ia saindo dali quando sentiu o peso da mão de Draco em seu ombro. Ameaçador. Ergueu seu olhar cinicamente, num sorriso de canto de lábio.

- Algum problema? – Falara Draco, inexpressivo.

- Além do fato de você estar usando a MINHA melhor amiga... Não, nenhum. – Respondera, com escárnio.

- Bom, ela parecia não se incomodar com isso quando estávamos à sós. Além disso, ela tava até bem animadinha, se é que você me entende. – Ironizara Draco, de forma cruel.

Aquelas palavras haviam atingido o amigo, fora um baque imaginá-la sendo tocada daquele jeito.

- Imagina só se eu não tivesse aparecido, tsc, tsc... – Concordara Daniel, sarcástico.

Draco arqueou uma de suas sobrancelhas, num gesto de desprezo. Fora a primeira vez em sua vida que agira assim com seu melhor amigo.

- ...Eu teria sido o primeiro na vida dela. Uh. – Ironizara o sonserino, arrogante.

O outro não pareceu se afetar nem um pouco, embora por dentro houvesse percebido que aquele gesto significava que o amigo o desafiara. E... Daniel ‘definitivamente’ também não nascera pra perder.

Iria fazer Malfoy se dar conta de que essa era uma guerra vencida. Não importando se eram amigos ou não. Nenhum estava disposto a perder.

O prêmio?

Uma certa castanha.




A garota saíra da sala e fora lá pra fora. Precisava estupidamente de ar. Soltou um suspiro de desabafo pra si mesma. Não era hipócrita consigo mesma, nunca fora. Pelo contrário, sempre tivera certeza de seus sentimentos, até mesmo confusa. Não sabia mentir pra si mesma, aliás, ela não PODIA. Era Hermione Jane Granger, e conhecia aquelas sensações. Não que já as tivesse experimentado, mas ela era madura o bastante (qual é, já tinha 17 anos!) pra admitir que Draco Malfoy mexera com ela. E talvez no fundo, bem no fundo de qualquer repulsa, ela só estivesse apaixonada pelo loiro prepotente.

“APAIXONADA POR DRACO MALFOY!” Pensara, quase histérica. “Belo trabalho, Granger! Rony simplesmente vai AMAR isso!” refletira, cheia de escárnio. “Harry então vai dar pulinhos de felicidade quando souber que o Dan vai pra Hogwarts esse ano!” Falara a si mesma, lembrando da pequena competição de amizade que havia entre eles.

- Desculpe por ter atrapalhado o seu momento com o Draco. – Dissera um loiro, com uma expressão fingida.

Hermione tinha certeza de que ele fizera aquilo de propósito, ainda não entendera bem o porquê. Apenas dera um sorriso.

- Apaixonada Jane? – Arqueara o amigo. Sabia que sim. Sabia exatamente que a Sua Jane estava loucamente apaixonada por Malfoy, caso contrário nunca teria perdido o controle daquela forma. - Como se sente? - Perguntara Daniel à amiga, calmamente, passando os braços sobre o ombro dela.

- Uma droga. - Respondera a garota. - Mas fora isso, acredito que as coisas possam piorar.

- Aposto como você tá se divertindo mais aqui do que se estivesse com os Weasleys. - Arqueou ele, confiante.

- É lógico que não, garoto! - Dissera, revirando os olhos. O amigo apenas sorrira.

- E ele? - Quisera saber, sério.

- Não faço idéia, Dan. - Falara, simplesmente.

Não sabia se estava sendo exatamente segura, talvez tivesse dado tal resposta ao amigo porque não sabia como dizer outra coisa. 'Não, eu o odeio' estava fora de cogitação. 'Eu o amo' estava fora dos limites de do concebível. E 'eu o desejo' era uma frase sincera, porém a fazia sentir-se barata e descartável. Nunca valorizara realmente o poder da atração física, não seria agora que consideraria a luxúria a coisa mais louváveldo mundo. Mas por que deveria omitir as coisas de seu melhor amigo, então? Ela não deveria ser (ou pelo menos tentar ser) sempre sincera? Assim como Daniel Roth sempre fizera questão de ser, falando coisas que muitas vezes poderiam chocá-la pelo nível de egoísmo contido em seus pensamentos, contudo ainda assim sendo SEMPRE sincero. Ela vasculhou na mente uma única vez que ele tivesse lhe contado uma mentira. O pior fora perceber que não havia nenhuma. Fechou os olhos, incomodada pelo o que iria falar a seguir:

- Eu gosto dele.

O amigo acompanhara todo aquele silêncio repentino por parte de Hermione. Tinha certeza que ela ponderava sobre falar ou não a verdade. Nunca tivera esse tipo de conversa com ela. Eles costumavam se falar mais por cartas. Sorriu ao lembrar que ela havia lhe dito que o Weasley pobretão e o Potter-testa-rachada MORRIAM de ciúmes da relação que eles mantinham à distância. Quer dizer, haviam sido 2 longos e intermináveis anos, de cartas e mais cartas conversando sobre todo o tipo de coisas. Até que (finalmente!) a mãe do loiro resolvera comprar duas novas mansões em Londres e conseguira uma transferência de Durmstrang para Hogwarts. A pedido de Narcisa (a qual era a melhor amiga da Sra. Roth) e entre tantas outras famílias bruxas de nome. A família do mesmo vira em Londres uma forma de expandir seus negócios bruxos e firmar sua influência sobre a alta sociedade londrina, visto que já eram a família mais poderosa da França.

- Eu sei. - Concordara ele, calmo.

- Mas não é nada do tipo 'oh, como eu AMO o estúpido do Malfoy!'. - Dissera, sarcástica. - É algo mais... hã... Físico. - Respondera, corando.

O loiro nunca se sentira tão feliz na sua vida.

"MAS E TODAS AQUELAS SENSAÇÕES HEIM SRTA. GRANGER?!?" Questionara uma voz dentro da garota.

- Que tipo de sensações? - Comentara o amigo, um tanto irônico demais.

- Eu não sei... São só...Coisas que eu sinto ao lado dele...

- Como 'por exemplo'...?

- Hm, ... Meu coração acelera...

- Porque você é nervosa, Jane.

- Me sinto segura com ele...

- Aposto que se sente mais segura comigo do que com o Draco...

- Tudo parece certo e errado ao mesmo tempo quando estamos juntos... - Daniel rira. - Qual a graça?

- Quantas vezes você já se apaixonou? - A garota não respondera. - Com quantos garotos você já esteve, Jane? - Silêncio cálido novamente. - As coisas só parecem novas pra você porque você nunca se entregou o bastante para sentí-las. E não vem com esse papo de que é amor, se fosse mesmo AMOR você não sentiria dúvida de absolutamente nada e não se sentiria na obrigação de me explicar isso, tsc.

A garota baixara o olhar, tensa.

"POR MERLIN! DESDE QUANDO O DAN SE TORNOU UM EXPERT EM ROMANCES????"

- Desde de quando eu me tornei Legilimens, ano passado. - Respondera ele, sorrindo de forma avassaladora.

- Então quer dizer que você andou lendo os meus pensament.... MAIS QUE FILHO DA P***...! - Exclamara ela, histérica, enquanto sacara a própria varinha atrás dele, e o loiro dispusera-se a correr rindo da cara da amiga.

A grama estava perfeitamente aparada no parque em que corriam. Era o acampamento da mansão dos Roth, e a castanha nunca correra tanto em sua vida. Ela ofegava quase não suportando mais perseguir o loiro a fim de vingar-se da invasão de privacidade. "IDIOTAAAAAAAAAAAA!" pensara, com mais raiva, deixando que isto servisse de estímulo para mantê-la ainda de pé correndo atrás do amigo. Já o garoto, bem, ele nunca rira tanto em sua vida da cara de alguém. A expressão assassina de Hermione era inspiradora, e todos os seus sorrisos só a irritavam. Ele basicamente desviava-se dela com perfeição. Pensava com vitória no momento em que ela desistiria de perseguí-lo. Não que elenão achasse que ela tinha razão, afinal, ele vasculhara amente da amiga enquanto ela exitava em explicar-lhe com clareza o que sentia por Malfoy. Não se arrependia disso, e parecia satisfeito ao notar que a garota apenas estava apaixonada. E paixão era algo passageiro e inseguro diante de outros sentimentos.

- Daniel Roth, EU TE ODEIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! – Gritara ela, jogando-se na grama. – idiota... Estúpido... Tosco... Egocêntrico... – Ofegava ela.

- Dizem que o amor e ódio são sentimentos fortes.

O garoto jogara-se ao lado dela, sorrindo.

- Há-há-há. Eu disse SÓ ÓDIO não amor, Dan.

- Sério? – perguntara ele, apoiando-se levemente sobre a garota, deixando seus rostos á centímetros um do outro. – Há alguns segundos atrás você disse que me amava.

- Euuu????? – Dissera, cínica.

- É, você mesma Srta. Jane.



FLASH BACK ON
- EU TE AMOOOOOOOOOO DANIEL, VOCÊ É O AMOR DA MINHA VIDAAAAA! *-* SEXY, GOSTOSO E IRRESISTÍVEL! (6)
FLASH BACK OFF



- Quê?!? EU NUNCA DISSE ISSO, SEU IDIOTA! – Falara Hermione, descrente.

- è lógico que disse Jane! – mentira ele. – Nos meus sonhos. – Acrescentara, com um sorriso arrogante.

- Não sabia que o seu sonho era ganhar o meu amor. – Provocou a garota, convencida.

- Uh, então significa que eu ainda tenho uma chance? – Perguntara, num sorriso canalha.

- Indiretas de novo, Dan? – perguntara, fingindo tédio.

- São cantadas, eu não posso evitar. – Completara em um sorriso sedutor. – Você é minha vítima favorita.

-E você é um completo canalha, mas eu te amo. – Dissera ela, irônica. –Isso, agora pode sair pulando por aí, acabei de realizar seu sonho... ‘UHSAUHSAUHSUAHSUHAUSHAUSHAUHS...

- Calma aê Janee... – Dissera, sarcástico. – Não é só isso que acontece no meu sonho... – Arqueara, inclinando-se mais ainda sobre ela, para que seus lábios se unissem.

~**~

Vodka pura.

Era exatamente disso que precisava. Tomar quantas dozes fossem preciso. Por Merlin! Ela era só uma sangue-ruim.

“Metida à sabe-tudo!” xingara.

Era só a vodka que o fazia apenas se concentrar na conhecida e bem vinda ardência que descia à sua garganta. Esquentando seu corpo e afugentando pensamentos.

O que Draco Malfoy menos queria era pensar nela. Sobre ela. Com ela ou simplesmente em qualquer coisa que a envolvesse.

“Perda de tempo” Era isso o que ele a considerava. Ou pelo menos tentava vê-la dessa forma.

Mas estava difícil, certamente impossível ignorar os olhos castanhos.

Os olhos tinham um poder indistinto sobre o loiro e ele dava graças a Merlin por Hermione ainda não ter descoberto que na verdade, era ele que estava em suas mãos.

Por quê?

Bem, por que nenhuma outra garota conseguia enlouquecê-lo com apenas um olhar, um gesto, uma frase.

E eram os olhos. Os cachos. O jeito mandão de ter sempre as respostas e parecer sempre a certinha.

Tinha vontade de observá-la de longe, tamanha era a forma que ela o afetava...

“Que porra de pensamento foi esse?” Pensara, com nojo.

E o pior era que seu melhor amigo, Daniel Roth, também parecia sentir o mesmo.

Não que isso em si fosse um empecilho, é claro.

- Draco Malfoy sem a sua sangue-sujo à tira-colo? Uh, devo estar com sorte. – Ironizara Meg, aproximando-se.

- Não tem idéia do quanto. – respondera ele, colando seus corpos.

- Melhor controlar os seus hormônios Draquinho, porque eu sei que não é a mim que você quer. E acho melhor assumir de vez que está apaixonado por ela, antes que Dan o faça.

- E você é o quê? A nossa conselheira? – Falara, carregado de escárnio. – Todos sabemos quem você é, garota. Aposto como deve ter encorajado Daniel a se aproximar da sangue-ruim, ou quem sabe deve ter o convencido de que eu quero roubá-la dele. – Pausara, maldosamente. – E NÃO, eu não estou apaixonado por ela, e se estivesse não a teria deixado lá fora de bandeja pro meu melhor amigo.

- Que bom que você sabe os riscos que corre, porque da última vez que eu os vi, eles pareciam... Er, BEM unidos, se é que me entende, tsc. – Concluíra a garota, letal.

A expressão de Draco sentenciou o que sentira.

Saiu da sala na mesma hora atrás da SUA sangue-ruim.

Ponto para a Srta. Meg!

- Granger, Granger... Espero que saiba aproveitar toda a ajuda que eu to te dando com os loiros da minha vida. – Comentara, de forma baixa em um sorriso.

A garota fora com a cara de Hermione. E simplesmente, ADORAVA manipular histórias de amor. Não que os acontecimentos recentes precisassem de manipulação, apenas um pequeno... “Empurrãozinho” completara mentalmente. A garota gostaria de ver a castanha dando uma boa lição em Draco Malfoy e adorara ver Dan Roth louco de amores por uma garota tão simples e NADA chamativa.

“Que desperdício, tsc.” Refletira. “Mas agora que eu serei transferida pra Hogwarts... Quer dizer, talvez até o começo das aulas eu e a Granger nos tornemos amigas junto do Dan e Draco e quem sabe... Sejamos um grupinho lá” pausara novamente “popularidade garantida, já que somos tão... Característicos” completara, sorrindo maliciosamente.

~**~


“Imbecil! O que ele pensa que vai fazer com a MINHA sangue-ruim?!?” Pensara, possesso.

Vira o amigo dizendo algo perto demais da garota, até inclinar-se sobre ela...

- GRANGER! – Ele ouvira sua voz chamá-la, sem ao menos se dar conta do que tinha feito.

“E agora? O que eu digo pra ela? F****!”

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