My little sister or...?



Hoje. O último dia de férias. Não só o fim do verão, mas também da convivência sobre o mesmo teto. Das festas, das bebedeiras descabidas, dos jogos, dos beijos falsamente forçados.  Hoje. O último dia na França, e amanhã voltariam para Hogwarts. Havia algo de desencorajador lembrar-se disto. Talvez porque o ser humano esteja sempre sensível ao que lhe soa familiar. De volta a grifinória, a Harry, Gina e Rony. A Lareira, a biblioteca, as velhas conversas. Deveres atrasados e livros mais atrasados ainda (por parte dos garotos, é claro).


 


Pra Daniel não haveria mais Durmstrang. Uau! Uma nova escola. A tão famosa Hogwarts em que estudava alguns de seus melhores amigos. Era por demais excitante pensar nas aventuras, nas diversões e nas regras que quebraria. Quadribol, garotas, MUITAS GAROTAS e falta de limites pro que quer que fosse fazer.  Muito bem, Sr. Daniel.


 


O outro loiro não parecia se dar conta do que ainda o aguardava, estas férias na França estavam... No fim.


FIM. O que quer que estivesse inacabado, precisava ser resolvido, e ele sequer parecia disposto a refletir qualquer um de seus recentes atos. Costumava ser calculista, mas ultimamente seu cérebro parecia desconectado de si, e acabava cedendo a força de seus desejos. Lá estava ela, sempre por perto, a sangue-ruim o perturbando de alguma forma confusa.


 


O último dia das férias não é nada comparado a “tudo” o que havia sido feito e muito mais que isso, guardado em suas memórias.


 


A garota fútil-malvada havia se descoberto resignada por um certo loiro. Em algum lugar no espaço este deveria ser um sentimento devidamente proibido e completamente ignorado. Não sabia o que fazer, como agir. Como agir como antes, se já não se sentia da mesma forma? Como evitar contatos maiores por medo de que ativar o lado “entorpecente” de sua relação desejo-amizade comece a ferir?Estranho, mas Meg Malfoy saberia se virar.


 


Apaixonado. Quase derrotado. Quase o Sr. egocêntrico imbatível.  O conquistador. Como evitar perdê-la para Draco? Sua Jane...


 


Por pior que parecesse Hermione estava confusa. Como contaria a seus melhores amigos as ‘coisas” que havia feito (e gostado de fazer, diga-se de passagem) com Draco Malfoy? Devia estar louca. É, só podia ser isso. Ele tinha um poder incomum para persuadi-la...  Tomá-la, levá-la de qualquer lugar. Havia aquele senso de humor sádico e a tendência masoquista da castanha de sempre ceder. O mundo desaparecia sobre qualquer indício, qualquer toque, qualquer batida. Ele só precisava lhe estender a mão, e com ele, ela sentia que poderia ir segura e consciente para qualquer lugar.


 


Estavam todos na sala, cada um com o corpo jogado displicentemente no sofá. Exceto por um par de amigos, em que Meg estava preguiçosamente no colo de Daniel, como se aquela posição fosse algo apenas fraternal. Era comum, deveria ser comum, embora seu coração estivesse quase saltando. Todos permaneciam com olhares distantes, perdidos em suas descobertas e não-descobertas.


 


Todos experimentavam sensações diferentes, mas estavam cientes de que aquilo era a causa das pequenas grandes cenas que mudariam suas percepções dali em diante.


 


 - O que vocês querem fazer pra aproveitar o último dia do verão? – Perguntara Meg, parecendo entediada.


 


Os garotos não pareciam dispostos a absolutamente nada.


 


- Hm, não sei. – respondera Hermione. – Podemos dar uma volta pra conhecer outros lugares (que não sejam pubs, de preferência) ¬¬. – Dissera à morena.


 


A outra fizera um gesto positivo, ambas levantaram dos sofás quase ao mesmo tempo, recuperando o entusiasmo.


 


- Hey animações em pessoa, vocês vem ou não? – Falara, sarcástica.


 


A castanha os encarava com naturalidade.


 


- Hã? – Murmurara o loiro.


 


- Pra onde? – Quisera saber Malfoy, como se tivesse acabado de acordar de um devaneio.


 


- Sair por aí, Draco. Sem rumo pelas ruas, compreende?


 


Ele apenas revirara os olhos em profundo tédio, dando-se por vencido.


 


Dirigiram-se preguiçosamente até a garagem.


 


Os olhos dos garotos pareciam acender-se em excitação. Hermione começou a se dar conta de que sair de carro com eles não seria uma boa idéia. Não com aqueles sorrisos sádicos nos rostos de ambos.


 


- ei Draco, que tal uma daquelas corridas como nos velhos tempos? – Sugerira Roth, quase desafiando-o.


 


O outro aceitara com veemência, rindo com desdém.


 


- Na verdade, estive pensando em uma coisa melhor... Já que eu sempre ganho.


 


- Isso, vai sonhando Draco. – O outro provocara, com arrogância.


 


- Vamos apostar alguma coisa.


 


- Se for honra acho melhor esquecer, porque eu já perdi a minha faz tempo, UHASUHSAUHAUSHUASHUAHSUHAS.


 


- ¬¬’ Não, imbecil. – Pausara, fitando Meg e Hermione que observavam a frota de carros da família do amigo. – As garotas. – falara, dando um sorriso de canto de lábio.


 


×


 


O moreno acabara de praticar quadribol em uma disputa acirrada contra Rony, Gina e Luna (acreditem se quiser). Qualquer pessoa que não conhecesse acharia que as coisas estavam indo bem, e ele realmente queria que Hermione estivesse por perto para lhe esclarecer o que quer que houvesse por trás das atitudes anormais de uma certa ruiva.


 


Ele lhe fizera algo? Ele lhe dissera algo indevido? Ela estaria... Apaixonada por alguém? Estressada por alguma razão? Ou simplesmente resolvera o ignorar?


 


Merda.


 


Rony andava agindo como o completo lerdo que era, só que dez vezes mais nervoso, preocupado e cômico; provavelmente resultado da presença de Luna nas propriedades dos Weasleys. Isso em si apenas o divertia, nada mais.


 


Ele parecia ser o único ser a ter percebido o quanto ela o evitara.


 


Isto estava o corroendo por dentro. (n/a: deixa de ser dramático, Harry! ¬¬)


 


Precisava falar com a garota, precisava mais que tudo ENTENDÊ-LA.


 


Okay, ele já tinha um plano. Ele iria até a porta do quarto da Weasley e ficaria lá a esperando até que a garota resolvesse dar as caras. (A lógica era simples, a ruiva JAMAIS se permitia ter uma conversa de mais de três palavras com o moreno, e sequer permanecer em um mesmo lugar sozinha com ele por mais que o tempo necessário pra sair do local).


 


Esperou por meia-hora, uma hora, uma hora e meia, duas horas, até que o tempo parou de ser calculado no momento em que  a garota em questão surgiu no corredor aparentemente sem notar sua presença.


 


- Gina. – Chamou-a, ajeitando os óculos em seu rosto.


 


- Hã... Harry? – Gaguejara a garota.


 


Ahá. Tarde demais para fugir, pequena Weasley.


 


- Precisamos conversar.


 


- Sobre...?


 


O moreno deu de ombros, segurando-a pela mão e levando-a até o quarto. (n/a: OOOOOOOOOOW \õ///)


 


Ela parecia perturbada com a atitude do moreno.


 


Queria de alguma forma suprir aquele silêncio constrangedor.


 


Era algum tipo de teste? Era algum tipo de devaneio?


 


Não sabia o que dizer, ou como quebrar a barreira que formava-se aos poucos entre suas ações.


 


O moreno a chamara pra “conversar” sobre algo importante, no entanto estava quieto; já ela o amava com tanta intensidade e ainda assim optara, nos últimos dias, por fugir dessa coisa unilateral, a sensação de invisibilidade diante do Potter, com a qual se acostumara desde... Bem, desde sempre.


 


A impaciência misturada a frustração só piorava as coisas, estava em um estado prestes a GRITAR por atenção, por um olhar, por qualquer merda que não envolvesse as palavras “Cho Chang é o amor da minha vida”!


 


- O que quer, Harry? – As palavras haviam saído de forma mecânica.


 


- Saber o que, exatamente, eu fiz de errado.


 


Ela o encarou por uma fração de segundos, considerando se ele não estava insano.

**
N/A: TÕ EM ÉPOCA de provas, isso tá mais pra um bônus, Haha ;D

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