Uma coisa chamada ciúme



Ela sempre o vira como um amigo.

Okay, mentira. Ela o achava... Divertido, sincero, sedutor, egocêntrico etc. etc. E variavam às vezes em que ela apenas o via de modo fraternal. Não que ardesse de desejo pelo amigo. Mas também não era como se ela fosse cega, não é? Afinal, até mesmo o mais reles dos seres deveria admitir que Daniel Roth era atraente. Ele tinha uma espécie de brilho. Algo raro, ela tinha certeza. Embora ele não a fizesse sentir tantas coisas. Quer dizer, ela poderia estar somente apaixonada por Draco Malfoy. Mas o estúpido conseguia afetá-la de uma forma descomunal. Não que Daniel não a afetasse, era só que... “Ah, esquece!” Pensara, tentando desviar sua mente de tal assunto.

As coisas só pioraram no momento em que se deu conta de que seus rostos estavam se aproximando lentamente.

- GRANGER!

Por que RAIOS ela aproximava tanto seu rosto dele sem que nem ao menos percebesse a grande ‘burrada’ que estava fazendo?!

Como uma garota em sã consciência PODERIA sentir-se ANORMALMENTE estranha ao lado de um garoto (tudo bem, ele a conhecia demais) que nem ao menos estava apaixonada, enquanto que o garoto que a fazia tremer ela queria o máximo de distância possível?

Quer dizer, sejamos sinceros! Daniel não fazia seu coração acelerar, fazia?

“POR MERLIN!” Foi a única coisa que conseguiu pensar quando constatou que ele também tinha um enorme poder sobre si. Ele não fazia seu mundo parar... Mas o fazia girar, intenso.

O que era exatamente isso? Amor? “Há-há” Ela rira, descrente. Estava na cara de que aquilo nunca seria amor. Atração física? Sim, ela sentia uma vontade enorme de ser tocada pelo amigo. Ela confiava no garoto. Isso era algo raro. Algo que parecia ser um escudo sobre o que sentia com relação a Draco Malfoy. A pergunta era se usaria o escudo.

Usar Dan lhe soava tão...

- Baixo? Mesquinho? – Arqueara Daniel, lendo os pensamentos da garota. – Posso nomear sinônimos por você, Jane. – Dissera, parando. – Se precisar, é claro. – Dissera.

Deu um sorriso rápido e aproximou seu rosto da curva do pescoço dela para sussurrar em seu ouvido: - Você, Jane... – Começara, fazendo-a se arrepiar. – Nunca subestime o poder de uma atração. – Falara, sincero.

- Isso... – Arfou a garota. – Não vai se repetir, Daniel. – Dissera, séria.

Reparou com surpresa que dois olhos azuis acinzentados a fitavam profundamente.

- O que quer Malfoy? – Perguntara, fria.

- Precisamos conversar, Granger.

Ela apenas franzira o cenho, confusa. O outro loiro esboçara um sorriso cínico e dera de ombros para deixá-los conversar, não sem antes esbarrar ameaçadoramente ‘sem querer’ nos ombros de Draco.

~**~

Primeiros sinais de Londres...

O cheiro que vinha da cozinha delatava que dessa vez Sra. Weasley caprichara no prato. Todos aqueles que amava estavam ali e isso o fazia se sentir-se em casa. Viu Rony sendo caçoado pelos gêmeos. Viu Gina conversando entre risadas com Luna Lovegod. Viu Sr. e Sra. Weasley arrumando a mesa. Lupin e Tonks aos cochichos. Entre tantos outros. Repentinamente reparou que faltava algo. Alguém, pra ser mais exato. “Hermione...” Lembrou-se, calmamente. Como sentia saudade! Ela fazia muita falta mesmo. Queria o jeito mandão da amiga, vê-la brigando com Ron, ou lendo um daqueles livros MONSTRUOSOS de centenas de páginas... Como será que ela estava? Perguntou-se. Ela não mandara uma única carta dando notícias de vida! Será que acontecera alguma coisa? “Não, é lógico que não!” Respondeu se permitindo refletir um pouco mais sobre a amiga. Ela estava na França com... “Aquele imbecil.” Pensou, com desgosto. Cerrou os punhos. Não é que tivesse ciúmes de Hermione, muito menos apaixonado pela garota! Só não gostava do imbecil metido à Barbie! Argh! Ele era o cúmulo do egocentrismo e o pior... ELE SEMPRE TENTAVA ROUBAR A AMIZADE DA CASTANHA! Não é como se Rony também fosse o fazer, o caso era que o moreno sabia que cedo ou tarde Rony e Hermione ficariam juntos. Ou pelo menos era o que todos esperavam que acontecesse...

~**~

- Precisamos conversar, Granger.

Ela apenas franzira o cenho, confusa. O outro loiro esboçara um sorriso cínico e dera de ombros para deixá-los conversar, não sem antes esbarrar ameaçadoramente ‘sem querer’ nos ombros de Draco.

- Eu não tenho nada pra falar com você, Malfoy.

- Você e Daniel tem um caso? – perguntara, interrompendo-a. Direto.

- NÃO! – Ela exclamara, de súbito.

Draco ergueu uma sobrancelha, analisando-a.

- E o que eu vi a pouco foi o quê? Um amasso rápido na grama? – Ironizara. – Porque não sei se percebeu Granger, mas vocês estavam se beijando.

- É LÓGICO QUE NÃO, MALFOY!

- EU VI, GRANGER.

- E EU ESTAVA LÁ, IMBECIL.

- VOCÊ É SÓ UMA GAROTA ROMÃNTICA E METIDA A PURITANA, NAÕ TEM NOÇÃO ALGUMA DOS FATOS!

- TENHO SIM! E SIM, EU SOU ROMÂNTICA MESMO! ALGUM PROBLEMA COM ISSO?!?

- TODOS OS POSSÍVEIS!

- AH, VAI À MERDA, IDIOTA!

- QUAL DELAS? VOCÊ, POTTER OU DANIEL MESMO?

- GRRR, CALA A BOCA!

- TÁ TENTANDO ME DAR UMA ORDEM, SANGUE-RUIM?!

- E SE EU TIVER?!

- E VOCÊ VAI FAZER O QUÊ? CITAR ‘HOGWARTS, UMA HISTÓRIA’?!

- NÃO, EU NÃO... Peraí, como sabe que eu sempre cito esse livro? – Perguntara a castanha, assumindo uma expressão vencedora.

- Eu não sei, Granger. – Respondera coma voz ríspida, à contra gosto. Como se assumi-lo fosse cometer um pecado.

- Okay... –Suspirara, cansada. – Era essa a sua tão empolgante conversa?

- Achei que me devia explicações.

- Não é como se tivéssemos realmente alguma coisa construtiva, loiro aguado. – Ironizara Hermione, controlando-se para não parecer abatida pelas próprias palavras.

- Não é como se nada tivesse mudado.

- E o que mudou, Malfoy? Ainda nos odiamos... Você acredita que ‘sangue-ruim’ é meu primeiro nome e eu ainda o considero um sonserino fdp.

- Achei que fosse romântica.

- E eu sou.

- Então como consegue ignorar todos os sintomas patéticos? – pausara. – Seu coração parece quase tão acelerado quanto o meu, Granger. Acho que consigo traduzir seus pensamentos por cada mínimo olhar que você envia. Fora os sonhos... – Hermione arregalara os olhos. – E o modo como você se protege de tudo isso tentando parecer a certinha intocável, quando no fundo, somos iguais.

- NÓS... NÃO... SOMOS IGUAIS! – Falara ela, tensa.




[FLASH BACK ON]

"- Acho que você gostaria de morar aqui, não, Weasley? Sonhando com um quarto só para você? Ouvi falar que a sua família toda dorme em um quarto só, é verdade?"

"- Ora! vejam só quem está aqui - disse Draco naquela sua voz arrastada, abrindo a porta da cabine. - Potinha e Fuinha."

"- Aposto que você adorou isso, não foi, Potter? - disse uma voz que Harry não teve problema em reconhecer. [...]
- O Famoso Harry Potter -, continuou Malfoy. - Não consegue nem ir a uma livraria sem parar na primeira página do jornal"

"- Inveja? - [...] - De quê? Não quero uma cicatriz nojenta na minha testa, muito obrigado. Por mim, não acho que ter a cabeça aberta faz ninguém especial."

"- Weasley gostaria de ganhar uma foto autografada, Potter. - riu-se Malfoy. - Valeria mais do que a casa inteira da família dele..."

"- Ninguém pediu sua opinião, sua sujeitinha de sangue ruim. - xingou ele."

"- Fico surpreso que os sangues-ruins não tenham feito as malas - continuou Draco. - Aposto cinco galeões que o próximo vai morrer. Pena que não tenha sido a Granger..."

"- Granger, eles estão caçando trouxas - disse Malfoy. - Você vai querer mostrar suas calcinhas no ar? Porque se quiser, fique por aqui mesmo... Eles estão vindo nessa direção, e todos vamos dar boas gargalhadas."

"- Gostou, Potter? - perguntou Malfoy em voz alta, quando Harry se aproximou. - E isso não é só o que eles fazem, olha só!
E apertou o distintivo contra o peito, a mensagem desapareceu e foi substituida por outra, que emitia uma luz verde: “POTTER FEDE”.


[FLASH BACK OFF]



- Sim, nós somos, garota. – Respondera o loiro, convencido.

- Por que se importa tanto se eu e o Dan temos um caso?

- Já ouviu falar em uma coisa chamada ciúmes? – Dissera, cínico e ao mesmo tempo ríspido.

- QUÊ?!

- Eu não vou repetir, Granger.

- Você não sente ciúmes Malfoy. Só não aceita perder o que lhe pertence.

- Então você admite que me pertence?

- NÃO! Eu não... Eu não disse isso, okay?!

- disse sim, garota! Você me ama.

- NÃO!

- SIM!

- NÃO!

- SIM!

- NÃO!

- SIM!

- NÃ...

- Talvez. – Retrucara Meg, fazendo Daniel soltar um sorriso sarcástico, ambos divertidos.

Os inimigos os fitaram com insatisfação e reviraram os olhos.

- Dan, Meg... Não é que eu não aprecie a animação de vocês, mas no momento eu e o Malfoy estamos...

- ... Debatendo a relação. – Completara o loiro arrogante, pondo as mãos na cintura da castanha.

A garota dera um tapa leve em sua mão, bufando. Notou que Daniel e Meg tinham malas consigo. Será que iam a algum lugar? Será que eles planejavam ir a um motel...? “argh! Que tipo de pensamento foi esse?!” Perguntou-se, pensando com determinado nojo. “ótimo, ótimo! Agora você tem ciúmes do Dan! Cada dia melhor, mione!” refletira, sentindo-se tensa.

- Por que as malas?

- Bom, eu preciso de uma cama, uma dose de absinto, uma banho de jacuzi e cair nas baladas!

- E daí? – Perguntara Draco, indiferente.

- E daí Draquinho... – Começara a morena. – Que eu e o Dan vamos voltar pra civilização...

- A mansão, você quer dizer, não é?

- Exato, Jane. – Concordara Meg, imitando o amigo da castanha.

- E vocês dois, caso queiram aproveitar os últimos dias matando insetos, sugiro que fiquem por aqui mesmo.

- Vou fazer minhas malas. – responderam Draco e Hermione em uníssono.

~**~

A mansão parecia a mesma, Hermione notara. Continuava extremamente luxuosa, e o que pareciam meses distante de todos, ela percebeu que eram apenas dias. Quatro, pra ser mais exata. Ela não trocara nenhuma palavra com Daniel ou Draco desde que chegara ali. Guardava as malas com impaciência, descontando na posição de suas roupas todas as frustrações que sentia. Era tão estressante se sentir tão... Ridícula perto de Draco! GRR! E ela ainda se sentia mais idiota ao perceber que não sentia por Rony Weasley (seu provável amor) absolutamente nada. Quer dizer, ela sempre nutrira por ele uma paixão. Por vários e vários anos, e bastara apenas QUATRO DIAS para fazê-la esquecê-lo! De uma hora pra outra apenas um certo liro aguado conseguia ocupar qualquer que fosse seu pensamento e rolara um clima anormal entre ela e Daniel Roth (por Merlin! Era o Dan! Um de seus melhores amigos!).

Ouviu um toque leve na porta de seu ‘quarto’.

- A porta tá encostada. – Retrucara, indiferente.

Viu a figura loira do amigo adentrar e sentar-se em sua cama, segurando algo em mãos.

- Cartas pra você, Jane. – Dissera ele, mostrando um maço de envelopes.


~~


SIM, esse capitulo tá SUPER incompleto! ;D

Mas tudo okay, né galera? Tô amando os comentários!

Ah, felizmente (ou não) só faltam mais 3 dias para as férias terminarem... Uh, isso inclui milhars de encrencas por Hogwarts! YEAAAH! Continuem comentando, please! Tô empolgadíssima com essa fic!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.