A Casa de Remus



-Próxima estação: Liverpool Street.

A voz de uma senhora muggle ecoou em todo o metropolitano,onde Mr. e Mrs. Wealsey, juntamente com Harry estavam a fazer a viagem. Era um metropolitano apertado, a abarrotar de pessoas, na qual muitas pareciam estar de regresso ao emprego, pouco depois de almoçarem.

Harry que já tinha almoçado no restaurante, olhava agora para os muggles com os seus trajes negros, e pastas na mão, enquanto esperavam para sair.

O metropolitano parou e Mr e mrs. Weasley puseram-se de pé rapidamente. Sairam pela porta, quase sendo esmagados pelos muggles apressados, e subiram uma escadaria que os levava a uma grande estação. Depois de sairem para a calma da rua, andaram em direcção à Old Street, na qual, segundo Mr. Weasley, estariam muito proximos.

Andaram pelos passeios das ruas, com mr. Weasley a olhar os postes eléctricos e os sinais de transito, passando pelas passadeiras, onde muitos carros esperavam imacientes, e pouco depois tinham chegado a uma ruela muito antiga, com casas bastantes antigas, que constataram ser muito proximo do local que chegariam.

Mr. Weasley chegou perto de um poste de electricidade e com a varinha abriu uma portinha, que parecia ser o local onde os fios se juntavam e em caso de avaria, vinham Muggles arranjar. Mas afinal não era bem aquil oque Harry imaginava. Dentro do poste havia uma série de botões que Mr. Weasley começou a carregar por uma ordem que devia ser a defenida.

E pouco depois, abriu-se um alçapão, mesmo ao lado do poste e todos entraram lá dentro. Havia uma longa escadaria que os levava ao fundo do corredor e entraram numa casa muito antiga, mas que ainda conservava alguma beleza.

Era casa onde nunca na vida pusera os pés. Era uma divisão ampla, onde havia uma grande lareira, com enormes cadeirões de frente, cobertos de almofadas esfarrapadas, que pareciam ter sido atiradas várias vezes contra a parede. As paredes estavam cobertas de prateleiras cheias de livros, com um aquário de um Grindylow que dormitava tranquilamente, onde também se podia ver várias velas, a enfeitarem toda a prateleira ao lado da porta em que entrara. Do outro lado havia em cima de uma mesa de madeira uma varinha e um caldeirão pequeno, onde estavam vários ingredientes o circundavam.

Por momentos horriveis, chegou a pensar se o teriam levado à casa do professor Snape, mas Mr e mrs. Weasley levaram-o para junto de um cadeirão e depois de todos estraem sentados, o pai de Ron disse-lhe:

- Harry, esta é a casa de Remus Lupin, que é um mebro da ordem. Vais ter de morar aqui até alguns assuntos da Ordem serem resolvidos.

- Está bem.-disse Harry.- Mas onde está o professor Lupin?

- Ele deve chegar a qualquer momento. Agora, peço que nos perdoes, mas temos que ir.

- Muito obrigado por me terem trazido.

- Oh, não foi nada.- afirmou Mrs. Weasley, abraçando-o.- Mas toma conta de ti.

- Vamos, Molly, temos muito trabalho pela frente. Adeus Harry, vemo-nos em breve.

Saíram, deixando Harry sozinho naquela casa. Poisou o retrato de Sirius Black e ficou a olhar para ele sem saber bem qual era o seu proprio estado de espirito.

- Estás triste, Harry?

Ele não respondeu. Ficou a olhar para Sirius Black, enquanto, pensava em tudo o que lhe tinha acontecido. Levantou-se da cadeira e foi dar uma olhadela pela casa. Agora que reparava nos pormenores, podia ver várias fotograias do Professor Lupin quando ainda era jovem.

Recordava-se das aulas de Defesa Contra Dementors, e sem tempo para pensar em mais nada sentou-se na cadeira e olhou para o retrato de Sirius. Ele fitava Harry cuidadosamente para o sobrinho não pensar que o ficara a coscuvilhar. Depois Sirius Blak olhou para as escadas e reparou numa coruja das neves a voar em direcção ao Harry.

- Como é que entraste?!-perguntou, mas resolveu ver o que a carta lhe dizia.


1940

IAL para TMR

As Quatro Armas

Harry Potter ou

Senhor das Trevas



Fugis-te à tua responsabilidade. Pois bem, terás o merecido. O Senhor das Trevas nunca se engana, e teve razão ao pensar nisso. Foi muito bem feito o que te aconteceu.

Prepara-te para a vingança e nem ouses sair de Londres


R.Lestrange



Fugis-te à tua responsabilidade... Que raio de afirmação seria aquela? Mas ninguém poderia o ajudar naquele momento, a resolver a carta. Teria de esperar pelo professor Lupin?

- Que carta é essa Harry?-perguntou o retrato.

Harry deu um pulo. Esquecera-se que Sirius estava ali.

-Er... consegues ler?-perguntou, aproximando-se dele.

- Aproxima a folha de pergaminho mais um pouco. Ah, ja está.

Leu o pedaço de pergaminho rapidamente e disse para Harry.

- Que outra afirmação fez ele na outra carta?

Harry tentou recordar-se.

- Era algo do género: porque não segues aqueles que te educam?.

- Porque não segues aqueles que te educam?! Bom, quem é que te educa?

- Er, ninguém.-disse Harry sem pensar.

- Ninguém? Eu não sou ninguém?

- Mas... mas... -Harry lembrou-se de algo que pouco depois o deixou muito triste.- Eu segui-te ao ministério e ... tu...

- Mas isso foi à um mês. Esta carta é mais recente.

- Bom, o Dumbledore?, não, ele não me educa... só se
educar tiver o significado de explicar o passado... não; quem me educou foram sempre os Dursleys... os Dursleys... foram atacados!

- Sim, eu sei, eu ouço as conversas. -disse Sirius, sorrindo.- Mas... se os Dursleys foram tacados...

- Eles queriam que eu os segui-se!-exclamou o Harry.- Para me depois me atacarem!

- Sim, faz sentido...-afirmou o Sirius.- Não vejo outra razão para terem atacado os Dursleys.

Calara-se abruptamente. Harry olhou para ver o que tinha feito-o enterromper e deparou-se com Lupin, que acabara de entrar na sala, olhara para Harry petrificado.

- Sirius? Onde estás?-perguntou, de olhos arregalados.

- Er... é este retrato, que encontrei em Grimmauld Place.

Lupin suspirou tristemente e sentou-se na cadeira com um ar muito deprimido.

- As vezes tenho vontade de nunca ter conhecido o Sirius.- disse tristemente.- Já quase não consigo suportar tanta saudade que tenho dele...

Harry olhou para Lupin. Sabia perfeitamente como ele se sentia, visto que ele próprio sentia o mesmo. Lupin fechara os olhos e levantara-se rapidamente e falando com um tom energético.

- Bom, Harry esta é a minha casa.-disse apontando.- Segue-me, vou te mostrar o teu quarto.

Lupin mostrou o quarto das visitas que tinha um tom esverdeado, com vermelho, no qual se destacavam uma cama e uma secretária.

- Não é uma grande casa, mas eu morei aqui desde que sair de Hogwarts.

- Onde estão os seus pais?

- Estão no seu merecido descanso em Wiltshire. Moraram nesta casa pouco tempo.

- Os seus pais são feiticeiros?-perguntou Harry curioso.

- Não, mas podes creer que conhecem muito sobre a feitiçaria. Quando fui mordido por um lobisomem, os meus pais fizeram o possível para conseguir a minha cura, mas infelizmente, até fora do nosso país isso não é possível. Lembro-me de andarmos pelos hospitais mágicos de Bremen, sem no entanto conseguirmos o que queriamos.-disse num tom que ia-se tornando cada vez mais baixo e triste.- Bom, o melhor é começar a preparar o jantar. Muito trabalho pela frente... É por estas e por outras que gostava de ter Mrs. Weasley cá em casa. Para preparar o jantar, nada melhor.

Harry sorriu. E entrou para o seu quarto. Sentia-se confuso e com vontade de ter o Ron ou a Hermione ao seu lado para conversar. O retrato de Sirius estava na mesinha de cabeceira.

Pelo menos o Ron e a hermione se lembrariam que aquele era o dia do aniversário de Harry, o dia em que a sua existência marcava dezasseis anos. No entanto não era visível por outra pessoa qualquer aquele dia tão especial. Não?

O momento em que algo poderia entreter Harry durante algum tempo chegara: umas cinco corujas acabavam de entrar pelo seu quarto poisando em cima do parapeito da secretária. Harry pasmado com a razão de tal magia, as corujas conseguirem atravessar o solo, nem chegou a ligar muito ao que todas traziam, perdido em alguns pensamentos.

-Muito bem.-disse.- Por onde ei-de eu começar?

Sorriu. Acariciou uma coruja pequenina, tão pequena que era realmente estranho ser chamada de Pig e desamarrou a carta dela.


Caro Harry

Feliz Aniversário

Nem imaginas as coisas mais estranhas que estão a acontecer em nossa casa. Infelizmente, o ministério apercebeu-se de alguma coisa a haver com a nossa família e demitiu o pai do cargo de chefe do Departamento. É agora empregado do Perkins, o amigo dele, que já veio almoçar a nossa casa contar o que tem acontecido.

A mãe está num estado péssimo. Foi visitar o Percy a Londres e foi humilhada perante os membros do ministério.

Agora informações um tanto melhores: o Fred e George vão com o negócio tão lucrativo que a minha mãe até se deu ao luxo de investir algum num Espelho das Maravilhas. Foi óptimo para distrair a mãe nos tempos livres, que são muito poucos.

Eu continuo na Toca, sozinho com a Ginny e o Bill, e por vezes com o pai ou a mãe. De resto não te posso dizer mais nada, pois tal como já deves saber, há um grande risco desta carta ser interceptada.

Espero que passes bem e nos encontremos em breve:

Ron



Leu a carta apressadamente, e sentiu tanta pena de Mrs. Weasley que lhe apeteceu partir imediatamente para Londres e dar dois estalos na cara de Percy. Mas em vez disso viu o que lhe tinham oferecido e viu um grande bolo de aniversário dos Doces dos Duques.

Harry suspirou e olhou para uma coruja acastanhada, que imaginou ter sido mandada por Hermione. E não havia como se enganar disso pois a carta dizia:



Olá Harry

Tenho recebido o Profeta Diário todos os dias e reparamos o que é muito importante pois à uma notícia que te irei contar quando nos encontrarmos. E isso ocorrera não sei quando pois ainda estou em casa dos meus pais.

Não quero ser muito aborrecida mas não cometas mais nenhuma infração à lei. Sei que te sentes frustrado por estar a morar com os Dursleys, mas mesmo assim sê prudente.

O presente que te dei é algo que pretende te divertir durante algum tempo. Espero que gostes.

Beijinhos

Hermione



A carta da Hermione fazia-o crer que queria mante-lo debaixo de olho durante o tempo que não estavam todos juntos. Mesmo assim olhou para o livro que ela lhe mandara e com um sorriso tocou na lombada da capa de 1001 Curiosidades do Quidditch. Mesmo o que precisava para se entreter naqueles dias. Sentia-se um pouco contente por Ron e Hermione não estarem juntos na Toca a divertirem-se, pois isso fazia-o sentir irritado por ser o unico a ficar sozinho em Privet Drive. Felizmente agora encontrava-se na casa de Lupin, e estava muito feliz com isso.

A última carta era a de Hagrid.



Querido Harry

Apanhei uma constipação dos diabos e estou agora em casa, sem conseguir seguir os trabalhos de guarda dos campos. O Richard tem me ajudado muito, grande homem ele, e consegue ajudar-me sempre que preciso.

De resto está tudo bem; o meu presente não é nada de especial, foi uma coisa que pedi ao Richard se podia trazer de Hogsmeade. Espero que gostes.

Do teu amigo

Hagrid



Fora de longe a carta que mais lhe agradara. Não dava regras a Harry nem falava de nada deprimente.

Harry abriu o presente do Hagrid. Uma folha de pergaminho caiu-lhe aos pés e viu outra inscricção de Hagrid: Isto é um ajudador: escreves uma pergunta e a resposta aparece por baixo. Iria muitissimo útil nos trabalhos de casa.

O Harry sorriu para tudo o que lhe deram. Era uma sensação agradável receber presentes e ainda por cima dos seus amigos. E outra sensação agradável era ouvir a voz de Lupin a chamá-lo para ir jantar.

Porém, Harry nem fazia ideia que os seus problemas mal tinham começado...

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