A Nova Selecção



-Harry...-murmurou Cho de olhos semi-cerrados.- Eu... eu não podia...

- Porquê?- sussurrou Harry, olhando para ela.

- Eu... eu já... -e consciencializando-se do que devia fazer, olhou momentaneamente para Harry e saiu dali a correr, sem mais nem menos, deixando atrás um silêncio incómodo.

Harry bem quis dizer algo, mas parecia que as cordas vocais deviam estar atrofiadas pois não conseguia emitir nenhum som.

- Por aqui, rápido!-ouviu-se uma voz de fora.- Eu deixei-o com uma chefe de turma, pode estar descansado.

Pela porta entrou o prefeito dos Gryffindors de à pouco tempo, seguido por Dumbledore, o que deixou Harry aliviadíssimo.

- Professor!-exclamou, aproximando-se dele.- Acho que os Devoradores da Morte já devem ter-se eclipsado.

- Eu também, mas isso agora não me preocupa. Estás totalmente bem, Harry?

-Sim.-respondeu.- Sabe dizer-me que horas são?-perguntou, pois o seu relógio estava avariado.

- São, neste preciso momento, dezanove horas e vinte e dois minutos.-respondeu ele.- Os estudantes já estão a chegar a Hogwarts, finalmente conseguiram pôr o Hogwarts Express a funcionar, mas mesmo assim não vais ter tempo de o apanhar.-explicou Dumbledore.- Bom, agora está na hora de sair deste sítio horrível e apressar o passo até à escola.

O professor Dumbledore, juntamente com o prefeito e Harry (a Cho já devia ter-se desmaterializado para dentro do comboio) sairam da masmorra e pisaram a relva mal cortada daquele jardim. A masmorra onde estava pertencia a uma enorme torre, coberta de janelas e fendas, que parecia estar prestes a desmoronar. Estavam agora a entrar numa espécie de cidade muggle, onde, orientados por Dumbledore, tentavam chegar o mais rápido possível ao local predefinido pelo director.

- Já passaram dez minutos!-murmurou Dumbledore, sorrindo.- Ai se começam a cerimónia de selecção sem mim...

Depois de alguns minutos de um verdadeiro trote humano, lá conseguiram chegar a um bar feiticeiro que ficava escondido entre duas lojas de vestuário. Quando entraram, o director de Hogwarts pediu rapidamente ao dono se lhe podia emprestar um Espelho das Maravilhas, ao qual foi logo correspondido.

- Muito bem, Harry e Turner entrem no espelho e depois esperem por mim, por favor.

E assim o fizeram. Pouco depois Harry estava pela primeira vez na sua vida, em Hogwarts, mas sem seguir o caminho do Expresso de Hogwarts. Comaçava pela sexta vez a nova perspectiva que adornava a vida de Harry. Viver em Hogwarts era uma espécie de prémio que lhe davam (em comparação com a vida com os Dursleys): estava ansioso por entrar no enorme salão nobre, passear pelas centenas de corredores que o compunham, atravessar por passagens secretas e claro, como não podia deixar de ser, começar de novo um ano escolar, que prometia ser bastante interessante. Hogwarts era para Harry uma espécie de casa onde, depois de todos já acreditarem que Harry sempre dissera a verdade sobre Voldemort, ele podia viver em harmonia e sossego, com preocupações simples como as partidas de Quidditch e os trabalhos de casa. Só que agora, segundo o que Harry ouvia falar, pelo menos já não tinha uma preocupação: os trabalhos de casa iam ser agora bastante raros, o que podia benefeciar ou prejudicar qualquer aluno. Por fim, claro que não se podia esquecer que iria visitar Al-Sorceria, uma linda escola egípcia, onde aprederiam muitos costumes árabes e conviveriam com outros alunos. Parecia que o ano iria ser bom, mesmo agora que Sirius tinha partido, deixando só um quadro, que, apesar de deixar ao inicio,Harry bastante confuso com os seus sentimentos, o alegrara bastante.

Harry estava num corredor iluminado por archotes , com o prefeito ao seu lado e à espera, como prometido, do Director de Hogwarts. Havia vários quadros à volta e Harry não pode deixar de reparar num que lhe pareceu bastante familiar.

- Bem vindo outra vez, nobre cavaleiro! Receio que ainda não desprezais a valentia e a robustez que são a chave do sucesso!

Claro que só com estes dizeres, só se podia tratar de Sir Cadogan e o seu pónei, que naquele dia, ou melhor noite, tinham decidido montar uma tenda no meio da floresta que estava perfeitamente pintada no quadro perto da porta. Continuava com o mesmo ar fanfarrão de sempre, mas mesmo assim reconheceu Harry.

- O jovem Potter já veio para o nosso humilde palácio! A Madam Violet já me tinha dito que foste raptado, rapaz. Mas chegaste-lhes a roupa ao pêlo, concerteza. Bom, foi o que eu fiz à dez anos. Estava na espada de Dâmocles quando atirei com a minha varinha contra o feiticeiro Bernoulli, que caiu por terra, apanhado pelo feitiço da varicela.

- Harry? Turner?-ouviu-se uma voz.

Era a professora Minerva McGonagall, que parecia que vinha cheia de pressa. Trazia nesse dia o cabelo num carrapito e um elegante vestido aroxeado.

- O Professor Dumbledore pediu para ires à estação de Hogsmeade juntamente com o guarda dos campos.- informou a professora ao prefeito, e este desapareceu rapidamente pelo corredor.- Harry, penso que seria melhor passares pela Ala Hospitalar.

- Penso que não é necessário...

- É sim! Hoje tiveste muitas emoções fortes. Podes-me seguir.- pediu ela.

Ao que parecia a professora McGonagall não tinha bem a intenção de só o levar até à Ala Hospitalar. Enquanto subiam as escadas movediças de Hogwarts (ela enfiou sem querer um pé num buraco-armadilha e levantou-se rapidamente fingindo nada ter-se passado), a professora perguntou-lhe se tinha recebido mais alguma carta do Lestrange e se tinha tido algum sonho estranho.

- Que me recorde não.-respondeu Harry.- Ah! Espere! Lembro-me de um, mas já foi à algum tempo.

- Então diz.-pediu a professora McGonagall, ansiosa.

- Bom, sonhei que perseguia um homem e que de repente cai de um precipicio... er... é só.- disse Harry, vendo o olhar da professora.

- Pronto, está bem.-disse ela, entrando dentro da Ala Hospitalar.- Agora espera das istrucções da Madam Pomfrey e logo depois vem para o salão. Não te esqueças de trazer a varinha!

Harry caminhou até ao centro da ala Hospitalar, quando Madam Pomfrey veio a correr, vinda do salão, e parecia que tinha um ar bastante aborrecido.

- Oh meu rapaz, o que te foi acontecer desta vez!-comentou enquanto abria um armário, recheado de medicamentos.- Raptado pelo condutor de comboio... que pouca segurança que há... Se fosse eu, trancava o condutor dentro de uma masmorra e que ficasse lá até ir desta para melhor...

Madam Pomfrey obrigou Harry a deitar-se na cama para ela o poder examinar, o que não durou mais de cinco minutos.

- Está tudo bem-disse ela, endireitando o chapéu.- Mas toma antes este Antidoto de Melhor Circulação de Vesálio.-dando-lhe uma colher.- Bebe tudo.-acrescentou.

Depois de ela arrumar o frasco, deixou Harry ir para o salão nobre, desde que não abusasse demais da comida.

Passando pelos corredores de Hogwarts, Harry sentiu-se subitamente em casa e o melhor de tudo é que parecia que estava sozinho dentro do castelo, pois todos os outros alunos estavam no Salão Nobre.
Claro que Harry não se tinha esquecido da sua varinha, e quando entrou no salão, pensou seriamente se não teria se enganado na porta.

As quatro mesas das equipas, perpendiculares à mesa do corpo docente mantinham-se lindíssimas, cheias de iguarias e de grandes travessas de carne e batatas, sem contar com os jarros de sumo de abóbora e cervejas de manteiga, todas já com os alunos devidamente instalados, que comiam com bons olhos. Na mesa dos professores, facilmente se veria Dumbledore, que conversava com a professora McGonagall, e muitos outros professores que comiam e conversavam muito satisfeitos. Só que a diferença... e que diferença... é que pareciam que tinham entrado numa praça árabe cheia de lojas muggles. Das janelas pendiam enormes tapeçarias amarelo-douradas, da mesma cor da toalha das mesas. Havia muitos tapetes coloridos ao longo do salão e mesmo por cima da mesa dos professores podia-se ver o brasão de Hogwarts com inscrições árabes numa longa tira de pano por baixo dele.

Caminhando até à mesa dos Gryffindors, tentou identificar Ron e Hermione. Acabou por os ver, sentados muito perto de uma lareira de pedra, onde Nick-Quase-Sem-Cabeça fazia companhia.

- Olá Harry!-saudou Hermione, desocupando o espaço que tinham guardado para ele.

- Obrigado por me guardarem o lugar!

- Não foi nada.-disse Ron

- Pois, para ti não!-notou Hermione.- Ficaste mais preocupado em comer...

- Comer, eu?-repetiu Ron.- Não é nada mais do que a alimentação do organismo humano, Hermione, já devias saber isso...

-Pronto, pronto!-interrompeu Harry, sentando-se, com medo que começassem a discutir.- Pensei que gostassem de saber como é que eu estou, mas parece que não...

- Conta!-pediu Hermione.

- Bom, estou bem.-respondeu Harry

- Tanto só para ouvir isso?!-disse Ron, bebendo um grande gole de sumo de abóbora.

Nick-Quase-Sem-Cabeça aproximou-se da mesa deles.

- Como estás, Harry?

- Estou óptimo. O Dumbledore foi-me buscar às masmorras e...- lembrou-se subitamente da Cho.- ... e salvou-me.

- Dizem que o Dumbledore está a ficar velho, mas cá para mim está cada vez mais novo! Foi muito simpático ter-te ido buscar.

-Realmente...

Tudo estava óptimo para ser comido. Harry conversou tanto, que decidiu espreitar de novo a mesa dos professores. Mesmo ao fundo da mesa encontrava-se Severus Snape, que tinha o seu ar maldisposto característico de sempre. Se Snape olha-se para ele, estaria de certeza a observa-lo com a mesma expressão que fazia Mrs. Figg quando os gatos lhe faziam as necessidades dentro de casa. Mesmo à sua direita encontrava-se Richard, com o seu ar alegre e bem-disposto. Depois estava o professor Flitwick, que era atarracado e muito pequeno, por isso estava encarrapitado num monte de almofadas, para ele conseguir comer. Depois erguia-se uma professora cujo nome Harry desconhecia. Era muito bonita, a professora mais bonita de toda a escola talvez, e usava um lindo vestido cor-de-rosa. Ao lado dela erguia-se outro professor, com um ar místico e com uma expressão muito sorridente.À sua direita estava Albus Dumbledore que conversava com a professora Mcgonagall, numa conversa bastante séria, pois ambos tinham olhares de caso. Ao lado dela, e o que dava uma certa comédia à situação estava o centauro que dava adivinhação, o Firenze, que comia muito delicadamente com as talheres. A professora Sprout, uma professora atarracada, que dava Herbologia estava ao lado dela. E mesmo ao lado da Porfessora de Herbologia estava um novo professor, que Harry nunca tinha visto em Hogwarts mas reconhecera vagamente como pertencente à Ordem. Tinha cara de ser exigente, o que Harry pensou ser, provavelmente verdade. O cabelo dele era negro bastante desajeitado e mal penteado, os olhos eram castanhos, uns dentes... uns dentes realmente assustadores, tinha um fato preto e vermelho e uma longa capa com as mesmas cores. O pior de tudo foi o que ele bebia. Mesmo dentro do seu compo, parecia estar uma coisa parecida horrivelmente a sangue. Harry desviou logo o olhar dele e voltou a pousar no Ron e Hermione.

-Quem é aquele?-perguntou, apontando para o professor que parecia deliciar-se com sangue.

- Só sei que é da Ordem.

- Deve ensinar Defesa Contra as Artes Negras. Felizmente a Umbridge já se meteu outra vez no ministério.

- Ouvi dizer que ela está quase louca.-disse Ron.

- Para dizer a verdade ela sempre foi...

- Tens toda a razão.-concordou Hermione.- era a pessoa mais idiota que havia em Hogwarts...-dizendo isso abertamente.

- Tinha muitas ideias...

- Com o podes dizer uma barbaridade dessas, Ron?-indignou-se ela.

- Foste mesmo tu que disseste. Ela é uma idiota. Tem muitas...

- Muito engraçado...

- Harry! Harry!-exclamou uma voz já muito conhecida de Harry.

- Sim Colin?-perguntou Harry, olhando para ele, que tinha o peito inchado para poder mostar a todos o seu distintivo de prefeito.

- Estás melhor?-perguntou Colin, muito contente.

-Sim...

- Então está bem. Adeus.- disse ele rapidamente e Harry teve a certeza que ele só aparecera para poder mostrar que era prefeito.

Passado algum tempo, as portas do Salão Nobre abriram-se e Filch entrou muito mal disposto, como já era habitual, transportando nas mãos uma espécie de caixa com desenhos magníficos e lindos símbolos escritos à mão. Filch poisou a caixa mesmo à frente da mesa dos professores e regressou de cabeça baixa, acariciando Mrs. Norris.

Dumbledore, que certamente estava à espera desse procedimento de Filch, acenou e toda a comida se converteu em sobremesa. Grandes quantidades de tarte, bolo de abóbora, bolachas de sorrisos, e muito, muito mais. Se o Dudley visse aquilo, saltava de imediato para cima da mesa e ficava a noite toda a comer. Isso claro, se se esquecesse de fazer dieta.

-O que será aquilo?-perguntou Harry.

-Uma balança Egípcia.-disse Hermione- Já vi aquilo no segundo ano.

-No segundo ano? Eu não vi nada...

-Pois não, chegaram a Hogwarts naquele Ford Anglia e não jantaram no salão nobre.-lembrou Hermione.

-Ah, pois foi!-disse Ron, normalmente.

Ia Ron começar a mordiscar o Gelado Ardente, quando um fantasma aproximou-se da mesa deles. Era diferente, e Harry nunca o tinha visto em Hogwarts.

- Boas noites, caros jovens.

- Boa noite.- respondeu Harry.

- Sabem me dizer onde ficará a Sala dos Fantasmas?

- Nas masmorras, ao lado das cozinhas.-disse Hermione.

- Obrigado.-e saiu a voar.

- Quem é ele?-perguntou Ron.

- O Conde Leo Ayckbourn.-respondeu Nick Quase Sem Cabeça, aproximando-se da mesa deles.

- É novo neste palácio, então...

- Sim. Até foi ele que ajudou a acabar a confusão de à bocado.

-Confusão?-repetiu Hermione.

-Oh! Que confusão que reina neste castelo-resmungou Nick-Quase-Sem-Cabeça.-Acabaram de mandar aquela balança do Egipto e como não podia deichar de ser, Peeves agarrou na caixa, abriu-a, sacou de lá de dentro a balança e atirou tudo contra Filch. Ele ficou tão furioso que prometeu enfiar Peeves pelo esgoto a baixo... claro que ele não fez nada disso...-acrescentou.

- Ele também não conseguiria...-fez notar Ron.- Peeves ainda o agarrava e atirava da torre de Adivinhação a baixo...

-Pois...

Quando, por fim, as grandes terrinas de doces e bolos desapareceram, Dumbledore levantou-se, fazendo com que o volume da conversa dos alunos diminuiu rapidamente. Dumbledore estava com um ar satisfeito, tentando de certo esquecer o Verão complicado que tivera.

- Bem vindos! Bem vindos mais uma vez a um novo ano em Hogwarts. Claro que agora não se podem queixar de terem fome, nem nada que se lhes diga. Depois do dia agitado que hoje tivemos, não posso começar este longo discurso sem falar sobre ele.-Dumbledore olhou para Mcgonagall, que lhe fez um sinal, e continuou.- Bom, hoje houve um grande acidente no Hogwarts Express, devido ao desabamento de algumas rochas na linha férrea, provocando uma colisão entre o comboio e as pedras. Foi por isso que demoraram a chegar e só vieram para Hogwarts às onze da noite. Também é por isso que já são meia-noite e meia e já deviamos estar todos a dormir...-disse sorrindo.- Se amanhã chegarem atrasados às aulas não há mal...- o professor Snape olhou para Dumbledore com um ar sério.

- Fixe.-disse Harry.

- Só espero que a primeira aula seja Poções.- comentou Neville.

- Tu vais ter Poções na mesma?-perguntou Harry.- Que carreira escolheste?

- Er... eu... quero ser... auror...

- Auror? Porquê?-perguntou Harry, mas viu segundos depois que a pergunta não tinha fundamento nenhum. Também Harry queria ser Auror e não sabia porquê...

- Bom, é porque...-começou Neville, mas calou-se para continuar a ouvir o discurso de Dumbledore.

- Tenho igualmente o prazer de informar que o corpo docente foi de novo alterado. O Ministério da Magia introduziu no sitema escolar duas novas disciplinas para o sexto e sétimo ano. Deste modo informo que a professora de manuseação será Helena Edison e o professor de Meditação será o Doutor L. Finney.

Dois novos professores levantaram-se, enquanto ouvia-se uma maré de aplausos a percorrer todo o salão.

- Muito bem, muito bem, informo também que, como todos já devem saber, a professora Umbridge está incapacitada para continuar a dar aulas. Apresento-vos o nosso novo professor de Defesa Contra As Artes Negras: Mr. William Cound, que aceitou amavelmente este cargo.

O professor vestido de preto e que bebia algo parecido horrivelmente a sangue levantou-se enquanto todo o salão bateu palmas, embora ninguém estivesse satisfeito por ter aquele professor. O Snape, que nunca timnha conseguido ficar com o cargo, batia palmas como se tivesse algo colado entre as palmas das mãos.

-A seguir, digo com muita pena que o nosso querido Rubeus Hagrid está incapacitado para dar aulas, dando lugar a Grublin-Plank que irá dar Cuidados Com as Criaturas Mágicas. O cargo de guarda das chaves e Campos de Hogwarts ficará então entregue a Mr. Richard Stupidus.

Se Filch resolvesse entrar no salão, dava um pulo até ao tecto.. Todo o salão se desmanchou a rir, com a possibilidade do homem chamar-se Stupidus.

-... bom, o Stu... o Richard dará também aulas com Mrs. Grubbly-Plank, pois o nosso antigo Hagrid teve um pequeno problema.

O coração de Harry deu um pulo. O Hagrid tinha, concerteza, ido embora.

-O Argus Filch, o encarregado, mandou também avisar que à mais alguns objectos proibidos em Hogwarts. Quem estiver interessado pode contactá-lo.-Dumbledore sorriu mais abertamente, como se agora é que era a parte que mais lhe interessava falar.- E por fim, neste ano, irá realizar-se a famosa visita de estudo ao Egipto, onde o quinto, sexto e sétimo ano passarão um mês a aprender. Espero sinceramente, que muitos alunos tenham querido ir, pois é uma oportunidade única. Aproveito também para me desculpar ao sétimo ano do ano passado que, por ordem do ministério da Magia não puderam ir...

A forma de selecção de Al-Sorceria não é um Chapéu mas sim uma Balança. Ela tem dois pratos. Um com uma pena e outro vazio. Quando a Professora McGonagall vos chamar coloquem a vossa varinha no prato vazio, e assim, a balança dirá em que equipa ficarão. Existem três equipas: Tots, Hórus e Seths. Os que quiserem depois de serem selecionados podem ir-se embora.-disse o Dumbledore, mas ninguém se moveu.

A professora Mcgonagall aproximou-se da caixa e abriu-a. Lá de dentro saiu uma linda balança dourada, onde, tal como tinha explicado Dumbledore, tinha sido posto uma pena de fénix num dos pratos. A seguir a subdirectora de Hogwarts desenrolou a lista que tinha enfeitiçado e exclamou:

-Como o Albus vos disse, prestem agora muita atenção. Quinto ano!

A cerimónia de selecção do quinto ano foi relativamente curta pois, mal acabava de comunicar uma equipa, o aluno seguinte experimentava a balança e assim sucessivamente. Quando chegou a vez McGonagall deu duas tossidelas e chamou:

-Hannah Abbout!

Uma rapariga de longos caracoís e de pele morena levantou-se e com a varinha na mão dirigiu-se nervosamente até à balança. Colocou a varinha no prato que restava e esperou até o que ia-se passar. A escola toda estava cheia de atenção para ver o que ia acontecer. Rapidamente a balança ficou equilibrada e tanto a varinha como a pena ficaram à mesma altura.

-TOT!-berrou a balança.

A rapariga dirigiu-se ao lugar, sem se perceber muito o que tinha acontecido.

-Susan Bones-chamou a professora Mcgonagall

-TOT-e a Susan foi para a sua mesa.

-Terry Boot!

-TOT!

Aquilo já começava a chatear um bocado, pois as pessoas cançam-se de ouvir sempre o mesmo mas quando Lavender Brown foi chamada, a balança entortou-se para um lado: o que pesava mais era a pena.

-HÓRUS!

A mesa dos Gryffindor foi a primeira a aplaudir. Era como se fossem outra vez seleccionados para entrarem numa nova escola...

A selecção prosseguiu. Millicent Bulstrode foi para os Seth ( a varinha era mais pesada que a pena), Crabbe foi igualmente para os Seth, Justin Finch-Fletchley foi para os Tot, Seamus Finnigan foi para os Hórus e quando Hermione colocou a varinha na balança a pena pesou mais.

-HÓRUS!

Depois a selecção prosseguiu. Goyle foi para os Seth mas Neville entrou para o Tot, Morag Macdougal foi para os Seth, como o Malfoy que sorriu, como Polifemus Moon, Noot e Pansy Parkinson, as gémeas Patil foram para os Hórus como Sally-Anne Perks e a seguir...

-Harry Potter!

Harry pulou da cadeira, mais nervoso do que achava que ia estar. Viu as cabeças todas a olhar para ele e quando por fim chegou perto da balança colocou suavemente a varinha no prato. Mas a balança, diferentemente do habitual demorou muito para decidir-se.

Ora virava para a direita, ora virava para a esquerda mas sempre sem grande decisão. Por fim, quando Harry começou a ficar cada vez mais nervoso de estar ali, o prato que tinha a pena foi para baixo e gritou:

-HÓRUS!

Toda a gente bateu palmas, e, sem saber se estava contente com a decisão, Harry sorriu. Voltou para o lugar com a varinha na mão e esperou pelo resto. Hermione contou que também tinha estado nos Hórus o que o fez mais satisfeito.

Faltavam apenas três pessoa a serem selecionadas. Lisa Turpin ficou nos Tots e a seguir chamaram o Ron. Ron estava mesmo nervoso. Colocou a varinha no prato e imeditamente a balança gritou: HÓRUS!

Harry aplaudiu contentíssimo, pois o Ron tinha ficado na sua equipa, enquanto Blaise Zabini era seleccionada para os Seth.

-Parabéns Ron!-felicitou-o Harry.

-Quando estamos lá a frente-disse o Ron- parece que estamos a fazer figura de parvos. Foi uma sorta a balança ter-se decidido rápido. Estranha forma de seleccionarar as equipas...

-Também digo...

A professora Mcgonagall desnrolou outro pedaço de pergaminho mas Harry não tinha vontade para continuar a assistir a selecção do sétimo ano.

-Vamos embora?-perguntou ao Ron e à Hermione.

- Eu não posso-disse Hermione.-Tenho que levar os primeiros anos à sala comum e só posso fazer isso quando a selecção tiver terminado...
-Então adeus!-disse o Ron levantando-se.

Harry passou pelas mesas das equipas e, ao ouvir um relampago do tecto encantado, saiu pela porta, juntamente com o Ron.

Subiram os degraus de mármore e passaram pelos belíssimo quadros pendurados a toda a volta das paredes de pedra. Era óptimo estar outra vez em Hogwarts. Era como voltar a casa.

Passados pelo menos quinze minutos pararam junto da Dama Gorda que lhes perguntou a senha, muito satisfeita.

-Óh, não!-resmungou Harry- Esqueci-me de perguntar a senha à Hermione...

-Não me apetece ir de novo ao salão...

Como se alguém tivesse adivinhado o que eles estavam a pensar, ouviram alguém a arrastar-se, com uma voz infeliz:

- Odeio aquele parvo do Malfoy

-Neville!-Harry foi a correr para a direita e junto a uma armadura estava Neville ensopado de água.-O que aconteceu?

- Cruzei-me com o Malfoy e... ele molhou-me com o feitiço de encharcar.

- O Malfoy??? O que é que ele queria?

- Perguntou-me se sabia onde estava a mala da Hermione e eu respondi-lhe que não. Ele zangou-se e encharcou-me de água.

- Vai já dizer isso à Mcgonagall!

- Eu não quero arranjar mais sarilhos do que já estão.- murmurou Neville.

- Oh! Se o Malfoy continuar assim, daqui a pouco atira-te para dentro do lago.

- Pois... Amanhã eu digo-lhe.-e vendo as caras deles, acrescentou.- Prometo.

- Ainda bem.

- A senha é Cavaleiro Feroz

- Correcto.- e num impulso, a Dama Gorda atirou-se para a frente e põs a descoberto a sala comum dos Gryffindor.

Entraram dentro da sala que era uma grande divisão, com uma lareira circundada por sofás à sua volta e cheia de mesas para fazerem os trabalhos de casa. A sala comum tinha uma forte cor avermelhada nas paredes. Havia já muitas pessoas lá dentro.

- Bom, vamos?-perguntou Ron.

- Sim.

Subiram a escadaria da sala comum em direcção ao dormitório dos rapazes e entraram pela porta que dizia: Sextos Anos. Lá de dentro ouvia-se algumas vozes conhecidas:

- Não te preocupes que eles vão acabar-se por entender.
- Não sei, eles estavam sempre zangados um com o outro.

Era Dean Thomas e Seamus Finnigan que conversavam e quando viram Harry, Ron e Neville, apressaram-se a vestir os pijamas e a despedir-se.

- O que será que lhes deu?-sussurrou Harry, enquanto abria o seu malão.

- Não olhes para mim.-respondeu Ron.- Estou como um boi a olhar para um palácio.

- Dizes bem.-notou Harry.- Só que acho que não é estou como, mas sim eu sou- disse Harry a rir-se.

- Daqui a pouco quem fica ensopado és tu!

- Antes de eu te atirar para dentro do meu caldeirão!

- Só que está vazio...-disse Ron.

- Enche-se num instante. Eu sei bons feitiços com a varinha.

-Então usa um para acabar com as Aulas de Poções!

- Boa ideia! É pena é eu não saber.- disse Harry rindo-se.

- Nós inventamos. Algo do tipo Finite Poções! Ah!Ah!

- VOCÊS PODEM-SE CALAR? É QUE HÁ GENTE QUE QUER DORMIR!- ouviu-se do andar de cima.

- Ops...-murmurou Ron.- Ás vezes penso como é bom estar calado...

Bom, a minha fic já vai no 8º Capítulo! Espero que tenham gostado até aqui, pois o ano escolar de Harry só começou agora. Continuem a ler e deixem o vosso comentário!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.