A Carta de Brutus



Naquela quente manhã de Verão, arrastado pela pouca brisa que ondulava pelo ar, uma onda de silêncio e calma era a primeira coisa que se sentia em Little Winghing, no Surrey. Era extremamente agradável visitar aquele lugar: era calmo, sem qualquer distúrbio, sem muito movimento e pessoas a falar, razão também provocada pela nova seca que se avizinhava e que obrigava os habitantes a não usarem muita água. Porém, este primeiro pensamento só chegava à mente das pessoas que era comum serem chamadas normais. Ninguém em Little Whinghing suspeitava que alguma coisa misteriosa vivia naquelas paragens tão vulgares e normais.

A verdade é que não há regra sem excepção: mesmo aquele lugar habitado por pessoas que tinham por hábito lavar os carros, o jardim e trabalhar nas grande empresas, uma família com membros dos mesmos princípios possuia uma história de vida muito, mas muito diferente das histórias que se costumavam contar nos bares, enquanto se joga cartas e se bebe umas cervejas.

Verdade seja dita, que nem os próprios vizinhos conheciam essa misteriosa vida da família que morava na casa ao lado. Pensavam certamente, que era uma família como a sua , exceptuando no facto de terem adoptado um rapaz que supostamente frequentava a escola de St. Brutus, Um Centro Para Rapazes Marginais Impossíveis de Serem Reabilitados. Era provável que naquelas redondezas, as crianças temessem cruzar-se com ele, no meio da rua, enquanto passeavam. Mas o que ninguém sabia é que aquele rapaz era muito mais estranho que se podia imaginar.

Harry Potter era um adolescente com quase dezasseis anos de vida. Era moreno e bastante magro, o que fazia que as suas roupas larguíssimas se notassem incrívelmente. Usava óculos por cima dos seus olhos verdes, extremamente parecidos com os da sua mãe. Mas o que ninguém sabia, é que Harry Potter era na realidade um feiticeiro.

Tudo isto se comprovava pela sua cicatriz em forma de raio de trovoada causada por um dos encantamentos lançado por Lord Voldemort,o pior feiticeiro do mundo mágico. Fora este mago que matara os pais de Harry Potter. E foi quando tinha um ano que Harry teve de ir morar com os tios.

Porém eles não o aceitaram de total espontaniedade. Por isso Harry via-se obrigado a usar roupas larguíssimas, os sapatos rotos, era o alvo de pancada do seu primo e das palavras ameaçadoras dos tios. Mas Harry já não era uma criança que fugia do Dudley sempre que ele aparecia pela frente, mas sim um adolescente com quase dezasseis anos de idade. E era pelos desasseis anos que Harry já tinha feito os Exames da Feitiçaria e era também por isso que uma enorme coruja das torres, sobrevoou o céu enublado e poisou em cima do parapeito da janela. A coruja foi logo recebida por um rapaz que abriu a janela convidando-a para entrar.

Harry Potter acabava de se sentar na cama e abria o envelope. A carta tinha uma letra familiar:


Ex.º Mr. Potter,

Temos o enorme prazer de lhe informar que todos os exames realizados no passado mês de Junho, foram actualmente corrigidos.

A fim disso, recebe as notas relativas a todos os exames e da sua carreira profissional.

Por um inquérito oral feito pela sua directora de equipa, pretende levar a cabo a profissão de Auror. Como já lhe foi comunicado, era necessário obter nos NPFs, Excede as Expectativas ou mais em Transfiguração, Defesa contra as Artes Negras e Encantamentos e Brilhante a Poções. Logo de seguida aos EFBEs, conseguir a pontuação acima de Excede as expectativas aos cinco EFBEs.

Depois de se retirar de Hogwarts irá realizar exames de carácter e aptidão no Gabinete dos Aurors.

Ao fim disto irá saber se conseguirá tornar-se auror. Veja por favor, a folha seguinte.

Atenciosamente

Minerva McGonagall

Subdirectora



Harry terminou a leitura. Esperava há muito tempo receber a carta e a sua ansiedade de saber se tinha passado ou não de ano aumentou. Retirou então a outra folha e leu:



Como já tem conhecimento, os NPFs já foram classificados e esperamos que tenha conseguido obter boas classificações.



Brilhante: Poções; D.C.A.T

Excede as Expectativas: Transfiguração; Encantamentos; C.C.C.M.

Aceitável: Herbologia; Astronomia; História da Magia

Fraco: Artes Divinatórias

Horrível: ---



Senhor Potter, informamos-lhe que conseguiu passar para o sexto ano.



Com um grande suspiro, Harry poisou a carta e olhou para o tecto. Era quase inacreditável que conseguisse ter Brilhante a Poções! Não teve nenhum Horrível a nada e mesmo Fraco só a Artes Divinatórias. A sua alegria melhorou tanto que levantou-se e ofereceu um biscoito à coruja da escola que descansava no poleiro da Hedwig.

Passados alguns momentos, encontrava-se a família na cozinha , a tomar o pequeno-almoço. A tia Petúnia punha em prática o seu passatempo preferido: a espreita aos vizinhos. Era uma mulher bastante magra e com uns dentes de cavalo, bem diferente do seu marido gordo e com um bigode farfalhudo ostentando as bochechas arroxeadas e uns pequenos olhos fixos no jornal, o Daily Mail, e, quando as notícias da televisão novinha em folha, lhe interessavam, ouvia o jornalista relatando as últimas histórias. Dudley, por sua vez, era um rapaz que se tornara mais magro e mais forte e que costuma andar com os amigos a vandalizar as ruas, partindo vidros das casas, saindo sorrateiramente para as discotecas ou andando atrás das raparigas que conhecia. Os tios de Harry acreditavam mesmo nas histórias de Dudley, como ir comer a casa de um amigo, ou ir ajudar alguém em coisas da escola, agora que saira de Smeltings.

Harry acabava de passar compota de pêssego numa torrada, enquanto o apresentador dizia as notícias. O tio Vernon olhou para Harry e depois olhou rapidamente para a televisão como se não tivesse visto. Depois da ameaça dos membros da Ordem de Fénix, uma ordem secreta, com o fim de destruir Voldemort e as suas intenções, os seus tios agiam de modo estranho.

-Incêndio em campos de agricultura, numa aldeia perto de Inglaterra, destroi completamente as colheitas e uma casa de um camponês . Vamos estar em directo na aldeia a entrevistar um camponês. Mary Dorkins, o incêndio causou muitos estragos?

-Bom, Apolo, gostariamos de lhe perguntar...

-Como se as colheitas me servissem para alguma coisa.-interrompeu o tio Vernon, enquanto o homem Apolo, de barbas grisalhas e olhos azuis continuava a falar. O tio Vernon abriu de novo o jornal enquanto a tia Petúnia dizia:

-Parece que a vizinha perdeu um dente.-comentou a tia Petúnia, ligeiramente divertida.- Anda para trás e para a frente à procura de um algodão.

-Ainda ontem vi-a a sair do mercado, conversando com um homem, que segundo me consta, não era seu marido.- disse o tio vernon sem tirar os olhos do jornal.

-A sério?!-exclamou a tia Petúnia interessadíssima.- Será que tem um amante? Ou será que anda a enganar o marido. Se calhar já pensa em divorciar-se.

A tia Petúnia falava sem parar, sobre quais seriam os motivos para sair do supermercado com outro homem e só parou quando o tio Vernon bufou, poisando a caneca do café com tanta força que até fez saltar o pacote de batatas fritas, refastelando-se no meio do chão, tão imaculadamente limpo.

-Ginástica para idosos estreia amanhã, no Parque central de Londres. A Terceira Idade passa algum tempo fora do lar, saiba porquê, logo a seguir.- dizia o jornalista, sorrindo.

Dudley acabava de comer a sua quarta fatia de torta de maça, apressou-se a pedir mais.

-Oh Dudleyzinho lindo, vai já!- bradou a tia petúnia, tirando a cara do vidro da janela e apressando-se a tirar mais um pouco de torta do frigorífico. - Toma, Dudley querido, se quiseres mais, pede.-continuou a tia Petúnia, tratando o Dudley como se tivesse quatro anos.

O tio Vernon fechou o jornal e poisou-o em cima da mesa, sujando uma das pontas com doce de pêssego. Olhou para a televisão e acabou de comer a torrada.

-E agora as informações sobre o desporto. Charlie Thompson, fale-nos sobre o fantástico jogo de ontem.

-Extraordinário, Ted. No jogo de ontem, uma das equipas da última divisão, venceu o Surrey por vinte e nove a zero. A extraordinária maneira de jogar, dava a ilusão que os jogadores nem rematavam. Aqui está o treinador da equipe vencedora, er... o que achou do jogo?

O tio Vernon, profundamente aborrecido desligou a televisão.

-Petúnia querida, o que nos falta para levarmos ao passeio?

-Ora bem... Bacons, ovos, er...-afirmava a tia Petúnia, investigando as gavetas. -Ah. Sem esquecer dos Donuts que comprei ontem... não sei o que lhes aconteceu.

Dudley fingia que não ouvia, enquanto comia o resto.

-Bem, a tua amiga, a tal Ivonne, é hoje que ela vem?-perguntou o Tio Vernon, coçando o seu bigode farfalhudo.

-Sim Vernon. Voltou finalmente de Maiorca. E ela contou que traria a filha, a Sarah.

-Sarah? Aquela rapariga que tem areia em vez de miolos?-retorquiu o tio Vernon entre sorrisos.- vai entrar para o quinto ano segundo me consta.

-E, Vernon... onde vamos...deixa-lo?-perguntou a tia. Referia-se claro, a Harry.

-Bom, meu rapaz. -disse o tio Vernon, olhando para Harry.- Vais ter de passar os dias em casa da Mrs. Figg. Vamos passar uns dias de férias com a Ivonne e não temos intenção de levar-te. Vai para o teu quarto arrumar as tuas coisas. E vê se te despachas!

Então os Dursleys iam de férias. Bom, pelo menos era preferível ir morar com Mrs. Figg, do que ter de suportar os tios. Harry acabo ude comer e levantou-se para se dirigir para o quarto. Já que se ía embora, o melhor era despachar-se a arrumar as suas coisas. Por outro lado era a única coisa que o impedia de se lembrar de coisas tristes.

Fora há um mês, exactamente um mês que Harry perdeu aquilo que mais gostava, tinha partido e nunca mais voltara. Sirius Black, o seu padrinho, há dezasseis anos acusado de ter morto treze pessoas com uma única maldição, não passava de um inocente, facto comprovado pela sua amizade com Albus Dumbledore, director da escola de Hogwarts de Magia e Feitiçaria, o maior feiticeiro que se conhece e o único que Lord Voldemort receia. Porém ,tinha morrido, ao passar pelo arco da morte, enquanto tentava salvar Harry no Departamento dos Mistérios.

Desde então sentia-se profundamente triste ,todas as noites tinha pesadelos e mesmo essa noite sonhara que perseguia um homem e sem pensar caiu de um precipicio. Sirius Black, o grande amigo dos seus pais, padrinho do seu casamento e do seu filho Harry Potter, tinha-se ido... para sempre.

Ao subir as escadas, lembrava-se da primeira vez que o conhecera ,que até o salvara. Nem ouvia Dudley aos gritos com a mãe e esta muito nervosa. E só esse pensamento foi esquecido, quando passou pela porta do seu quarto. A muito custo, não recuou.

Mesmo em cima do parapeito da sua janela, uma ave magra e lúgubre, semelhante a um abute preto-esverdeado, emitia um som horripilante. Nas suas patas estava uma carta. Era um sorte a coruja de Harry não estar ali, pois aquele pássaro bebia água da sua gaiola. Harry deu um passo em frente, mas o pássaro não fez nada.

Lentamente, Harry chegou perto da ave e tentou desamarrar-lhe a carta. “Era realmente a forma mais estranha de mandar cartas”-pensou Harry, sentando-se na cama tirou o subscrito disforme e deitando um olhar à ave tão estranha, começou a ler. A carta era tão estranha como o pássaro:



1940

IAL para TMR

As Quatro Armas

Harry Potter ou

Senhor das Trevas



Talvez será verdade, mas ninguém te irá dizer, Potter. O Senhor das Trevas vencerá o final e tudo ficará encerrado.

Porque não segues aqueles que te educam? Era bom que assim fosse...

R.Lestrange


Embasbacado, Harry ficou a olhar para a folha de pergaminho. O que seria aquilo? Alguma brincadeira de mau gosto? Colocou a carta de novo no envelope e mesmo antes de colocar no bolso, deparou-se com a marca negra em vez do selo.Não ,uma brincadeira não seria.O estranho animal que Harry só vira no seu Livro Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los não era perigoso, mas certamente não era comum para entregar cartas.

Sempre mergulhado em pensamentos, começou a arrumar as suas coisas. Porém, algum tempo depois, sentiu um pensamento a por-se à frente dos outros todos: era inevitável falar com algum feiticeiro. Com quem, é que não sabia...

O estranho pássaro já se tinha ido embora, mas o conteúdo da carta continuava na sua mente. Passado algum tempo fechou as malas, pegou a varinha e a gaiola da Hedwig. Desceu as escadas que rangeram ao peso das duas malas e quando começou a andar na sala debaixo, ouviu o tio Vernon dizer: “Boa, almoças lá!” e logo de seguida: “ Despacha-te, eles estão quase a chegar.” Harry encaminhou-se para a porta e abriu-a. Foi então que viu um carro estacionado, e uma rapariga junto à sua mãe que aproximavam-se da porta.

-Boa tarde, sou a Ivonne.- disse a mulher.- E tu deves ser... o sobrinho da minha amiga, não é verdade?!

Surpreendido pela amiga da tia Petúnia conhece-lo, fitou a Ivonne com ligeiro interesse. Ivonne era uma mulher magra, com uns olhos verdes, juntamente com o cabelo apanhado num rabo de cavalo, que condiziam na perfeição com os óculos que ela tinha. A sua filha, porém era uma rapariga com um ar pasmado que fez Harry lembrar outra pessoa, embora não soubesse quem.

- Bom, podes chamar a Pet...-começou a Ivonne, mas o tio Vernon tinha surgido na soleira da porta, ostentando um olhar horrorizado.

- Boa tarde, Ivonne, entre.

Ivonne entrou juntamente com a sua filha e Harry saiu para o jardim de Privet Drive. Os seus vizinhos estavam todos em casa e estava muito pouco movimento na rua. Muito pensativo Harry passou para Mongnolia Crescent e sentou-se num banco de madeira que o Dudley e os amigos ainda não tinham destruido. Com quem poderia Harry falar? Enterrou a cabeça nas mãos. Mandar uma carta seria muito arriscado... e também o que poderia falar? Como iria mandar uma carta a Mr. Weasley com alguma coisa que ele entendesse mas mais ninguém não... era muito difícil explicar tudo numa carta. Mas então...

Como poderia informar Dumbledore do que acontecera? Um estranho pássaro entrara n oseu quarto ,entregando-lhe uma carta muito fora do vulgar ,ainda por cima de um Devorador da Morte... Mas se calhar Dumbledore nem se importasse e pensasse que era tudo uma brincadeira de mau gosto.

Dumbledore sempre fora para Harry uma pessoa em quem Harry podia confiar, que sempre fora uma fonte de inspiração e alegria. Mas agora Harry sentia um sentimento variável com o director, depois da conversa que tivera com ele no final do ano.

Olhou distraido para um gato que corria apressadamente em direcção à casa de Mrs. Figg... Só então Harry se lembrou! A Mrs. Figg! Como não se lembrara logo dela? Afinal era para a casa dela que ele ia! Certamente esqueceu-se disso por causa de só se recordar dos dias em que ia a casa dela, antes de tomar conhecimento que ela tinha contacto com o Dumbledore. Levantou-se e espreguiçou-se. Ia agora em direcção à casa da sua vizinha meio tonta e amante de gatos.

Ao bater na porta de madeira, Mrs. Figg largou logo os tachos com uma barulheira. Ouviu-se dois ou três gatos a miar e Mrs. Figg abriu a porta. Com um grande sorriso passou pelas fita, que impediam o avanç o de insectos e disse-lhe para entrar. A casa da sua vizinha era muito antiga. Logo ao entrar passou por um corredor cheio de bordados dentro de quadros e por tapetes enfeitados com rendas. Entrou por uma porta e deu-se consigo dentro da cozinha que cheirava intensamente a couve. Com uma mesa ao centro, rodeado de cadeiras com toalhinhas enfeitadas com bordados em forma de gatos, havia uma lareira enorme e um fogão antiquado.

-Então Harry, já chegaste?!-exclamou Mrs. Figg com um ar maternal.- Senta-te, o pão de ló já deve estar frio.

Harry sentou-se numa cadeira onde havia uma almofada amarrada, enquanto Mrs. Figg cortava uma fatia de pão de ló, retirava um copo da mobília e enchia-o com água. Depois poisou na mesa e sentou-se.

-Sai daqui Mr. Paws - enxotou Mrs. Figg, enquanto o seu gato saltava da cadeira.- Está tudo bem, Harry?

- Mrs. Figg ,tenho de lhe contar uma coisa.-começou Harry rapidamente, enquanto tirava uma fatia de pão de ló e comia.-Recebi hoje uma carta muito estranha.

-Como?-perguntou ela, esquecendo a fatia que ainda pairava na mão.

-Era uma espécie de mistura de profecia com ameaça.-começou Harry - Tenho-a aqui, num dos bolsos...

Procurou nos seus bolsos a carta e retirou o envelope:

-Está aqui. Guardei-a à bocado.

-Mostra! - pediu a vizinha, estendendo a mão e pegou no envelope. Olhou momentaneamente para a Marca Negra , do tamanho de um selo e logo de seguida retirou o sobrescrito. Tirou os óculos do avental e começou a ler. Leu demaisado rápido para uma mulher daquela idade, mas poisou em cima da mesa, com um ar simultaneamente preocupado e pensativo.- Não há duvida que... bom Harry, foi uma coruja que te trouxe a carta?

- Não. O pássaro que me trouxe foi um augurey.

-Augurey?-interrompeu ela bruscamente. - Foi um augurey?

-Sim, mas ele não me fez nada. Entregou a carta e foi-se embora.

- Uma fénix da Irlanda. Interessante.- Espera só um pouco, Harry.-Mrs. Figg levantou-se e abriu a gaveta de debaixo de uma mobília. Procurou qualquer coisa e triunfante trouxe-a para a mesa. Era um livro bastante gasto, mas grosso.-Muito bem. A...-disse agitando as páginas.- Acromântula... Ashwinder... Augurey! Cá está.- endireitou-se e leu as frases que lhe chamavam mais atenção.- Natural da Grã-Bretanha e Irlanda... come insectos grandes e fadas... cantam quando uma chuvada se aproxima... Pois bem Harry. Quem te mandou esta carta deve estar algures por aqui, na Grã-Bretanha.

-Sim. Foi R.Lestrange que a mandou. Mas..- Harry pensou muito bem a forma como iria expor a sua pergunta.- O que anda a acontecer? O que anda Voldemort- a vizinha deixou cair o que lhe restava do pão de ló em cima do livro.- a planear?

-A Ordem anda com muitas reuneões. O meu objectivo é perseguir-te e evitar que aconteça o mesmo que o outro Verão.

-Mas... será possível que ainda andam a perseguir-me? O que acham que eu sou? Algum maluco que vai à procura dos problemas para ser expulso?- perguntou Harry furioso.

- Não. Temos receio é que os problemas venham até a ti.

-O que quer dizer com isso?-retorquiu Harry, bruscamente.

- Não posso falar. Assuntos da Ordem. Dumbledore impede que te fale tudo... por enquanto. Além disso, Dumbledore se ausentou. Teve de ir à Roménia.

-A Roménia? Fazer o quê?

-Palavra de honra que és a pessoa mais curiosa que já conheci.

- Mas... Dumbledore não foi passar férias?-perguntou Harry, tentando obter a resposta à primeira pergunta de outra maneira.

-Não, claro que não. Dumbledore tem coisas mais importantes para fazer no estrangeiro.

Harry acabou de comer o pão de ló. Ainda tinha a pergunta mais importante a fazer.

-Quando é que vou sair de Privet Drive?

- É algo que ainda se está para ver.

- E...

Mas interrompeu rapidamente. Uma explosão de fogo surgiu no meio deles e um segundo depois Fawkes, a fénix do professor Dumbledore, empoleirava-se em cima do jarro de sumo. Atirou uma pequena carta para a Mrs. Figg., que a abriu rapidamente.

- Clabberts me mordam! Os Dursleys foram atacados

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