Capítulo XVII



— Hermione, você não quer nem falar co­migo? Eu já lhe disse mais de mil vezes o quanto estou arrependido por ter lhe batido. Eu estava fora de mim, agi sem pensar, guiado pela fúria que me consu­mia. Você sabe que eu jamais teria agido assim se estivesse em meu estado normal. Nunca levantei a mão para você antes, nem quando éramos crianças. Por favor, apenas olhe para mim.

Hermione manteve os olhos fixos no fogo que aquecia o principal quarto da casa de Berte. Ela despertara deitada na cama, e Daman estava a seu lado, desculpando-se sem parar pelo ocor­rido. Harry e Ron haviam sido levados para um vagão, e todos foram obrigados a sair, apesar de todos os protestos, deixando os dois irmãos sozinhos.

— Você permitirá que eu veja Harry?

Daman segurou no encosto da cadeira, atrás da qual ficara parado durante a última hora, implorando-lhe para que o per­doasse.

— Não! De jeito nenhum. Ele a envergonhou e…

— Você me envergonhou — interrompeu ela, falando em gaulês com o irmão. — Diante de todos os seus homens e da metade das mulheres desta casa. Diante do povo de Aberteifi. Você me acusou de algo que eu não fiz, e saiba que não foi por falta de vontade minha, mas sim por Harry ter se recusado a me su­jeitar a tamanha exposição. Eu continuo sendo uma mulher pura, Daman. Você insiste em me acusar de prostituta e men­tirosa, mas está muito enganado a meu respeito.

— Conheço muito bem Harry Potter para acreditar que as coisas sejam assim, minha irmã — disse Daman, tentando ser gentil. — Ele é famoso por suas conquistas, e com você não seria diferente. Eu não a culpo, Hermione. Sei que agi sem pensar, mas agora percebo que você é muito inocente para ter enxer­gado o verdadeiro Harry Potter. E também muito… inexpe­riente com os homens.

— Daman, eu lhe juro pela minha alma que não estou men­tindo! Ainda sou virgem. Chame um médico para me examinar e ele lhe dirá que estou dizendo a verdade.

— Eu jamais deveria ter permitido que você passasse por tudo isso — disse Daman, afrontado. — Ouça, minha querida. Eu a compreendo perfeitamente. Ele lhe contou doces mentiras, claro, deve até ter dito que a amava, e você nem sonhava que pudesse ser mentira. Suponho que você tenha se encantado com a declaração, ainda mais por nunca ter escutado algo parecido. Mesmo achando que você nunca se casaria, não permitirei que o nome da nossa família caia na boca do povo. E se por algum triste infortúnio você estiver grávida, não haverá nada a fazer a não ser escondê-la até criança nascer, depois encontrar algum lugar onde possa ser criada.

Hermione nunca ficara tão furiosa em toda sua vida. Nunca fora tão insultada por alguém, muito menos por um irmão. Ela o amava, mas no momento o renegaria por estar agindo com tamanha ignorância.

— Saia daqui — disse ela, entre dentes cerrados. — Deixe-me em paz!

— Herms — implorou ele — Eu não posso. Não até você me desculpar por ter lhe batido. Ainda assim eu não me perdoarei. Eu poderia ter matado você com toda a fúria que sentia naquele momento.

Hermione cruzou os braços na frente do peito e não disse uma única palavra.

Daman ajoelhou-se ao lado da irmã, ficando na mesma altura que ela.

— Hermione, eu lhe suplico que me perdoe. Eu juro por tudo que é mais sagrado que jamais encostarei um só dedo em você, minha irmã.

— Não posso perdoar uma pessoa que não acredita em mim, Daman. Você nunca me desacatou assim antes. Se acredita que estou mentindo, faça o que achar melhor. Leve-me à igreja mais próxima. Pise nos degraus e me desonre por ser uma prostituta.

— Você acha que eu teria coragem de fazer algo tão cruel? Você é minha irmã, Hermione, e eu a amo mais do que tudo. Será que é tão difícil entender o choque que foi para mim encontrá-la com Harry Potter em um lugar como esse? E você vem me dizer que nunca dividiu uma cama com ele?

Ela descruzou os braços e o fitou nos olhos.

— Sim, eu dividi a cama com Harry, e foi por livre e espon­tânea vontade. Mas nós não… Eu ainda sou virgem, Daman. E tenho certeza, caro irmão, que não preciso lhe explicar como isso aconteceu. Você, que já se deitou com inúmeras mulheres, sabe muito bem o que pode acontecer em uma cama além do ato em si.

Daman enrubesceu e levantou-se, irritado.

— Aquele bastardo! Eu quebrarei seu pescoço por ter-lhe ensinado tais coisas!

— De jeito nenhum! Saiba que nós vamos nos casar, e ele será seu cunhado. Não seja hipócrita, Daman Granger, você agiu da mesma maneira e tem a coragem de se comportar como se pudesse descontar seus ressentimentos em outro homem.

— Claro, quando a minha irmã é a arruinada! — gritou ele. Hermione se levantou, encarando-o com toda a fúria que sentia.

— Sim, sua própria irmã, que se entregou a esse homem de livre e espontânea vontade! Eu amo Harry Potter e o escolhi como marido. E não me importa se você ou a nossa família não aceitarem. — Ela se colocou bem à frente do irmão. — Você pode me bater o quanto quiser — desafiou Hermione, oferecendo o rosto inchado. — Vá em frente! Tente ganhar a minha sub­missão com a força bruta!

— Pare com isso! Você sabe que não vou lhe bater! Nunca mais! Mas não posso permitir que você continue com essa tolice. Harry Potter não a ama, Hermione. Ele a raptou e seduziu apenas para se vingar de mim.

— Não é assim. Sei que existe algum tipo de inimizade entre vocês, mas Harry me raptou a mando de Sir Draco Malfoy, que queria me ver bem longe enquanto procurava a Pedra da Graça. O desejo de atingi-lo vinha em segundo lugar.

— Não, Hermione, não vinha. Harry Potter não precisa do dinheiro de Sir Draco. Ele é rico, tão rico quanto um grande lorde.

— Rico? — repetiu ela, arregalando os olhos.

— Sim. Harry só aceita as tarefas que lhe agradam, pois não precisa do dinheiro. Seus anos de vida ilícita foram bem recompensados.

Hermione olhou para o irmão, tentando conter sua surpresa. Refletiu que fizesse sentido ele ter enriquecido durante os anos, mas por que nunca lhe dissera nada?

— Não faz diferença — disse Hermione, mais para convencer a si mesma do que ao irmão. — Se for verdade, ele se torna mais aceitável. Pelo menos você não vai achar que Harry quer se casar comigo por causa do meu dinheiro. Pela beleza é que não pode ser…

— Você mudou, Hermione. Está encantadora, cativante. Eu qua­se não a reconheci, minha irmã. Claro, deve ser mais uma sa­fadeza daquele maldito! Mas agora que tudo acabou, sua vida voltará ao normal.

— Daman…

— Nada o tornará aceitável! Você não compreende, Hermione, que ele a raptou de propósito? Harry Potter sabia que eu viria atrás de você, dando-lhe a chance de me enfrentar.

— Ele admitiu que nutria essa esperança — contou Hermione — Porém não me disse o motivo. O que você fez, Daman, para Harry agir assim?

Daman sempre fora atrevido, desde garoto, mas agora, pela primeira vez, parecia envergonhado.

— Eu me apaixonei pela irmã dele.

— Como? — Hermione procurou a cadeira mais próxima e sen­tou-se. — Pela irmã de Harry? Você?

— Nós nos conhecemos em um torneio, e eu me apaixonei no instante em que a vi. Não tenho palavras para descrever sua beleza e educação. Ela se chama Elizabeth — disse ele, com reverência. — Eu a amava, Herms, aliás, eu a amo. Você nem imagina quanto. Estou vivendo um grande tormento du­rante todos esses meses em que estamos separados.

— Não estou acreditando — murmurou Hermione, surpresa. — Você nunca me contou nada, nenhuma palavra. Ah, Daman… Você a deixou por causa do sobrenome de nossa família, da magia.

— Sim — respondeu ele, cabisbaixo. — Eu não poderia ter pedido a mão dela, nem de qualquer outra mulher, em casa­mento. A decisão já havia sido tomada há muito tempo. A lou­cura deve parar conosco, Hermione. Como presentear nossos filhos com a mesma maldição que nos atormentou todos os dias das nossas vidas? E como eu poderia explicar a Elizabeth? Ela teria me desprezado, ou ficaria com medo. Eu não suportaria ver aqueles olhos azuis cheios de medo. E assim eu… eu a deixei.

Daman respirou fundo, buscando forças para controlar a emoção.

— Foi melhor assim. Ela encontrará um homem digno para amar e se casar. Às vezes acho que vou enlouquecer de tanto que penso em Elizabeth, mas espero que ela tenha se esquecido de mim para poder encontrar outra pessoa.

— Você se divertiu com ela?

— Eu não a desonrei, se é isso que você quer saber. Eu a deixei pura para se casar com outro homem, pelo menos de corpo, se não de coração, pois ela disse que também me amava.

— E você acha tão impossível que Harry Potter sinta o mesmo por mim?

— Acho — respondeu Daman, sem pestanejar. — Não se pode dizer que ele seja um homem de honra, mas sim um men­tiroso e um bandido de grande reputação. E suas conquistas com as mulheres são incontáveis. Por que ele não se aprovei­taria da irmã de um homem que deseja ver morto? Não existiria melhor maneira para se vingar, envergonhando-a perante toda a nossa família, fazendo-a se apaixonar por ele.

— Não acredito que você seja tão obtuso, Daman. Eu não sou digna de ser amada? O que preciso fazer para você acreditar em mim? Harry não ousaria mentir para mim.

— Herms, eu acabei de lhe dizer que ele a raptou para se vingar de mim! — protestou Daman. — As palavras de amor que ele lhe disse não passaram de mentiras, de doces tentativas para ganhar sua confiança.

— Pode até ser que, no início, essa tenha sido sua intenção — admitiu Hermione. — Todavia, a situação mudou. Ele me ama, Daman. E eu acredito em Harry.

— Não pode ser! Ele passou a vida toda tecendo mentiras, não se importando com quem as escutava. Por que uma mulher como você acreditaria nele?

— Porque ninguém mais acredita — respondeu ela. — Por­que ele precisa de alguém, mesmo que seja uma única pessoa, que lhe dê credibilidade.

— Então você é uma grande tola. Fico muito triste em saber que chegou a esse ponto, minha irmã. Você sempre foi a pessoa mais sensata e digna de confiança entre nós. Agora, entretanto, vejo que se esqueceu de todos os valores… inclusive da segu­rança de nossa família. Só falta me dizer que também começou a acreditar em magia, deixando-me sozinho para proteger nossos tios e tias.

— Acho que sim — murmurou ela. — Quando estávamos em Pentre Ifan, um pequeno homem usando uma capa vermelha apareceu para Harry e o chamou de lorde Eneinoig, o pro­metido.

Daman arregalou os olhos, incrédulo.

— Lorde Eneinoig? Harry Potter ? Não pode ser! Tudo isso não passa de uma lenda tola.

— Uma lenda que está há anos na nossa família — relem­brou Hermione. — E nós a escutamos durante toda a vida. Harry Potter, por sua vez, jamais poderia ter escutado algo a res­peito. Pensei em todas as possibilidades, o que me levou a crer que só pode ser verdade. E se for, Harry Potter é digno de ser meu marido.

— Você ainda não entendeu, Hermione? — perguntou Daman, por entre dentes cerrados. — Você nunca mais verá esse ho­mem! Não existem argumentos que me façam mudar de idéia. Eu o levarei, junto com seu cúmplice, para Londres, onde serão presos por rapto e enforcados.

Hermione se aproximou do irmão, olhando-o bem nos olhos sem o menor temor.

— Não, isso não acontecerá. Assim que chegarmos em Lon­dres, eu contarei tudo para tio Albus, que o impedirá de continuar com essa loucura. E se ele não o fizer, eu mesma vou até o rei implorar-lhe pela vida de Harry e Ron. E não se esqueça, meu caro irmão, de que a chave da riqueza de nossa família está nas minhas mãos. Sou eu quem presenteio a igreja e a coroa com generosas contribuições todos os anos, e sei perfeitamente quais mãos aquecer com ouro para conseguir a liberdade desses dois homens. Seus esforços para vê-los mor­tos terão sido em vão.

— Ele a enlouqueceu — murmurou Daman. — Como não sei se você voltará à razão antes de chegarmos em Metolius, pre­cisarei mantê-la a salvo de sua própria loucura. Você não irá conosco para Londres, Hermione. De jeito nenhum. Eu não escu­tarei nenhum tipo de argumento, não até você recuperar o juízo. Você e Luna ficarão em Gales, em Glain Tarran, até que Harry Potter e seu criado estejam mortos. Meus homens as levarão até lá. Vocês ficarão presas, sob guarda, até que eu volte para buscá-las. Sinto muito, minha irmã, mas precisa ser assim. Se eu não a amasse tanto, meus cuidados não seriam tão excessi­vos. Você pode me odiar agora, mas me agradecerá um dia, quando se der conta do que eu a salvei.

Durante os dez minutos seguintes, Hermione teve um acesso de descontrole. Discutiu, chorou, jogou tudo o que podia em Daman, além de ameaçá-lo de todas as maneiras possíveis. Ele não se abalou, na verdade ficou ainda mais convencido de que a irmã enlouquecera por ter passado tantos dias na companhia de Harry Potter.

Por fim, Hermione se calou, cansada de tanto discutir. Seu rosto doía muito, e ela sentou-se na cadeira ao lado da lareira, afagando-o com cuidado.

— Pelo menos permita que eu lhe envie um bilhete — pediu ela, fechando os olhos. — Um bilhete de despedida.

Daman ajoelhou-se ao lado dela.

— Se isso a deixar mais tranqüila, então escreva o bilhete que eu o entregarei a Potter. Está doendo muito, Herms? Eu preferia ter cortado a minha mão ao invés de ter lhe batido.

Hermione gemeu e pressionou a mão contra a bochecha inchada.

— A dor é terrível. Quase não consigo suportar. Gostaria que Luna entregasse o bilhete, para que ela me dissesse como Harry e Ron estão.

— Não. Eu o levarei.

— Ai! — gritou ela, pressionando as mãos no rosto. — Que dor insuportável! E saber que foi meu próprio irmão que me bateu dói ainda mais. Eu ficaria bem mais aliviada se soubesse que Luna esteve com eles. Por favor, Daman. Significaria muito para mim.

Ele suspirou e se levantou. Hermione esperou em silêncio.

— Está bem. Mas eu lerei o bilhete, e Luna não poderá ficar mais do que cinco minutos no vagão. Haverá guardas na porta o tempo todo.

— Está bem — disse ela, abrindo os olhos. — Obrigada, Daman. Agora, por favor, veja se consegue um pedaço de papel e tinta nesse bordel para que eu possa escrever o bilhete. Se puder mandar Luna antes, eu lhe agradeço.

O bilhete continha apenas três palavras: Vá com Deus!

Não havia nem a assinatura de Hermione, apesar de Luna lhe ter entregado o papel dizendo que era de sua senhora. Harry imaginou que Daman não permitiria que a irmã escrevesse mui­to mais. Na verdade, surpreendeu-se com aquela nota.

Harry estava deitado de costas no chão do vagão, com pés e mãos amarrados. Sua única esperança de liberdade era o pe­queno pedaço de papel guardado no bolso de sua túnica. Seus dedos, que chegavam apenas ao início do bolso, sentiram o calor da pedra da luz. Estava quente e confortante, sendo algo fami­liar a lhe fazer companhia naquele momento tão desagradável.

No outro canto do pequeno e escuro vagão em que estavam confinados, ele podia escutar fragmentos da conversa inflamada entre Luna e Ron. A jovem parecia tentar convencê-lo a escapar, mas ele não queria abandonar seu mestre. Entretanto, Harry cuidaria para que Ron fugisse antes que chegas­sem a Londres. Não seria muito difícil, afinal os dois já haviam escapado de inúmeras prisões, e Daman não perderia tempo procurando um criado.

— Você precisa vir comigo — murmurou Luna, olhando para o guarda que os vigiava do lado de fora. — Precisamos da sua ajuda. E essa é a única maneira de você salvar o seu mestre.

— Não posso deixá-lo sozinho, Luna. Por favor, não me peça uma coisa dessas.

— Pode sim — disse Harry, com a voz fraca. Sua cabeça latejava de dor, devido ao golpe que levara de Daman. — Não tenha medo, Luna, Ron a encontrará onde você quiser.

— Quieto! — Ron levou o dedo aos lábios. — Ele está ouvindo — disse o jovem, apontando para o guarda que real­mente estava escutando a conversa.

— Já chega, senhorita! — ordenou ele. — Está na hora de sair.

— Ron! — implorou Luna, segurando-lhe as mãos.

— Luna, eu te amo, mas não posso…

— Fique quieto e beije-a — ordenou Harry. — Minha cabeça está doendo demais. Ele irá ao seu encontro, Luna. Diga isso a Hermione.

Ron sentou-se ao lado do mestre quando Luna se foi, olhando-o com desaprovação.

— Não vou deixá-lo sozinho — declarou ele. — Nem pense que vou fugir. Vamos sair disto juntos, como sempre.

— Você sabe que não será possível — disse Harry, sentin­do-se tonto e fraco. — Daman nos perseguiria até o fim do mundo, se preciso fosse, e o nome de Hermione, bem como o da família Granger, ficaria manchado para sempre. E os rumores sobre o nosso paradeiro nunca a deixariam em paz. Não posso fazer isso com ela. De jeito nenhum, ainda mais por ela sempre ter feito o máximo para proteger a família dos curiosos. Acabou, Ron. Tivemos bons momentos juntos, e fico muito grato pela sua companhia durante todos esses anos, porém chegou a hora de você continuar sozinho. E eu devo pagar por todos os pecados que cometi nesta vida.

— Diabos! — blasfemou Ron, pegando a gola da túnica de Harry e levantando-o. — Eles o matarão se conseguirem levá-lo até Londres. Você não terá a menor chance de escapar de Newgate, e eles o enforcarão! Vamos fugir juntos!

— Eu sei que coloquei nossas vidas em risco quando cedi ao desejo e demorei mais do que o necessário. Não foi por falta de aviso. Meu único consolo é que você não terá dificuldade em escapar. Quero que você continue vivo, Ron, e seja muito feliz ao lado de Luna. Quero que construam uma linda família, cheia de filhos, e que vivam como rei e rainha em uma bela casa. E talvez, de tempos em tempos, procurem saber como anda a minha Mione. Em nome da nossa amizade, é tudo que lhe peço.

— Não vou permitir que o meu mestre seja enforcado — falou Ron, sacudindo-o.

Harry suspirou e soltou-se.

— Se eu morrer, Hermione terá a chance de viver em paz. Ha­verá rumores de tempos em tempos, mas eles logo desaparece­rão. Daman cuidará de tudo.

— Harry, você não sabe o que está dizendo. — Ron não acreditava no que ouvia. — Você não seria tolo a ponto de mor­rer por uma mulher, por mais fortes que fossem seus sentimen­tos. Eu o conheço há muito tempo para acreditar em uma in­sanidade dessas.

Harry sorriu.

— O amor é uma força assustadora, meu amigo. Não se es­queça disso quando se casar com sua querida Luna. — Harry estendeu os braços algemados e tocou Ron. — Todo cuidado é pouco. Depois que escapar, concentre-se em manter Luna e Hermionea salvo. Não ouse pensar em mim.

Ron puxou o braço, resmungando.

— Se acha que vou abandoná-lo depois de todos esses anos, está muito enganado — disse ele, insultado, mas não magoado. — Se sua vontade é essa, eu escapo, mas apenas para ajudar Luna e a Srta. Hermione a salvá-lo. E por não suportar ficar na companhia de um fraco.

— Como quiser. Eu nunca consegui convencê-lo a fazer as minhas vontades. Você é um criado terrível, mas um grande amigo.

Ron cruzou os braços e desviou o olhar, fingindo não se importar.

— Vou lhe pedir mais uma coisa — disse Harry. — Daman contará a Hermione sobre Elizabeth, e ela achará que esse foi o motivo de eu a ter raptado, que eu menti… Diga-lhe, por favor, que tudo que eu falei é a mais pura verdade, que eu a amo mais do que tudo nessa vida, e que nunca fui tão feliz como nos poucos momentos em que estivemos juntos. E que será uma boa lembrança para levar para a prisão, sabendo que ela me aceitaria como marido. Você me faz esse favor?

— Eu? Diga você mesmo, quando vocês se encontrarem em Londres, depois que o libertarmos. Aposto como ela prefere ou­vir as palavras da sua boca, e não da minha!



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Amoreês da minha videênha, desculpa por ter sumido, mais as coisas aqui em casa andam numa correria só, é prova da escola, é Saresp, trabalho, show do McFLY, projetos e mais projetos pra terminar, celular com defeito, mudança de horário, viagem pra São Paulo, iiiixxi, ta uma bagunça só, e pra ajudar ainda mais, mamãe ta mudando de casa, então tem que ir e vir toda hora....To ficando louca desse jeito, rsrsrs...Mais graças a Deus falta pouco pra entrar de férias..UHUUUUU \o/ .

Desculpa mesmoo, eu devia ter avisado, mais com essa correria eu acaabei esquecendo totalmente daqui..Que vergonha néh, eu sei, mereço apanhar, rsrsrs!!!

Maais eu prometo que vou atualizar com mais frequência....além do mais, logo logo mais duas fics vão entrar no ar, direto do forno (?)!!!

Quem aí vai assistir Twilight nos cinemas, hein??? Nossa to super anciosa...

Beijinhuss e espero que curtam os capítulos pq eu ameii eles! O Harry ta muito fofo(como sempre, alias *-* )!

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