Capítulo IV



Harry sabia que não deveria ter usado de ar­timanhas com sua prisioneira, ainda mais de­pois de ter jurado que não a seduziria. Na verdade, agira por hábito, o que não era uma desculpa plausível. Não precisava ter conversado com ela em tom de flerte, e faria o possível para que o incidente não se repetisse.

Mas a Srta. Hermione só dificultava.

O rosto dela, agora que o observava mais de perto, era bas­tante angular. Talvez não tão quadrado quanto parecera a prin­cípio, mas possuía os mesmos ângulos intrigantes e linhas de­licadas de um diamante perfeitamente lapidado. Harry não conseguia parar de olhá-la. Era como se estivesse magnetizado. As emoções se misturavam nos olhos castanhos e inteligentes. E que emoções! Raiva, frustração, irritação… Até mesmo desprezo, sentimento com o qual ele não costumava se deparar.

Sim, a Srta. Hermione era uma jovem que valia a pena ser observada. Bem mais interessante em expressão, no modo de agir e na conversa do que a maioria das mulheres que Harry conhecera. Era uma pena que a criada, Luna, tivesse uma be­leza tão comum, caso contrário ele teria se interessado pela jovem. Mas ela se assemelhava demais às inúmeras loiras de olhos azuis com as quais flertara durante os últimos anos. Ne­nhuma apresentava nada de especial.

Já com a Srta. Hermione era diferente. Mesmo agora que ela olhava para fora, a preocupação estampada em cada traço de sua expressão, a parca iluminação brincava com os ângulos de seu rosto, trazendo vida a sombras efêmeras e fazendo com que seus olhos parecessem quase negros. Os lábios generosos, deli­cados, estavam pressionados em uma linha contraída, e algumas mechas dos cabelos castanhos se soltavam das tranças que lhe prendiam os cabelos, roçando ligeiramente contra suas faces.

— Não falta muito para que paremos — disse ele, desejando ter algo mais a dizer. A chuva, que caía com suavidade, tornaria a viagem daquela noite bem mais desagradável do que Harry imaginara. Por um lado positivo, a água apagaria os rastros que deixavam para trás.

— Ótimo — respondeu ela, sem dirigir-lhe o olhar — Pare­ce-me que logo teremos de abaixar as cortinas. E a parada nos dará a oportunidade de fazê-lo.

— E verdade — concordou ele — Acho uma boa idéia, pois não me agradaria nada devolver uma carruagem tão elegante arruinada.

Harry passou o dedo pelo veludo vermelho que cobria os assentos. Era uma bela carruagem, confortável para passeios na cidade, porém não para longas distâncias. Não havia vidro nas janelas, mas as pesadas cortinas enceradas manteriam os ocupantes secos em uma tempestade.

— Devolver a carruagem? — perguntou Hermione, fitando-o da maneira singular que o fizera durante a última hora, indicando que o achava insano. — O que está querendo dizer?

Enquanto Hermione falava, Ron desviou a carruagem para a margem da estrada, aproximando-se de algumas árvores. Inclinando-se na janela, Harry assobiou para cumprimentar um homem que apareceu, trazendo dois cavalos de um escon­derijo.

Mesmo antes de Ron parar, Harry abriu a porta e saltou para fora, olhando primeiro para cima, certificando-se de que seu amigo estava bem.

— Ninguém nos seguiu — disse Ron, amarrando as rédeas em um tronco. — Tivemos companhia, mas é normal quando se segue por uma estrada principal.

Ele desceu de seu assento e parou ao lado de Harry .

— É melhor corrermos se quisermos chegar logo a Bostwick.

— Sim, e sem sermos encontrados — concordou Harry . Um trovão retumbou no céu escuro,e no momento seguinte a chuva se intensificou. Ainda não era um dilúvio, mas logo seria — Vamos, depressa — disse ele, estendendo a mão.

Hermione o olhou sem acreditar no que estava prestes a acon­tecer.

— Você não pode estar insinuando que continuaremos a via­gem a cavalo debaixo dessa chuva!

— Exatamente — respondeu ele, impaciente — Venha, por favor. Temos de continuar até estarmos seguros. Coloque seu capuz e desça. Vocês duas.

— Minha capa não tem capuz! — gritou ela, furiosa — Nós não pretendíamos viajar para longe!

— Então você terá de ser corajosa nessa chuva. Por sorte alguém as aconselhou a usar capas pesadas.

Atrás dele, Ron e Tom Postleleth selavam os animais para a cavalgada.

— Dê o dinheiro a Postleleth e deixe-o partir — ordenou ele, dirigindo-se a Ron antes de se virar para Hermione. — Des­ça da carruagem, senhorita, caso contrário terei de ser mais drástico.

Cumprindo a promessa, Harry inclinou-se para pegar o bra­ço da jovem, que o empurrou com violência antes que ele pu­desse tocá-la.

— Não ouse tocar em mim ou na minha criada — esbravejou ela, em um tom tão autoritário que Harry não se atreveu a dar uma contra-ordem.— Jamais!

Segurando a saia, ela virou-se para Luna, a quem se dirigiu no mesmo tom.

— Vamos, Luna. Pelo visto não temos outra alternativa a não ser descer nessa chuva torrencial. O máximo que pode acon­tecer é pegarmos uma gripe e morrer.

Hermione desceu da carruagem com elegância, sozinha, igno­rando a mão de Harry . Ele não percebeu que a olhava inten­samente até que sentiu a pequena e delicada mão de Luna sobre seu antebraço. Voltando a si, ele ajudou-a a descer.

Demorou apenas alguns instantes para que os homens bai­xassem as cortinas da carruagem, depois Harry explicou o pla­no a Tom. Ele deveria deixar a carruagem à beira da estrada, perto de Londres, para que fosse encontrada por alguém. Os dois criados, John e Willem, de certo já haviam sido encontrados e voltado a Metolius. Portanto, a família Granger já devia ter avisado o delegado de Londres. Um grupo de busca poderia estar no encalço deles, mas o seqüestrador acreditava que con­seguiria despistá-los e chegar a Bostwick, onde estariam segu­ros e a salvo.

— Há apenas dois cavalos — observou a Srta. Hermione, ao som dos trovões cada vez mais fortes. Ela fechou mais a capa, porém, como não tinha capuz, seus cabelos já estavam ensopa­dos, grudados no rosto. A criada estava em condições um pouco melhores, pois Ron tirara sua capa para protegê-la. Harry teria feito o mesmo por Hermione, apesar de saber que ela recusaria.

— Sim, só dois — concordou ele, segurando-a com força pelo ombro, impedindo-a de se soltar — Você cavalgará comigo. Venha.

Hermione não protestou, sabendo que de nada adiantaria, e se deixou guiar até o grande garanhão que os esperava.

— É um animal muito bonito para um bandido — declarou ela, colocando a mão na sela para se apoiar e montar sem qual­quer ajuda.

— Pode ser, mas ele é meu — respondeu Harry , que, sem hesitar, colocou-a em cima do animal. — Chama-se Nimrod. Foi meu pai quem escolheu o nome. — Momentos depois, o captor estava atrás de Hermione. Por sorte ela não tentou escapar, sabendo que de nada adiantaria.

— Isso significa que seu pai o reconhece como filho? — per­guntou ela, em um tom que demonstrava mais desdém do que curiosidade. O James no sobrenome de Harry indicava que era filho ilegítimo ou que descendia de um, declarando o fato com todas as letras . Pelo menos era o que ele achava, mas as cir­cunstâncias de seu nascimento sempre fora seu ponto fraco. E Hermione o acertara em cheio.

— Eu sou muito bem reconhecido — informou ele, tenso, aguardando Luna e Ron montarem o outro cavalo. — Por toda a minha família. Às vezes isso pode ser mais um fardo do que uma bênção.

Hermione soltou uma alegre risada.

— É verdade.

Harry envolveu-a firmemente com um braço e segurou as rédeas com a outra mão. Eles então seguiram viagem, afastan­do-se da estrada e adentrando a floresta. A água pingava das folhas, inundando-os, e o vento começava a soprar cada vez mais frio.

— Aonde estamos indo? — perguntou Hermione, mantendo-se tão rígida quanto uma estátua sob o braço de Harry.

Apesar da pesada capa e das roupas que vestia, ela era bas­tante feminina, quente e perfumada. Ele segurou-a com mais força, e sentiu-a respirar fundo.

— Para um lugar a milhas daqui.

Um galho baixo e molhado acertou o rosto de Hermione, que o empurrou para o lado demonstrando sua irritação.

— Não há nenhuma estrada decente por onde possamos ca­valgar? E realmente necessário seguirmos por um caminho tão afastado da civilização?

O tom de voz de Hermione trouxe um sorriso aos lábios de Harry. Ele se lembrou de um dos muitos sermões que costu­mava levar da mãe nos últimos anos.

— Estamos indo para um lugar quente e seco, e é o que mais me preocupa no momento. Não, não vamos pegar estrada por um bom tempo. A chuva cobrirá nosso rastro, mas prefiro não me arriscar.

Mais um galho os atingiu, e outro trovão ecoou no céu. A chuva aumentou ainda mais, e o final da tarde parecia noite. A situação não era nem um pouco agradável, e Harry sentiu uma ponta de culpa por estar fazendo duas inocentes passarem por tudo aquilo. Quando a Srta. Hermione afastou as mechas de cabelo que grudavam em seu rosto, a culpa aumentou ainda mais.

— É a taverna de um amigo meu, Bostwick — explicou ele, sem saber por que dera a explicação. — Não é um ambiente dos mais refinados, porém é seco e aquecido. Se tivermos sorte, você e sua criada poderão ficar em um quarto e descansar por algumas horas, embora eu admita…

— O quê? — interrompeu ela, virando-se na mesma hora.

— Bem… É que Bostwick é uma taverna bastante animada, e não o lugar mais apropriado para se descansar. Vamos torcer para que hoje seja diferente.

— Ah, meu Deus — murmurou ela, esfregando os olhos. — Não pode ficar pior do que está. Não pode.

Mas ficou. Muito pior. Hermione estava parada no meio da es­pelunca para a qual Harry as tinha levado, não acreditando no que seus olhos lhe mostravam. Era uma casa grosseira, suja, mal-construída, que dava a impressão de que desabaria a qual­quer momento. O ambiente, uma mistura de fumaça, odores desagradáveis e pessoas bêbadas, não lhes dava espaço para se movimentar, quanto mais para se acomodar em uma mesa.

Hermione nunca vira nada parecido em toda a vida. Em um dos cantos, um homem e uma mulher demonstravam um grau de intimidade que a igreja permitia apenas a marido e mulher legalmente casados. O fato de o casal não se incomodar deixou bem claro que os freqüentadores daquela taverna estavam acos­tumados a cenas daquele tipo. Na verdade, a repentina chegada de Harry Potter e seu companheiro chamou a atenção de todos.

Todos começaram a gritar e a levantar suas canecas para brindar, batendo umas contra as outras. Eles ignoraram Hermione e Luna, empurrando-as para o lado a fim de abraçá-los.

O cheiro de suor, misturado ao de álcool, quase fez com que Hermione desmaiasse. Ela olhou para Luna, que apertava sua mão com força, e viu a palidez da jovem. Então puxou-a para perto, no intuito de protegê-la daqueles bandidos.

No meio da gritaria, a voz de Harry Potter se destacava, retribuindo cada cumprimento como se aquelas criaturas imun­das fossem seus melhores amigos, todos. As mulheres, em es­pecial, eram mais atiradas, com seus vestidos decotados e sur­rados, cabelos soltos e maquiagem carregada. Hermione sabia que eram prostitutas, e nem foi preciso olhar para saber que o seqüestrador estava adorando as demonstrações de carinho.

— Olhem só — disse uma voz vigorosa, fazendo com que toda a construção tremesse. — Finalmente meus amigos che­garam! Saiam da frente! Saiam!

— Que Deus nos ajude — murmurou Luna, com a voz trê­mula. — É um gigante.

— Calma, minha querida. Não é um gigante — respondeu Hermione, sabendo que não falava a verdade. O homem era um gigante. Um negro enorme, com braços tão musculosos a ponto de abraçar uma árvore e parti-la em pequenos pedaços.

— Bostwick! — chamou Harry, desvencilhando-se de todos para abraçar o gigante. — Há quanto tempo! Como é bom revê-lo, meu amigo!

— Sim, e você, seu patife! — Bostwick bateu com tanta força nas costas de Harry que ele quase se curvou. Depois foi a vez de Ron. — E aqui estão as adoráveis prisioneiras.

— E agora? — choramingou Luna, cada vez mais desesperada.

— Acalme-se — tranqüilizou Hermione, fitando o gigante nos olhos. — Eu lhe juro que esse homem não encostará um só dedo em você — Era verdade, apesar de também estar morrendo de medo do gigante. Ele se aproximava das duas de braços abertos, como se pretendesse levantá-las ao mesmo tempo.

— Vá com calma, Bostwick — interveio Harry, colocando-se na frente delas. — Essas são as prisioneiras, e espero que você tenha lhes preparado um quarto adequado. Elas são de uma boa família e, como ficou claro, não estão acostumadas a pessoas tão rudes. Se você as cumprimentar de perto, elas podem des­maiar ao sentir seu cheiro. — Ele riu de sua brincadeira, e todos fizeram o mesmo, incluindo o próprio Bostwick.

— Você tem razão, Harry. Imaginem só o bem que essas duas nos proporcionariam, desmaiadas.

Foi uma brincadeira até amável, a julgar pelo estado das duas, pensou Hermione. Estavam molhadas da cabeça aos pés de­pois de quase três horas de cavalgada sob a pesada chuva. Es­tavam fracas, famintas e com frio. E tão atraentes quanto dois cachorros molhados.

— Elas me parecem bastante cansadas — comentou Bost­wick, estudando-as — É uma pena que sejam de boa família. Elas lhe causarão muitos problemas durante a viagem.

— Não tenho a menor dúvida — concordou Harry, sus­pirando.

— Mas não há nada que se possa fazer, não é, meu amigo?Todos nós precisamos aceitar qualquer fortuna que caia em nossas mãos — comentou Bostwick.

A multidão riu da observação, divertindo-se mais do que o normal devido às inúmeras canecas de cerveja consumidas. Duas das mulheres mais atraentes da taverna tinham se agarrado a Harry, uma de cada lado, observou Hermione, e outra estava abraçada a Ron. Nenhum dos dois se mostrava incomodado com o fato. Aliás, pareciam estar gostando.

— Vamos para perto da lareira, assim elas se aquecem e nós podemos vê-las melhor — sugeriu Bostwick — A aparência delas melhorará depois de se aquecerem um pouco e se alimen­tarem.

As duas foram empurradas para perto da grande lareira.

— Calma, meus amigos — disse Bostwick. — Elas não estão acostumadas a ser tratadas com grosseria. Margie, deixe Harry ­ em paz e vá buscar um pouco de cerveja para elas — Apesar das palavras de Bostwick, Hermione sentiu um forte puxão na pequena bolsa de couro que Albus lhe dera, que agora estava presa em seu cinturão. Sem pensar duas vezes, ela se virou e acertou um tapa no rosto do homem que se atre­vera a tocá-la. O sujeito cambaleou para trás, com a mão na face vermelha, e arregalou os olhos, chocado com o que acabara de acontecer. Então, furioso, ele avançou na direção dela. No mesmo instante, Harry colocou-se entre ambos.

— Acalme-se, Hiram, e não me cause problemas — ordenou ele, em tom de advertência, à medida que a gritaria na taverna começava a diminuir. — Essas mulheres não carregam ouro, nem nada de valor. Todos vocês, prestem muita atenção. — Harry levantou a voz e olhou à sua volta. — Elas estão sob os meus cuidados e nada pode lhes acontecer. Se eu escutar algu­ma coisa, a menor das reclamações, juro que o culpado terá de se entender comigo.

De repente, ele se virou e apontou para outro homem.

— Coll, venha aqui. Imediatamente!

O homem obedeceu, enfiando a mão no bolso da túnica que vestia. Quando Harry estendeu a mão, ele lhe entregou o que roubara: a pequena pedra branca brilhante.
Ao vê-la, Hermione levou a mão ao bolso, sentindo um grande alívio ao verificar que sua valiosa peça de xadrez continuava intacta.

— É apenas uma pedra — disse o homem — Nada mais.

— Uma pedra! — gritou Bostwick, rindo. — E verdade, Harry, meu amigo. Elas não podem ter nada de valor se carregam uma pedra no bolso. Uma pequena pedra! — Ele caiu na risada, e a multidão voltou a se divertir.

Harry virou-se para Hermione e colocou o objeto em sua mão trêmula. Por sorte, a pedra não começara a brilhar, e ela a enfiou rapidamente no bolso. O que teria acontecido se alguém tivesse visto a pedra brilhando, ou a antiga peça de xadrez, com seus olhos vivos? Como explicar para todos aqueles ladrões, em especial a Harry Potter, o que significavam e por que pareciam mágicas?

Hermione olhou para cima ao sentir a mão quente de Harry em sua bochecha. Ele a fitava com seus olhos verdes, revelando uma ponta de preocupação.

— Você está tremendo — declarou — Não há o que temer. Ninguém lhes fará mal.

— A não ser você — disse ela, arrependendo-se na mesma hora. Ele era um bandido e inimigo, mas era a única proteção das duas naquele antro. — Estamos com frio e fracas — admitiu Hermione, dessa vez com mais calma — O fogo solta mais fumaça do que aquece, e essas pessoas… Esses seus amigos…

— Sim? — Harry ergueu as sobrancelhas.

— Não há um lugar onde Luna e eu possamos ter um pouco de sossego? — perguntou ela, vendo que Bostwick se aproxima­va para escutar a conversa. — Você comentou que talvez pu­déssemos ter um quarto… Não podemos ir para lá, Luna e eu? — Hermione imploraria, se preciso fosse.

— Sugiro que se aqueçam na lareira para que suas roupas sequem. E que comam alguma coisa.

— Seria melhor se pudéssemos nos deitar, e se tivéssemos algumas mantas para nos cobrir. Não podemos comer no quar­to? Por favor — pediu Hermione, procurando compreensão no rosto dele. — Eu lhe imploro. Você não pode achar que estamos con­fortáveis aqui.

Ele olhou para os companheiros, incapaz de compreender tal sentimento. Então ocorreu a Hermione que ele e seu criado, Ron, não viam a hora de começar a beber, comer e se divertir com aquelas pessoas.

— Não precisa vir conosco — disse ela, tocando-lhe o braço. Harry olhou para os dedos longos. — Luna e eu ficaremos bem sozinhas. Você e Ronald podem se divertir tranqüilamente com seus amigos.

Por um longo instante, Harry ficou olhando para a mão em seu braço.

— Eu não sei se posso confiar em você, Srta. Hermione — disse ele, momentos depois — Aposto como tentará escapar enquanto Ron e eu relaxamos. Entretanto, saiba que seria uma grande tolice, pois vocês não sabem onde estamos e as condições das estradas são péssimas, como você mesma notou.

Ele estava certo, é claro. Hermione planejava escapar assim que tivesse uma chance, mas jamais o faria no meio da noite e debaixo da forte tempestade.

— Se eu jurar que não tentarei escapar durante a noite, você permite que nós nos retiremos?

— Você faria tal juramento? — perguntou Harry, conside­rando o assunto.

— Claro. Agora mesmo.

— O que tanto conversam, Harry? — perguntou Bostwick, aproximando-se — Você terá muitos dias para conversar com suas prisioneiras. A cerveja chegou! Vamos até a lareira.

— Espere, Bostwick!

— O que houve? — perguntou Ron, aparecendo se repente. O jovem criado segurava uma caneca de cerveja e ofe­receu-a a Luna, que recusou.

— Nada — respondeu Harry, sustentando o olhar de Hermione. — Vá dizer a Bostwick que nossas prisioneiras querem se recolher e que as levaremos para o quarto se ele nos mostrar qual é.

Hermione suspirou aliviada.

— Muito obrigada, Potter.

— Não me agradeça antes de ver o quarto, Srta. Hermione — advertiu Harry — Se eu conheço Bostwick, ele preparou o pequeno quarto usado pelas prostitutas. Talvez vocês prefiram ficar perto da lareira.

— Não pode ser pior do que isso — disse ela, envergonhando-se por já ter dito aquelas palavras.

— Reze para que não seja — falou Harry, segurando-lhe o cotovelo. — Vamos ver o que as espera.

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Ok, eu devo explicações a vocês. Eu fiquei muito tempo sumida pq as aulas começaram e os professores ja passaram um monte de lição e também pq eu faço aula de violão e eu tenho que treinar bastante.
Eu tava sem tempo de postar...Quando eu entrava na net eu lia algumas fics e comentava, só...
Ah e também eu to com o progeto de uma fic nova...Não sei quando eu vou postar pq ainda ta bem no começo.

Bjusssss e obrigada por comentar.

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