Phonex, Alex e Punux




   - Sou H...Emilio Hufman – cumprimentou Harry a mulher.


   - Rony Weasley.


   - Ted Lupin, viemos fazer cobertura para o casal.


   - Não sei porque o Ministério acha que teremos perigo aqui em Avalon, é um dos lugares mais seguros do mundo – resmungou Mirabella os observando com um olhar igual ao da Sra. Weasley.


   - Madame diretora... – começou a falar o Sr. Emeth.


   - Ah sim, vamos pegar o pequeno Grifo, vocês devem estar com presa.


   - Um pouco – disse a Sra. Emeth sorrindo.


   - Então venham, vou lhes mostrar o castelo – disse a mulher conduzindo o casal em direção do grande castelo brilhante – vocês aurores também, podem vir se quiserem, eu até prefiro assim sabe...


   - Eu e Emilio vamos ficar aqui por medida de segurança senhora – se apressou a dizer Rony – o Ted pode acompanhá-los – ele deu uma leve piscada para o garoto.


   - Sim claro, vou com eles – disse Ted caminhando até os outros três meio tímido.


   - Se é assim que o Ministro quer – disse Mirabella desapontada balançando a cabeça – vamos então vocês... agora me conte por que essa presa em tirar o Grifo... - os quatro saíram em caminhada do grande castelo conversando.


   Harry olhou para trás e finalmente viu. Havia um objeto retangular bem no meio do vasto gramado que eles estavam, com uma porta de madeira.


   - Foi dali que a gente saiu? – perguntou a Rony.


   - Claro né, de onde mais seria? – respondeu o amigo olhando para os lados – Kin contou que existem vários desse aqui nessa escola, é o único jeito de transporte sabe, até os alunos vem pra cá por meio do código.


   - Não é muito tradicional – comentou Harry agora andando pelo gramado – vamos logo então, não temos muito tempo.


   - Para onde vamos primeiro, não tem nada, pode ser que o cara queria alguma coisa dentro do castelo.


   - Acho que não.


   - Acha?


   - Bem o Hagrid me contou que aqui tem um lago – disse Harry enquanto andavam pelo gramado analisando cada pedacinho.


   - Não estou vendo nenhum – disse Rony.


   - Pode ser que esteja mais pra lá – disse apontando para a floresta – parece que esse lago guarda um artefato raro que pertenceu a Merlim.  


   - E você acha que o tal Edgar quer esse artefato?


   - Pertenceu a Merlim não é? Deve ser alguma coisa muito boa – disse Harry quando eles estavam bem perto da floresta – acho que é isso que ele queria sim, em todo caso é a única pista que temos... ARREEE!


   Algo preto e peludo saiu da floresta e pulou contra ele o errando por centímetros. No mesmo momento um uivo soou e Harry viu. À frente deles, bem na floresta, havia aparecido um grupo de lobisomens com umas caras raivosas.


   - Cuidado... Estupefaça! – bradou Rony na mesma em que outro lobisomem pulou para cima de Harry.


   - Que mer... – Harry sacou sua varinha.


   O grupo de lobisomens cercaram eles. Os dois estavam em uma tremenda desvantagem, eram nove contra eles.


   - Ora vejam se não é um Weasley – disse um lobisomem se adiantando.


   Harry reconheceu esse na mesma hora. Greyback. Mas como estava ali? Avalon não era um lugar impossível de se chegar além do Ministério?


   - Você! – rosnou Rony apontando a varinha para ele.


   - Ho Ho, vamos com calma Weasley, nós não estamos aqui para lutar com você e seu amigo – disse Greyback levantando as mãos calmamente.


   - Conta outra – riu ele ironicamente – o que estão fazendo aqui?


   - Eu faço as perguntas aqui! – rugiu Greyback.


   “Onde está o Ted? Se eles resolverem atacar...”.


   - Está certo – disse Rony tentando ganhar tempo – faça as perguntas – ele olhou para Harry com uma expressão de... o que vamos fazer?


   - Calma Weasley, não pretendemos matá-los aqui, melhore essa cara – riu Greyback dando uma olhada para os lados – até porque não temos muito tempo...


   Nesse momento um brilho feito um raio veio da floresta e acertou Rony e Harry. Uma corda surgiu desse brilho e amarrou os dois.


   - Parece que meu plano deu resultado então – disse um homem vindo da floresta.


   - Você! – exclamaram eles ao mesmo tempo.


   Era Edgar, e vinha caminhando em direção do grupo de lobisomens calmamente.


   - Surpreso aurores? – perguntou Edgar dando um leve sorriso.


   - Mas... como?


   - Querem saber como chegamos aqui? – o bruxo colocou a mão no queixo, olhou para o céu – sabe, não foi tão fácil, tive que agir bem de baixo do nariz do Ministério.


   Os dois se remexeram um pouco tentando se libertar.


   - Em todo caso, não vou me comprometer contando meu plano pra vocês – continuou o outro – basta vocês saberem que eu estou aqui, e estou no comando.


   - Mirabella vai descobrir logo – ofegou Harry tentando se libertar de novo.


   - Ela não está em uma boa vantagem não é mesmo – disse Edgar, alguns lobisomens riram – é ela sozinha, contra nós, contra eu.


   - Ela vai chamar o ministério assim que descobrir – disse Rony rindo – você não está tão bem assim.


   - É o que você acha? – zombou o outro – segurança demais às vezes é meio perigoso.


   - O que quer dizer?


   - Quero dizer que não tem como o Ministério chegar aqui – disse o bruxo se aproximando bem deles – o código há essas horas deve ter mudado, não tem como o Ministério chegar aqui, eles não sabem o código...ah sim, devem estar se perguntando agora como eu consegui o código... não se preocupem, antes de matá-los talvez eu revele a vocês.


    Pensando bem, eles realmente estavam em uma má situação. Edgar tinha nove lobisomens a favor dele. Harry tinha apenas Rony. Talvez se Ted e Mirabella voltassem e trouxessem alguns professores para ajudá-los...


   - Não jogue suas esperanças na diretora – se apressou a dizer Edgar olhando ele.


   “Desgraçado pode ler minha mente”


   - Posso enlouquecer ela se você quiser – disse ele encarando bem Harry.


   O desespero bateu nele. Não podia pensar, tinha que esvaziar a mente, Edgar ia descobrir que ele era Harry Potter no corpo de outra pessoa, isso era mal, esvazie a mente, não pense...


   - Ah – Edgar abriu a boca – ora vejam só como o destino nos une – ele olhou para os lobisomens – adivinhem só quem é esse aqui... Harry Potter.


   - Harry Potter? – alguns lobisomens começaram a murmurar uns com os outros em pergunta.


   - Potter? – repetiu Greyback – ele não parece com o Potter.


   - Ele é – disse Edgar aborrecido – no corpo de outra pessoa, muito esperto você.


   - Você também parece ser – disse Harry, se remexeu mais um pouco.


   - Será uma honra matá-lo – o bruxo deu as costas para ele – Fenrir vamos fazer logo, junte um grupo e vá procurar.


   - Sim Milorde – disse Greyback dando um aceno para uns três lobisomens o seguirem.


   - Só volte aqui se o encontrar – advertiu Edgar.


   - Não tente me intimidar Teobot – rosnou o lobisomem saindo em disparada na floresta junto com outros três.


   - E vocês parem de pensar em Mirabella – disse o bruxo – ela não vai poder ajudá-los, há essas horas já deve estar desacordada.


   Harry e Rony se olharam confusos.


   - Como eu disse, tive que agir de baixo no nariz do ministério, acha que o casal Emeth são eles mesmos? – ele riu – não mesmo, estão usando a poção troca de corpos, aqueles lá são seguidores meus...ah sim, estamos infiltrado no ministério, conseguimos aprovar o uso dessa poção, muito útil não, foi uma pequena parte do plano para chegar aqui nessa escola.


   - Muito esperto você – elogiou Harry, sentiu Rony de dar um cutucão tentando se soltar.


   - Obrigado, é uma honra receber um elogio seu Potter.


   - Aproveite que elogios são de graça.


   - Ousado... olhe – Edgar apontou para trás.


   Os dois olharam para onde o bruxo estava apontando e viram Mirabella e Ted inconscientes flutuando do lado do casal Emeth.


   - Está vendo, eu disse que não teriam chance.


   - Você acha que os alunos dessa escola não irão perceber nada? – perguntou Rony ferozmente – ACHA? Você não vai escapar dessa tão fácil.


   - Não me importo deles saberem – disse Edgar calmo – não poderão fazer nada, já lhe disse que o Ministério não tem como chegar aqui, e, além disso, não vou me demorar muito, assim que Fenrir voltar com o que eu quero vamos embora.


   - Não vamos matá-los? – perguntou um lobisomem se sentando no chão.


   - Claro que vamos, se acalme, eu deixo você dar uma mordida naquele mais jovem – disse apontando para Ted.


   O lobisomem se levantou como se o outro tivesse lhe dada permissão.


   - Não agora! Depois!


   - Desculpe – voltou a se sentar.


   Harry estava desesperado agora. Rony e ele amarrados, Mirabella e Ted estuporados, agora só restavam os alunos da escola, mas descartava totalmente a ajuda deles, nenhum devia ser capaz de enfrentar o Edgar.


   - Onde está o Greyback? – perguntou a Sra. Emeth.


   - Procurando.


   - Incompetente – disse ela – não é tão difícil assim achar...


   - CORRAM!


   No meio da floresta Greyback vinha correndo desesperado o mais rápido que podia. Edgar se assustou, olhou para os outros.


   - CORRAM, QUIMERAS, TRÊS, CORRAM – gritou Greyback novamente agora chegando perto deles.


   - Quimeras? – repetiu Edgar olhando para a floresta sacando a varinha.


   - Três – disse ele – enormes, vamos sair daqui, não temos chance.


   - Não podemos abandonar o plano assim, não sabemos quanto teremos outra oportunidade.


   - Então lute com elas, eu e meus homens vamos sair daqui.


   - Você vai ficar – advertiu a Sra. Emeth.


   - Você é louca Bella?


  Bella? O Coração de Harry disparou na mesma hora. Olhou de Rony para Ted desmaiado no chão horrorizado. Se estavam em encrenca agora pouco, nem se comparava com o que vinha por ai. Quimeras, bichos mais perigosos que dragões segundo Hagrid, estavam ali, correndo até eles, ele tinha se esquecido completamente das Quimeras.


   - Então fuja Greyback, quando o Lord das Trevas voltar ele vai ficar bem satisfeito em saber que você não tentou ajudar em sua regressão.


   - Sabe que não é isso, se morrermos aqui o Lord...ARREEE


   Um corpo veio voando do meio da floresta e caiu ao lado de Greyback. Era o corpo de um dos lobisomens que tinha saído com ele.


   - SOCORRO!


   Um outro apareceu correndo, e Harry viu bem atrás dele. Eram três. Criaturas do tamanho de um urso, mas que tinham três cabeças, uma cabeça de cabra, uma de leão e outra de réptil, o corpo de leão tinha pernas traseiras de cabra, rabo de lagarto com espinhos e asas de morcego, apavorantes, ele nunca tinha visto nada igual.


   - Por Merlim, o que da na cabeça de alguém colocar Quimeras numa escola – rosnou Edgar.


   Pela primeira vez ele pode notar que o bruxo estava com medo de alguma coisa. A Sra. Emeth, ou Bellatriz como agora tinha descoberto, sacou a varinha e se aproximou do outro.


   - Lucio me de cobertura – disse ela para o que era o Sr. Emeth.


   Lucio. Lucio Malfoy, não pode ser.


   - ATAQUE! – gritou Edgar quando três Quimeras saíram da floresta.


   Uma delas agarrou o lobisomem que vinha correndo a frente e lhe meteu uma dentada. Uma outra estava mastigando algo, devia ser algum outro corpo. Edgar, Bellatriz, Greyback, Lucio e os outros lobisomens que ainda estavam ali lançaram feitiços estuporantes de suas varinhas, mas não causaram efeito algum, os feitiços foram absorvidos pela pele do bicho.


   - Alguma outra idéia? – perguntou Greyback mal humorado.


   - Façam o possível para derrubá-las – disse Edgar – não vamos sair da daqui sem pegar o objeto.


   - AVADA KEDAVRA – urrou Bellatriz correndo quando uma das Quimeras começou a investir contra eles.


   O feitiço da mulher bateu na pele do bicho e sumiu como se não fosse nada. As outras duas se movimentaram também, e os bruxos se afastaram um dos outros correndo lançando feitiços sem parar. Harry estava horrorizado, ali amarrado... uma presa fácil, começou a se contorcer, Rony fez o mesmo.


   - IAZACASAN TERERIN! – Edgar lançou um feitiço de lampejo preto que acertou uma delas.


   Por incrível que pareça esse feitiço atravessou a pele do bicho, e fez jorrar sangue do mesmo. A Quimera soltou um urro de dor, a cabeça de leão fitou o bruxo com raiva, a cauda dele se ergueu e uma luz vermelha saiu dela em direção do bruxo. Edgar se defendeu fácil, mas ficou ainda mais desesperado em descobrir que o bicho atacava pela cauda também.


   - VAMOS SAIR DAQUI – gritou Greyback ao longe deles – NÃO VAMOS VENCER... NÃÃÃOOOOO!


   Uma das Quimeras tinha pegado um de seus homens com a boca e engolido facilmente. Lucio Malfoy lançou uns três ou quatro feitiços nela, mas sem efeito.


   - LANCE MAGIAS MAIS PODEROSAS – gritou Edgar ao longe fazendo jorrar sangue da Quimera que ele enfrentava sozinho – NÃO ADIANTA AVADA BELLA!


   - RICTUS, RICTUS – começou a lançar a mulher sem parar correndo.


   - Porcaria – ofegou Harry.


   - Porcaria? Estamos ferrados – disse Rony fazendo uma careta – estamos no meio da luta!


   - IAZACASAN TERERIN! – urrou de novo Edgar lançando o feitiço preto na Quimera.


   O bicho estava ficando mais fraco, a respiração dele agora era rápida. Edgar estava vencendo. Mais além Harry pode ver alguns dos seguidores de Greyback sangrando e correndo desesperado para a floresta. Lucio e Bellatriz lutavam juntos contra uma Quimera.


   - CRUCIO! – urrou Bellatriz.


   O uivo da Quimera quase ensurdeceu seus ouvidos, ele pode ver o bicho levantar uma das patas e dar uma pancada bem em cheio na bruxa e lançá-la para longe.


   - REDUCTO – gritou Lucio.


   Um barulho feito uma bomba soou bem no peito da Quimera, o bicho deu um passo para trás, sentiu dor com esse ataque, Malfoy lançou um leve sorriso, mas na mesma hora foi lançado para longe pego por uma luz que saiu da cauda do animal.


  - SEUS INSOLENTES, NÃO FUJAM – gritou Greyback desesperado vendo seus homens correrem, uns caíram desmaiados no chão, a Quimera a frente começou a lançar mais feitiços pela cauda.


   - TERENI GALAX MAXIMA!


   Edgar agora lançou um feitiço de cor amarela do tamanho de um Hipogrifo, e acertou bem na cabeça de cabra que explodiu na mesma hora. As outras duas cabeças urraram de dor caindo de joelhos no chão com os olhos fechados, o sangue escorria do lugar de onde a cabeça de cabra tinha explodido. Harry pode notar que não só a Quimera entrou em apuros com esse feitiço, mas Edgar também. Ele caiu de joelhos no chão, com a mão no gramado ofegando, havia alguns cortes no braço do bruxo.


   - Vocês... são um bando...de incompetentes – disse ele lentamente olhando os outros caídos no chão.


   - RICTUS – gritou Bellatriz e Malfoy ao mesmo tempo contra a Quimera deles.


   O bicho apenas fez uma careta ao receber os feitiços, e ergueu a cauda lançando outros para todos os lados. Para desespero de Harry e Rony um dos feitiços do animal veio em direção deles. Ele fechou os olhos esperando o impacto e a dor, mas isso não aconteceu. Alguma coisa tinha repelido o feitiço da Quimera. Ele olhou para os lados confuso, e viu ao longe o brilho de uma pessoa. Edgar de joelhos no chão olhou também.


   - SAIA DAQUI SEU BICHO... ARREEEE – Greyback transformou-se em lobisomem e saiu em disparada pra floresta também, a Quimera o seguiu.


   Um uivo soou, e a outra que agora só tinha duas cabeças se levantou mais furiosa do que antes e correu para cima de Edgar. O bruxo estava cansando e fraco, mas se levantou lançando de volta aquele feitiço negro. Harry voltou a olhar ao longe e viu alguém correndo até eles. A pessoa estava usando um vermelho intenso, das vestes aos cabelos, era uma mulher muito bonita, branca, de feições delicadas, mas com um olhar firme.


   - TERENI GALAX...MAXIMA – Edgar explodiu outra cabeça da Quimera.


    A mulher que havia aparecido agora tinha chego bem perto deles.


   - Vocês estão bem? – perguntou ela com um olhar penetrante, sua voz era rouca, forte e agressiva.


   - Por enquanto... – disse Harry.


   A bruxa olhou da Quimera que agora só tinha uma cabeça urrando de dor no chão, para Edgar, depois colocou a mão na corda que segurava os dois e no mesmo instante elas sumiram.


   - Ennervate – disse depois apontando para Mirabella e Ted.


   Os dois acordaram. Harry sacou sua varinha, Rony fez o mesmo.


   - Não é necessário – disse a mulher para eles – deixa que eu resolvo isso por aqui.


     A bruxa saiu caminhando em direção de Edgar, o outro a olhou e arregalou os olhos.


   - Você! – ofegou ele.


   - Nunca pensei que ia ver um verme como você tão cedo – disse ela.


   Edgar se levantou como se tivesse recuperado sua energia, ergueu a varinha contra ela e lançou vários feitiços. A bruxa se defendeu de todos facilmente, depois revidou, o outro se defendeu também, e os dois saíram num duelo feroz pelo meio do gramado.


   - Quem é ela? – perguntou Rony observando.


   - Nunca vi – disse Harry espantado.


   - Ah meu deus, meu pobre Punux! – ouviu-se a voz de Mirabella atrás deles olhando a Quimera caída no chão derrotada, com apenas uma cabeça.


   - Aqueles dois nos atacaram – Ted se aproximou deles bem – mas que mer... está acontecendo aqui?


   Bellatriz continuava a atacar a Quimera, Malfoy estava um pouco mais afastado, seu braço sangrava.


   - AERUS FLAME! – ouviu-se a voz daquela mulher que tinha aparecido e uma bola enorme de fogo, de uns seis metros investiu contra Edgar.


   - MINIMIZIN – retrucou o bruxo fazendo a bola de fogo sumir – RICTUS!


   - PROTEGO, ESTUPEFAÇA...


   - AERES – o feitiço dela mudou de direção – INTESETUSEMPRA...


   - AERES, INCARSEUS, REDUCTIO...


   - PROTEGO HORRIBLIS.


   Os dois se encararam por uns dois segundos, depois ergueram as varinhas ao mesmo tempo.


   - HURRIRENTUSEMPRA – gritaram ao mesmo tempo.


   Os dois feitiços saíram das varinhas cortando o ar ferozmente e se chocaram fazendo uma explosão enorme. Harry sentiu em seu próprio corpo o efeito da explosão. Edgar e a mulher voltaram a se encarar.


   - Bella, Lucio, vamos embora, para o armário – gritou ele os olhando de esguelha.


   - Não vai não – disse a mulher voltando a erguer a varinha.


   - AVADA KEDAVRA – bradou Edgar, e no instante seguinte saiu correndo em direção da floresta.


   A bruxa se jogou para o lado evitando o feitiço. Harry, Rony e Ted ao mesmo momento lançaram feitiços contra o bruxo em fuga. Bellatriz e Lucio lançaram um ultimo feitiço na Quimera raivosa, e saíram correndo atrás do homem. Os três deixaram Mirabella sozinha e correram atrás deles, viram a outra bruxa se levantar e os acompanhar correndo.


   - ESTUPEFAÇA – gritou Harry contra os três vultos à frente deles, mas errou.


   Então pouco mais ao meio das arvores ele pode ver, um armário, igualzinho ao que eles tinham vindo pra ali. Edgar e os outros dois correram e se enfiaram dentro do armário fechando a porta. Rony e Ted lançaram feitiços contra o armário, mas nada aconteceu.


   - Basta, os perdemos – disse a mulher parando aos calcanhares deles.


   - Podemos pegá-los! – disse Harry ainda correndo.


   - Não, não pode – disse ela – o armário do código é um objeto sagrado de transporte muito bem protegido, não é tão simples assim abri-lo quando se tem um bruxo lá dentro.


   - Vamos arrombá-lo – sugeriu Ted se aproximando e dando um pontapé na porta. O garoto urrou de dor em seguida.


   - Eu avisei – voltou a dizer a mulher olhando para os lados – vamos sair daqui, vamos para perto de Mirabella, não me responsabilizo por nada se outra das Quimeras os atacarem.


   - Ótima idéia, vamos para perto da Mirabella, ela pode nos dar de jantar para as Quimeras – ironizou Rony quando começaram a caminhar seguindo a moça.


   - Não seja tão grosso – riu a mulher – as Quimeras tem respeito por Mirabella, ela as criou desde de quando eram filhotes.


   - O que da na cabeça de alguém, criar um animal desse calibre? – perguntou Ted.


   - Amor é claro.


   - Amor? – repetiu o garoto – quanta besteira.


   Ela não respondeu. Harry observava a mulher curioso, queria lhe fazer perguntas, mas não tinha coragem.


   - Afinal, quem é você? – perguntou Rony e ele se sentiu aliviado do amigo ter feito uma de suas perguntas.


   - Morgan Wilson – disse ela sem olhar para trás.


   - Você é a Morgan! – exclamou Harry na mesma hora, os outros dois o olharam.


   - É como me chamam desde de que eu nasci – riu Morgan – oh, chegamos...pobre Mirabella – ela correu de leve até a mulher que estava do lado da Quimera morta que só tinha uma cabeça e chorava sem parar.


   A outra quimera que estava lutando contra Lucio e Bellatriz estava parada ao lado de sua dona olhando para o outro animal morto, quando notou Harry, Rony e Ted lançou um olhar ameaçador, e os três decidiram que era melhor não se aproximar mais.


   - Punux... meu bebê...como puderam...como... – ofegava Mirabella sem parar.


   - Vai passar, vai passar – disse Morgan dando uns tapinhas nas costas da mulher – Punux morreu protegendo a escola.


   - MAS POR QUE TINHAM QUE MATAR ELE! – gritou a mulher em desespero.


   - Não vamos chorar pelas perdas, se alegre com o que aconteceu de bom... olhe Alex está de pé – ela apontou para a Quimera que a encarava sem parar – e tenho certeza de que vi o Phonex correndo para a floresta quando cheguei. 


   - Mas o pobre do Punux...


   - Ele está num lugar melhor agora – Morgan deu mais um tapinha nas costas da mulher.


   - É por isso que não gosto... não gosto que venham aqui... se eu não tivesse dado autorização...


   - Você não tem culpa – disse a outra agarrando Mirabella pelos ombros e a encarando nos olhos – se alguém tem culpa é o Ministério, provavelmente foi eles que deixaram o código escapar por lá, tenho quase certeza que esses bruxos estão infiltrados. – a mulher não disse nada, apenas voltou a olhar Punux caído no chão – bom querida, eu tenho que ir, vou levar aqueles três aurores comigo também, vamos deixá-la em paz.


   - Obrigada Morgan – disse Mirabella – se não fosse você...


   - Não tem o que agradecer – disse a bruxa sorrindo – mas me deve um chá!


   - Da próxima vez que você vier espero que não tenha incidentes como esse...


   - Sorte que eu cheguei a tempo não é? – Morgan deu um abraço na outra, depois virou, deu uma encarada na Quimera que chamava Alex, e foi em direção dos três. – vamos embora aurores, o trabalho de vocês termina aqui, vamos deixar Mirabella cuidar de seus filhotes em paz.


   - Ei, calma ai! – disse Harry quando a mulher o puxou pelo braço – não podemos ir...


   - Podemos sim, e vamos.


   - Temos que procurar... – começou a dizer Ted, mas Rony o calou com um chute nas pernas.


   - Se vocês vieram aqui pra bisbilhotar a escola, terão que vir outro dia, porque hoje vocês saem daqui junto comigo, e eu estou com pressa.


   - O Greyback correu pra lá – disse Harry apontando para a floresta.


   - Tenho certeza que ele entrou no armário também – disse Morgan agora puxando ele e Rony de uma vez só e caminhando para dentro da floresta.


   - Bem durona você – comentou Ted atrás deles.


   - Só pareço – disse ela rindo.


   - Tudo bem, tudo bem, eu vou com você, agora me solte, por favor – resmungou Harry, a mulher soltou eles.


   - Que bom que vão cooperar.


   Agora caminhavam atrás dela sem dizer nenhuma palavra. Ele estava de cara amarrada, se essa era a tal Morgan Wilson, ele não tinha gostado nem um pouco dela.


   - Quem é você? – perguntou Rony.


   - Morgan, já lhe disse.


   - Não quero saber seu nome, quero saber quem você é – disse ele – é uma auror?


   - Mais ou menos.


   - Como mais ou menos...ou é, ou não é!


   - Sou meia auror.


   Eles agora estavam se aproximando do armário que Edgar tinha fugido.


   - O que era aqueles feitiços que você estava lançando? – perguntou Ted – não eram feitiços comuns, eram bem poderosos.


   - Arte das Trevas é claro – disse ela parando na frente da porta e olhando para eles – acredito que vocês aurores do Ministério não tem permissão de usar feitiços das trevas...


   - Não – confirmou Ted indignado – apenas aprendemos feitiços defensivos...


   - Dizem que feitiços das trevas pode induzir o auror a se tornar um bruxo mau – contou Rony.


   - Se é o que eles pensam – ela abriu a porta – entrem vocês três, código 1,4,9,1,5,9,2,0,2,1,5,1,9,9,1,6, até depois.


    - Você não vem? – perguntou Harry.


   - Depois de vocês é claro – e ela fechou a porta.


   - Ei! – ele exclamou – droga!


   - Que foi? – perguntou Ted digitando o código.


   - É obvio que ela não vai vir pro mesmo lugar que a gente – disse ele.


   - Que sorte, ela é fascinante, mas da um pouco de medo – disse Rony.


   - Ela até que é bonita – disse Ted agora que tinha terminado de digitar. – vamos, quero ver onde esse código nos levou.


    Ele abriu a porta, mas recebeu o lugar com desgosto. Estavam no ministério de novo.

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