Expulsão do Ministério




     Harry e Rony passaram correndo pulando sobre o corpo do prisioneiro que eles tinham estuporado. Eles correram rapidamente descendo mais escadas. As celas desse andar também estavam arrombadas. De relance ele viu mais uns dois bruxos descendo as escadas ao extremo desse corredor. Correram mais. Harry começou a ouvir gritos dos aurores do lado de fora do bloco, deviam estar lutando com Edgar.


   Quando finalmente conseguiram chegar no primeiro andar, a luz do lado de fora quase cegou os olhos de Harry. E lá estava, Edgar lutando com os aurores, não sozinho, alguns outros prisioneiros estavam lutando também.


   - Olha lá! – Rony apontou para um ponto bem longe de onde eles estavam, e Harry viu o traidor.


   Andrew, o bruxo que foi o encarregado de ver a autorização deles. Agora ele estava distribuindo varinhas e mais varinhas aos vários prisioneiros que corriam sem parar pela ilha.


    - VAMOS RONY! – disse Harry.


   Os dois saíram em disparada para o meio dos prisioneiros. Feitiços de todos os lados, de cores diferentes cortavam o ar ferozmente. Os aurores investiam contra os bruxos sem piedade. Rony foi o primeiro a agir.


   - COLOCORPUS – bradou e uma luz amarela saiu de sua varinha e foi em direção de um que estava ali perto.


   Uma luz branca surgiu na frente do bruxo e fez a magia de Rony sumir, ao mesmo momento, um homem feito lobisomem pulou por cima de todo mundo e investiu contra eles.


   - Pombas – rosnou Harry.


    Greyback ergueu uma das mãos afiadas.


   - ESTUPORE – investiu um auror se colocando a frente e o acertando.


   - ESTUPORE - bradou um outro ao lado deles acertando um prisioneiro.


      Os dois saíram correndo atirando em mais bruxos. Outros dois lobisomens apareceram no meio da multidão correndo pra cima deles, Harry e Rony os estuporaram.


   - Seguidores de Greyback – falou Harry.


   No mesmo momento o vento soprou forte, e uma chuva começou a cair, o ar ficou totalmente gélido. Um barulho muito alto de asas soou atrás deles.


   - Vampiro! – exclamou Rony.


   O homem tinha o rosto muito pálido e era incrivelmente rápido. Ele investiu contra dois, mas antes de acertá-los um lampejo de luz vermelha acertou ele bem no peito fazendo-o ser lançado para longe. Alguns dos prisioneiros que ainda lutavam recuaram para um lado. Ele, Rony e os aurores estavam do lado oposto. Harry olhou para trás para ver quem acertara o vampiro e viu. Kingsley, Dedalus Diggle, Elphias Doge, Hestia Jones, Emmeline Vance, todos com as varinhas nas mãos apontadas para os prisioneiros. Um homem saiu de trás dos outros, Edgar, e se pôs na frente deles.


  - Ah Ministro, é bom te ver de novo – disse.


  - Edgar! – gritou Kingsley encarando o bruxo.


  - Vamos ver como você luta agora, de igual para igual – e avançou contra ele. Kingsley investiu uma magia e a luta começou. Os outros prisioneiros começaram a se mover.


    - IMPEDIMENTA – bradava uns aurores.


    - ESTUPORE – bradavam outros.


   Rony agora lutava contra outros dois ao mesmo tempo soltando magia e dando socos para todos os lados. Harry estava tentando lutar contra os quatro lobisomens sozinho, Kingsley agora estava sendo atacado por um prisioneiro por trás, este tinha uma enorme cabeleira amarela suja, Lucio Malfoy, mas Dedalus acertou um feitiço no mesmo lançando-o para longe.


   Um outro bruxo acertou uma azaração em Harry, e ele ficou sem controlar as pernas. Hestia na mesma hora se pos na frente dele e atacou Greyback e seus aliados com ferocidade, Elphias e Emmeline se esquivavam e atacam bravamente os outros.


   Dedalus se movia muito rápido, parecia que ele sumia de um lugar para o outro. As pernas de Harry voltaram ao normal, ele apontou a varinha para o prisioneiro mais próximo.


   - ESTUPEFA...


   Antes que terminasse um vulto preto passou em sua frente e sugou todo o ar de sua boca. Dementadores haviam aparecido.


   - Não acha melhor desistir Ministro? – perguntou Edgar.


   Harry esqueceu o prisioneiro e apontou a varinha para o ar.


   - EXPECTO PATRONUM! – uma luz prateada muito forte saiu e começou a afugentar os dementadores.


  Elphias foi pego por um feitiço no peito e caiu do lado de Harry.


   - CUIDADO! – gritou ele.


   Harry só teve tempo de ver um feitiço estuporante vindo em sua direção e o acertando bem em cheio fazendo-o ser lançado para longe, ao mesmo tempo Greyback apareceu e avançou contra ele acertando suas garras em seu braço abrindo um corte muito profundo.


   - ESTUPEFAÇA – gritou Hestia e acertou o outro – venha – ela ajudou Harry a se levantar.


    Dois lobisomens estavam avançando contra os eles.


   - INCENDIO – gritou Hestia fazendo um movimento circular em volta deles, e um circulo de fogo apareceu.


   - Isso não vai durar muito – disse Harry.


   Rapidamente o circulo foi apagado pela chuva. Hestia correu atrás dos lobisomens deixando Harry para trás.


   - VENHAM SEUS NOJENTOS! – gritava um auror estuporando todo mundo que via – ESTUPEFAÇA, ESTUPEFAÇA...


   Os dementadores começaram a atacar novamente.


   - EXPECTO PATRONUM – gritou Elphias e os dementadores voltaram a subir.


   - PECTUDAVRA! – Edgar havia soltado uma magia de luz preta em Kingsley. Mas ele conseguiu se esquivar.


   - COLOCORPUS – gritou Harry e acertou Edgar.


   - ESTUPEFAÇA – bradou Kingsley fazendo-o o bruxo ser lançado para longe. – te peguei!


   Um bruxo agarrou Harry pelo pescoço.


   - COLOCORPUS – ouviu-se Rony e o e bruxo caiu no chão – se for matar o Harry tem que passar por mim primeiro – disse chutando a cabeça do bruxo e cambaleando para o lado.


   Rony não estava nada bem. A bandagem em seu tronco agora estava vermelha de novo, o sangue havia começado a escorrer.


   - RONY! – Harry correu até o amigo que simplesmente caiu no chão de cara desmaiado.


   - CRUCIO! – um prisioneiro acertou a maldição em Elphias, para liberar os dementadores, o outro urrou de dor no chão.


   - AVADA KEDAVRA – Edgar havia voltado à luta e atacou Harry.


   - PROTEGO HORRIBLIS – Kingsley pulou na frente de Harry e o protegeu.


   Edgar ergueu a varinha para atacar novamente, mas um auror pulou contra as costas do dele. Dedalus ao mesmo tempo chegou.


   - Vai pagar pelas pessoas que você matou – disse dando um soco na cara de Edgar que o fez sangrar.


  - AH! – gritou Edgar.


   E como se ventos tivessem saindo do corpo dele, o auror e Dedalus foram lançados para longe.


   - ESTUPEFAÇA – gritaram Kingsley e Harry ao mesmo tempo, mas errando o bruxo.


   O uivo dos lobisomens soou e Hestia ainda tentava vencê-los. Edgar não tinha sido vencido, era mais forte do que do que eles, os dementadores davam mergulhos e sugavam as pessoas. Elphias voltou a se levantar do chão e fez um outro patrono.


   - EVERTE STATUM – uma luz feita um raio saiu da varinha de um auror e acertou Edgar e ele voou para trás. O bruxo se levantou, Kingsley se aproximou dele para acertar uma outra magia.


   - Desista, você e seus homens não podem vencer! – disse ele e desapareceu.


   Kin ficou olhando para os lados a procura dele.


   - Invisível – rosnou atento a qualquer movimento.


      A visão de tudo era horrível. Feitiços passando para todos os lados, dementadores tentando atacar, dois lobisomens inconscientes no chão.


   - ESTUPEFAÇA – gritou Harry para um atrás de Emmeline.


   - ESTUPEFAÇA – ouviu-se uma outra voz.


   Ele se virou e viu um bruxo caindo bem atrás dele.


   - Ele quase te pegou! – falou o auror.


   - ESTUPEFAÇA, ESTUPEFAÇA – gritava Emmeline.


   - EXPECTO PATRONUM – gritava um outro auror para afugentar os dementadores junto com Elphias.


   Alguns momentos Harry via luzes aparecendo no nada na frente dele, que provavelmente seria de Edgar atirando feitiços contra os outros.


   - ESTUPEFAÇA – urrou Kingsley atirando um feitiço contra um vulto que passou na sua frente.


   - ESTUPEFAÇA – gritava Hestia contra Greyback.


   Elphias estava horrorizado, mas ainda tentava afugentar os dementadores, os poucos prisioneiros que agora restavam de pé estavam lutando um a um.


   No mesmo momento Harry viu aparecendo atrás de Kin, Edgar. Ele tentou gritar mais não se dava pra ouvir. Edgar ergueu a varinha e uma luz vermelha saiu e acertou Kingsley em cheio nas costas. Dédalo apareceu gritando com seus cabelos molhados correndo até o ministro. Harry tentou gritar de novo apontando para onde o outro estava, mas ninguém lhe deu atenção.


   Uma luz vermelha saiu da varinha de Harry e cortou o ar em direção de Edgar e o acertou. Hestia havia vencido três dos quatro lobisomens, e agora lutava diretamente contra Greyback. Harry correu até Rony que estava caído no chão inconsciente e começou a analisá-lo, colocou a mão em seu peito e viu que seu coração ainda batia.


   - Ele vai ficar bom – Edgar apareceu ao seu lado como se não tivesse sido pego pelo seu feitiço – não vai morrer por ter sido pego por um arranhãozinho.


   Harry fitou aqueles olhos com raiva, Edgar estava apenas debochando deles. Ele queria matá-lo ali mesmo, e nem se importava mais se conseguiria saber o que ele enfim queria em Avalon ou no cofre de Bellatriz. Os dois se encararam por uns instantes, até que Harry lançou vários feitiços de uma vez só, Edgar bloqueou todos com facilidade.


   - Controle Potter – falou Edgar calmamente.


  Ao lado deles os outros passavam cortando o ar com suas varinhas ferozmente.


   - Por que...por que abandonou sua família, por que não contou a eles a verdade? – perguntou andando lentamente encarando Edgar.


   - Às vezes temos que fazer escolhas Potter – um feitiço veio contra ele e o mesmo bloqueou – escolha difíceis.


   - Você sabe que não serviu Voldemort porque quis, foi obrigado! Está disposto a jogar tudo pra fora mesmo? Estou lhe oferecendo a oportunidade de ficar livre – outro feitiço saiu de sua varinha, mas o outro bloqueou.


   - Livre? Eu sou livre! E se quer saber Potter, eu me arrependo até hoje de ter me arriscado por causa daquela...família. – mais um feitiço veio e ele bloqueou – você acha que depois da queda do Lord das Trevas eu não tentei voltar para o lado deles? Ah... tentei sim, e sabe o que fizeram? Tentaram me matar, me prender, um bando de ingratos e nojentos, me largaram ai como se fosse um lixo qualquer. – mais um feitiço veio e ele bloqueou de novo – mas por que eu deveria voltar para o lado de vocês se é apenas uma questão de tempo para o retorno do Lord das Trevas?


   - Voldemort está morto! – gritou Harry.


   - Por hora meu caro – disse ele debochando – tem que aprender a duelar melhor.


   - Sei duelar o suficiente para fazer o que eu preciso – retrucou Harry.


   - Se soubesse mesmo, teria sido capaz de me acertar um feitiço cara a cara – disse Edgar com a varinha erguida – não me acertar pelas costas.


   - SECTUMSEMPRA – urrou Harry.


   - NÃO TENTE USAR ARTES DAS TREVAS CONTRA MIM – gritou Edgar balançando a varinha e bloqueando o feitiço dele – COLOCORPUS!


   Os braços de Harry se juntaram, ele ficou preso, Edgar se aproximou dele colocando a varinha em sua cara com desgosto.


   - Não sei o que vêem em você – falou – tão fraco, tão inútil...Harry Potter o bruxo que silenciou o Lord das Trevas...


   - ESTUPEFAÇA.


   Um feitiço cortou o ar com muita ferocidade e acertou Edgar.


   - Finite incantatem – Kingsley apareceu fazendo ele voltar ao normal – acho que estamos vencendo – falou ele – faltam só alguns por ali – o dedo do homem apontou para Greyback que lutava ferozmente contra Dedalus, Hestia, Emmeline ao mesmo tempo. – e os Dementadores.


   - CHEGA! – Edgar voltara a se levantar – MAXIME ESTUPEFAÇA – urrou com tanta raiva que vários feitiços vermelhos saíram de sua varinha contra eles.


   Para o azar de Harry um dos feitiços acertou seu peito em cheio e ele foi jogado para longe com muita velocidade batendo a cabeça numa pedra e ficando inconsciente.


 


   Harry acordou sentindo uma tremenda dor no braço esquerdo. Ele estava quente agora, estava de baixo de vários cobertores, alguém segurava sua mão. Ele podia sentir a respiração da pessoa ao seu lado; abriu os olhos lentamente e viu Gina sentada em uma cadeira do seu lado. Os olhos delas estavam vermelhos, estava chorando.


   - Você está bem! – exclamou ela dando um longo sorriso.


   Harry retribuiu em outro sorriso, virou seus olhos em volta e viu que estava novamente numa sala do St. Mungus. Pode distinguir na cama ao lado, um Rony dormindo profundamente sobe olhares de uma Hermione.
   -Pelo amor de Deus, deixo-no em paz Gina! – ouvi-se a voz da Sra Weasley que surgiu de um canto da sala – ele precisa de repouso!
   Ela também parecia muito aliviada, mas apreensiva, atrás dela havia vultos em outras camas que ele não pode distinguir, deviam ser mais aurores machucados da batalha.  Ele não queria mais preocupar Gina, estava bem, só com dores no braço.
   - Quero me levantar – disse se sentando na cama.
 Sentiu-se levemente zonzo. Hermione virou seu rosto ao ouvir a voz dele, parecia que ia pular para lhe dar abraço memorável, mas apenas sorriu, e virou-se para Rony olhando-o preocupada. Harry percebeu agora que a Sra. Weasley não era a única pessoa naquela sala. Em algumas camas pode reconhecer os vultos dormindo, Hestia, Dédalo e uns aurores que tinha visto momentaneamente por uns segundos. Na porta da sala pode reconhecer Kingsley, falando com um velho barbudo que lembrava um tanto Dumbledore. Ele voltou a olhar Gina, então forçou um sorriso e reafirmou, se virando devagar, enfiando os pés no chão.
   - Eu realmente preciso me levantar, eu estou bem – Gina, porém, continuava o olhando com um olhar serio – relaxe... com essa cara eu vou ficar com impressão que está decepcionada em me ver de pé.
   - Ás vezes você só dá dor de cabeça – disse ela meio séria, então chorando fez o que ele temia.


   Harry quase se afogou no cabelo lanzudo dela quando ela lhe dera um abraço fazendo suas costelas protestarem de dor, escutou a Sra. Weasley bufar:
   - Gina, deixa o Harry descansar!


  Depois do longo abraço, ele pegou na cintura da bruxa e a beijou. Estava bem com ela ali.


   - Harry... Harry!


   A voz de Kin entrou em sua cabeça. Ele e Gina se separaram. Harry pode ver que Kingsley estava fazendo acenos para ele ir até lá.


   - Me espere aqui – murmurou ao ouvido dela lhe dando mais um beijo rápido, e saiu caminhando na direção do ministro.


   Kingsley estava realmente acabado também. Suas vestes estavam totalmente rasgadas, seu rosto estava sujo, porém, estava melhor do que ele. O velho que se parecia com Dumbledore o encarou.


   - Harry esse é Glover Wildsmith – apresentou Kin.


   - Como vai – cumprimentou ele o velho.


   - Estávamos aqui discutindo o que realmente aconteceu em Azkaban – disse Kingsley – então, vamos a uma outra sala mais reservada pra conversar melhor?


   Harry concordou, e os três saíram da sala onde estavam. Do lado de fora do corredor, ele pode ver o Sr. Weasley sentado em um dos bancos junto a Hugo e Lílian. As crianças deram um ar que iam abraçá-lo, mas o Sr. Weasley as segurou na mesma hora. Os três entraram numa sala ao lado que estava totalmente vazia. Glover fechou a porta e ele sentiu que ele fizera uma magia de impertubalidade.


   - Então – disse o bruxo velho – o que aconteceu lá, como surgiu uma varinha na mão do Edgar?


   - Bom, eu ia usar o Legilimens...


   - Sabe que não tem permissão de entrar em Azkaban com varinhas – interrompeu o bruxo.


   - Eu sei, mas...


   - Você sabe que, foi um crime deixar escapar prisioneiros de alto risco.


   - Mas eu não tive...


   - Sabe a gravidade do problema que você se meteu não é senhor Potter.


   - AQUELE ANDREW QUE DEU UMA VARINHA PARA O EDGAR – berrou Harry fazendo o velho se calar.


   Kingsley olhou para ele fazendo uma expressão para ele se acalmar.


   - Está dizendo que um funcionário do Ministério deu uma varinha para Edgar? – repetiu o velho que não tinha se intimidado com o berro de Harry.


   - Não só á ele – disse Harry dando uma risada forçada – estava distribuindo varinhas aos outros também!


   - Uma ótima história para se safar não é – caçoou Glover.


   - O Senhor não está querendo dizer que Harry tenha armado a fuga não é? – perguntou Kingsley.


   - Escolhemos os funcionários dedo a dedo para trabalhar em Azkaban, e com certeza nenhum dos escolhidos iria tramar a fuga de Edgar – respondeu o velho rindo.


   Harry riu também.


   - Então acho melhor escolher melhor seus funcionários – disse – está querendo jogar a culpa em mim não é? Só para não ter que contar a todo mundo que o senhor errou? Está querendo abafar de que foi VOCÊ quem escolheu o guarda de Azkaban que deu uma a varinha a Edgar? Eu sei como é, os bruxos irão crucificá-lo, você perderia seu emprego...


   Glover agiu rapidamente sacando a varinha e apontando para o pescoço de Harry.


   - Cuidado com as palavras Harry Potter – disse ele quando Kingsley se apressou em separar os dois.


   - CUIDADO O SENHOR! – rugiu Harry – não venha colocar a culpa e mim por um erro seu. Se foi você que escolheu os guardas de Azkaban, a responsabilidade é toda sua!


   O velho apenas sorriu para ele.


   - Muito engraçado. Você quer saber o que eu acho? Eu acho que você estava planejando deixar Edgar fugir, para depois capturá-lo sozinho e ganhar todo o credito. Sua fama iria aumentar não ia, pensou que com isso ia receber o titulo da Ordem de Merlim, primeira classe, mas pena que o senhor Potter não esteja no nível de combate do Edgar.


   - Você só pode estar de brincadeira – riu Harry – eu não posso estar ouvindo uma besteira dessa...


   - Uma besteira que custará seu emprego. De hoje em diante o senhor está expulso do Ministério da Magia, e será intimado a depor em legitima defesa por ajudar criminosos a fugir de Azkaban. – as palavras de Glover entraram em seus ouvidos como se ele tivesse levado uma pancada no rosto. – e o senhor tem sorte de que não tiremos seu cargo de Ministro, por hora. – acrescentou para Kingsley.


   O velho bruxo apenas balançou a cabeça sorrindo para eles, e saiu da sala batendo a porta. Harry encarou Kingsley pronto pra explodir.


   - Mas o que foi isso! Pensei que você fosse o Ministro da Magia!


   - Eu não posso fazer nada sobre as decisões dele – argumentou Kingsley com um olhar triste.


   - E o que ele tem de tão especial?


   - Ele é o Chefe da Ordem de Merlim, tem mais influencia no mundo nos bruxos do que o Ministério. Ele é quem decide as coisas nas costas do Ministro.


   - Ta dizendo que ele é como...seu chefe?    


   - É quase isso, a Ordem de Merlim é como um outro Ministério, só que mais poderoso, de bruxos mais poderosos – explicou Kin – quando eles decidem intervir não podemos fazer nada. E sabe, Glover estava mordendo os dentes para te expulsar do Ministério, estava só esperando uma oportunidade, e a de hoje foi perfeita para ele.


   - Não sei o que fiz pra ele – disse Harry irritado.


   - Ah Harry, você recusou todos os pedidos de ganhar o titulo da Ordem dele, Glover começou a achar que você se sentia bom demais para eles, te achou um metido a besta em outras palavras.


   - Então por causa disso ele quer se vingar jogando toda a culpa em mim?


   Kingsley concordou com a cabeça.


   - Ele acha que você pode mudar o modo de pensar das pessoas a respeito da Ordem de Merlim.


   - Eu devia fazer isso mesmo, mas é ótimo saber que eles me odeiam, me sinto bem melhor agora. Acredito que eles também se encarregarão de capturar Edgar e os outros de volta?


   - Glover vai fazer o possível...


   Harry soltou uma gargalhada fria.


   - Então prepare-se, porque vai começar a ocorrer mais desaparecimentos e mortes de agora em diante, e a Ordem de Merlim não vai fazer nada.


   Ele balançou a cabeça irritado. Kingsley não voltou a falar, percebera que Harry estava realmente irritado com aquele velho e com toda Ordem da Merlim.


   - Acredito que ele vai querer colocar um pouco da culpa em você – disse Harry finalmente – afinal, você que conseguiu a autorização pro Edgar sair de Salem e vir para Azkaban por um dia.


   - Vou ter que depor também – disse Kin – mas ainda sou Ministro e...


   - Pode fazer alguma coisa no Ministério – terminou a frase Harry – já eu, não posso fazer nada, nem entrar no Ministério mais.


   Ele estava com muita raiva agora, estava sendo acusado por ter causado a fuga em Azkaban, acusado de ter dado uma varinha a Edgar para ele escapar, foi expulso do Ministério, não podia fazer mais nada. E se a Ordem de Merlim não deixar o Ministério agir, os bruxos das trevas vão aterrorizar todo mundo, vão matar e torturar, e aquela ordem não vai fazer nada. Harry deu um soco na parece com tanta raiva que teve certeza de que havia quebrado alguns dedos. Ele odiava essa Ordem de Merlim cada vez mais, e se Kingsley for expulso do cargo do Ministério? Eles estarão acabados.


   - O que aconteceu depois que eu desmaiei? – perguntou Harry a Kingsley.


   - Bom, eu achei que íamos conseguir controlar todos aqueles bruxos, e até mesmo o Edgar – começou a contar Kin – mas eles conseguiram escapar, aparataram.


   - Achei que não pudesse aparatar lá.


   - Não pode na ilha, mas se estiver na água a uns dez metros dela, pode – explicou Kin.


   - Então eles figuram?


   - Nem todos. Edgar, Greyback, Lucio Malfoy, os velhos comensais da morte de você-sabe-quem se safaram junto de uns outros, alguns foram pegos.


   - Greyback e Edgar? – repetiu Harry.


   Dessa vez um sentimento de culpa invadiu seu corpo. Se ele não tivesse planejado interrogar Edgar, talvez isso não teria acontecido, talvez ele estivesse atrás das grades ainda em Salem e tudo estaria bem e ele ainda teria seu emprego.


   - Foi tudo minha culpa – disse para si mesmo. – não posso deixar esses bruxos à solta, eu tenho que pegá-los, matá-los se for preciso.


   - Não foi sua culpa, se esse tal Andrew não tivesse dado a varinha a Edgar e a todos os outros prisioneiros isso não teria acontecido – disse Kingsley. – claro que foi erro meu também, deveria ter convocado mais bruxos para ir a Azkaban quando o alarme disparou.


   - Alarme?


   - Os guardas de Azkaban tem um rastreador na varinha deles, e quando eles a disparam o alarme toca – explicou Kingsley – achei que não fosse nada demais, chegamos lá através de uma chave do portal de emergência.  


   - Salvou minha vida daquele vampiro – disse Harry – mas de onde surgiu aqueles dementadores, achei que você tinha os expulsado de Azkaban.


   - Eles estão sobre controle do Ministério sim – disse Kin – não sei porque eles atacaram, a não ser...


   - Que tenha alguém influenciando eles por trás? – disse Harry – você quer saber o que eu acho Kin? Eu acho que alguém sabia que o Edgar seria transferido de Salem para Azkaban e planejou uma fuga pra ele. Devo dizer que planejou muito bem, e ainda por cima vai fazer todos os bruxos ficarem contra mim.


   - Acha que alguém queria ver Edgar solto? – perguntou Kin – quem Harry, sabe que Edgar age sozinho.


   - Eu não sei quem é, mas vou descobrir, essa pessoa pelo jeito está tento influencias com os dementadores não é, pode estar querendo formar um exercito e querem que Edgar se junte e eles. – Harry passou a mão na cabeça – aposto cem galões que é a pessoa está por trás dos ataques em Hogwarts também, e se for isso mesmo, deve estar infiltrada lá perto.


   Kingsley não falou nada, apenas ficou olhando Harry caminhar pela sala.


   - Eu tenho que ir para Hogwarts, Kin, tenho que falar com uma pessoa. 

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