Reunião misteriosa




     Já era noite. O silencio pairava em Hogwarts. Os novos alunos já tinham sido escolhidos para suas casas pelo chapéu seletor. Rosa deu um suspiro de alivio quando foi anunciada para Grifinória e Alvo nem precisou se preocupar, pois o chapéu mal tocara em sua cabeça quando foi anunciado Grifinória também. Agora a brisa do vento balançava lentamente as árvores da floresta proibida. No alto do grande castelo algumas torres ainda emitiam luzes. O silêncio se rompeu quando as portas saguão de entrada se abriram. Do castelo um vulto de um homem com uma longa capa preta apareceu. Sua cabeça estava coberta por um longo capuz. O homem fechou as portas lentamente ao passar, e saiu descendo as escadas. Cautelosamente foi caminhando pelos terrenos da escola; inúmeras vezes sua cabeça se virava em direções diferentes. Uns cinqüenta metros de onde ele estava, uma grande cabana que da chaminé saia uma fumaça contínua, emitia luzes.


    O homem começou a rumar em direção da floresta, examinando tudo que estava a sua volta como se estivesse procurando algo. Sua capa esvoaçava sobre seus tornozelos. O vento frio soprou mais forte quando ele entrou na floresta e desapareceu entre as árvores. A porta da cabana que estava nos terrenos se abriu. Um homem enorme saiu de lá com uma besta na mão olhando atentamente para os lados desconfiado.


   - Quem está ai? – perguntou Hagrid girando os olhos a procura de alguém.


   O homem que estava na floresta estava encostado ao lado de uma árvore observando o outro. Seus olhos brilhavam no meio da escuridão como se fosse de um lobo.


   - Algum problema? – perguntou uma voz sombria vindo aparentemente do mesmo lugar que o homem estava.


   - O guarda caça me viu saindo do castelo – respondeu ele como se alguém estivesse do seu lado.


   Hagrid agora havia saído de sua cabana. Com sua besta em sua enorme mão direita, olhava para todos os lados dos terrenos da escola.


   - Apareça quem for – disse Hagrid em alto tom – ninguém pode sair para fora do castelo depois do toque de recolher.


   - Ordens? – perguntou o homem para ninguém.


   - Tire-o do caminho, mas não o mate – respondeu novamente a voz fria.


   - Estou lhe avisando, se não aparecer eu vou chamar...AHH...


   Um lampejo saiu da ponta da varinha do homem e acertou Hagrid em cheio. O guarda caça caiu no chão inconsciente, sua besta saiu voando de sua mão e foi parar uns seis metros longe dele.


   - Coloque-o na cabana de volta – mandou a voz fria.


   O homem saiu de trás das arvores novamente, seu rosto ainda estava coberto por seu capuz. Ao meio do terreno, o corpo de Hagrid era bem visível até mesmo no meio da noite. Com um movimento com a varinha, o homem vez o gigante flutuar como uma pluma. Cuidadosamente começou a guiar o corpo de volta para a cabana.


   Ao entrar na cabana um cheiro de chá forte chegou em suas narinas; não havia mais Canino, o enorme cachorro de Hagrid morrera há dois anos. O homem depositou o corpo do gigante em uma enorme poltrona.


   - Altere a sua lembrança – disse a voz fria como se estivesse o tempo todo do lado do bruxo.


   O homem se apressou e chegou mais perto de Hagrid, e apontando a varinha para a cabeça dele, começou a murmurar feitiços. Sua varinha brilhava sem parar, e uma vez ou outra, um lampejo branco acertava a cabeça do outro. Passado alguns minutos o bruxo se levantou de novo.


   - Para a floresta – ordenou a voz fria.


   Ele se virou para sair da cabana, mas antes vez um gesto com a varinha e o fogo que aquecia o chá de Hagrid se apagou. O bruxo saiu da cabana fazendo outro movimento com a varinha e as luzes da cabana se apagaram também. Ele fechou a porta cuidadosamente, depois saiu caminhando novamente para a floresta.


   A luz da lua que iluminava sua cabeça desapareceu instantaneamente quando ele se afundou dentro da floresta. O castelo de Hogwarts não estava mais visível. O homem deu um toque com o dedo na varinha e ela se acendeu como uma lanterna.


   - Mais ao fundo – disse a voz sombria ao seu lado.


   Cautelosamente o bruxo continuava a caminhar olhando sempre para os lados como se procurasse algo. Um barulho penetrou em seu ouvido e instantaneamente ele ergueu a varinha para escuridão procurando o que era. Passos feitos galopes começaram a soar, e de repente um centauro enorme apareceu em sua frente investindo contra ele.


   - Crucio! – disse o bruxo antes mesmo que o outro o acerta-se.


   O centauro desmontou no chão como se tivessem puxado suas pernas com cordas e começou a uivar de dor se contorcendo.


   - Incarcerous.


   Cordas saíram da varinha do homem e se enrolaram contra o centauro, imobilizando ele no chão. Os olhos do outro, se encontraram com os dele.


   - Eu disse para você não voltar aqui – disse o Centauro com raiva.


   - Creio que já conversamos sobre isso – respondeu o bruxo friamente olhando para os lados.


   - Magorian não quer te ver na floresta mais – disse o Centauro tentando se soltar das cordas. – é melhor sair daqui enquanto pode meu rapaz, eles estão a caminho.


   - Você está questionando meus poderes? – o bruxo agora estava encarando com seus olhos brilhantes o outro.


   - Seus poderes não são nada, você é apenas um garoto!


   - Um garoto? – urrou o bruxo com raiva fazendo o centauro ficar de pé com um movimento de sua varinha.


   - Você é jovem ainda, saia daqui enquanto pode – ofegou o centauro – Magorian não te matou antes por você ser uma criança de sua espécie, mas agora não...é diferente.


   - Então quero deixar um recado bem claro a ele – o bruxo vez o centauro ser arremessado para longe – avise ele para não me perturbar, ou eu acabo com a vida dele.


   O Centauro se livrara das cordas e estava de pé novamente. Ele olhou o bruxo e deu uma boa gargalhada.


   - Você é muito engraçado garoto – debochou o centauro – Magorian terá prazer em matar um metido a besta como você.


   E dando mais uma gargalhada de deboche virou as costas para o bruxo para ir embora.


   - Avada Kedavra.


    Instantaneamente o Centauro caiu no chão morto. Uma risada fria soou do lado do bruxo, que caminhou lentamente até o outro morto.


   - Você está ficando bem eficaz com essa magia – disse a voz fria.


   - Já testei ela em muitos alunos – respondeu o bruxo gentilmente, em seguida dando um pontapé na cabeça do Centauro – mestiço imundo.


    Novamente ele olhou para os lados, e saiu caminhando para mais dentro da floresta. As árvores estavam ficando cada vez maiores e mais tenebrosas. Sua varinha era a única fonte de luz que tinha no momento.


   - Está bem aqui – disse a voz fria fazendo o homem parar.


   Uma luz começou a brilhar diante do bruxo como se alguém tivesse colocado fogo nas árvores. Lentamente um outro vulto começou a surgir no nada bem à frente dele. Seus trajes eram iguais, uma longa capa preta e um capuz na cabeça.


   - Perfeito! – disse novo homem que aparentemente estava o tempo todo com o bruxo – quais são as noticias que você me trás?


   - Conheci um garoto no trem meu senhor, que o conhecia – disse o bruxo.


   - É de se admirar esses bruxos jovens.


   - Sim senhor, ele parecia muito entusiasmado quando falamos de você.


   O outro homem deu uma risada fria e forçada. Alguns corvos que estavam nos galhos das arvores levantaram vôo repentinamente.


   - Isso e realmente fascinante – disse ele – bruxos tão jovens me conhecerem assim, enquanto outros adultos simplesmente me ignoram.


   - Concordo – disse o bruxo.


   Novamente sons de galopes soaram, e os dois bruxos olharam momentaneamente para trás. Uns quinze centauros estavam alinhados com grandes bestas apontadas para eles.


   - VOCÊ MATOU O NAPON SEU INSOLENTE! – urrou na mesma hora o Centauro mais alto atirando contra eles.


  O bruxo rispidamente moveu a varinha e a flecha desapareceu, com outro gesto as bestas que estavam nas mãos dos centauros se desintegraram. As arvores que estavam em volta deles começaram a se mover e em seguida se dobraram em cima dos Centauros como se tivessem sido cortadas e os imobilizaram.


   - VOCÊ NÃO VAI SAIR BEM DESSA – berrou novamente o centauro mais alto.


   - Boa noite para você também, Magorian – disse o jovem bruxo que imobilizara todos eles com simples gesto com a varinha. – creio que o corpo de seu amigo Napon sirva de lição para vocês como um aviso meu.


   - Você se acha muito forte garoto, você e esse seu amigo – disse indicando o outro bruxo – você acha que será o próximo Lord das Trevas? Está querendo se igualar a ele matando alunos inocentes?


   O outro bruxo que estava atrás deu outra risada sombria enquanto o outro se aproximava mais do centauro.


   - Você não sabe o que fala Magorian – disse ele – eu vou matar você, lentamente, para que aprenda não meter o nariz no que não é da sua conta. Crucio!


     O uivo do centauro ecoou pela escuridão, o vento soprou mais forte, os corvos que ainda estavam ali perto saíram voando enquanto o grito de dor do centauro foi morrendo no meio da noite.


 


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   - O Lord das Trevas...


   - Está com Potter...


   - Volte e o traga de volta...


   - Achei que fossem apenas lendas...


   - Na escola de Avalon...


   - Cofre trezentos e noventa e quatro...


   - Aquele Potter...


   Eram três da manhã quando Harry acordou assustando em sua cama. A luz do luar pairava sobre seu rosto suado. Ele estava no St.Mungus, tinha ido para lá minutos depois de contar ao ministro sobre sua visão dos pensamentos de Edgar.


   - Eu não sei dizer Harry, mas acho que é perfeitamente normal isso – disse Kingsley.


   - Mas parecia que as duas visões queriam...se projetar ao mesmo instante...


   - Não esquente a cabeça com isso, vá cuidar do seu braço agora, Edgar está capturado e ele não vai poder fazer mais nada.


   Mesmo Kingsley tendo falado para ele esquecer a visão, ele não estava conseguindo, a cada tentativa de dormir, sonhos sobre a visão apareciam em sua mente. Harry olhou para os lados da sala em que estava e viu que Hermione, Rony e Ted ainda dormiam profundamente. Ele coçou a cabeça olhando para a janela. Tinha certeza que ouvira o nome Lord das Trevas nessas visões, e o seu também. Não estava entendendo mais nada. Ele se ajeitou na cama na esperança de dormir de novo, e na manhã seguinte perguntar a opinião de Hermione sobre o assunto.


                                   


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    Os dois bruxos ainda estavam na floresta proibida de Hogwarts, ao longe deles estavam os corpos dos Centauros mortos.


   - Como é, não está conseguindo chamar ela? – a voz fria do outro bruxo nesse momento estava alterada, alguma coisa o aborrecera.


   - Não senhor – respondeu o outro – e tenho certeza de que não fiz nada de errado.


   - Ela está morta! – rosnou o outro enfurecido.


   - Vou verificar isso meu senhor – o bruxo meteu a mão no bolso e tirou um espelho – Yorgo, está ai? Preciso falar com você.


   Ele mal guardara de volta o espelho no bolso, e um vulto se projetou a sua frente. Outro homem surgira agora, usava vezes vermelha e preta, tinha longos cabelos cumpridos negros, seu rosto era muito pálido e seus dentes ficavam a mostra como de um vampiro, seu olho era azul.


   - Me chamou Lord Bartok? – perguntou Yorgo fazendo uma reverencia.


   - Quero que você chame os outros – mandou o jovem Bartok – nesse exato momento, aqui mesmo.


   - Chamarei meu senhor – disse Yorgo fazendo outra reverencia e sumindo.


   - Eu a vi morrer – disse a voz fria do outro bruxo – tenho certeza que vi.


   - Vamos verificar isso meu senhor.


   Bartok começou a fazer gestos com a varinha murmurando baixinho. As arvores começaram a se afastar lentamente de onde eles estavam. No outro segundo uma mesa retangular enorme apareceu junto com umas quinze cadeiras que se repousaram no chão sujo da floresta. As pontas dos galhos mais próximos emitiam uma pequena luz saia para iluminar o local.


   Bartok e o outro bruxo se adiantaram para uma cadeira e se sentaram lentamente a espera da volta de Yorgo. No mesmo instante vários vultos começaram a surgir em volta da mesa. Mais de dez bruxos haviam aparecido.


   - Mas o que é isso? – exclamou um bruxo vendo o corpo de um centauro estendido no chão – um mestiço! – ao passar por cima do corpo fez questão de cuspir em cima.


   Depois de um longo alvoroço, todos os bruxos que haviam aparecido estavam sentados nas cadeiras, totalmente acomodados. Bartok ergueu uma das mãos e todos se calaram automaticamente.


   - Aqui estão vocês meus amigos, leais como sempre – começou a dizer o bruxo – enfim o período de férias acabou e eu pude voltar a essa escola que tanto me ensinou.


    Os bruxos que estavam na mesa se acomodaram mais um pouco, mas não disseram nenhuma palavra.


   - Então – continuou Bartok – quais as novidades?


   Alguns bruxos fingiram tosse, outros apenas abaixaram a cabeça com medo de olhar Bartok, o silencio era total.


   - Dimitri, achou o corpo? – perguntou Bartok finalmente.


   Um bruxo ao extremo da mesa tremeu da cabeça aos pés ao ouvir seu nome.


   - Milorde, nós conseguimos uma pista – disse o bruxo.


   - Uma pista? – urrou o bruxo da voz fria – damos uma missão simples a vocês, e sequer conseguem concluí-la!


   O interesse sobre o assunto ao redor da mesa se intensificou perceptivelmente. Alguns enrijeceram, outros mexeram, todos atentos a Dimitri.


   - Perdão Milorde, mas o ministério escondeu o corpo do Lord das Trevas muito bem...


   - ENCONTRE-O – berrou a voz fria do bruxo que estava com Bartok.


   Dimitri se encolheu de volta na cadeira como se o assunto estivesse encerrado.


   - Andrew e você, o que tem a me contar? – perguntou Bartok.


   - Achei alguns comensais da morte senhor, a vários vivos ainda, a maioria presa em Azkaban – respondeu outro bruxo que estava no centro da mesa se curvando.    


   - Excelente noticia.


   - Cite nomes – mandou o bruxo da voz fria.


   - Antonio Dolohov...Rabastan e Rodolfo Lestrange...Fenrir Greyback...Lúcio Malfoy...


   - Perfeito, perfeito – disse o bruxo da voz fria – Bartok está vendo, comensais da morte pronto para te servir até a morte.


   O outro bruxo deu um sorriso.


   - Yorgo – disse o bruxo da voz fria – tenho uma pequena missão para você, quero que encontre o corpo de Bellatriz Lestrange.


   - Não será necessário – disse o bruxo pálido – verificamos isso no verão, está enterrado junto ao corpo dos pais dela.


   O bruxo fechou a cara e olhou para Bartok.


   - Yorgo, você tem certeza do que está dizendo? – perguntou Bartok ignorando o olhar do outro.


   - Absoluta milorde.


    Os dois bruxos se olharam por um instante.


   - Lawrence, e o Edgar? – perguntou a outro bruxo.


   - Eu sinto muito meu senhor – respondeu o outro que agora estava sob olhares de todos. – mas a oportunidade se perdeu.


   - Como se perdeu? – os olhos de Bartok brilharam embaixo do capuz.


   - O ministério capturou Edgar essa tarde – argumentou Lawrence – uma perca e tanto se posso dizer, mas foi uma emboscada.


   - Capturado? – repetiu o bruxo.


   - Sim Milorde, aparentemente estava querendo roubar Gringotes.


   - Inexperiente – comentou o bruxo da voz fria.


   - Lamentável mesmo – falou Bartok olhando para cima – mas não tem problema, vamos trazê-lo para nosso lado, é um partido talentoso sim.


   - Milorde – disse a voz de outro bruxo se curvando – como exatamente pretende chamar os comensais da morte?


   - Uma fuga é claro – disse Bartok levantando-se da sua cadeira, a luz iluminou sua boca e deu para perceber que ele estava sorrindo – vamos armar tudo, precisamos penetrar no ministério primeiro.


   O bruxo ao lado dele soltou um riso abafado.


   - Muito ousado você garoto, muito ousado – disse sua voz fria por baixo do capuz – é desse tipo de bruxo que eu gosto, tão jovem e tão...poderoso.


   - Apenas quero minha vingança meu senhor – disse Bartok a ele – vou acabar com aquele Harry Potter, vou arruinar a vida dele, assim como ele arruinou a minha!


   - Não esqueça que Harry Potter também foi o que calou para sempre o Lord das Trevas – acrescentou o bruxo da voz fria. Os dois deram boas gargalhadas enquanto os outros bruxos apenas os observavam.


   - Vamos fazer o seguinte...


 


 


 


   O sol invadiu seu rosto no quarto do St.Mungus na manhã seguinte. Harry acordou sonolento. Seu braço machucado já estava em perfeitas condições. Ele abriu e fechou os dedos verificando se estava tudo certo, depois colocou seus óculos e deu um salto da cama se ponto de pé. Ted, Hermione e Rony ainda dormiam profundamente. Ele não queria acordar os outros, apenas caminhou até a janela e contemplou a rua que estava repleta de trouxas apressados.


   - Monstro – murmurou Harry baixinho.


CRACK


   Num estalo um elfo velho apareceu. Não estava mais usando aquelas vestes velhas e mal tratadas de quando morava na casa dos Black. Agora trajava um uniforme feito especialmente por Hermione. Era azul-celeste e no meio do peito tinha quatro siglas em vermelho. F.A.L.E. Harry nunca contou ao elfo que as vestes foram presente de Hermione, supôs que ele se recusaria usar roupas feitas por uma “sangue-ruim”.


   - Me chamou Sr. Potter? – Mostro fez uma reverencia tão profunda que encostou seu nariz no chão.


   - Mostro, quero que você vá a alguns lugares para mim – disse Harry se virando para encarar o elfo – quero que você vá até Gina e avise que está tudo bem comigo e com Ted, depois vá à casa de Andrômeda e avise ela que Ted está comigo – o elfo resmungou alguma coisa sobre “traidora do próprio sangue” quando ouviu o nome Andrômeda – depois encontre Hugo onde quer que ele esteja e o avise que seus pais estão bem. Por ultimo vá a Hogwarts dar uma espiada em Alvo e Tiago.


   - Certamente meu senhor.


   O Elfo fez outra reverencia exagerada e em outro estalo desapareceu. Não demorou muito para que Rony e Hermione acordassem, e assim que Harry teve a oportunidade contou tudo sobre a visão estranha que viu em Edgar e sobre seus sonhos na noite passada.


   - Isso é realmente estranho Harry, eu nunca li algo desse tipo sobre Legilimens – contestou Hermione depois que ele terminara a história.


   - Talvez ele estivesse tentando esconder seu pensamento – chutou Rony sentando na cama comendo purê de batatas que o Curandeiro havia trazido.


   - Não, não acontece isso quando se tenta esconder o pensamento – disse Hermione a ele - não do jeito que o Harry contou.


   - Mas isso não é importe é? Quero dizer – disse Rony – Edgar foi preso...


   - Mas eu ouvi o nome Lord das trevas, e que Dumbledore me deixou alguma coisa – interrompeu Harry – e não era Edgar falando, era uma mulher... e ela também queria alguma coisa em Avalon. – ele olhou para a amiga


   - Não olhe para mim, não sei nada sobre Avalon – disse ela rispidamente – sei que é uma escola de magia e bruxaria igual Hogwarts e mais nada.


   Eles ficaram em silencio por um instante.


   - Incrível – disse Rony finamente olhando ela.


   - O que é incrível?


   - Você não saber nada sobre Avalon, você sempre sabe tudo.


   - Mas... ora seu...como ousa... – Hermione apontou o dedo para cara dele, mas não falou mais nada, apenas começou a rir sozinha.


   Harry e Rony começaram a rir também e só foram abafados quando um ronco de Ted soou ao fundo da sala.


   - Prometo que vou pesquisar algo sobre Avalon – disse ela um tempo depois.


   Duas batidas na porta soaram e logo em seguida elas se abriram. De lá uma bruxa que Harry não gostava nem um pouquinho surgiu. Rita Skeeter, aparentemente querendo fazer perguntas sobre a captura de Edgar Teobot. Ela já não tinha aqueles cabelos louros brilhantes de antes, agora seus cabelos eram brancos, porém continuava com o baton vermelho de sempre na boca.


   - Harry...Harry...Harry – disse ela sorrindo com os braços apertos segurando uma pena nas mãos. – como está se sentindo meu heróizinho preferido.


   - Estou bem...


   - Cai fora Skeeter – mandou Hermione pondo-se de pé – não vamos dar nenhuma entrevista pra você.


   - Oh não...não me levam a mal eu só quero... conversar! – disse ela se sentando em uma cama sorrindo pra eles.


   - Conversar o que, não vamos dar detalhes particulares a você sobre o Beco Diagonal – disse Hermione enfurecida, ela nunca fora com a cara de Rita Skeeter também.


   - Eu não...


   - Não queremos conversar o.k Skeeter? – disse Harry se ponto de pé.


   Depois de um pouco de discussão com a repórter, eles finalmente a conseguiram expulsar do St.Mungus. Ted acordara uma hora depois que Rita Skeeter tinha ido embora. Os curandeiros deram alta para eles ao meio dia. Harry se despediu dos dois amigos e aparatou para sua casa, Rony e Hermione fizeram o mesmo, Ted foi para casa de sua avó.


   Mal chegou em casa direito e foi rapidamente atacado por um abraço profundo de sua filha Lílian. Gina estava na cozinha preparando o almoço quando ele chegou.


   - Você estava trabalhando papai? – perguntou Lílian quando ele a pegou no colo.


   - Estava – disse ele dando um beijo em sua bochecha.


    Gina saiu da cozinha para ver ele.


   - Pegaram o Edgar então – disse ela sorrindo pra ele – já saiu no profeta diário, o Kingsley fez questão de levá-lo a Azkaban pessoalmente – contou ela.


   - Não foi tão simples – disse ele colocando Lílian no chão e indo dar um abraço em Gina.


    Depois de um resumo detalhado sobre o que acontecera no Beco Diagonal a Gina, eles foram passar o resto do dia na Toca, onde Hermione e Rony também estavam. Lílian e Hugo não se demoraram a começarem a correr pelos jardins da Sra. Weasley.


   - Crianças – dizia ela quando via eles – ontem eram vocês, hoje são eles, o tempo passa muito rápido.


    Todos estavam sentados na cozinha num fim de tarde magnífico quando uma coruja entrou deslizando sobre a cabeça deles e deixou cair uma carta no colo de Harry. Ele não se demorou, pegou-a e a abriu.


   - Algum problema? – perguntou Rony ao seu lado esticando o pescoço para ler também.


   - É de Hogwarts – disse Harry em tom alto e todos na casa viraram os olhares para ele – encontraram um bando de Centauros... mortos.

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