O retorno de Lord Voldemort



 



   Região montanhosa de Scafell Pike era o lugar que a carta dizia para ele irem. Não queria saber de mais nada, apenas pegar seu filho de volta, não podia deixar ele morrer, nunca se perdoaria por isso, era algo que nem se podia imaginar.  
   
  Aparatou com Hermione, haviam chegado num campo aberto no meio de uma chuva intensa, parecia não haver ninguém ali, mas estava enganado. Poucos metros a frente um grupo o esperava, sim, era o grupo de comensais da morte, eram muitos, deviam ser uns vinte.


   - Pegue a varinha Mione – mandou puxando ela lentamente em direção do grupo.


   - Harry cuidado...


   Os dois andaram na direção deles, ambos com a varinha em punho, os outros não pareciam ter notado suas presenças, andaram mais, viram alguns conhecidos no meio daquele grupo, Lucio Malfoy, Greyback...


   - AH!


   Edgar os viu, todos os outros viraram suas faces em sua direção, sentiu Hermione congelar ao seu lado.


   - Estávamos te esperando Potter – disse Edgar sorrindo – chegamos a pensar que não viria, ou talvez tivesse morrido dentro daquele lago.


   - Não venha falar comigo miserável – rosnou Harry sentindo Hermione segurar seu braço para não avançar – onde está o Alvo? ONDE ESTÁ!


   - Oh oh, vamos todos manter a calma – disse o outro abrindo as mãos para ele – seu filho está muito bem aqui conosco.


   Apontou para trás e mostrou um pequeno corpo deitado no chão desacordado. Sentiu vontade de avançar e matar todos eles, mas Hermione o impediu.


   - Fraco esse bebe Potter, um inútil – Bellatriz falou aparecendo do meio de todos debochando.


   - Limpe sua boca suja Lestrange! – urrou apontando a varinha.


   - Ataque! – ela mandou – vamos Potter ataque! Do que está com medo?


   Não estava agüentando, algo monstruoso dentro dele falava para atacar, mas outra coisa muito forte o mandava ficar imóvel.


   - Não escute ela Harry – disse Hermione em seu ouvido – vamos entregar os objetos e pegar o Alvo.


   Bellatriz olhou para eles, Edgar deu alguns passos para o lado como se esperasse alguma reação.


   - Não vai atacar Potter? – pergunto a bruxa – então deixa que eu mesma ataco... – apontou a varinha para Alvo desacordado e soltou a maldição imperdoável – CRUCIO!


   O corpo que até agora estava imóvel se mexeu, o garoto acordou com aquela dor alucinante da maldição de Bellatriz e berrou. Os berros dele eram altos ecoando pela região, a bruxa ria enquanto torturava, outros comensais também se convenceram a rir.


   A ira de Harry explodiu ao ver aquilo, o mostro agora tinha tomado todo o seu corpo vendo aquilo, sentiu-se livrar dos braços de Hermione e urrar com a maior fúria do mundo a maldição imperdoável que nunca usara na vida.


   - AVADA KEDA...


   - EXPELLIARMUS!


   Antes de terminar seu ataque furioso sentiu a varinha voar de sua mão, Edgar o desarmara.


   - ESTUPEFAÇA! – um feitiço vindo de Lucio Malfoy acertou seu peito em cheio.


   Foi lançado alguns metros para trás caindo no meio daquele gramado frio. Escutou sua amiga gritar seu nome e correr atrás dele. A dor subiu dentro dele, estava acabado, estava todo arrebentado, havia sofrido danos demais dentro do lago. Escutou alguns comensais rirem da cara dele.


   - Harry! – Hermione chegou até ele e se ajoelhou colocando a mão em seu peito – Harry não...


   - Hermione... – disse baixo se esforçando para falar.


    Bellatriz cessara a maldição em Alvo e os observava agora.


   - Harry... – ela repetiu.


   - Saia daqui Hermione...


   - Não...


   - Vá embora...


   - Não... não...


   - Por favor me deixa aqui, se salve...


   - NÃO!


   - Você devia estar lá com o Rony...


   - Ele está bem... você disse que ele está bem... Harry...


   - É ele está... e você também tem que estar... saia daqui enquanto pode...


   - NÃO... não vou te abandonar aqui... não vou deixar você no meio desses comensais.


   Harry riu com um pouco de esforço.


   - Acho que cai numa emboscada... devia ter esperado a Morgan...


   - É devíamos... mas agora estamos aqui... você tem que levantar... temos que pegar o Alvo.


   Alvo. Não tinha reparo que os gritos dele haviam cessado, aqueles berros ainda latejavam em sua mente. Sentiu a amiga ajudando-o a se sentar, seu peito doida e sangrava, olhou para frente para ver aqueles encapuzados os observando, viu seu filho no chão, ficou olhando ele, se lembrou de Gina, céus como devia estar ela, lembrou de Tiago, Lílian...


   - Vamos levanta Harry.


   Sim, não podia se entregar assim. Tinha que lutar. Tinha que ser forte. Tinha que proteger seu filho igual seu pai o protegera quando era bebe, ia se sacrificar se necessário para tirar ele dali. Levantou-se. Edgar e Bellatriz olharam para ele com espanto.


   - Rapas impertinente – disse Edgar se esforçando para não rir – como vê Potter você não tem escolha, me entregue os objetos ou veja esse seu filho... morrer.


   Olhou para ele escutando as palavras entrarem, deu um passo para pegar sua varinha no chão...


   - Ah, deixa ela ai – falou Bellatriz erguendo a dela contra ele.


   Hermione o puxou.


   - Como vou saber se... vão me entregar o Alvo – perguntou.


   - Como vai saber? – repetiu Edgar – você ainda não entendeu Potter...


   - CRUCIO! – Bellatriz investiu no menino.


   Os berros de novo entraram em seu ouvido, maldito...


   - Isso não é uma negociação, os objetos Potter – Edgar estendeu a mão, a outra parou a maldição e os berros cessaram.


   Sentiu a amiga apertar seu braço e falar.


   - Vamos entregar pra ele, a vida do Alvo é mais importante.


   - Duvido que eles queiram fazer realmente uma troca – disse baixo.


   - Então o que vamos fazer?


   - Estou pensando!


   Edgar deu mais um passo na direção deles.


   - Estou lhe avisando Potter, seu tempo está se esgotando.


   Os dois não se moveram.


   - Merd... se pelo eu tivesse esperando a Morgan...


   - A gente foi cabeça dura, mas eu faria a mesma coisa se fosse meu filho.


   - Morgan... Morgan – continuou repetindo baixo sentindo uma idéia fluir em sua mente – é isso!


   - O que?


   - Morgan me ensinou a se projetar...


   - Se projetar?


   - Sair do corpo Hermione, ir para outro lugar sem se mover!


  


Ela suspirou. Balançou a cabeça e sorriu.
- Estou devaneando, é um defeito que tenho, vamos trabalhar? O que você pensa em se projetar?
- Projetar?
- Você ver algo acontecer num lugar, mesmo não estando no lugar.
- Deve ser legal.
- É muito útil, vamos começar com isso, projetar, vou te ensinar a ver seja lá onde você estiver.
Havia uma chama brilhando naqueles olhos violeta que indicaram confiança para ele.”


 


   - Só não sei se as pessoas conseguem me ver, e se eu consigo falar...


   - É uma idéia, mas não é perigoso?


   - Mais perigoso do que ter vinte comensais na nossa frente? Não... – disse – tente distraí-los caso falem algo.


   - O que estão planejando? – Edgar perguntou apontando a varinha.


   - Nos de um tempo, vamos lhe entregar os objetos – Hermione falou.


   Era isso, aproveitando sua amiga distraindo eles fechou os olhos e se concentrou. Queria chegar até o ministério, encontrar Morgan, Kin, qualquer um, não se importava quem fosse...


   - AH!


   Algo gritou ao seu lado, era Hermione, Edgar a estuporá-la, sua concentração foi por água abaixo, abriu os olhos para ver a outra do seu lado caída.


   - Maldito! – rosnou indo até ela para ajudá-la a se levantar – covarde!


   - Não quero mais gracinhas – disse o bruxo apontando a varinha contra ele – se não vai entregar os objetos, eu vou pegá-los a força!


   - Venha tentar! – retrucou com raiva.


   - Abusado, então sua estadia acaba aqui Potter...
  
   - Acaba sim! – ele ergueu a mão.
   
   Foi um súbito ataque de raiva, dor, e vingança que o invadiu, apenas gritou o feitiço tendo certeza que agora não teriam como o desarmar.
  
   - RICTUS!

   - ELE É AKASHA – gritou um comensal.
   
   Já era tarde, o lampejo já havia saído de sua mão. Ao mesmo tempo escutou um estalo de alguém aparando, abriu os olhos achando que Edgar tinha fugido, mas não, o que viu foi horrível.
  
   Era sangue, sangue para todos os lados. Os olhos de Edgar arregalados com o sangue que brotava do ombro rasgado daquela pessoa, Bellatriz ao longe soltou uma gargalha, mas o pior era ela, a chuva de sangue que inundou o seu campo de visão, misturado aos cabelos esvoaçando enquanto ela, de costas para Harry, caía.


   Morgan tinha aparatado entre eles e os comensais, ela recebera o golpe de sua fúria em cheio, estava caindo morta em seu colo, uma das mãos segurava a carta que ele recebera no ministério, a carta que Hermione jogara quando foi atrás Harry, ele segurou-a, Edgar riu.
   
   - Eu estou bem – disse com prazer olhando para seu corpo – muito bem Potter, matou a miserável da Morgan.
   
   Harry olhou para Morgan, expressão calma, cabeça apoiada em seus joelhos, Hermione olhava aquela cena horrorizá-la, incapaz de falar algo, ele continuava olhando aquela mulher pensando “O que você fez...”.


    O vermelho do sangue derramava, sentia o sangue dela escorrendo por suas pernas, ele desesperado não sabia o que fazer.
   
  - Harry... – ela suspirou – não dói... 
  
  Ele tremeu, escutou os risos dos comensais, fechou os olhos, passos em direção deles, abriu-os de novo vendo Bellatriz ao lado puxando a mochila da mão de Hermione, não conseguia se mover para impedir aquilo, seus olhos voltaram para os olhos violetas de Morgan, que foram perdendo o brilho devagar, foram fechando, do mesmo jeito que ele mesmo ia se fechando, morrendo, a cabeça dela pendeu.
   
   Bellatriz já havia pegado a mochila das mãos de Hermione, estava reunida com os outros fazendo o tal ritual para trazer seu lord de volta. Alguém o puxou com força, o afastou de Morgan, caída ali, numa mancha vermelha.

      - Harry! HARRY!
 
     Mas ele olhou suas mãos, estavam encharcadas de sangue, do sangue dela, de sua amiga, eles tinham conseguido, o tornara um assassino. Fechou as mãos, e de uma vez só soltou um grito de desespero, estava passado, foi sua alma que gritou.


 


  


    Os comensais já não riam mais, estavam mais interessados nos treze objetos que juntos traíram seu lord de volta, esqueceram até Alvo no meio do gramado ainda gemendo sentindo agulhadas daquela maldição imperdoável que Bellatriz tinha usado.


    Foi Hermione que notou o garoto sozinho, largou Harry no gramado gritando e correu para o garoto, chegou lá ofegante e pegou ele no colo, pouco à frente os comensais falavam sem parar ao redor do caldeirão de Clyddon Eidin. Deu alguns passos para trás e correu de volta para onde o outro estava, depositou Alvo no chão e se ajoelhou ao lado de Harry.


   - Pegamos o Alvo, vamos embora Harry, vamos levar a Morgan junto, vai ficar tudo bem.


   - Eu a matei – sussurrou.


   - Não...


      Foi então que aconteceu. O vento do lugar começou a soprar forte, algo estava acontecendo no outro extremo, os comensais da morte agora estavam olhando assustados para aquele caldeirão. O caldeirão estava sugando o ar, o ar que chegava lá se tornava negro quando entrava dentro dele, o ar virava trevas.


     Hermione segurou um dos braços de Harry, os dois agora observando aquele fenômeno estranho acontecer, o céu rugia acima deles, era o fim, ele ia voltar, não tinha mais como evitar, e fora tudo sua culpa...


   - Vamos embo... – ia começando Hermione quando aquele caldeirão explodiu.


   A explosão gerou uma fumaça negra que começou cobrir a região, como se tivessem lançado um pó escurecedor instantâneo, tudo ficou frio, o vento continuava soprando forte, a fumaça impedia qualquer chance de visão... então tudo parou, o vento parou de soprar e o silencio tomou conta.


   - Estamos... estamos vivos? – perguntou Hermione.


   - Acho que sim – disse Harry sentindo aquela fumaça baixar.


   Algo estava estranho, se sentia estranho, será que tinham conseguido? Colocou a mão em Alvo e o puxou para mais perto deles, a fumaça baixava mais e mais, aos poucos liberando a visão.


   - É ele... ele voltou – guinchou Hermione.


     A frente, bem onde antes estava o caldeirão, agora se encontrava um homem, um homem vestindo uma capa preta. Seus olhos vermelhos com pupilas felinas eram impossíveis de não reconhecer, Lord Voldemort estava de novo... vivo.


   - Vamos embora – disse tocando em Alvo e Morgan pronto para aparatar.


   - LEVICORPUS!


   Antes de sequer conseguir fazer o movimento de aparatar, ele e Hermione sentiram algo puxarem seus tornozelos e deixá-los de cabeça para baixo.


   - Immobilus.


   Sentiu seu corpo paralisar. Era Voldemort que os amparara. Os comensais da morte se curvaram ao ver o mestre andando, o bruxo das trevas olhou para seus braços, suas vestes, a varinha que estava em sua mão, sentiu o ar em sua volta... sim, estava vivo de novo.


   - Como é delicioso sentir-se vivo de novo, sentir esse poder em meu corpo – andou analisando o terreno – sim... sim...Lord Voldemort voltou – os comensais ainda se recusavam a encará-lo – nada melhor que voltar a vida e ver que meus seguidores ainda estão aqui, para acatar as minhas ordens...


   - Vamos lhe seguir para sempre mylord – disse Bellatriz de joelhos.


   - Oh Bellatriz, como é bom revela assim... tão viva, assim como todos vocês – disse indicando os outros – fico realmente grato, principalmente a você Bartok, que me trouxe em forma de espírito, gerando assim o meu possível retorno.


   - É o que venho trabalhando por anos – disse o comensal – é bom finalmente conhecê-lo pessoalmente.


   - Claro – Voldemort mandou todos ficarem de pé, eles obedeceram – vejo que temos alguns seguidores novos...


   - Muitos querendo lhe honrar até a morte – disse Bellatriz.


   - Você deve ser o famoso... Edgar Teobot... o bruxo na qual fiquei sabendo... estavam comparando a mim.


   - Eu mesmo senhor...


   - Excelente – disse Voldemort caminhando em volta deles – vocês já conhecem o meu velho amigo, o bruxo na qual é famoso por me superar, por ter me detido quando era apenas um adolescente – ele indicou Harry imobilizado de ponta cabeça – acredito que sim não é – todos os comensais confirmaram – maravilha, e já ouviram os gritos deles? Já o ouviram urrar de dor? – sem esperar respostas virou-se – CRUCIO!


   A dor invadiu seu corpo, ele urrou com aquela maldição, sentiu seus ossos quebrarem dentro de seu corpo, sua cabeça parecia que ia explodir, Voldemort ria friamente sob olhar dos comensais.


   - É bom velo sofrer de novo Harry Potter, é bom telo preso assim tão iminente na minha frente – o bruxo caminhou um pouco – e essa deve ser sua amiga sangue-ruim não é... a tempos que não escuto uma sangue-ruim gritar... CRUCIO!


   Hermione berrou ao seu lado se contorcendo, viu lagrimas escorrer do rosto dela, não queria ver aquilo, tentou se mexer, mas o feitiço imobilizante do outro era muito forte.


   - Realmente satisfatório ouvir isso tanto tempo depois – Voldemort andou para mais perto deles se divertindo, olhou para os dois corpos no chão – ah... esse deve ser o pequeno Potter... ele se parece com você... vou torturá-lo também, vou torturá-lo até a morte na sua frente Potter, e você não vai poder fazer... nada...


   - COVARDE MISERAVEL – gritou – VENHA ME ENCARAR COMO HOMEM TOM...


   - Ousa me chamar melo nome Harry Potter – Voldemort encostou a varinha sobre sua face – você continua o mesmo metido de antes – olhou para o chão e viu o corpo de Morgan – meus seguidores já mataram um de vocês...


   Bellatriz ao longe gargalhou e disse.


   - Mylord, infelizmente quem matou essa foi ele...


   O bruxo o olhou dando um leve sorriso.


   - Ora vejam, você se tornou um assassino Potter, querendo ganhar um espaço no meio dos meus seguidores – Voldemort riu friamente – daria um ótimo comensal da morte, mas tenho outros planos para você.


   Virou as costas para os dois imobilizados e caminhou de volta para o lado dos comensais, antes de chegar algo chamou sua atenção, a varinha de Harry.


   - Varinha – disse baixo pegando-a – Potter foi desarmado... quem foi que o desarmou?


   - Fui eu senhor – disse Edgar alto.


   - Interessante, desarmar Potter é uma façanha e tanto, principalmente quando é ele que pode manejar a varinha das varinhas...


   - Como? – perguntou Edgar – varinha das varinhas... que historia é essa?


   - A varinha das varinhas do conto de Beedle o Bardo – disse Bartok pouco atrás – já ouvi falar nela, o bruxo que a possuir se torna quase... invencível!


   - Eu não acredito em contos de fadas Bartok – Edgar falou fechando a cara.


   - Pois devia acreditar meu caro, a varinha das varinhas existe e pelo que me lembro era fiel a Potter – disse Voldemort se aproximando – mas neste caso, como você o desarmou, o dono dessa varinha é você.


   - Está enganado meu senhor, eu não tenho essa tal varinha...


   - Claro que não tem – Voldemort analisou a varinha de Harry – Potter não a usa, deve tela escondida...


   - Podemos encontrar para você mylord – disse Bellatriz – acabamos com o Potter e vamos atrás dela.


   - De nada serviria, não posso manejá-la, não sou o mestre dela – Voldemort olhou para Edgar – ele sim é o dono... mas não sei se a merece... não... claro que não merece... a varinha das varinhas tem que ser minha... – sem cerimônia apontou para ele – AVADA KEDAVRA!


   O bruxo que a pouco estava de pé recebeu o lampejo verde sem conseguir se defender e caiu mole nos pés de seu assassino, Voldemort riu friamente, alguns comensais se mantiveram calá-los.


   - Está resolvido, eu derrotei o dono da varinha das varinhas, eu derrotei o tão famoso Edgar Teobot, agora ela me pertence... é só minha – virou-se para Harry – onde ela está Potter? Onde há escondeu? RESPONDA... CRUCIO!


   A dor novamente invadiu, dor era a única coisa que sentia, a carne dentro de seu corpo parecia estar rasgando, o sangue começou a sair de sua boca.


   - Não vai abrir o bico? Talvez depois de matar sua amiga trouxa você fale algo Potter... AVADA...


      Mas antes mesmo do bruxo executar o feitiço, uma fumaça branca passou sobre eles e os tirou do caminho da maldição da morte. Outras fumaças brancas começaram a aparecer em volta do campo, muitas delas revelando bruxos conhecidos.


   - Lord das trevas – disse Marsden olhando para o outro depois de ter salvado eles – vai ser muito bom acabar com você... ESTUPEFAÇA!


      Voldemort defendeu o feitiço e falou.


   - Ataque-os comensais!


   - VAMOS AURORES PEGUEM ELES! – berrou Kingsley


   E a batalha começou. Viu Marsden partir para cima de Voldemort, ao lado  Kin correu para cima de uns três comensais atirando feitiços para todos os lados, Dedalus Diggle também estava ali, assim como Elphia, Hestia e Emmeline. Os três partiram para a briga também.


   - Harry – alguém lhe estendera a mão, era o Sr. Weasley.


   - Desculpe por ser precipitado...


   - Sem desculpas agora... vamos...


   - Espera a Morgan... e o Alvo...


   - Eu cuido deles – disse uma bruxa se aproximando que ele lembrava ser aurora do ministério.


   Ela pegou os dois e sumiu. Harry olhou para frente e viu a batalha. Marsden trocava feitiços ferozmente contra Voldemort, Kin lutava com Greyback agora, o Sr. Weasley enfrentava Lúcio Malfoy.


   - Potter!


   Bellatriz aparatou a sua frente, nem teve tempo de vê-la direito, a comensal atirou um feitiço rápido e ele se defendeu.


   - PROTEGO! ESTUPEFAÇA.


   - ARES! RICTUS.


   - FINITE!


      Ambos correram pelo gramado trocando lampejos ferozmente. Os feitiços de Bellatriz eram fortes, ele se defendia bem, contra atacava com a mesma potencia.


   - RICTUS – ela gritou.


   Harry aparatou, se moveu até atrás dela.


   - SECTUSEMPRA.


   Viu o feitiço passar pelo ombro dela e abrir um rasgo jorrando sangue.


   - MALDITO POTTER... LIMPUSMAGSERVERE!


   - PROTEGO!


   - RICTUS!


     Harry pulou, ela aparatou, ele se levantou olhando para os lados, não há via...


   - RICTUS!


    O lampejo o acertou nas costas derrubando-o, a dor invadiu de novo.


   - AVADA KEDAVRA!


   Rolou a tempo de evitar o feitiço mortal, apontou e atacou também.


   - ESTUPEFAÇA!


   A bruxa aparatou de novo, ele fez o mesmo. Marsden cortava o ar tacando lampejos contra Voldemort.


   - Perdeu o jeito Lord? MELLIUS!


   Voldemort defendeu-se.


   - Estou apenas se aquecendo, ABOTUSEMPRA!


   Marsden foi lançado para trás urrando de dor sentindo um corte enorme abrir na perna.


   - PROTEGO, ESTUPEFAÇA – Hermione lutava valentemente contra o tal Bartok.


   O outro desviava com facilidade e a ataca facilmente, ele não era um comensal qualquer, era mais forte que os outros.


   - RICTUS! – o comensal atacou.


   - PROTEGO!


   - FINITE, ESTUPEFAÇA, INCARCEROUS!


   A bruxa foi lançada para longe estuporada sentindo as cordas a amarrarem. Caiu no chão presa, o comensal se aproximou dela para dar o ataque final.


   - AVADA...


   - ESTUPEFAÇA!


   Um lampejo forte cortou o ar e acertou o comensal jogando-o longe no gramado. Hermione olhou paro lado e viu, era Gina.


   - Nem me chamaram para festa... finite – fez as cordas que prendiam a outra sumir – vamos acabar com ele.


   As duas se postaram do lado uma da outra, quando Bartok fez menção de se levantar só viu duas varinhas serem erguidas e...


   - ESTUPEFAÇA! – as duas atacaram juntas


   - PROTEGO!


   Sem esperar contra ataque elas partiram para cima dele.


 


   Harry não sabia mais que parte do seu corpo não doía, estava totalmente acabado, seu peito sangrava, Bellatriz cambaleava a sua frente também segurando o braço.


   - Como nos velhos tempos Potter – ela disse ofegante – vamos ficar lutando que nem loucos de novo?


   - Ou você pode se render... ESTUPEFAÇA!


   - PROTEGO, RIC...


   - ESTUPEFAÇA!


   Bellatriz foi lançada longe, Neville havia aparecido. Nem fez menção de perguntar nada para ele, sabia os motivos dele por procurar ela.


   - Vou ajudar o Marsden, segura ela Neville – disse correndo ofegante.


    Ao longe Voldemort agora dava uma surra no seu adversário, Marsden estava acabado, não havia uma parte de seu corpo que não sangrava.


   - Onde estão seus deboches agora criatura inútil? ABOTUSEMPRA – mais sangue jorrou do homem – eu vou te matar por ter sido tão mal criado comigo.


   - RICTUS – urrou Harry contra Voldemort.


   O outro com reflexos rápido se defendeu do ataque, e já contra atacou.


   - ARES!


   Sentiu-se ser jogado para longe.


   - Não se meta Potter, eu acabo com você depois – Voldemort voltou sua atenção a Marsden – diga adeus... AVADA KEDAVRA!


   Morto. Matthew Marsden estava morto, viu o bruxo no chão ficar totalmente mole sem vida. Harry se levantou, Voldemort agora vinha até ele.


   - Lutando sem varinha Potter?


   - Habilidade nova...


   - Admirável...


   - RICTUS! – atacou.


   - PROTEGO – defendeu – AVADA...


   - FICA LONGE DO MEU PADRINHO!


   Um vulto veio correndo do nada e acertou um enorme soco bem na cara de Voldemort. O bruxo cambaleou para o lado colocando a mão na face.


   - Ao velho estilo trouxa – disse Ted.


   - Mais um inseto – rosnou Voldemort se voltando contra eles.


   - Ted sai daqui...


   - ATUSEMPRA!


   - PROTEGO – defendeu Harry – SECTUSEMPRA!


   Voldemort defendeu...


   - ESTUPEFAÇA – bradou Ted e acertou.


   O lord caiu no chão, olhou assustado.


   - Vamos tio Harry, INCARCERUS...


   - Não seja tolo Ted esse é o Voldemort, esses feitiços não vão funcionar... ah...


   Algo o acertou, caiu de cara no chão sentindo mais dor.


   - ESTUPEFAÇA – gritou Ted contra o comensal que os atacara.


   Pouco ao longe o Sr. Weasley estava sendo nocauteado por Lucio Malfoy, recebia feitiços sem parar contra o peito sem qualquer reação.


   - Fraco como sempre Weasley, no final das contas vai morrer em minhas mãos.


   Arthur fez esforço para tentar lançar mais um feitiço, mas Lucio o desarmou, sem varinha não tinha muito mais o que fazer, seu corpo já não obedecia suas ordens.


   - Vá para o inferno Weasley... AVADA KADAVRA!


   - LOCOMOTOR ARTHUR WEASLEY!


   O Sr. Weasley sentiu-se arremessado para o lado escapando por um triz da maldição da morte. Lucio Malfoy olhou com raiva para ver o recém chegado, ficou imóvel ao ver quem era.


   - Saudades... papai?


   Draco havia aparato no campo de batalha, não trazia uma expressão amigável no rosto, varinha em punho apontada contra o pai.


   - Vamos acertar as contas agora, não vou te perdoar pelo que fez a Escórpio e a mãe!


   - Vamos com calma filho... você não vai querer atacar seu próprio pai...


   - SECTUSEMPRA!


   Investiu com a maior raiva no mundo acertando Lucio em cheio. O homem foi lançado para trás jorrando sangue para todos os lados. Draco se aproximou vendo o pai agonizar.


   - Vai sofrer seu maldito... CRUCIO!


   Gritos de Lucio.


   - CUIDADO HERMIONE – Gina pulou em cima da outra e o feitiço de Bartok passou acima delas.


   O outro andou, já estava um pouco machucado, ergueu a varinha.


   - RICTUS!


   - PROTEGO – defendeu-se Gina.


   - IMOBILLUS!


   Os músculos das duas paralisaram, o outro já veio e investiu outro ataque.


   - ESTUPEFAÇA!


   - PROTEGO – defendeu uma luz que aparatara na frente das duas, Bartok arregalou os olhos ao ver de quem era o escudo – EXPELLIARMUS!


   A varinha de Bartok voou. Era Victoire. A garota se levantou e apontou contra ele.


   - Venha, ESTUPEFAÇA – o feitiço acertou seu peito e ele foi lançado para longe, o capuz de sua cabeça caiu – venha me enfrentar seu...


   - Cuidado Vic – advertiu Gina e Hermione juntas.


   - Não esquenta ele está sem... varinha – ela olhou o rosto do comensal e não acreditou no que viu – Ro... Ro... Roran!


   - Não me force a lutar com você Victoire – disse Bartok se levantando – não com você.


   - Era você o espião... era você o tempo todo... você... você matou o Erlian! Seu miserável ESTUPEFAÇA! – o outro foi jogado ao chão de novo – como pode Roran! COMO PODE TRAIR SEU PRÓPRIO AMIGO! ELE ERA SEU AMIGO! SEU AMIGO!


   - Eu não quero te machucar Vic...


   - Pro inferno Roran, não quero ouvir essa sua boca suja langlock – travou a língua do rapas no céu da boca – tomara que você sofra muito seu cretino!


   - Sem querer ser chata, mas poderia tirar esse feitiço paralisante da gente – pediu Gina.


   - Finite.


   Músculos destravados. As duas conseguiram se mover novamente. Agora eram três mulheres com as varinhas em punhos contra ele.


   - Vamos amarrá-lo – disse Hermione –Incar...


   Antes de terminar o feitiço Bartok simplesmente aparatara na frente delas, as três olharam em volta procurando onde estava, mas não acharam nada.


   - Fugiu – disse Victoire segurando para não chorar – ele fugiu... era o Roran... o Roran!


   - Calma Vic, vamos ajuda os outros – disse Hermione puxando-a.


   - RICTUS – gritava Harry com esforço, o Lord apenas defendia e ria da cara dele.


   - Você pode mais Potter, vamos!


   - ESTUPEFAÇA!


   Mais uma defesa.


   - Parece que seus lendários poderem sumiram...


   - CRUCIO!


   Acertou. Voldemort caiu no chão e urrou de dor, Harry caminhou até ele.


   - Você fala demais Tom.


   - ESTUPORE, PROTEGO, IMPEDIMENTA! – Ted lutava bravamente contra seu adversário, seu rosto já mostrava um corte enorme.


   - Potter... seu maldito... vai pagar caro por isso – ofegou Voldemort conseguindo mexer sua varinha e parando a maldição do outro.


   - Acho que o fraco aqui é você Tom, lutando com um bruxo sem varinha, todo arrebentado como eu e sofrendo assim...


   - Não me provoque ATUSEMPRA!


   Sem chance de se defender foi lançado para trás aumentando mais os cortes que já tinha, estava acabado, não conseguiria vencer Voldemort nesse estado, todos ali não teriam chance, a melhor opção era bater em retirada.


    - Talvez isso faça você ver o quanto foi cretino pai, AVADA...


   - RICTUS.


   Feitiço em cheio no ombro de Draco que foi lançado para o lado sentindo seu ombro sangrar. Era Bellatriz, andou um pouco cambaleando.


   - Levando uma surra do próprio filho Luciozinho? – riu com esforço – ele é tão inútil quanto aquele Longbotton.


   Neville estava pouco atrás dela caído no chão, estava todo machucado sem forças para se levantar. Harry via não tinham chance de vencer, o melhor mesmo era fugir enquanto podiam, ainda caído no chão levantou o braço.


   - PERICULLUN...


   Faíscas vermelhas saíram em direção do céu chuvoso e explodiram feito fogos de artifício. Os outros que lutavam viram aquilo e entenderam o recado.


   - O que é isso Potter, nova mágica, não está pensando em fugir está? – Voldemort se aproximou e viu ele rindo.


   - Não vai ser dessa vez Tom – disse baixo, então esforçou um movimento parar aparatar.


   Todos os aliados de Harry fizeram a mesma coisa, um a um foram sumindo do campo de batalha deixando seus adversários contra o ar sem entender. Kin, Sr. Weasley, Hermione, Gina, todos começaram a partir em retirada, escutou Bellatriz xingar alto quando Draco e Neville sumiram. A sua frente viu Voldemort erguer a varinha em fúria, mas não instante seguinte já havia desaparecido também.

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