A fúria de Harry




   - Oi Roran, queria falar comigo? – Alvo saiu da sala comunal.


   - Claro, quero lhe mostrar uma coisa – Roran passou os braços no ombro do garoto e o conduziu escada abaixo.


   Não demorou muito para ouvir gritos dos alunos no salão principal, Avery devia ter soltado as Mortalhas-vivas.


   - O que está...


   - ESTUPEFAÇA – investiu Roran em Alvo antes que ele terminasse a frase.


   Pegou o garoto desacordado no colo e foi descendo as escadas correndo. Pouco abaixo seu parceiro Zacharias, ou Avery, já estava ao pé da escada segurando um globo.


   - As mortalhas estão à solta – disse – isso vai tomar o tempo daqueles aurores, vamos segure a chave do portal, vamos dar o fora.


   Roran estendeu a mão para o globo, segundos depois ele e Avery sumiram do castelo levando Alvo com eles.


   O pânico era total pelos corredores do castelo, os bichinhos Mortalhas-vivas eram capazes de comer uma pessoa viva. Gina e Jorge que faziam guarda no castelo corriam pelos corredores.


   - VOLTEM PARA SUAS CASAS, AGORA! – gritava a ruiva correndo com um patrono ao seu lado afastando as mortalhas.


   Gritos soavam por todos os lados, Gina jogava o patrono contra aqueles minúsculos bichos. Pouco ao longe Jorge passou correndo com um corpo nos braços para a ala hospitalar.


   - O QUE ESTÁ HAVENDO? – perguntou a professora McGonnagall aparecendo num corredor vendo a correria.


   - Alguém soltou mortalhas pelo castelo, avise todos! Os alunos estão em perigo mortal! – gritou Gina jogando seu patrono para um outro corredor.


  


 


 


   Hermione pegara nas mãos de Rony, olhando algumas vezes na direção que ficava o lago. O outro também trazia uma expressão preocupada na face agora.


   - Não estou gostando dessa demora – gemeu a bruxa – será que eles estão bem?


    - Não sei Mione, não sei – respondeu o ruivo preocupado.


   Uma sombra alta se aproximou deles, os dois levaram um susto antes de ver quem era.


   - Eles já entram? – perguntou o recém chegado.


   - Já faz um tempo – respondeu Hermione ficando de pé com Rony.


   - Quase uma hora – disse o ruivo.


 


 


    Gritos vieram à mente de Harry, gritos que ele não gostava de ouvir, aqueles gritos o machucavam por dentro.


   - Está doendo Harry? – perguntou Sirius – venha conosco, essa dor vai passar.


   - Venha filho, vamos encontrar Remo também – disse seu pai Tiago.


   Ele virou a cabeça tentando fazer aqueles gritos pararem se aproximando dos pais e de seu padrinho. Ao lado Morgan chorava aos pés da mãe lamentando.


   - Me desculpa mãe... desculpa... eu não queria que fosse assim... mãe... – lagrimas grandes escorriam pelo gosto da mulher.


   - Morgan calma, ta tudo bem, venha comigo, vamos encontrar seu pai...


   - Não mãe... o pai não presta... desculpa por tudo...


   Harry olhou para ela e sentiu pena, uma mão tocou seu ombro e ele se virou para ver que a mãe voltara a sorrir.


   - Ela vai ficar bem querido, você tem que vir conosco.


    Sirius e Tiago se aproximaram do pequeno riacho vermelho, havia algo ali, um buraco, não sabia o que era, mas viu seu padrinho e seu pai entrarem sorrindo para ele. Lílian começou a puxá-lo em direção do riacho, ele ia, não queria perdê-la.


   O outro bruxo que estava com Alberto também o puxava em direção do riacho, assim como a mãe de Morgan fazia com a filha, todos dizendo sempre as mesmas palavras.


   - Ta tudo bem...


   Harry estava quase lá, a medita que chegava perto do riacho com a mãe os gritos em sua cabeça iam parando, era verdade o que ela dissera, os gritos parariam se ele fosse com ela. Estavam a poucos metros do lugar onde Sirius e Tiago sumiram. Mais um passo, Lílian sorria puxando-o cada vez mais. Ele agora estava centímetros...


   - EXPECTO PATRONUM! – urrou uma voz atrás deles.


   Uma luz gigantesca branca iluminou o lugar e começou a pulsar com vida afastando os dementadores que estavam acima deles. A vibração daquela luz forte fez os dementadores se afastarem, Morgana gritou em fúria ao ver aquilo. Os gritos na cabeça de Harry cessaram e ele parou pra ver quem havia chegado. Ao fundo viu três pessoas.


   - ESTUPEFAÇA – urrou o que estava mais à frente.


   Lílian ao lado dele foi jogada para longe.


   - ESTUPEFAÇA – gritou os outros dois ao lado.


   Um acertando a mãe de Morgan e outro acertando o bruxo que estava com Alberto.


   - Acorda Harry! – gritou uma voz.


   Conheceu aquela voz, era uma voz que ouvira a vida toda, sim estava acordando com os gritos dela.


   - Isso é um jogo dela – gritou novamente a voz.


   Sim, era... Hermione. Sentiu sua cabeça girar, fechou os olhos, balançou a cabeça depois olhou para frente.


   - Acorda Morgan – um bruxo tentava acordar ruiva, era Marsden.


   Pouco ao lado viu Rony ajudando Alberto a se levantar, eles estavam ali, como pudera ser tão tolo em se deixar iludir por fantasmas. Já ia chegar para perto dos outros quando sentiu uma mão em suas costas. Sua mãe estava de pé e sorria para ele, era tão real.


   -Harry – chamou Hermione mais uma vez. 


    Harry virou-se para a mãe e sorriu, abraçou Lílian forte, deu um beijo na bochecha dela e disse com lágrimas nos olhos.

   - Eu já te disse adeus, pra sempre mãe... – e se afastou.

   Foi rápido, Lílian ergueu a varinha e o atingiu, berrando com fúria.

   - Tolo! Fraco! Idiota! Inútil!

   Ele caiu, sentindo uma dor escruciante no peito, viu Rony o segurar e Hermione avançar furiosa para a falsa mãe, ele disse para o amigo.

   - Cuida da Mione... ela é perigosa...

   Rony o soltou bem em tempo, a falsa Lílian ia acertar Hermione e acertou Rony que se pos na frente e caiu de joelhos sem ar. Harry se levantou, na hora certa, viu a falsa mãe de Morgan surgindo das sombras ao lado do bruxo que estava com Alberto. Ambos com as varinhas erguidas, não teve muito tempo para pensar, agarrou Hermione e a jogou no chão e o que viu ia ficar novamente marcado em sua cabeça...

    Seja lá que magia aqueles falsos tinham feito, mas atravessara o corpo de Lílian que caiu em uma poça de sangue, a expressão de dor e surpresa daquela falsa mãe ainda eram reais o suficiente para deixá-lo chocado. 

   - Que pena, era para acertar essa metida – comentou a mãe de Morgan.

   Ele se ergueu, Sirius reaparecera do riacho com Tiago, varinhas apontadas para todos. Hermione e Rony, ambos no chão, parecendo não conseguir se decidir quem iam acertar primeiro, Morgan, Alberto e Marsden atrás tinham as varinhas em mãos também, mais alguns bruxos estranhos surgiram do riacho com varinha apontada para eles.

   - Eu bem que desconfiei que essa vaquinha não tinha muito poder sobre você – comentou a mãe de Morgan e olhou o corpo estendido no chão de Lílian – esses tipos de coisas não são boa idéia para bruxos que resiste até a imperius... vamos do jeito bruto –  ela sorriu docemente passando os olhos para filha – acho que pare enfrentá-los precisaremos até do tal Lord Voldemort –  e atacou.

   Harry não teve tempo de reagir, talvez estivesse lento, ela o acertou no peito, algo forte, ele se sentiu voar, sentiu o impacto doloroso contra a parede, depois sentiu o impacto no chão, escutou o berro de Hermione e Morgan...

   - É para matá-lo – disse Tiago – não massageá-lo contra parede... NÃO se mexam vocês dois... – ele ameaçou Rony e Hermione.

   Harry ainda via seus amigos imóveis, sentindo a dor que se espalhou por seu corpo, ouviu Morgan xingar sua mãe falsa.

   - Sua... sua miserável!

    A mãe dela atacou Morgan que berrou horrivelmente, Hermione protestou.

   - Espere... eu sempre quis fazer isso com a Morgui – disse Sirius dando um passo a frente – CRUCIO!

   Os berros de Morgan e os risos de Sirius invadiram a mente de Harry, ele viu o rasgo que sua mãe fizera em seu peito e a dor de ter se chocado contra a parede dura, apesar de muito ferido, nele surgiu algo tão grande e monstruoso que o fez se levantar, ir em frente com passos firmes, com um gesto da varinha fez com que Tiago e outras três ilusões fossem jogadas contra parede.

    A Sra. Wilson deu um berro se afastando ao ver aquilo, talvez porque o que via estava além da sua compreensão, Sirius o olhou, interrompendo a maldição...

   - Está muito desobediente Harry – ele lhe apontou a varinha


   - CRUCIO!

   Marsden aproveitando não estar mais sobre mira investiu a maldição imperdoável, Sirius caiu berrando de dor, a Sra. Wilson ergueu a varinha, nem teve tempo de falar nada, Morgan se levantara e com lagrimas nos olhos ergueu a varinha.


   - ESTUPEFAÇA!

   A mãe fora atirada contra parede desacordada, Sirius se reergueu quando a maldição de Marsden parou.

   - Como foi Marsden? Gostou?

   Mas Sirius se calou quando o outro voltou a erguer a varinha.

  - ESTUPEFAÇA!


    Ele desaparatou, a riacho atrás deles desabou, partido em pedaços. Tiago e alguns bruxos se reergueram e partiram para o ataque. Morgan, Hermione, Alberto e Rony partiram para cima deles também. Harry viu seu pai se aproximando para atacar.

   - Ainda quer os artefatos? – perguntou o pai aparatando atrás dele.

   Uma azaração e ele caiu.

   - Você tem futuro... sabe? Um dia pode chegar aos meus pés filho.

   - RICTUS!

    Tiago se chocou na parede, o olhou surpreso.

   - Está ficando ágil Harry – debochou se levantando.

  Ele ergueu a varinha, nenhum pingo de consideração, apenas ódio de ver alguém brincar com a ilusão de seu pai.

   - RICTUS – urrou de novo.

   Tiago desaparatou assustado, o feitiço fez um estrondo foi alto na rocha fazendo um pouco de água começar a escorrer da mesma. O silêncio tomou conta de sua cabeça vendo aquela água escorrer, era isso... sabia o que fazer.  Virou-se devagar para os amigos que ainda duelavam, Rony aninhava um braço sangrento.


   - EU VOU QUEBRAR ESSA CÂMARA, FEITIÇO CABEÇA DE BOLHA TODOS! – gritou para os outros – A AGUÁ DO LAGO VAI ACABAR COM ELES.


   - E VAI ACABAR COM TODOS NÓS! – gritou Alberto.


   - NÃO, VAI ACABAR COM ELA – Harry apontou para Morgana que voava em cima deles, depois virou sua varinha para o local que ainda escorria água – REDUCTO!


  Uma explosão enorme soou na região e o buraco aumentou, a água começou entrar mais rápida, Morgana a cima olhou aquilo horrorizada.


   - REDUCTO – repetiu Harry – REDUCTO! – rocha ia cedendo cada vez mais até que se quebrou.


   A água começou invadir aquela câmara, Morgana acima gritou horrorizada, os outros ativaram suas cabeças de bolha e a água da morte começou a cair em cima das ilusões. O som de grito era alto quando as ilusões começaram a derreter com aquela água que fora enfeitiçada.


   Harry então nadou quando a câmara fora tomada toda pela água, viu Morgana voar desesperada, conseguiu apontar a varinha para ela e urrar.


   - RICTUS!


   O feitiço forte se aproximou da fantasma e apenas atravessou o corpo dela, pouco metros ao lado inferis começaram agarrar seus amigos, Morgan e Marsden tacavam fogo para afugentá-los, Rony puxada Hermione para o alto. Foi então que Harry viu a fúria nos olhos de Morgana.


    - AINDA HÁ UM PREÇO PARA PEGAR OS OBJETOS, A ALMA DE UM DE VOCÊS – urrou a fantasma erguendo as duas mãos e criando uma bola de energia brilhante arremessando contra Harry. 


   Viu aquele feitiço se aproximar, era o fim, foi então que viu alguém nadar para sua frente e tomar o feitiço de Morgana no peito. Era Alberto.


   - AAAAAAAAAAAH! – gritou Alberto com os braços aberto – EU VOU INFERNIZAR SUA VIDA DEPOIS DE MORTO – gritou o bruxo.


   O que Harry via sua frente era chocante, o outro simplesmente estava se desintegrando diante dos seus olhos urrando de dor. Morgana ria sem parar. O lago começou a criar uma correnteza forte, um redemoinho tomou conta deles, não dava para ver mais nada, estava tudo girando...


   Então Morgan, Hermione, Rony, Harry e Marsden começaram a ser puxados para cima, antes de sair do lago conseguiu ver Alberto os olhando.


   - VÃO, EU ACABO COM ELA! – gritou.


   Nem tinham como resistir foram lançados para fora do lago e caíram em cima do gramado com força. O lago expeliu água pra cima, depois uma luz forte veio dele e cuspiu onze objetos para o ar, todos foram caindo pelo gramado, um quase sobre a cabeça de Rony.


   Harry se levantou rápido, queria voltar ao lago para salvar Alberto, correu para a margem quando sentiu duas mãos o segurando forte, era Morgan.


   - Não adianta, ele se foi, era o preço a ser pago – disse ela enquanto ele tentava escapar.


   Não, não podia ser verdade, Alberto se sacrificara para salvá-los, como ele deixou isso acontecer, não podia ser verdade, de novo não, ver alguém morrer para salvá-lo, não queria mais isso, não mais. Ele gritava contra o lago enquanto Morgan o segurava, lagrimas escorriam pelo seu rosto.


   - NÃO! – gritava sem parar.


   Era difícil aceitar...







   Na lareira da sala de Flitwick, Gina e Jorge estavam abaixados falando com o pai ministro nervosamente.   


   - A enfermaria está lotada... muitos alunos se feriram tentando estuporar, queimar, cortar... fazer qualquer coisa com elas... – disse a ruiva.


   - Uma mortalha pegou a professora Minerva... mas ela já se recuperou. Os professores e Ted as estão caçando – disse Jorge.


   - Algum ataque mais grave? – perguntou o Sr. Weasley.


   - Sim três da Sonserina morreram... e dois Corvinal também... – disse Gina.


   - Vou mandar os aurores – disse – onde estão os outros que deviam estar ai?


   - Missão – disse a filha – lago de Avalon.


   - Não voltaram ainda?


   - Infelizmente pai – ela se levantou – temos que ir mande reforços o mais rápido possível.


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   No meio daquela chuvarada, Roran aparatou no meio dos comensais com Alvo em seus braços desacordado, Avery apareceu ao seu lado. Os comensais à volta murmuraram algo ao verem.


   - Missão bem sucedida meu caro Bartok – elogiou Edgar se aproximando de Alvo Potter – muito bem, os mitos sobre você parecem realmente ser reais.


   - O lord das trevas elogiava o rapaz através da pedra da ressurreição – disse Bellatriz olhando com nojo o filho de Harry.


   - Muito bem, mande o correio para Potter, quero que ele saiba que estamos com o filho dele, quero que ele me traga os objetos, todos eles! – Edgar falou rindo – o lord das trevas vai retornar meus caros, estou sentindo isso!


   - Eu sinto em minha marca negra – Bellatriz disse mostrando seu braço – vou mandar o doce carta para o Potter, fiquem preparados – e aparatou na frente de todos.


      Edgar caminhou um pouco em volta do corpo de Alvo deitado no gramado, analisou um pouco, depois olhou para Roran e perguntou.


   - E como está o castelo?


   - Avery soltou as mortalhas – contou – vão deixar os aurores lá bem ocupados.


   - É bem isso que quero – disse o outro ainda caminhando – os aurores de Hogwarts são os melhores do ministério, é melhor que fiquem fora do caminho enquanto trazemos o lord das trevas de volta.


 


--------------


 


Harry parou de gritar, tinha que aceitar que perdera um amigo, nem conhecia Alberto direito, mas era horrível saber que ele estava morto. Olhou para trás e viu Hermione o analisando, desviou o olhar, sem saber porquê, agora os ferimentos que tinha recebido doíam, ferroavam, sangue pelas suas vestes, ele se aproximou de seu amigo Rony e o ajudou a levantar, sem olhar para mais ninguém, pouco depois ouviu Morgan falar.

   - Portus!


   Marsden ali perto fazia os onze objetos sobrevoarem em volta dele, nem tinha parado para imaginar como os outros três tinham chego até eles no lago. Hermione se aproximou para abraçar Rony, pelo menos eles estavam bem, estavam vivos. Morgan mandou todos se aproximarem e tocar no colar que ela carregava.


   - Achei que não podíamos usar chave do portal em Avalon – comentou Marsden.


   - Não para entrar, pra sair é outra historia – respondeu a ruiva quando sumiram.

   Segundos depois apareceram no meio do ministério da magia. Os bruxos que andavam apresados parecerem nem notar eles. Marsden ao lado conjurou uma mochila e depositou todos os objetos para dentro. Morgan virou-se para eles e falou.


   - Vou chamar o ministro e a ordem da fênix – disse pegando a mochila da mão de Marsden – vocês esperem aqui – olhou Rony que sangrava muito pelo feitiço que havia levado pela esposa – Weasley vá para o St. Mungus, você está acabado.


   - Eu levo ele – disse Marsden colocando a mão nos ombros de Rony.


   - Pode deixar que eu... – Hermione ia interromper o bruxo, mas o outro já aparatara.  


   Morgan os olhou, a outra fez menção que ia aparatar ao St Mungus também.


   - Hermione fique ai com o Harry, eu vou lá chamar os outros – disse a ruiva.


   - Mas o Rony...


   - Fica com o Harry – apontou o dedo para ela dando uns passos para trás – não vão se arriscar por ai...


   - Mas Morgan...


   A ruiva atirou a mochila para Hermione.


   - Não saia do ministério com isso, seu marido vai ficar bem, preciso de vocês dois aqui, o Harry está bem abalado cuide dele.


   Morgan se virou e sumiu no meio da multidão.


   - Ela é assim mesmo – o outro riu se esticando para tentar aliviar a dor.


    A bruxa ao seu lado soltou um muxoxo.


   - Vocês quase morreram lá dentro!


   - Verdade? Nem tinha percebido – respondeu – afinal como vocês...


   - Marsden – disse Hermione – ele apareceu lá perguntando de vocês... eu sabia que estavam em perigo, pude sentir – ela apertou a mochila com os objetos contra o corpo – foi muita sorte, ele tinha a poção que o... Alberto fez.  


   - E vocês beberam e pularam no lago como se tivessem num parque aquático!


   - Não seja mal agradecido Harry – indagou a outra – se não fosse por nós vocês poderiam estar... mortos!


   - Desculpe Hermione, obrigado por se preocupar tanto.


   - Não precisa agradecer – ela olhou nervosa para os lados – estou preocupada com o Rony, o feitiço que ele levou foi realmente forte.


   Harry se virou e olhou para a amiga, colocou a mão no ombro dela e disse com a maior sinceridade do mundo.


   - Ele é um grande bruxo, vai ficar bem.


    Ela o abraçou, e ele percebeu que ela começara a chorar, era ruim ver Hermione assim, não podia ser de outra maneira, Rony se arriscou por ela, tinha certeza de que seu amigo sairia bem dessa.


   Um pio agourento soou no meio do átrio do ministério, um corvo quase sem penas com os ossos aparecendo veio descendo num vôo rasante na direção deles carregando uma carta com as patas. O bicho deu um mergulho para mais perto e deixou à carta cair nas mãos de Harry.


   - Mas o que...  


   Abriu a carta e leu o que nunca na vida queria ter lido.


   - Não... não – disse olhando aquelas letras – NÃO! – berrou.


   Algumas pessoas que estavam no átrio olharam para ele assustadas. Hermione pegou a carta da mão dele para ver, mas Harry nem esperou ela ler o conteúdo, saiu correndo em direção de uma das lareiras do ministério com a maior fúria de sua vida.


   - Harry! Harry onde você está indo? – perguntou a outra correndo atrás dele.


   - ATRÁS DOS COMENSAIS – gritou.


   Ela nunca o tinha visto com um olhar tão arrepiante, ainda não entendia, apenas disse.


   - Não vá sozinho Harry, é perigoso!


   - ELES PEGARAM ALVO HERMIONE, PEGARAM ALVO! – gritou se enfiando na lareira.


   Antes que ela respondesse algo ele já havia desaparecido no fogo verde. Hermione não sabia o que fazer se seguia Harry ou ficava esperando a Morgan voltar, olhou então o que a carta em sua mão dizia e decidiu. Deu alguns passos entrou na chama verde também. Saiu na região de entrada no ministério, Harry estava lá ainda, estava esperando-a.


   - Sabia que viria – disse – temos que resgatá-lo... é meu filho!


   Ela não disse nada apenas concordou. Ele estendeu sua mão, ela pegou, no instante seguinte aparataram.

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