Os Protetores



Primeiramente, eu quero pedi desculpas pela demora nesse capítulo. Esses últimos meses foram muito corridos e eu tive que deixar algumas coisas de lado - como essa fanfic - pra poder conseguir fazer tudo o que precisava. Isso fez com q infelizmente esse capítulo demorasse todo esse tempo para sair. Agora td tá mais tranquilo e eu posso postar os capítulos bem mais rápido. Eu gostaria tbm de agradecer a todos q mesmo assim ainda leem e acompanham essa fic... Vlw gente!!


Sem mais degolas, vamos agora pro capítulo q é o que interessa XD


Vanilla07


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"Blah!" - língua de cobra/feitiços


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O Mundo Sem Mim
Capítulo 18: Os Protetores

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Levou alguns segundos para que Sirius e Remo compreendessem o que Harry havia acabado de dizer, mas, quando finalmente caiu a ficha, eles permaneceram em silêncio, pois sabiam que as coisas não podiam ser tão fáceis assim. Eles fizeram a coisa certa ao seguirem os seus instintos por que o garoto moreno lhes deu um olhar penetrante enquanto caminhava novamente para a frente do retrato que guardava os seus aposentos.

Eles permaneceram ali, apreensivos e sem saber o que fazer, até ele começar a falar.

“Ssonsserina e Grifinória unidass,” ele sibilou, e ambos os Marotos pularam pra trás, com desconfiança e medo mostrando em seus rostos.

Harry os ignorou e entrou nos seus aposentos para ficar mais confortável. Já havia passado alguns minutos e eles ainda não tinha entrado, então ele pôs a cabeça pra fora da entrada tirando-os de seu choque. “Bem, vocês vão vir ou não? Mas eu vou avisar; se vocês derem meia volta agora não terão essa oportunidade novamente.”

Sirius e Remo se entreolharam primeiro com incerteza, e depois determinação. Com um passo eles entraram, mas ainda assim pularam quando o retrato se fechou às suas costas. Agora eles sabiam o que Harry queria dizer quando falava que o estavam tratando como uma criança, diferente da misteriosa e perigosa identidade que era James Evans; com certeza estavam se sentido ameaçados agora, nesse quarto de onde não podiam escapar, e por Harry Potter, não menos. Ambos os garotos eram realmente um só.

“Um…” Sirius limpou a garganta; a sua voz estava trêmula. “Desde quando?... O que foi... Por que?... Como?” A pergunta certa simplesmente não vinha na sua cabeça e Harry teve que erguer uma sobrancelha para o homem que geralmente era tão direto ao ponto.

Ele bufou.“Cadê a sua coragem Grifinória, Sirius? Esqueceu de baixo do travesseiro hoje de manhã? Ah é, é verdade, você estava na enfermaria por causa do estúpido plano de resgate que Dumbledore criou em que todos acabaram se ferindo!” Harry riu sarcástico e então controlou-se, respirando profundamente.

“Por que vocês não se sentam? Isso vai levar um tempo? Querem alguma coisa para beber?”

Sirius e Remo permaneceram na entrada e olharam em volta um pouco desconfortáveis pela escolha dele de cores: um dourado forte para Grifinória, o que era aceitável, mas o profundo verde lembrava a eles muito a casa Sonserina, a qual fez eles inquietarem-se de novo quando ela os lembrou da habilidade de falar a língua das cobras que foi inesperadamente demonstrada.

Na verdade, o vermelho grifinório lembrava muito sangue para Harry, enquanto verde era uma cor mais calma, mas não o verde brilhante da Maldição da Morte.

Eles ficaram surpresos com o tom de voz mais gentil que Harry usou quando os convidou para sentarem, o que fizeram, e recusaram a bebida.“Então Harry, você vai nos contar como você pode falar a língua das cobras?” Remo perguntou de supetão enquanto olhava o garoto de olhos verdes que estava pegando algo de um armário

Ambos ficaram curiosos ao ver Harry colocar uma Penseira sobre uma mesa na frente deles.“Vocês tem que compreender que precisarei da sua lealdade e que precisam entender a si mesmos antes que eu possa sequer pensar em mostrar a vocês a minha vida ,” Harry afirmou sem mais degolas. “É por isso que eu vou mostrar os outros 'vocês' primeiro, partes e pedaços do que eu me lembro e o que todos nós sentíamos quando estávamos juntos.”

Sirius e Remo assustaram-se quando ele tirou a varinha e a colocou sobre a sua cabeça, retirando um pequeno número de fios prateados e colocando-os na Penseira. A bacia vazia brilhou por um momento e então Harry afastou-se com uma expressão de dor estampada em seu rosto; ele tinha ido lá para o fundo para conseguir essas memórias, perto de seu coração, onde as feridas ainda estavam frescas mesmo depois de todo este tempo.

“Eu vou deixar vocês dois sozinhos agora. Chamem-me se precisarem de alguma coisa. Eu vou estar no meu quarto.”

Os Marotos encararam a bacia na frente deles e, com uma renovada necessidade de saber e entender Harry, eles tocaram o líquido ao mesmo tempo e perderam-se nas memórias de traição, solidão, prisão, esperança, medo e tudo o que havia entre isso.

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Uma hora depois, Harry ouviu fortes arfadas de ar e calmamente levantou-se da cama. Edwiges, que ele estivera acariciando até agora, seguiu-o e pousou lentamente no ombro do dono.

Ele não estava surpreso em ver Sirius e Remo com expressões aturdidas, depois horrorizadas, e seus corpos moles de cansaço e choque.

“Merlin…” Sirius sussurou baixinho, quase inauditível.. “Azkaban, Remo. Eu... O "outro" eu... Azkaban! Por doze anos! E Pettigrew!”o nome foi cuspido da sua boca com um ódio intenso.“Ele amava tanto você, Harry, esse "outro" eu. Eu pude sentir. É...”

“Indescritível,” Remo finalizou suavemente, milhares de emoções passavam por eles dois; porém, eles ainda estavam completamente jogados no sofá de couro verde.

“Eu-ele morreu por você. Eu agi como um escudo para uma Maldição da Morte sem nem mesmo hesitar,” o lobisomem murmurou, tremendo dos pés à cabeça.

“Por que? Por que você estava lá, Harry? Por que você quer tanto participar na nossa guerra quando já viu o que ela faz de primeira mão? Por que Voldemort te ataca tanto?” Sirius perguntou de uma só vez, um pouco frustrado e temoroso pela vida do seu afilhado.

Harry suspirou e murmurou, enquanto estava esvaziando o Penseira,“Nenhum pode viver enquanto o outro sobreviver..." Sirius e Remo surpreenderam-se. “O quê? O quê você acabou de dizer? Eu já ouvi você murmurar isso algumas vezes,” o animago falou.

“Então ele nunca contou a vocês, mas que figura. Ele deve ter pensado que não havia mais nenhum interesse na Profecia” Harry disse para si mesmo enquanto colocava na bacia novamente mais e mais memórias; e desta vez havia muitas delas.

Ambos os homens ficaram de boca aberta e pensaram que o garoto estava literalmente esvaziando a sua mente até que Harry parou e caiu no sofá à frente deles, suando de exaustão e olhando para eles com uma expressão levemente aturdida.

“Vão. Eu vou dar um cochilo; isso vai levar um bom tempo e de jeito nenhum eu vou com vocês. Algumas dessas memórias são dolorosas demais para eu suportar.” Harry se levantou lentamente e deixou ambos os homens para trás, que dessa vez não hesitaram para entrar nas memórias.

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“Eu estou ficando impaciente, Lúcio. Preciso de notícias. O seu filho é mesmo um imbecil; ele deveria ter ficado em Hogwarts para reunir mais informações,” uma voz soou perigosa e Lúcio Malfoy, ajoelhado no Círculo dos mais poderosos e leais Comensais da Morte, mexeu-se inquieto e permaneceu em silêncio.

“Agora ele não tem nenhum valor para mim. Talvez eu deva puni-lo pela sua idiotice,” Voldemort disse para si mesmo com um sorriso sádico, que fez o Malfoy mais velho se inquietar novamente.

“Faça o que desejar, Mestre. Mas... eu p-posso dar uma sugestão para o meu grande Senhor?” ele esperou ansiosamente pelo ataque que viria, mas este nunca aconteceu.

“... Você pode.”

Malfoy piscou e assentiu rapidamente.“Talvez, para desafogar suas ... frustrações, o senhor poderia brincar com alguns trouxas? Há demais deles mesmo.”

O homem de olhos vermelhos deu palmas e levantou-se, surpreendendo os membros do seu Círculo.“Excelente idéia. Há muito quero usar a minha varinha.”

Lúcio soltou um silencioso suspiro de alívio e colocou sua máscara branca juntamente com os seus colegas, preparou-se para aparatar e estava prestes a fazê-lo quando a voz do seu Mestre fez ele congelar no seu lugar.

“Oh, e Lúcio?”

“S-sim Mestre?”

Crucio!...Finite Incantatem. Isto é por tentar divergir minha atenção do seu filho. Você tem sorte que eu tenho outras pessoas para me livrar, como Severo Snape, o espião traidor, e o garoto que ousou me confrontar, James Evans. Eles irão se arrepender da sua escolha de não me seguir. Pettigrew!”

O homem baixo de olhos pequenos e selvagens pulou e quase se jogou nos joelhos do Mestre.“Sim, meu Senhor?”

“Traga-me a minha capa; eu vou sair.”

O rato o fez sem hesitar.

“Bom homem. Ah, eu realmente senti falta dos seus leais serviços por todos esses anos.”

“Meu Senhor é bom demais. Eu não mereço tal elogio.” Pettigrew fez a maior reverência que pôde.

Voldemort soltou uma fria gargalhada e virou-se.“Vamos indo.”

Lúcio entrecerrou os dentes com ciúmes de toda a atenção que Pettigrew, o ex-grifinório, estava recebendo mas mais uma vez ele ficou quieto e aparatou com o resto do Círculo. Quando ele chegou, o seu Mestre já estava causando o caos e divertindo-se assustando o inteiro bairro de trouxas sozinho.

“Você está com tanto ciúmes, Malfoy! Levou uma boa hoje!” Bellatriz zombou e riu às suas costas.

Lúcio rosnou e sorriu, tirando vantagem da distração do seu Mestre para mandar uma maldição na direção dela, o qual ela evitou dando outro risinho. Um dia, toda essa zombaria seria o fim dela.

“Parem de papo e comecem a matar. Coloquem essas bocas de vocês para um bom uso, pelo amor de Grinderwald!” o homem loiro rosnou e deixou o trio de Lestranges, Bellatriz, Rabastan e Rodolfo, acrescentado de Régulo Black para se virarem sozinhos.

Ele precisava descarregar a sua frustração e afastou-se dos membros do Círculo, quase pisoteando Pedro enquanto passava; o magro homem, envelhecido devido à Azkaban, soltou um grasnado de indignação e por pouco não se encolheu.

Por sua vez, Voldemort estava se divertindo; bem, se for contar o que ele chamava de divertimento. Alguém poderia pensar que estava tentando quebrar o recorde de matar trouxas no menor tempo possível.

Casa após casa ele explodiu, não deixando esperanças de sobrevivência para os seus habitantes assustados. Homens, mulheres, crianças; toda criatura viva em cada residência era torturada e morta no ato.

Casas explodiram e desabaram devido ao grande número de Imperdoáveis e outras maldições perigosas.

Depois de matar um casal de idosos, o Lorde das Trevas caminhou até a próxima residência; ela era o símbolo de perfeição.

Ela o estava enjoando.

Jardim aparado perfeitamente, um perfeito canteiro de flores ao redor da casa pintada perfeitamente. Eca!

Voldemort acenou sua varinha em um movimento amplo e a porta abriu de supetão. Lamúrias e gritos soaram de dentro da casa e o homem de olhos rubros sorriu sadicamente.

Não havia ninguém no primeiro andar então ele subiu calmamente as escadas, só para assustar os trouxas ainda mais. Ele foi abrindo as portas e quando chegou no que parecia ser a suíte deu de cara com a ponta de um rifle.

“V-vá embora, seu anormal! Monstro!”

O Lorde das Trevas ergueu uma sobrancelha e com um aceno de varinha a arma desapareceu e o homem, que estava tentando proteger a sua esposa e o seu filho, caiu para trás com a cara vermelha.

“Você ousa falar assim comigo, seu trouxa imundo? Eu sou LORD VOLDEMORT! Eu faço o que quero, eu mato quem eu quero... E agora, você é o próximo da minha lista. Você deveria estar feliz pois o deixarei morrer rápido, trouxa. Normalmente eu deixo o homem da casa escolher a primeira vítima... Hum, é tentador, fazê-lo escolher que, eu matarei primeiro: a sua esposa ou o filho...”

“VÁ PARA LONGE DE NÓS, SEU MONSTRO!” a mulher gritou, desesperadamente tentando salvar o seu filho ao afastar-se o máximo que podia em direção  parede mais longe do quarto; era uma patética tentativa, e eles sabiam, mas quando ameaçada`, uma mente nunca trabalhava tão bem quanto poderia.

Falar com o Lord das Trevas assim não os ajudou nem um pouco e o bruxo das Trevas bufou de raiva. Seus olhos brilharam de um jeito maligno e ele ergueu a varinha.

“AVADA KE -NÃOOO!”

Voldemort arfou e trouxe a mão para a sua garganta enquanto os trouxas prenderam a respiração, completamente confusos sobre o que havia acabado de acontecer.

“Mãe, a voz do anormal mudou?” o garoto sussurou para a mãe dele, que prontamente o repreendeu. “Shhh! Ele está distraído. Vamos sair daqui!” A mulher levou o filho rapidamente para a porta e o marido os seguiu o mais rápido que pôde.

Voldemort não estava dando nenhum sinal de ter visto eles fugirem, ou ele simplesmente não se importava. Aquela voz não tinha sido a dele, agora pouco. Alguém tinha feito o impossível: usado Leglimência nele! Mas como!

A voz era familiar. Seus olhos vermelhos entrecerram-se consideravelmente quando se lembrou; era a voz daquele garoto que havia escapado dele, o grifo animago James Evans.

Quando ele sentiu que a presença ainda estava se locomovendo pela sua mente, ele se concentrou nela e viu um flash de alguém que parecia-se muito com Evans, mas era alguém com uma aparência familiar de que ele não conseguia se lembrar.

Quando a presença deu a impressão de surpreender-se quando as suas intenções foram descobertas, o Lorde das Trevas o expulsou da sua mente o mais brutalmente que pôde. Ele estava interessado no garoto, mas invadir sua mente realmente ultrapassava os limites. Agora, ele estava ainda mais interessado nessa pessoa misteriosa.

“Ele mudou. Polissuco, talvez? Não, ele ficou no nosso quartel tempo demais... um feitiço, então?” Voldemort perguntou para si mesmo calculosamente. “Essa nova aparência era familiar demais para ser só uma coincidência. Eu tenho que saber! De quem ele me lembra!”

Riddle saiu da residência sem nem mesmo destruí-la, havia algo mais importante na sua mente. Chamou seus Comensais da Morte, que quase choramingaram por serem tão brutalmente impedidos de se divertirem com os carros da polícia trouxa que haviam acabado de chegar, e aparataram de volta para a sua mansão sem mais nenhuma palavra.

Travers deu um olhar estranho para Avery.“O quê que foi isso? Eu nunca vi o nosso Lord com tanta pressa. Algo interessante deve ter acontecido.”

Avery estava tão perplexo quanto ele e eles reagruparam-se no meio da rua.

“Morsmordre!” Malfoy exclamou, e todos eles desapareceram com um alto POP depois de que caveira e a cobra aparecerem no céu escuro.

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De volta a Hogwarts, um garoto acordou um dolorido gemido, por pouco não soltando um grito. Harry arfou e tentou ignorar os efeitos de ter sido tão violentamente expulso da mente de Tom, uma trilha de suor cobrindo o seu rosto e o seu peito.

“Quente... tão quente...” Harry murmurou e tirou as suas roupas molhadas; uma febre estava começando a surgir e ele foi para o armário do banheiro para pegar um frasco cheio de poção para reduzir febres. Ela ajudou imensamente mas ele ainda estava muito abalado. Trêmulo, pôs outra camiseta e ignorou, no momento, Nagini, que estava tentando atrair a sua atenção no seu braço.“Messtre, a ssua pele esstá quente demaiss. Você não esstá bem.”

Harry sentou na cama quando acabou de se trocar e tentou organizar seus pensamentos.‘Tom não sabe quem eu realmente sou, mas ele viu minha aparência verdadeira. É uma questão de tempo até ele descobrir quem eu sou.’

Ele suspirou cansado e apoiou-se na cama; ele realmente precisava de uma poção para combater os efeitos colaterais das Maldições que Tom havia usado nos trouxas mas não tinha nenhuma com ele.

Atravessar o castelo e pedir para Snape essas poções estava fora de questão.

“Desculpe-me Snape, mas eu acabei de mentalmente sofrer a Maldição Redutora, vários Bombarda's, uma ou duas Maldições Expulsoras e inumeráveis maldições Cruciatos. Eu poderia pegar uma poção para aliviar a enorme dor-de-cabeça e dor que elas me causaram?” Harry bufou ironicamente ao pensar em pedir aquilo para o Mestre de Poções que, no momento, confiava nele tanto quanto Pettigrew podia ser confiado.

Ele suspirou frustrado e sentou-se, embaraçando o seu já selvagem cabelo quando percebeu as pessoas de pé na entrada do seu quarto.

“Vocês não acabaram de ouvir aquilo,” Harry murmurou, mas foi em vão.

Sirius e Remo estavam congelados na porta.

‘Eu devo estar mais cansado do que pensava; eu nem ouvi eles saírem da Penseira.’

“A quanto tempo vocês estão parados aí?” o garoto sussurou rouco.

Ambos os homens não confiavam nas suas vozes no momento mas surpreenderam Harry quando, com dois passos gigantes, ajoelharam-se na frente do Garoto-Que-Sobreviveu e o abraçaram como se as suas vidas dependessem disso.

“Oh Merlin, Harry!” Sirius engasgou, tentando por tudo que era mais sagrado não chorar.

“Nós estivemos aqui tempo suficiente, Harry,” Remo respondeu tremulamente enquanto acariciava seu cabelo carinhosamente. Harry estaca surpreso demais, confuso e cansado para responder e, só por uma vez, relaxou e os abraçou fortemente.“Sirius! Remo!”

Eles não eram os dele, mas eram um começo para a sua vida nova; eles o compreendiam.

Remo deu um passo para trás e colocou uma mão no ombro de Sirius. “Almofadinhas, faça Harry deitar na cama. Eu vou incomodar Snape por umas poções para diminuir a dor dele e Deus o ajude se ele não as der para mim.” O lobisomem saiu do quarto depressa com uma expressão determinada e estava a caminho das masmorras em poucos minutos.

Sirius fez o Remo lhe disse e quase estremeceu; Harry piscou do monte de cobertas que o animago tinha posto sobre ele e Sirius sorriu afetuosamente.“É só que eu não queria ser Snape agora.”

Harry riu fracamente.“Sirius, você nunca iria querer ser Snape. Você odeia ele.”

Sirius sorriu.“É verdade. Tente dormir um pouco, Esmeralda. Remo vai voltar daqui a pouco, com certeza.”

Harry ergueu uma sobrancelha e murmurou ‘Esmeralda?’

Sirius piscou e murmurou em resposta‘seus olhos’.

Harry sorriu suavemente, e, incapaz de lutar com o chamado de Morfeu, caiu no sono um pouco depois.

Sirius suspirou, conjurou uma cadeira e sentou-se do lado da cama do seu afilhado, observando ele dormir como um pai protetivo.“Eu vou cuidar de você, Harry. Sempre. Você nunca será o afilhado que perdi e eu nunca serei o padrinho que você perdeu, assim com Remo nunca será o seu, mas eu te prometo isso: nós vamos sair dessa juntos e iremos criar nosso futuro juntos daqui para frente.”

“Sim, nós iremos.”

Sirius assustou-se e Remo se achou na mira de uma varinha, até o animago perceber que o seu amigo tinha voltado.

Remo permaneceu em silêncio e deu os frascos para Sirius, que por sua vez acordou Harry para fazê-lo beber todos eles. O menino piscou sonolento para Remo e prontamente dormiu novamente devida a massiva dose de poções que tomou.

Ele não havia precisado de uma Poção Para Dormir porque ela não tinha nenhum efeito para ele, então não pediu por esta.

Com um último olhar para o garoto adormecido, os Marotos remanescentes saíram do quarto e sentaram-se no sofá.“O que Snape disse quando você pediu para ele as melhores poções que ele tinha?” Sirius perguntou curioso.

“Ele realmente não tinha nada para dizer quando eu o joguei contra uma parede. Ele me deu o usual olhar maligno e questionador e a carranca característica mas foi sábio o suficiente em guardar os comentários que tinha dentro de si,” Remo simplesmente respondeu, fazendo Sirius quase cuspir a Cerveja Amantegada que tinha acabado de conjurar.

Almofadinhas lançou-lhe um olhar repleto de surpresa e Remo deu de ombros, incapaz de esconder completamente o sorriso diabólico dos seus lábios.“Quê? Você mexe com o meu filhote, você mexe comigo. Você mesmo meio que disse isso antes, quando estava sozinho com Harry. Acho que é a primeira vez que ouvi algo tão profundo vindo de você.”

Sirius quase corou por causa do comentário mas confirmou o fato; quem mexesse com o seu afilhado iria se tornar um inimigo.

“... Com o quê você acha que Harry sonhou antes de ele acordar? O que Voldemort fez que o deixou tão exausto?” Remo perguntou de repente, e Sirius xingou. “Merda! Eu esqueci de perguntar pra ele. Acho que nós estávamos distraídos naquela hora. Teremos que perguntar quando ele acordar.”

“... Hum, Remo? Falando nisso, como você entrou aqui? Você não fala a língua das cobras,” o animago adicionou com um tom questionador.

Remo pareceu sem graça.“Antes de sair, eu transfigurei uma pena em uma pedra e bloqueei a saída. Ela era pequena então era praticamente impossível diferenciar a entrada fechada dela aberta. Eu sei que é errado fazer isso mas não queria ter que acordar o Harry. Contudo, acho que o retrato está bravo comigo por que ele estremeceu quando eu o toquei.”

Sirius girou os olhos.

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“Harry? Harry, acorde! Esmeralda?” Sirius bateu gentilmente nas bochechas do afilhado para acordá-lo.

O garoto soltou um gemido contido e num instante estava sentado e apontando sua varinha para o surpreso Sirius. Os eventos do dia chegaram na sua mente adormecida e ele cuidadosamente abaixou a arma.“Desculpe-me, Sirius. É um hábito e como você e Remo são as primeiras pessoas que eu deixei entrar aqui, eu acho que esqueci.”

Depois de respirar profundamente, Sirius deu um sorrisinho.“Tudo bem, garoto. Cara, eu não gostaria de ser um dos seus inimigos!” ele brincou, mas logo ficou sério, atraindo a atenção de Harry. “Desculpa por te acordar assim, mas Dumbledore está convocando uma reunião no Salão Principal. Remo não sabe o porquê,  ele só veio aqui para te acordar e já desceu. Nós achamos que você gostaria de se manter informado.”

Harry assentiu cansado, todo o vestígio de adrenalina eliminado do seu corpo e silenciosamente vestiu-se. Sirius o observou intensamente e deu um passo na sua direção, quase hesitando em tocá-lo.

Harry sabia o que ele queria e ergueu o braço esquerdo.“Sim, Sirius, esta é Nagini. Diga oi para o meu padrinho, Nagini. Não morda,”ele então sibilou, assustando Sirius até a morte quando Nagini "saiu" do seu braço, sibilou na direção dele e voltou para baixo da pele de Harry.

Harry deu uma breve risada e arrumou a sua manga, efetivamente escondendo a serpente.“Ela só disse oi, Sirius. Eu pedi pra ela não te machucar. Tenho que apresentá-la também para Remo. E essa é Edwiges, minha primeira companheira. Entretanto, você já deve saber disso por causa das memórias.”

Edwiges voou para o ombro do seu mestre e piou. Sirius sorriu e acariciou a coruja branca.“Nós temos que ir, Harry.” O jovem assentiu e ambos saíram em direção ao Salão Principal.“Então Sirius, você realmente não faz idéia o porquê dessa reunião?”

O animago deu de ombros.“Remo disse que o velho estava bem abalado essa manhã, então Voldemort deve ter dado as caras em algum lugar. Já faz um tempo que nós não ouvimos dele, então isso não me surpreenderia. Contudo, se for relacionado ao Lorde das Trevas, tenho certeza que Dumbledore irá fazer uma reunião exclusiva para a Ordem.”

Sirius deu um olhar descontente para nada em particular.“Eu gostaria que você pudesse ir. Gostaria que pudesse te contar o que acontece nessas reuniões mas nós fizemos um juramento. Ninguém tem o direito de falar sobre elas fora do escritório.”

Harry não retribuiu o olhar mas, ao invés disso, gargalhou secretamente. “Não se preocupe com isso. Eu já tenho um mensageiro secreto dentro do escritório do Dumbledore que está mais do que pronto em me contar tudo o que está sendo dito lá.”

“Oh?” Sirius estava curioso em saber quem era.

Harry piscou.“Fineus Nigellus.”

Os olhos do animago arregalaram-se e ele riu.“Você conseguiu entrar no escritório de Dumbledore, não é? Seu espertinho! Como fez isso? Eu não vi isso nas suas memórias.”

Harry deu um sorrisinho.“A gárgula não queria me deixar entrar mas isso não importa; eu tenho Fawkes do meu lado. Eu precisa, primeiramente, entrar lá para recuperar algo que pertencia a mim.”

Almofadinhas pensou sobre isso por um momento enquanto eles estavam se aproximando do Salão Principal.“No seu segundo ano... A espada que você conseguiu na Câmara Secreta?”

Harry assentiu.“Sim. Ela pode ser útil. Meu círculo de aliados está crescendo.”

Sirius estava prestes a perguntar sobre aquilo mas eles já estavam na frente das portas abertas do Salão.“Bem, acho que você vai ter que sentar com os seus amigos da Grifinória. Deve ser tão difícil para você...”

O brilho nos olhos de Harry diminuiu e ele sorriu tristemente para o padrinho.“Vamos, Sirius.” Era uma maneira de fechar o assunto e ambos foram para os seus respectivos lugares.

Snape deu a Harry um dos seus melhores olhares questionadores com uma expressão fechada quando ele caminhou em direção a mesa dos alunos, os quais ele habilmente ignorou. ‘Ele provavelmente está se perguntando o porquê de Remo ter precisado de todas aquelas poções...’ Harry pensou enquanto sentava-se próximo a um silencioso Rony.

Os olhos olhos do ruivo, contudo, estavam gritando para ele: ‘Em que diabos você estava por todo esse tempo!’ Mas Harry também o ignorou preferindo escutar o que Dumbledore tinha a dizer.

“Atenção todos, eu temo que o Lord das Trevas tenha retomado as suas atividades.”

Sussuros de pânico tomaram conta do Salão Principal mas McGonagall os fez cessar ao fazer jatos de luz vermelhos saírem de sua varinha.

“Obrigado, Minerva. Agora, como eu estava dizendo, o Lord das Trevas atacou uma cidade trouxa algumas horas atrás e matou uma rua inteira cheia de pessoas. Nós temos que pará-lo; ele está se tornando quase incontrolável. Nossos aurores contaram que ele se comportou muito estranhamente, entretanto, pois quando eles chegaram ele já estava deixando a área e parecia muito agitado.”

Olho-Tonto Moddy resmungou.“Houve algum sobrevivente? Alguém que possa nos contar o que aconteceu e por que ele saiu com tanta pressa?”

Dumbledore assentiu gravemente.“Na verdade, sim... o que acho muito perturbador. Eles foram encontrados não muito longe da cena do crime e irei pessoalmente interrogá-los.”

“Trouxas?” Tonks perguntou, e Dumbledore assentiu novamente.

Harry, por sua parte, estava olhando melancólico para o Diretor.‘Eu não preciso de Fineus para saber quem esses trouxas são.’“... e quem encontrar algo sobre como ou o porquê do Lord das Trevas ter agido dessa maneira, por favor me diga imediatamente. Isso é tudo.”

Pessoas começaram a conversar animadamente e Harry, foi, pela maioria, completamente esquecido no momento.

Uma coruja marrom-escura subitamente voou até ele mas ninguém ao seu redor parecia ter percebido ou se importava; Dumbledore e alguns professores e membros da Ordem, contudo, tinham sim, e Remo e Sirius caminharam até ele antes que o velho pudesse abrir a boca. Os olhos negros de Snape entrecerram-se.

“Obrigado.” Harry acariciou a coruja que veio da Floresta Proibida e deu a ela um pedaço da comida que apareceu na mesa, sem esquecer de também presentear Edwigs com um grande pedaço.

Harry inspecionou o rolo de pergaminho mas decidiu não abrir agora por precaução.

“Harry? De quem é isso?”

O garoto de olhos verdes estava grato aos seus rápidos reflexos de Quadribol quando Simas quase roubou o rolo das suas mãos.“Desculpe-me, Simas. É pessoal.”

“Ah Harry, que sem graça! É de alguma namorada?” o garoto irlandês perguntou animado mas Harry não achou nada engraçado e sua expressão se fechou, o que fez Simas dar um passo pra trás.

“Por favor, não incomode o meu afilhado, senhor Finnegan,” Sirius interferiu abruptamente, atraindo a atenção de alguns estudantes quando Lupin também se envolveu, o que ele quase nunca fazia.“Vamos, Harry. Você deve ainda estar cansado; vamos voltar para o seu quarto.”

Eles não tiveram tempo de nem dar dois passos; Snape estava na frente deles, e Dumbledore estava de pé calmamente às suas costas. “Há algum problema, Alvo?” Remo perguntou quietamente mas com um tom ameaçador na sua voz.

“É claro que tem, Lupin! Eu quero saber porque você me tratou tão rudemente mais cedo para ter umas poções curativas!” Snape cuspiu ameaçadoramente e Remo surpreendeu o Mestre de Poções ao rosnar para ele quase como um lobo faria.

Sirius colocou uma mão firme nos ombros do amigo e Remo acalmou-se e colocou uma mão protetivamente nas costas de Harry.

“Era para mim, Snape. Não ponha Remo no meio disso,” Harry disse rigidamente, tentando tirar o problema do seu amigo lobisomem. Sirius silibou para ele mas Harry ignorou a sua advertência. “Eu tive um pesadelo e, como você sabe, eles podem ser bem reais. Remo estava meramente agindo preocupado pois eu estava bastante abalado. Não irá acontecer de novo. Agora, se me dá licença-”

Dumbledore o parou e tentou decifrar os seus segredos ao olhar diretamente nos olhos verdes. Harry cortou a conexão bruscamente e Alvo piscou.“O que aconteceu, Harry? Você sabe o que aconteceu?” o velho perguntou com um olhar aguçado.

Sirius e Remo não podiam ajudá-lo nisso e mexeram-se nervosamente. Era por causa de alguma coisa do sonho dele? Eles tinham visto na Penseira de Harry: o garoto tinha uma conexão com o Lord das Trevas por causa da sua cicatriz.

“Eu sei o que aconteceu,” Harry meramente afirmou e o garoto ouviu a arfada de ar de Minerva.

Snape segurou com força o braço de Harry, ganhando para si um rosnado de Remo e Sirius e olhar de advertência de Harry. “Não minta, garoto! Como você possivelmente poderia saber o que aconteceu!”

Harry soltou o braço das mãos dele e fechou os lábios fortemente. Sirius caminhou para a frente de Harry e lançou um olhar frio para Snape.“Nunca mais toque no meu afilhado desse jeito, Snape, ou então!”

Remo pegou a mão de Harry e saiu apressadamente da Salão Principal.

“Isso é algum tipo de rebelião, Black! O garoto completamente fez a sua cabeça! Você sabe algo, não é! Você não está compartilhando informações importantes!” Severo rebateu zangado mas Sirius firmou sua posição mesmo com o olhar acusador de Dumbledore.

“Eu acredito nele e por causa disso ele acredita em mim e também em Remo. Inclua-o nas reuniões da Ordem.”

“Você sabe que não estou pronto para fazer isso, Sirius,” Dumbledore afirmou e Almofadinhas deu de ombros.

“Então é problema de vocês. Se me dá licença.”

Snape abriu a boca mas Alvo ergueu a mão e suspirou.“Eu realmente estou começando a me arrepender da minha decisão de não incluir Harry nisso.”

Severo rosnou.“Eu não consigo ver porque Potter é tão importante,” ele disparou para o velho, e Minerva lançou-lhe um olhar duro. “Severo! Modere o seu tom! Todos nós estamos juntos nisso!”

Alvo sentou-se quando um Lufa-Lufa do quinto ano deu o seu lugar ao diretor.“Severo, temo que este ataque está diretamente ligado ao senhor Potter. Eu realmente tenho que falar com ele.”

Alvo subitamente se levantou, com um brilho determinado no olhar.

Infelizmente, quando ele ia sair do Salão Principal, alguém estava entrando.“Alvo! São os Dementadores! Eles estão atacando Hogsmeade!” Quim Shacklebolt arfou cansadamente e Pomfrey rapidamente lhe deu um pedaço de chocolate.

“Quantos, Quim?” Olho-Tonto grunhiu enquanto empunhava a sua varinha.

O fatigado aurordeu a ele um olhar melancólico.“Mais de cem, com certeza.”

O olho verdadeiro de Moddy arregalou enquanto o falso virou-se, assustando alguns alunos.

Alvo encarou Shacklebolt.“Há muitos deles para eu dar conta. Quem é capaz de conjurar um Patrono dê um passo a frente!”

Só vinte das centenas de pessoas fizeram isso, a maioria sendo Aurores e Inomináveis. Kingsley era um deles, assim como Alastor, Arthur e seus filhos Gui e Carlinhos, até mesmo Frank e Alice Longbottom, os pais de Neville que estavam completamente sãos. Mas mesmo eles pareciam incertos de suas habilidades no momento.

Alvo apanhou a varinha e gesticulou para que eles o seguissem. Como McGonagall estava no grupo, Alvo pediu a Severo, Flitwick e Sprout para cuidar dos alunos enquanto eles estavam fora..

Rosmerta e Xiomara olharam uma para a outra e assentiram decididas, afastando-se da multidão para correr pela escadaria principal.

“Você sabe aonde são os aposentos do Harry, Xiomara?” Rosmerta arfou enquanto elas corriam.

“Sim! Parece que tivemos a mesma idéia! Siga-me!”

Elas pararam em frente a uma pintura e Xiomara olhou para o retrato sem a menor idéia do que fazer.“Qual é a senha?” Rosmerta perguntou e a instrutora de voo deu de ombros sem saber.

“Eu não sei! Hum..Abra? Vamos, maldito! É importante! Abra!” Xiomara exclamou quando começou a bater no retrato, que nem se mexeu. Ela estava prestes a bater nele de novo quando o retrato bruscamente abriu.

A mulher olhou sem graça para um furioso Sirius Black.“Quê?”

“Hum, Sirius! Nós pensamos que seria melhor dizer pra vocês que Dumbledore foi para Hogsmeade com umas vinte pessoas porque Dementadores estão atacando lá,” Hooch disse de uma vez só e Sirius xingou.

“Droga! Entrem,” ele entrou rapidamente e deixou o retrato aberto para as duas estoneadas mulheres entrarem.

“Harry! Remo! Dementadores em Hogsmeade!”

Aquelas palavras sozinhas foram o bastante para fazer Harry e Lupin correrem até a sala... a qual Xiomara e Rosmerta estavam examinando com uma fascinação mórbida. Rosmerta murmurou ‘Cores da Sonserina e da Grifinória?’ para Hooch, que só pode dar de ombros, completamente sem ação.

“Quantos Dementadores?”

Elas foram trazidas de volta a realidade por Harry, que parecia pronto para ir para a guerra, sua varinha em mão e olhos verdes determinados.

“Shacklebolt disse que mais de cem.”

Foi Remo quem xingou desta vez e os três homens assentiram um para o outro.“Sirius, você lembra como voar numa vassoura?”

Sirius balançou a cabeça atordoado e ficou de boca aberta quando Harry lhes deu a sua Firebolt.“Você e Remo vão voar até Hogsmeade. Nós não temos tempo para perder.”

“Mas e você?” Remo perguntou preocupado, e ele ainda estava olhando a vassoura de um jeito desconfiado e incerto.

Harry gesticulou despreocupado.“Não se preocupem comigo e a vassoura não morde, Remo! VÃO!”

Os Marotos assentiram rapidamente e abriram uma janela. Ambos seguraram a vassoura e pularam, voando para longe rápido. Harry bufou quando ouviu eles soltarem um gritinho; a Firebolt era provavelmente veloz demais para eles.

O garoto então virou-se para Rosmerta e Xiomara assentiu agradecido.“Acho que isso significa que eu posso contar com vocês duas. Nós vamos conversar depois; fechem a entrada do retrato quando saírem.”

Ele não esperou por uma resposta e se jogou da janela. fazendo ambas gritarem de medo. Elas correram para a janela e a respiração delas parou na garganta quando avistaram não uma pessoa no chão abaixo delas, mas um Grifo voando para longe na direção de Hogsmeade numa velocidade assustadora.

“Esse garoto é incrível,” Hooch afirmou, e Rosmerta só pode assentir silenciosamente, seus olhos ainda arregalados e voltados para o animal.

................................

Harry, ainda transformado, não teve problema em ver aonde os Dementadores estavam atacando na pequena vila; uma massa negra estava pairando sob o Três Vassouras e em todas as casas e lojas ao seu redor.

Voar ao redor da massa para depois pousar sob ela iria demorar muito tempo, então ele decidiu cruzá-la diretamente pois a animagia, quando em uso, diminuía noventa por cento os efeitos de estar na presença de um Dementador, um fato que ele tinha aprendido de Sirius.

Com algumas batidas de asas ele estava abrindo caminho pelo ar congelante e atacando diretamente qualquer Dementador que viesse perto demais.

Depois de alguns longos segundos de voo e grasnados e ataques, ele finalmente pairou sobre a multidão, uma maldição passando meros centímetros dele. Ele grasnou para um jovem auror trêmulo até Sirius, acobertado por Remo, correu para o jovem e disse para ele parar de mirar no Grifo.

“Você não podia ter chegado numa hora melhor, Harry! Nós estamos perdendo!” Sirius gritou para o animal sobre a confusão. sua varinha ainda empunhada e emitindo uma luz prateada.

O auror que antes estava mirando no Grifo virou-se para Sirius com uma expressão surpresa.“Harry! Você quer dizer Harry Potter! Mas Dumbledore disse-”

“Dane-se o que Dumbledore disse!” Remo rebateu enquanto ele juntava-se a Sirius. Ele parecia completamente exausto e perto de desmaiar.

‘A lua cheia é daqui a dois dias!’ Harry lembrou-se subitamente.

O grupo de Dementadores estava se fechando ao redor deles.“Harry pode ajudar!” Sirius finalizou com convicção quando os voluntários reagruparam-se.

Dumbledore parecia cansado mas lívido que Sirius e Remo haviam o desobedecido e trazido Harry. Ele ergueu sua varinha alto e ainda estava tentando afastar os monstros sugadores-de-alma; Alice Longbottom estava inconsciente nos braços do marido e alguns outros também não estavam tão bem.

O Grifo os ignorou e mexeu-se levemente, batendo as asas enquanto examinava o número de Dementadores que flutuavam acima deles e suas chances de sucesso. Por sorte, Harry já tinha visto pior.

Ele atraiu a atenção de todos ao se transformar na sua forma humana e exclamou, segurando sua cicatriz quando o ataque mental começou.

“Não! Não Harry! ”

“Afaste-se! Afaste-se, menina!”

Sirius e Remo prenderam a respiração temerosos enquanto os outros adultos entraram em pânico e observaram o garoto com um mórbido interesse; sua reação aos Dementadores era forte demais, isso não era normal.

Harry fechou a cara, e com gesto decidido mas ainda trêmulo, ele lentamente levantou-se e apontou sua varinha brilhante para cima.“EXPECTO PATRONUM!”

Por alguns segundos nada aconteceu, e Olho-Tonto estava prestes a abrir a boca quando aconteceu; o raio de luz prateada era tão forte que todos eles foram jogados para o lado e os Dementadores foram arremessados para longe com uma força tão grande que aqueles que estavam muito perto foram destruídos.

Todos fecharam os olhos firmemente; de qualquer jeito, nenhuma forma distinguível podia ser vista, pois a luz era forte demais. Quando eles finalmente puderam abrir os olhos novamente, eles piscaram, esperando que os pontinhos brancos desaparecessem da sua visão... e piscaram mais algumas vezes para terem a certeza de não estarem sonhando.

Não havia restado um único dementador no céu.

Uma forma passou pelo surpreso e silencioso grupo de pessoas,assustando-as, até que elas lembrassem que Harry estava aqui com elas.

Mas na verdade Harry não estava; seus olhos fecharam-se, suas pernas desabaram e o que evitou que ele caísse com a cara no chão foi nada menos que o seu patrono, um enorme cachorro prateado, que mais parecia com um sinistro, para ser mais preciso.

Ela surpreendeu mais de uma pessoa, Sirius principalmente; ele não tinha visto isso na Penseira.

Outra forma prateada rosnou, rosnou de verdade! Quando foi até Harry eles puderam ver: era Aluado! Um Patrono de Aluado. um Lobisomem.

O real piscou e abriu a boca. Nada saiu. Remo olhou para Sirius incerto mas Sirius estava tão surpreso quanto ele.

Olho-Tonto rosnou baixinho.“Tá. Essa foi uma magia muito poderosa, ainda mais pra um garoto. Merlin, ele tem mais que um Patrono! Isso não é normal. Eu quero respostas, e as quero agora!”

O auror caminhou até Harry com a intenção de acordar o menino por qualquer meio que fosse quando foi rudemente jogado para longe do garoto inconsciente que estava sendo fortemente protegido pelo Patronos de Almofadinhas e Aluado.

Moody caiu no chão com um baque surdo e estava prestes a explodir em pedaços quem havia ousado atacá-lo quando outra forma imponente prateada veio perigosamente para perto dele, com chifres prostrados ameaçadoramente.

“Pontas...” Sirius e Remo sussurraram em uníssimmo enquanto Moody estava chocado demais para se mover.

Dumbledore perdeu a fala quando “Pontas” se afastou de Alastor e foi até Harry, só parando alguns segundos para deslocar o seu olhar para ambos os Marotos sem fala.

Ele acariciou o garoto moreno gentilmente e todos os três Patronos olharam para Sirius e Remo transmitindo sua confiança antes de começarem a sumir.

Minerva percebeu que, enquanto as formas prateadas estavam evaporando, a varinha brilhante de Harry estava levemente voltando para a sua original cor rubra.

Sirius e Remo correram até o garoto assim que as formas desapareceram e o animago ergueu o seu afilhado nos braços de forma protetora. “Aluado, vamos voltar para o castelo.” Sirius sussurrou quietamente e Remo assentiu em silêncio.

O lobisomem ignorou o seu medo da vassoura de Harry e pegou o garoto nos braços, voando cuidadosamente de volta para o castelo enquanto Sirius se transformava e os seguiu sem olhar para trás na direção do grupo estoneado.

Os assustados e trêmulos habitantes de Hogsmeade começaram a sair dos seus esconderijos e formaram um grupo ao redor de Dumbledore, que meramente olhou fracamente para os membros da Ordem e para os voluntários, metade deles inconscientes.

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