Encontro com Hooch



Obrigada pelos votos e pelo grande aumento do número de leitores que leram a fic, principalmente Leo_Lobo_Loco e everylone.

Aqui vai mais um capítulo!

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Blah! - língua de cobra

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O Mundo Sem Mim
Capítulo 2: Encontro com Hooch

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Já era sexta-feira, quatro dias depois da sua súbita aparição. As pessoas em Hogsmeade estavam um pouco mais a vontade ao ver um garoto tão novo andando por aí como se a pequena cidadezinha bruxa fosse completamente familiar a ele, mesmo se o garoto afirmasse que ele não era daqui.

Toda vez que eles viam uma coruja branca voando pelos arredores, eles sabiam que ele não estava muito longe. Harry, primeiramente, realmente não sabia o que fazer aqui e o que fazer com a sua vida. Ele não podia só ir para Hogwarts daquele jeito, no meio do ano letivo.

Fora de Hogsmeade estava nevando, mas os bruxos residentes na cidade haviam optado por criar um escudo mágico que iria repelir a neve. Infelizmente, ainda era muito frio lá fora então Harry estava sempre vestindo sua nova capa de pele de dragão com um cachecol quente, o qual, é claro, não era o familiar vermelho e dourado.

Ele também havia tido a idéia perfeita para ocupar o seu tempo e ser útil há pouco tempo atrás. Rosmerta estava tendo problemas para gerenciar o bar com só dois empregados, que só estavam lá para fazer a comida, então Harry conseguiu fazer Rosmerta o contratar para trabalhar no Três Vassouras. Ela logo percebeu que James era um trabalhador dedicado e que isso facilitava muito o trabalho, para seu grande contentamento,

James cumprimentou os habituais clientes que o conheciam enquanto ele entrou no bar lotado, voltando de uma compra tardia. Rosmerta aceitou a bolsa com um agradecido, mas cansado sorriso.

O Três Vassouras estava cheio de gente essa noite e ela tinha muita coisa para fazer sozinha. Ela deu um olhar de cachorrinho pidão para James e o garoto moreno sorriu divertido e assentiu, subindo as escadas para se trocar.

"Eu sinto muito James. Eu sei que hoje seria o seu dia de folga, mas eu não consigo dar conta sozinha. Desde que eu recebi esse novo tipo de cerveja amanteigada as pessoas parecem não cansar de bebê-las", ela explicou quando James voltou com a sua roupa de trabalho, enquanto levava o pedido de dois clientes ao mesmo tempo.

Nagini havia optado ficar lá em cima, no quarto, e sabia que se Harry estivesse com problemas, ela não estaria longe demais para ajudar o garoto.

Harry assentiu e fez uma expressão séria. "Não tem problema para mim. Eu não tinha nada para fazer hoje à noite, de qualquer maneira. Posso muito bem ajudá-la antes que você colapse".

Rosmerta riu dele, mas o deixou entregar os pedidos para os clientes, o que ele fez com eficiência.

"Um novo empregado? Ele parece novo, não acha?"

Rosmerta pulou por causa da voz e se virou para encarar uma das professoras de Hogwarts. "Xiomara! Você me assustou! Problemas com os pequenos primeiranistas de novo, né?"

A professora fez uma careta, bebendo um grande gole da sua cerveja amanteigada. "Essa é outra maneira de disser isso, sim."

Ela não falou mais sobre o assunto, então Rosmerta a deixou e caminhou na direção de Harry, que estava transportando três pratos ao mesmo tempo e procurando para quem eles pertenciam. "Ei, James! Precisa de ajuda?" Rosmerta perguntou com divertimento brilhando em seus olhos.

James girou seus olhos azuis para cima, mas assentiu assim mesmo. Rosmerta apontou para os clientes certos e o olhar do garoto moreno gelou no último. Rosmerta acenou com uma mão na sua frente e olhou para a professora. "Ela tem olhos legais, não é mesmo?" Rosmerta disse, referindo-se aos olhos amarelos de falcão pertencentes à Xiomara.

Harry saiu de seu devaneio e piscou, respondendo com um devagar "Sim. Quem é ela? Eu nunca a vi por aqui antes." Ele fingiu uma perfeita expressão curiosa. Interiormente, seu coração estava batendo furiosamente. Era só sua primeira instrutora de vôo, mas Merlin, era bom finalmente ver uma face familiar de Hogwarts em Hogsmeade.

"Hum, você provavelmente verá mais ela já que agora trabalha aqui. O nome dela é Xiomara Hooch e ela é a instrutora de vôo de Hogwarts. Eu sei que estamos no meio da semana mas ela só vem aqui quando os primeiros-anos a irritam durante as aulas. Isso deixa ela relaxar e esquecer sobre os pequenos capetinhas. Eu tenho certeza que ela vai beber mais um par de cervejas amanteigadas antes de voltar pro castelo, ela sempre faz isso."

Rosmerta suspirou e mexeu a cabeça; "É melhor você entregar esses pedidos antes que fiquem frios, James.", ela o lembrou.

O garoto se assustou e correu para um casal impaciente. "Desculpa pela demora!"

Ele deu a eles um olhar pedindo desculpas e a bruxa não pode resistir. "Tudo bem!" Ela esguichou enquanto seu marido girava os olhos pra ela e começava a comer. "Ai! Você é um jovem tão bonito! Eu espero que esteja aqui na próxima vez que viermos!" ela falou alegre.

Harry deu um sorrisinho e assentiu. "Bem, será um prazer servi-los novamente. Se vocês me derem licença, eu tenho este último prato para servir. Se precisarem de alguma coisa, é só me chamar."

Ele se desculpou educadamente ao simpático casal e seu coração começou a bater contra suas costelas mais uma vez. 'Pelo amor de Deus, Harry! Só é a Hooch! Sai dessa!' Ele mentalmente se sacudiu e pôs o prato na frente da professora mal-humorada, fazendo esta pular por causa do súbito movimento.

"Oh! Desculpa! Eu não te vi aqui!" Xiomara ficou vermelha de vergonha e trouxe o prato mais para perto dela.

Harry riu. "Dia difícil?"

Hooch deu a ele um pequeno sorriso e começou a comer a sua refeição.

O garoto moreno queria desesperadamente tirá-la do seu mau humor e perguntar a ela sobre os habitantes de Hogwarts, mas isso ia parecer muito suspeito. Ele sabia que algumas pessoas em Hogsmeade ainda não confiavam nele então só deu a volta e entregou novos pedidos pelas próximas horas, claramente com a intenção de falar um pouco mais com a professora de vôo quando o bar esvaziasse.

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Era por volta das dez horas quando as pessoas começaram a voltar para casa para uma boa noite de sono. Rosmerta dispensou James do trabalho com um grande sorriso; o lucro havia sido particularmente bom hoje.

O garoto moreno pediu ao cozinheiro que lhe desse duas cervejas amantegadas e ele andou até uma Xiomara Hooch ainda irritada que estava sentada sozinha num canto. A professora se assustou quando uma caneca de cerveja amanteigada foi colocada na sua frente, e ainda mais quando o jovem ajudante de Rosmerta se sentou na sua frente, também bebendo uma caneca.

Harry deu um pequeno sorriso para tranqüilizá-la. "É por conta da casa, mas pra você é o último dessa noite. Eu acho que está desesperadamente precisando de uma companhia para te animar."

Hooch assentiu agradecida e deu um gole. "Obrigada. Eu me desculpo pela minha grosseria mais cedo, mas tenho tido alguns problemas com as minhas aulas em Hogwarts. A propósito, meu nome é Xiomara Hooch."

Harry apertou sua mão sobre a mesa. "Prazer. Rosmerta me falou sobre o seu dilema. Meu nome é James Evans. Então, que tipo de problemas você tem?" ele perguntou curioso. Ele não sabia se a sua Hooch tinha aqueles pequenos episódios depressivos então queria saber o que podia possivelmente incomodá-la desse jeito.

A mulher de olhos de falcão deu um grande suspiro e bebeu deu outro gole da sua cerveja. "Bem, você provavelmente já sabe que sou uma professora em Hogwarts; eu sou a instrutora de vôo e eu ensino os primeiranistas como voar numa vassoura corretamente. Eu sempre tive alguns problemas nos anos anteriores, mas as crianças que eu estou instruindo agora não sabem nada sobre voar. Oh, algumas delas sabem, mas não da maneira que eu quero que elas saibam. Elas não sabem o que eu quero dizer quando peço a elas para entender a beleza do voô." Hooch parecia embaraçada. "Eu não estou fazendo nenhum sentido, né?"

Harry negou com a cabeça. "Oh não. Eu entendo perfeitamente o que você quer dizer. Eu mesmo adoro voar, então você não está falando com um ignorante no assunto. Eu amo o excitação do vôo, de flutuar sobre as nuvens e então mergulhar numa manobra e puxar a vassoura no último segundo antes de colidir com o chão. Virar e guinar com o vento e me deixar cair livremente e então subir rapidamente, esta é uma experiência super divertida e uma vez que você tente não dá pra parar. Você é livre para ir aonde você quiser, você esquece seus problemas e só sente o vento despenteando o seu cabelo..."

Quanto mais ele falava, mais os seus olhos sonhadores se fechavam e ele se movia gentilmente na cadeira como se realmente estivesse numa vassoura, esquecendo tudo ao seu redor. Ele tinha uma expressão excitada e veemente no seu rosto que tocou profundamente Xiomara.

Quando ele terminou, ela ficou sem fala por um momento e Harry finalmente abriu seus olhos, corando diante do olhar encantado da professora.

"Eu... eu nunca tinha ouvido alguém falar sobre voar de um jeito tão apaixonado antes..." ela sussurrou.

"Isso é exatamente o que eu sinto, exceto que eu nunca seria capaz de descrever esse sentimento da maneira que você fez. Eu queria que meus alunos pudessem entender isso. Os primeiros anos estão assustados ou querem se mostrar, e eles frequentemente vão para a enfermaria por causa da sua negligência. Do segundo ano para o sétimo, eles só querem jogar quadribol pela maneira difícil e geralmente ficam competitivos demais; as casas da Sonserina e da Grifinória principalmente. Estas duas casas nunca vão se entender, elas nasceram para odiar uma a outra, eu juro. O diretor, Alvo Dumbledore, tentou por muitos anos reconciliá-las mas não teve sucesso. O que não ajuda é a rivalidade entre dois alunos do sétimo ano da Grifinória e Sonserina: Ronald Weasley e Draco Malfoy. Desde o primeiro dia eles são inimigos mortais por causa da rivalidade entre as suas famílias." Xiomara pôs uma mão na frente da boca. "Eu estou balbuciando de novo, me desculpe."

Harry novamente negou com a cabeça, mas suas mãos, que agora estavam escondidas debaixo da mesa, estavam tremendo. 'Então, Ron está aqui. Graças a Deus. Eu não ligo muito pro Malfoy, mas parece que todos que eu conhecia na minha própria dimensão estão aqui. E quanto a rivalidade entre Grifinória e Sonserina...'

Harry quase teve que conter um sorriso sombrio de aparecer no seu rosto. Voldemort, sem saber, não havia só transferido alguns de seus poderes para ele quando era um bebê, mas também um pouco da sua herança, fazendo Harry ser o herdeiro tanto da Grifinória COMO da Sonserina. Ele não era um herdeiro direto de Sonserina, é claro, mas de uma maneira Tom Riddle era como um segundo 'pai' para ele em um estranho, doente e inoportuno ponto de vista.

"Você não está falando demais. Eu não me importo a mínima. Melhor libertar suas emoções do que aprisioná-las. E de qualquer maneira, o castelo meio que me deixa curioso. Mas esse não é o caso. O que você pensa em fazer com os primeiros anos?"

Hooch deu de ombros. "Eu ainda não sei. Me diga James, quando foi a última fez que você voou?"

James deu a ela um olhar distante e um sorriso triste. "Já faz um tempo. Muito tempo, para falar a verdade, eu sinto muita falta. Eu realmente não posso voar na área da vila e está nevando fora da barreira. Eu já não voô tanto quanto gostaria." Ele ganhou aquele olhar sonhador novamente e Hooch sorriu maliciosa, seus olhos mostrando um brilho renovado.

"Diga, talvez nós possamos fazer um pequeno jogo, um pequeno um-contra-um qualquer dia? Eu tenho certeza que Alvo, nosso diretor, não se importaria a mínima se o convidasse. O que você sabe sobre quadribol?" Ela perguntou com um olhar astuto na sua direção.

Harry percebeu isso rapidamente e também sorriu com um brilho misterioso nos seus olhos azuis. "Eu sei o suficiente, e isso é tudo o que VOCÊ precisa saber."

Ela se inclinou na cadeira, seu mal humor agora completamente esquecido. "Ooh? É isso, então? Qual posição?"

"Me falaram que eu daria um bom batedor... mas eu provavelmente nasci com um pomo-de-ouro nas minhas mãos, então isso não deixa dúvida sobre qual posição eu tenho."

Xiomara assobiou. "Um Apanhador, eh? Eu me pergunto o quanto você é bom. Bons apanhadores que realmente sabem como manobrar uma vassoura são raros em Hogwarts. O melhor que nós temos agora é o sétimo ano sonserino Draco Malfoy, mas ele realmente não compreende a beleza de voar. Tudo o que ele quer fazer é derrotar o time grifinório desde que Olívio Wood, o melhor capitão que a grifinória teve em vários anos, graduou dois anos atrás. A atual apanhadora grifinória Gina Weasley, irmã mais nova do capitão do time Ron Weasley, não está conseguindo dar conta do recado desde que o pai de Malfoy," ela disse com uma expressão desgostosa no rosto, "comprou novas Nimbus 2004 para todo o time sonserino... Eu estou falando demais, deve ser a cerveja."

Harry riu dela mas mentalmente sorriu desdenhoso. 'Eu vejo que o velho Malfoy ainda está vivo e irritando por aqui. Provavelmente ainda no ministério. A maioria dele deve estar corrompido já que que Voldemort ainda está vivo. Isso vai ser uma merda de problema'.

Ele deu um sorriso quando Hooch perguntou a ele se queria jogar um um-contra-um com ela só para se divertir, é claro.

Harry internamente ficou em pânico. Ele estava pronto para voltar para Hogwarts agora? Logo depois da batalha final ainda fresca fixa na sua mente?

"Eu acho que não"

Ele não foi capaz de disfarçar seu nervoso. Ele não queria dar uma de idiota e abraçar alguém quando eles não sabiam nada sobre ele aqui. E como ele deseja que a atenção de Tom ficasse voltada para ele ao invés de Hogwarts, era melhor ficar tão longe quanto possível por enquanto.

"Eu sinto muito mas não posso. De qualquer jeito, não agora. Ainda há várias coisas para eu fazer aqui e..."

Hooch deu a ele um olhar desapontado, mas assentiu compreensiva. "Oh. Tudo bem então. Mas se alguma vez você quiser jogar só venha para Hogwarts e me procure, eu estou certa que não será nenhum problema."

Com tudo isso, estava ficando muito tarde. Hooch bocejou ruidosamente e Harry achou que essa era a dica para voltar ao castelo. "Você quer que eu te acompanhe no caminho de volta? Você parece um pouco trêmula pra mim."

A professora negou com a cabeça e pareceu perfeitamente consciente, se não um pouco cansada, mesmo depois de ter bebido um bom número de cervejas amantegadas. "Nah, eu ficarei bem." ela encerou o assunto com um movimento de mão, mas Harry não iria deixá-la voltar para Hogwarts sozinha, especialmente a esta hora, na escuridão e percorrendo o caminho até Hogwarts com a Floresta Proibida nos arredores da trilha. Se Voldemort estava a ponto de atacar, como Harry ouviu tantas vezes por aí, o Menino-Que-Sobreviveu-Novamente estaria lá para dar a ele uma grande luta!

"Rosmerta, eu já volto. Eu só vou acompanhar Madame Hooch de volta a Hogwarts."

A dona do bar assentiu, enquanto limpava uma mesa. "Que gentil da sua parte, James! Mas tome cuidado no caminho. A neve está bastante espessa lá fora."

Harry assentiu e omitiu contar a segunda razão em voz alta: os seguidores de Voldemort estão em todo lugar.

Xiomara vestiu sua capa de inverno e esperou James voltar, descendo as escadas, com roupas mais quentes. Ele voltou com uma coruja branca pousada no seu ombro e, desconhecida pelas duas mulheres, uma grande serpente escondida sob a sua capa de pele de dragão. "Eu estou pronto, vamos!"

O vento frio atacou eles no segundo que eles puseram o pé para fora da barreira mágica. A neve estava profunda então Hooch lançou um feitiço em ambos para ficarem mais leves e poderem andar sobre a neve.

O caminho de volta para o castelo estava silencioso, e às vezes Harry pegava Hooch dando um olhar desconfiado na sua direção. No começo ele não ligou mas isso começou a incomodá-lo depois de longos quinze minutos.

Sem nem mesmo olhar para ela ele perguntou; "Tem alguma coisa no meu rosto?" Era uma maneira educada de dizer a ela para parar de fazer isso.

A professora ficou ainda mais vermelha - a temperatura fria não ajudou- e olhou para outro lugar. "Desculpe-me sobre isso. Mas enquanto eu continuo a olhar para você, eu não consigo parar de pensar que você parece um dos professores de Hogwarts. Eu sei que é ridículo..."

Harry tropeçou na neve e fracamente se equilibrou antes de afundar sua face dentro da grossa e gelada camada branca que cobria o chão.

Ela lançou a ele um olhar questionador mas ele se recuperou e continuou a caminhar como se nada houvesse acontecido, então ela não tocou no assunto.

"Oh? Muito curioso. Mas eu não tenho nenhuma família então é impossível que eu possa ser parente de quem quer que você esteja pensando." ele disse com indiferença.

Ela deu a ele um olhar de pena mas ele o ignorou; ele detestava quando as pessoas sentiam pena dele. Sua mente continuava gritando 'SIRIUS ESTÁ EM HOGWARTS' Mas havia muito pouco que podia ser feito neste momento, sendo que ele tinha que ficar longe para a segurança de todos. Era seu plano derrotar Voldemort -novamente- e então ele viria para a luz.

A trilha estava quase acabando e Harry agora podia ver Hogwarts, fracamente, por que a neve caindo e a escuridão ao redor deles fazia ela difícil de ver.

Hooch parou e olhou para ele com um sorriso agradecido. "Eu posso andar o resto do caminho sozinha. Foi realmente legal da sua parte me acompanhar até aqui, mas agora é você que está longe de Hogsmeade."

Harry deu a ela um sorriso reconfortante e acariciou sua coruja. "Eu ficarei bem e de qualquer maneira, eu tenho companhia. Só se cuide pelo resto do caminho."

Ela assentiu. "Obrigada James! Você é um garoto muito simpático! Eu espero vê-lo de novo! E lembre-se! Você me deve um jogo de quadribol!"

Ele riu da brincadeira dela, acenou e deu a volta. Hooch observou ele desaparecer pela escuridão e voltou ao castelo sem nenhum problema.

"Foi para Hogsmeade de novo, não é mesmo?"

A instrutora de vôo arfou e pulou de surpresa, sua mão movendo-se para o peito. "Severo Snape! Nunca mais faça isso se você não quiser que Poppy tenha que me examinar por causa de um ataque cardíaco!"

Ela olhou ferozmente para o diretor da Sonserina e quase fez um bico quando aquilo não teve efeito no Mestre de Poções. "Eu juro, Severo, esse seu costume de andar sorrateiramente ainda vai me mandar pro St. Mungo um dia desses." ela murmurou enquanto tirava sua capa coberta de neve. Ela rapidamente lançou um feitiço secante em si mesmaa antes que pudesse molhar o chão; ela sabia como Argo Filch ficava quando havia um problema com a limpeza.

Snape olhou em volta entediado enquanto ela se enfurecia com ele. "Qualquer dia você vai se matar por ir a Hogsmeade sozinha à noite."

Xiomara pareceu surpresa e lhe deu um sorriso brincalhão. "Ora Severo, eu nunca soube que você se importava!"

O Mestre de Poções não mordeu a isca, sendo conhecido pela sua impassividade, e sorriu desdenhoso para ela. "Dificilmente. Eu só estava me referindo ao seu comportamento, o qual é intrigantemente comparável ao típico comportamento negligente dos grifinórios." Com estas últimas palavras, ele se afastou com um movimento da sua capa para inspecionar corredores mais importantes deixando Hooch pra trás, girando os olhos por causa do SEU típico comportamento sonserino.

"Ei! Eu ia te contar que não vim sozinha!", ela disse alto, mas não sabia se ele a havia ouvido ou se importado porque ele virou uma esquina e desapareceu por outro salão.

Ela agitou a cabeça com um suspiro desesperado e voltou ao seu quarto para dormir.

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Harry sabia por experiência que nada ou ninguém iria atacá-lo no seu caminho de volta. Seus sentidos indicavam que não havia nenhum perigo e sua cicatriz não estava latejando. Ele descobriu, durante uma experiência que teve depois de chegar aqui, que estava de fato conectado com o Voldemort desse mundo. Ele tinha retirado a barreira mental permanente que havia posto por só um minuto e teve que fechá-lo quando sua cabeça começou a doer dolorosamente.

Voldemort estava muito bem vivo aqui, isso não havia dúvidas, mas ele não tinha nenhuma pista da existência de um Harry Potter -vivo- em algum lugar capaz de ver pelos seus olhos (que ainda eram azuis ao invés da cor vermelho-sangue que Harry estava acostumado porque Riddle continuou vivo por todo esse tempo).

Harry sentiu algo se movendo pela sua pele e Nagini colocou sua cabeça fora da sua manga esquerda; sendo uma cobra, ela não gostava do ar frio, mas estava começando a se sentir sozinha enquanto o seu mestre falava com Hedwig. "Você quasse deu com a cara no chão algum tempo atráss, messtre. Alguma coissa esstava errada? Eu quasse ssaí do meu essconderijo naquela hora."

Harry olhou para Nagini e suspirou suavemente. "Não sse preocupe Nagini. Eu ssó me assuntei com algo que a professsora dissse. Eu lhe contei ssobre Ssiriuss Black temposs atráss, e que eu ssenti muita falta dele quando ele morreu no meu mundo. Bem, aparentemente, ele é um professsor aqui em Hogwartss."

O garoto sorriu tristemente, não sendo capaz de falar mais. A serpente compreendeu e ficou em silêncio, entrando novamente pela manga para se enrolar em volta do seu pulso como se o estivesse confortando.

Rosmerta soltou um grande suspiro de alívio quando James voltou. "Finalmente! Eu estava começando a me preocupar! Eu espero que você tenha uma boa noite de sono, porque este é um dos fins-de-semana em que os alunos de Hogwarts vêm para Hogsmeade. O Três Vassouras vai estar cheio de novo amanha." Ela então foi para a cama, exausta por causa do seu trabalho e pela preocupação que o garoto lhe deu até entrar pela porta.

Harry voltou para o seu quarto, e caiu na cama com um gemido. "Droga. Eu não pensei sobre os fins-de-semana em Hogsmeade..."

Hedwig voou para a mesa de Harry e Nagini se enrolou no fim da sua cama.

Harry se virou pela cama a noite inteira, incapaz de dormir tranquilamente. Seus pesadelos sobre a morte dos seus pais, Sirius atravessando o véu, Lupin correndo para a sua frente para protegê-lo do Avada Kedavra e seus amigos morrendo ficaram lhe assombrando e não importando o quanto poderosa era a sua Oclumência, ele simplesmente não conseguia dormir.

A Poção para Dormir que ele havia tomado não era forte o bastante para parar os pesadelos e, em momentos como esse, é que Harry sentia falta do seu conhecido Mestre de Poções. Por sorte, havia um forte feitiço silencioso em volta do seu quarto porque com certeza ele iria ter uma forte dor de garganta e de cabeça no dia seguinte.

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