Manhã de Natal



- Sabia que os dois não conseguiriam ser some.te dois bons amigos aqui. –disse uma voz interrompendo os dois.


Harry e Hermione olharam, estavam envolvidos demais para saberem de quem era aquela voz, mas ficaram aliviados quando viram que era só Gina.


- Hã... Você foi rápida... –disse Hermione tirando uma franja do olho.


- É... –disse Gina- Não sei se já disse isso, mas... Que bom que vocês se ajeitaram. Aquela situação de antes estava incomoda até para mim.


- Pois é... –fez Hermione se sentando em um sofá- Escuta, Gina, como é que você conseguiu arrumar tudo naquele dia, você sabe, aquele dia em que você arrumou um encontro para mim e para o Harry.


- Foi simples. –disse Gina parecendo orgulhosa- Eu falei com Dumbledore e...


- Você contou para Dumbledore? –falou Harry surpreso, seria capaz de esganar Gina se não quisesse perguntar uma coisa- E qual foi a reação dele?


- Ele agiu normalmente. Nem pareceu surpreso. Disse que um dia isso ainda iria acabar acontecendo... –respondeu Gina- Então eu falei para ele sobre a minha idéia e ele concordou me ajudando a tirar a Espada de Gryffindor e ainda me prometeu ficar longe da sala dele o dia inteiro.


- E sobre transformar a espada em uma chave de portal? –perguntou Harry.


- Isso foi fácil, eu já havia lido alguns livros sobre o assunto, só coloquei a teoria em prática. –respondeu Gina.


Harry e Hermione olharam para Gina, os dois estavam surpresos com a garota. Porém Harry pensava em uma coisa, se Gina já havia falado tudo para Dumbledore, com certeza ele já pensava em tudo o que poderia acontecer. E o melhor de tudo, não ia obrigar Harry e Hermione a terminarem.


- Hermione, nunca te perguntei isso antes, mas como você foi para Hogsmead naquele dia? –perguntou Harry para a garota.


Os três estavam sentados nos sofás brancos, ignoravam um pouco da poeira que estava no chão, Harry olhava para Hermione esperando uma resposta, mas quando a garota abriu a boca Harry ouviu a resposta de outra pessoa.


- Na verdade, eu arranjei uma lareira e um pouco de pó de flu para ela. Depois de estudar cuidadosamente os mapas de Hogsmead e achar uma loja onde esteja conectada a rede. –disse Gina sentada.


- Gina... Você está me surpreendendo... –disse Harry após dar um assobio longo.


Gina corou, Hermione sorriu para a garota e depois para Harry que estava com os olhos verdes fixamente olhando para ela de uma maneira protetora.




*****




Harry acordou, ainda deveria ser bem cedo, e todos os outros ainda deveriam estar dormindo muito bem. Olhou para o lado no rádio-relógio que tinha ao lado da cama, no criado mudo, realmente, a sua teoria estava correta.


Olhou para o lado, Hermione não estava mais lá, era uma coisa boa, afinal também se Rony entrasse no quarto dele e os encontrasse não iria ficar nem um pouco feliz, sentou-se na cama, foi quando notou os presentes no pé da cama.


Havia um pacote com um embrulho vermelho de tamanho médio por qual Harry começou, o pegou e viu que ali tinha um cartão, pegou o cartão.




Harry,

Feliz Natal! Como vão as coisas? Sinto falta suas visitas, mas espero que você esteja se divertindo na casa dos Granger.

Esse é um presente para que você possa se lembrar de mim quando eu me for,ou simplesmente quando sentir saudades, literalmente.

Rúbeo Hagrid




Harry não entendia o que Hagrid queria dizer com aquele cartão. Só esperava que ele não estivesse pensando em fazer qualquer tipo de loucura, mas então pegou o embrulho e o abriu.


Dentro do embrulho havia uma coisa que pareciam dois quadros grudados com as pinturas uma de frente para outra.


Ele abriu então a parte de cima dos quadros, como se fosse uma simples caixa e então se sentiu flutuar, tudo girou e quando ele abriu os olhos se viu olhando para Hagrid, a sensação era a mesma de quando ele havia visto as memórias de Tom Riddle.


- Harry! –disse Hagrid- Que bom que você veio me visitar!


- Hagrid? O quê?


- Isso é um memoriam com ele você sempre poderá falar comigo como se eu estivesse com você. –disse Hagrid- Embora, de verdade nada esteja acontecendo.


Harry ficou boquiaberto, não acreditava que aquilo poderia estar acontecendo.


- Como isso pode acontecer? –perguntou Harry.


- Magia, Harry. –respondeu Hagrid- Com quantas coisas você já se surpreendeu no mundo mágico? Pois essa é só mais uma.


- E como eu volto? –perguntou Harry.


- Já quer voltar? –falou Hagrid parecendo não querer que Harry saísse- Bem... Tudo bem. É só você fechar os olhos e desejar voltar.


Harry não sabia ao certo se voltava ou não, mas então se lembrou de Hermione, sentiu uma saudade dela como se estivesse fora por muito tempo, se lembrou também de Rony e Gina. Sentia que precisava voltar.


- Eu vou voltar, Hagrid. –disse Harry.


- Tudo Bem. –disse Hagrid com um sorriso.


Harry fechou os olhos, se concentrou o máximo que pôde, sentiu o seu corpo girar novamente, um pouco de tontura. E quando então abriu o olho de novo ele já estava parado no quarto por ele ocupado na casa de Hermione, parecia que o tempo não havia passado.


Olhou para aquele objeto que havia o levado para muito longe e muito perto ao mesmo tempo. Lembrou-se de Sirius. Imaginou que se Sirius tivesse tido um daqueles, ainda poderia falar com o padrinho hoje.


Olhou então de novo para os dois últimos presentes que tinha no pé da cama, pegou um e viu que era uma lata de biscoitos de chocolate, leu o cartão que vinha junto e (como ele presumia) era da senhora Weasley.




Querido Harry,

Muito feliz Natal! Espero que esteja se divertindo aí na casa dos Granger. E também espero que o Rony e a Gina não estejam aprontando muito. Nós realmente sentimos muito por você não poder passar o Natal com a gente esse ano, mas acho que você deve estar se divertindo, não é mesmo? Esses biscoitos de chocolate são de uma receita da minha mãe, avó do Rony, se você comer um ficará com a impressão de que suas energias serão totalmente revigoradas! Igual aos chocolates normais! Novamente Feliz Natal e nos mande notícias

Molly Weasley




Harry sorriu, pegou um dos apetitosos biscoitos e deu uma bela mordida, além de ter um gosto maravilhoso, o biscoito realmente pareceu dar a ele uma energia que faltava.


Pegou o pacote que tinha ao lado. Tinha um cartão e era o presente de Fred e Jorge.




Harry,

Esse presente é para você recomeçar as aulas muito bem! É o mais novo e melhorado Kit Mata Aulas das Gemialidades Weasley! Alias, se der um tempo apareça aqui na nossa loja no Beco Diagonal. Aposto que você vai gostar das nossas... Experiências. Pelo menos todo mundo até agora está gostando. Isso é todo mundo que não é a vítima dos nossos produtos.

Fred e Jorge Weasley




- Sabia... –disse Harry para si mesmo dando algumas risadinhas irônicas.


Pegou então o penúltimo pacote, era o que mais tinha cara de ser um livro, Harry não podia acreditar que Hermione se dera o trabalho de noite colocar o seu presente ali. Porém pegou o cartão e notou que não era de Hermione.




Harry Potter,

Mando-lhe esse presente, pois acho que seu pai gostaria muito de que você o tivesse em mãos.

Remo Lupin




Harry abriu curioso, pensava que tudo o que era de seu pai já havia sido dado a ele, mas estava terrivelmente enganado.


Era o maior pacote, depois de desembrulha-lo notou uma caixa grande, abriu, e de dentro, saiu uma coisa pequena.


- Um pomo-de-ouro!? –exclamou Harry.


Ele pegou então um bilhetinho que havia dentro da caixa, e uma caixa menor de vidro que estava ali.




Esse foi o primeiro pomo-de-ouro que seu pai capturou em Hogwarts, ele o guardou e eu fiquei com ele. Gostaria de ter entregado para você antes, mas admito que não sabia onde estava. Acho melhor você cuidar dele, pois ele tem o terrível costume de fugir...




Harry capturou o pomo-de-ouro que estava querendo sair pela janela, o analisou cuidadosamente, pegou a caixinha de vidro e o colocou dentro, ele de repente parou, e se encobriu com as assas. Parecia estar dormindo.


Olhou então, faltava um ultimo pacote, o abriu também. Parecia um cinto, mas um cinto com um coldre, para que ele provavelmente colocasse a Espada de Gryffindor, era de couro, com pedras vermelha e douradas. E escrito “Godric Gryffindor” e logo ao lado “Harry Potter”.




Harry,

Achei que esse era o presente que faltava para você. Afinal, a Espada de Gryffindor não pode ficar ao léu. Isso também pertenceu a ele e agora, pertence a você, igual à espada.

Alvo Dumbledore




Harry não podia acreditar, aquilo era tudo muito legal, pegou a espada de dentro do seu malão, não havia tirado de lá há muito tempo, e então a colocou no coldre do cinto. Dava um toque especial.


Ele olhou para o lado, o rádio-relógio havia dado um “bipe”, todos já deveriam estar acordados, pois agora não era mais tão tarde assim.


Pegou uma caixinha pequena envolvida em veludo que ele tinha guardado na gaveta do criado mudo por algum tempo, saiu do quarto e já no corredor se encontrou com Hermione.


- Harry! –disse ela abraçando o garoto- Feliz Natal! Estava indo te procurar.


- Eu também. –disse Harry- Tenho um presente para você.


- Eu também tenho um para você. –disse Hermione com um sorriso.


- Primeiro o seu. –disse Harry.


Hermione sorriu, havia ficado um tanto quanto vermelha, e entregou para Harry um embrulho não muito grande, mas também nada pequeno.


Ele pegou o pacote e o abriu, e lá estava uma carteira de couro, muito bonita, Harry a abriu e viu, parecia incrivelmente normal.


- Ela não é tão normal assim. –disse Hermione- Foi aprovada por Gringotes como o modelo mais seguro do mundo. –ela começou a explicar- Depois de “acionada” qualquer pessoa que tentar encostar nela, levará um belo choque. –disse Hermione- E ainda estará sujeita a mais alguns... Probleminhas...


- Puxa... Obrigado, Hermione. –disse Harry abraçando a garota forte- Agora, acho melhor eu te entregar o meu presente, não é.


Ele tirou a caixinha de veludo do bolso, a abriu suavemente para que Hermione pudesse ver a aliança que tinha dentro, a pegou e começou a coloca-la no dedo de Hermione.


- Nossos nomes estão escritos dentro dela. –disse Harry- É para que o nosso compromisso seja oficializado perante nós mesmos.


- Harry! É tão linda! –disse Hermione olhando-a já no dedo- Obrigada.


Eles se abraçaram, e Harry a beijou rapidamente, não poderiam demorar muito ali no corredor.

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