Decisão Paterna



Harry e Rony chegaram na enfermaria, eles podiam ouvir mais algumas vozes que com certeza não eram nem de Hermione, nem Gina e nem mesmo Madame Pomfrey. Ele passou pela porta quando escutou:


- Ah... Ali está ele! –disse Dumbledore- Harry, venha aqui, por favor.


Harry andou até o diretor, ele estava na enfermaria juntamente da professora MacGonagol, Madame Pomfrey, Hermione (que parecia desacordada) e os senhores Granger.


- Então você salvou minha filha. –disse o senhor Granger- Fico grato por isso. –ele deu uma pausa- Pena que acho que a minha decisão não irá ser uma recompensa muito boa.


- O que o senhor está pensando em fazer? –perguntou Harry temendo a resposta.


- Talvez seja melhor, eu levar Hermione para a casa. –disse ele- Ela terá uma formação normal e nunca mais irá saber sobre... Hum... Assassinos que estão atrás do namorado dela.


- Não! –disse Harry que só não gritava por respeito- O senhor não pode fazer isso! Eu amo a Hermione, não posso deixar que ela vá embora! Eu juro para o senhor que cuido dela, não deixarei que ela leve um arranhão sequer, mas por favor, deixe ela ficar em Hogwarts.


O senhor e a senhora Granger se olharam, pareciam ter mais pena no olhar do que entendimento.


- Mas tememos que você não esteja com ela sempre, Harry. –disse a senhora Granger agora.


- Eu estarei. –disse Harry- Pode acreditar.


Eles se olharam novamente, e depois trocaram mais alguns olhares com Dumbledore, MacGonagol e Madame Pomfrey, não disseram nada, até que Dumbledore cortou o silencio:


- Senhor e senhora Granger, preciso concordar com o Harry que Hermione ficaria mais segura aqui em Hogwarts. –ele deu uma pausa- Na casa de vocês o risco não seria só de Hermione, mas de vocês também. Aqui ela tem uma grande proteção mágica. Coisas, que acredito que vocês não tem. E inclusive ela também não terá, pois serei forçado a apagar a memória de vocês todos, para que vocês nunca se lembrei de que um dia souberam que existe magia.


- Dumbledore, se a minha filha estivesse em minha casa NUNCA levaria uma espada no ombro. -dizia o senhor Granger- Assim como também nunca seria petrificada. Nunca seria ferida nem por cachorros de três cabeças e jogos de xadres gigantes e nem uns monstros encapuzados. E também nunca seria machucada por pessoas do mal chamadas de Comensais da Morte!


- Eu sei que vocês podem pensar que ela longe de Hogwarts e todo tipo de magia, vocês estarão protegidos de Voldemort. –alguns ali na enfermaria se assustaram com a pronuncia do nome do bruxo- Mas muito pelo contrario. Seria muito mais fácil e prazeroso matar uma família de indivíduos sem magia que uma bruxa que está no meio de vários outros.


- Isso mesmo. –disse agora MacGonagol- Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado já fez muito disso, não seria grande desafio fazer novamente. Até porque os contatos com o mundo bruxo e vocês seriam completamente desligados.


Harry notou que o senhor e a senhora Granger pareciam mais “amolecidos” agora, o discurso de Dumbledore estava fazendo efeito.


- E se Hermione continuar aqui em Hogwarts vocês não correrão perigo nenhum por não estarem com ela. –disse Dumbledore- Se vocês mês entendem assim...


- E... Senhor Granger... –disse Harry após um tempo- Hermione é a melhor bruxa de Hogwarts sem sombra de dúvidas ela tem talento, mais que isso, ela tem dom! E vocês estariam tirando isso dela se a levassem embora.


Agora sim os pais de Hermione pareciam tocados, estavam levando em consideração tudo aquilo que havia sido falado. Aquela batalha estava quase sendo ganha.


- E... Não gosto de dizer isso, mas se vocês tirarem Hermione de mim, estarão somente agindo como Voldemort. –disse Harry.


- Hã... Acho que nós podemos discutir isso melhor, não é mesmo, querido. –disse a senhora Granger olhando para o marido- Com certeza não será mais preciso uma atitude como essas...


Harry sorriu, Dumbledore sorriu, Rony e Gina que estavam aflitos assistindo a tudo sorriram, e até a professora MacGonagol sorriu!


- Então acho que seria melhor nós acertarmos algumas coisas na minha sala, não é... –disse Dumbledore- Sobre a segurança e todo o resto. Queiram me acompanhar, por favor.


Dumbledore já estava saindo juntamente com a professora MacGonagol e o senhor e a senhora Granger quando Harry disse:


- Hã... Dumbledore... Vocês já interrogaram Lúcio Malfoy?


- Não, Harry. –disse Dumbledore parando um pouco para falar com o garoto- Ainda não.


- Hã... Será que eu... Bem... Poderia participar do interrogatório? –perguntou Harry timidamente.


A professora MacGonagol iria responder alguma coisa cumprida e complicada que dissesse que não, mas o diretor fez um sinal para que ela não dissesse nada. Então ele mesmo falou:


- Não seria muito seguro. Mas, Harry, segundo as leis do nosso país você já é de maior, poderá participar se quiser. –disse Dumbledore- Mas será perigoso.


- Eu corro o risco. –disse Harry serio.


- Então vá até a sala do professor Lupin. Nos espere lá. –disse Dumbledore.


Depois disso Dumbledore saiu da enfermaria, Harry havia conseguido fazer o diretor deixa-lo participar de um interrogatório, na verdade, não tinha nenhuma pergunta para Lúcio Malfoy, só queria dizer algumas coisas para ele.


Na enfermaria só ficaram Rony, Gina, Harry a Madame Pomfrey e Hermione dormindo, Harry olhou para ela e tirou uma mecha de cabelo dos olhos da garota suavemente.


- Eu gostaria que ela estivesse acordada para ouvir isso. –disse Harry.


- Mas é melhor que ela esteja descansando. –disse Madame Pomfrey- Ela já está melhor, mas seria muito dolorido passar o tempo inteiro na enfermaria acordada.


Harry assentiu, olhou de volta para Hermione, ela dormia calmamente, e até tinha um sorriso na face. E ele também.




N/A: Bem... Esse é o penúltimo capítulo da primeira parte. Para não deixar a fic muito grande irei transforma-la em duas. A segunda parte se chamará "Segunda Guerra". É meio estranho, seria como se eu transformace um ano de Hogwarts em dois livros (se as fics fossem livros, é claro).

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