O Sr. e a Sra. Granger



Harry, Hermione, Rony e Gina saíram do trem, cada um carregava a sua bagagem, que se diga de passagem era realmente pesada. Quando Harry viu que dentro da estação um monte de cabelos vermelhos tomava passagem por todos os outros pais de alunos que estava ali dentro.


- Rony! Gina! –disse a mãe deles quando chegou e dava um forte abraço em ambos- Harry! –ela de um abraço apertado nele- Hermione! –deu um abraço nela- Tiveram uma boa viagem?


- Muito boa... Obrigado. –respondeu Harry por todos.


- Ah Harry! Desculpe por não podermos abriga-lo nessas férias, mas creio que Dumbledore já arranjou um lugar para você, não é?


- Sim, senhora Weasley, ele vai ficar na minha casa. –disse Hermione querendo não demonstrar toda a sua empolgação.


- Que bom! –disse a senhora Weasley em tom de alivio- É até bom que o Harry passe um tempo na casa de trou... quero dizer... Indivíduos sem magia. –disse ela não querendo ofender Hermione.


- Ele vai ficar comigo. –disse Hermione- Não vai estar tão sem
magia assim...


Molly sorriu maternalmente para Hermione, e em seguida para Harry, que sentiu-se um pouco vermelho.


- Tchau então Harry! –disse Rony fazendo um aperto de mão.


- Tchau Harry. –disse Gina que deu um beijo no rosto de Harry.

- Tchau pessoal! –disse Harry.


Hermione dava um abraço em Rony e em Gina bem forte para se despedirem, e quando eles viram já não se encontrava nenhum cabelo ruivo no meio daquela pequena multidão que havia se formado.


Harry e Hermione se olharam, estava na hora dos dois irem agora.


- Enfim sós... –exclamou Harry que pegava o malão dele e de Hermione no chão em um gesto de educação.


- Não ainda... –disse Hermione que somente carregava uma bola de pelo que balançava o rabo no rosto de Hermione de um lado para o outro. Harry olhou para ela não entendendo muito- Ainda tem o Bichento...


- Muito engraçadinha. –disse Harry.


Eles pegaram carrinhos para colocarem as malas, na de Hermione ela ainda colocou o peso peludo em cima, mas não fez muita diferença.


Os dois chegaram até a coluna, Harry com o peso de duas malas uma em cada mão sem reclamar e Hermione com Bichento, eles atravessaram, e Harry sentiu, como sempre, um ruim quando estava perto, parecia que ele ia bater, mas não bateu.


Quando eles viram que haviam voltando ao mundo trouxa, ninguém olhava para ele, todos parecendo preocupados demais com os seus próprios narizes para perceberem dois adolescentes que passavam por uma coluna de pedra.


- Papai! Mamãe! –disse então Hermione que correu abraçar os pais.


- Olá, filha. –dizia o senhor Granger quando Harry se aproximava- Você deve ser Harry Potter não é?


- Sim senhor. –disse Harry sem jeito e apertando a mão do pai de Hermione.


- Olá, eu sou a mãe da Hermione. –disse uma senhora.


Harry respondeu educadamente, percebeu que teria que chamar os pais de Hermione somente de senhor e senhora Granger, pois estava envergonhado demais para perguntar o nome deles e eles não haviam o ajudado muito naquela apresentação.


- Vamos até o carro? –convidou o senhor Granger que pegava o malão de Hermione. Harry percebeu que também ia pegar o dele, mas não deixou como respeito, e carregou o seu malão e Edwiges até o carro onde tudo foi colocado no porta-malas.


- Faz tempo que não anda de carro, Harry? –perguntou a senhora Granger querendo parecer simpática.


- Sim. –disse Harry para prolongar o mínimo possível a conversa.


Harry e Hermione que estavam nos bancos de trás fecharam as portas juntos, a senhora Granger também, o único que demorou um pouco mais para entrar no carro foi o senhor Granger.


- A viagem será bem longa, Harry, então não se sinta intimidado em dormir aí. –disse o senhor Granger tentando deixar Harry à-vontade.


Harry deu algumas risadinhas para parecer o máximo entrosado o possível, mas não conseguia, seu olhar se encontrava com o de Hermione muitas vezes e ele se sentia verdadeiramente um “peixe fora d’água”.


Estavam mais ou menos na metade da viagem quando Harry percebeu que a senhora Granger já havia dormindo no banco da frente ao dele, e o senhor Granger prestava muita atenção na estrada. Já era noite e o senhor Granger parou em um posto de gasolina.


- Eu vou tomar um café, querem ir também? –ele perguntou para Harry e Hermione que estavam acordados.


- Não obrigada, pai. –disse Hermione pelos dois.


Harry e Hermione se olharam, tirando a senhora Granger e Bichento que estavam dormindo, eles estavam “sozinhos”.


- Nem acredito que isso esteja acontecendo. –disse Harry baixo para não acordar ninguém.


- Eu também não. –disse Hermione.


- Essas vão ser as melhores férias da minha vida. –disse Harry que então deu um selinho em Hermione antes que o senhor Granger chegasse com dois copos de café.


- Mesmo vocês não pedindo achei melhor trazer. –disse ele entregando a forma com os dois copos de café para Hermione que agradeceu ao mesmo tempo em que Harry.


Harry pegou um copo que estava ali, realmente um cafezinho iria bem, estava frio, era inverno, era Natal.


Quando só restava um pouco de café no copo de Harry ele não se encorajou a tomar, afinal aquilo deveria estar realmente frio, ele colocou na forma, junto ao copo intocado de Hermione.


Ela já havia dormido no ombro de Harry, o que era bom para ele e ruim para um pai superprotetor que fingia não estar vendo nada além da estrada.


- E então, Harry... Você sabe o que aconteceu em Hogwarts em detalhes? –ele perguntou.


- Na verdade não. –admitiu Harry- Mas tem alguma coisa haver com que o Ministério deve fazer uma especificação na segurança. Alguma coisa assim. Creio que seja por causa de todas as coisas da segunda grande guerra.


- Entendo. –disse o senhor Granger- Coitado, não é a toa que esse Dumbledore tenha os cabelos brancos, quero dizer, me parece que ele é o grande bruxo. É nas mãos dele que colocam todos os problemas...


- Realmente. –disse Harry- Ele tem muitos problemas.


Harry ficou em silencio, e pensava “Ele tem muitos problemas para responder a um aluno totalmente órfão se ele é ou não avô desse aluno”, uma mistura de duvida e raiva crescia dentro de Harry, ele não conseguia admitir que era tão rejeitado assim.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.