Capítulo 20: Malfoy X Weasley

Capítulo 20: Malfoy X Weasley



Castelo de Hogwarts, 8: 15
A ruiva estava sentada no corredor,com as pernas esticadas,pensando na cena que presenciara. Sua mãe simplesmente lhe pediu o impossível. Já não bastava aturar a barbie durante as aulas,teria de fazê-lo nas férias também?
Alguém caíra no chão. Na verdade,tropeçara em seus pés,e a ruiva nem notara.
- Obrigado pela ajuda.
A menina virou-se e fitou belos alhos azuis.
- Ah,eu...desculpa.
- Ah. – Disse o garoto se sentando ao seu lado.
- Se você tivesse que aturar a barbie durante as férias,o que faria?
- Pularia da torre de Astronomia.
Julyanna fez menção de se levantar, mas o rapaz a segurou.
- Por quê?
- Adivinha. Eu te dou um sapo de chocolate se você adivinhar.
- Sua mãe ta namorando o pai dela.
- Como sabe? – Perguntou à ruiva encarando-o.
- Ela ficou me enchendo o saco, falando desse jantar.
- Ah.
- Eu tenho uma coisa pra te falar.
- To ouvindo.
- Olha pra mim, Julyanna. – Jack puxou o rosto da menina, fazendo-a fitá-lo. A distância entre os dois já não existia mais. Um beijo.Ardente.Desejado.Fulgás. A ruiva voltou a fitá-lo. Jack tirou uma caixinha do bolso.
- Jack, olha eu realmente não tenho todo tem... - Começara a ruiva, mas foi interrompida.
- Você sabe que eu te amo!
- Ta.
- E você fica assim?
- E como você queria que eu ficasse?
- Feliz.
- Eu não to num bom momento.
- Eu não fui pago pra lhe dizer isso!
Julyanna encarou Jack.
- Você me...ama?
- Sim.
- Eu...
- Escuta, eu só precisava dizer isso, o.k.? Não agüentava mais pensar em você o dia inteiro, sem que você soubesse. Boa-noite. – O loiro se levantou, mas...
- Espera!
Ele parou, mas não se virou.
- Jack,eu...eu te amo.
O loiro se virou e a encarou.
- Sabe,esse não é o tipo de coisa que...
- De verdade.
- Boa-noite.
E foi andando até seu dormitório,deixando uma ruiva incrédula pra trás.
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A rixa Malfoy x Weasley perdurava por séculos.Ninguém sabia como e porque começara,o que sabiam era que nem Malfoy suportava Weasley e nem Weasley suportava Malfoy. Fosse pela arrogância,fosse pelo dinheiro(ou falta dele) ou fosse pelo que fosse.
Acontece que nem sempre essas rixas são boas assim. Não quando dois jovens se apaixonam. Um mês. Um mês depois daquele beijo e ainda pensam um no outro. Se descobrem apaixonados...e agora? Dar uma chance ao coração ou...perder seu amor para sempre?
“Por que Weasley? Por que você fez isso comigo? Que feitiço lançou para eu gostar de você? To perdido! Um Malfoy e uma Weasley...por que eu? Não estava contente com o Potter, tinha que fazer o mesmo comigo? Isso é um jogo,certo? E logo acabará,não é mesmo? Eu...não...consigo! Simplesmente não posso te esquecer,porque eu...me apaixonei por você!”
Pensamentos de Malfoy
“Idiota! Idiota! Como você pôde,Gina???? Ele é...lindo,charmoso,sedutor...ai! Droga! Que coração burro! Uma Weasley apaixonada por um Malfoy! Era só o que me faltava! Ele é digno de ódio e não de...amor. Eu mereço! Não,eu devo merecer...mais ele é tão...diferente dos outros! Quando ta sozinho nem parece um Malfoy. É só um garoto que gosta daqui e que gosta de ser monitor...é,Malfoy! Cadê aquela loira,a Parkinson,pra te cercar toda hora? Por que eu posso me aproximar de você? Aliás...por que você? Entre todos os garotos existentes na face da terra,eu tinha que me apaixonar logo...por você? Tinha???”
Pensamentos de Weasley.
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Logo caiu a noite e a bela menina adormecera...tornara a sonhar.
Andava pela mesma casa.Novamente. Desceu as escadas e foi para a mesa, jantar...provocações...
- Aquela mulher me deixava louco! Era uma verdadeira cadela!
Ouvia tudo calado (a). Sua comida parecia extremamente interessante.
- Kate era mesmo um tormento,não?
- Ah,se era.Mas deixemos isso de lado. Conhecer você foi a melhor coisa que já me acontecera.
Ouvira seu nome. Encarou sua madrasta,que pelo visto esperava uma resposta.
- Gostou ou não da comida?
- Não.
Seu pai o observava atentamente.
- Bom,eu achei que gostasse de lasa...
- Não foi você que fez,foi?
- Claro que foi,meu amor. – O garoto arqueou as sobrancelhas ao som dessa expressão.- Por que,hã? Sinceramente pensei que gostasse de lasanha de espina...
- Pois pensou errado. Isso aqui ta parecendo...- Disse enquanto mexia na comida com o garfo. – Titica de galinha. Ah,não! Desculpe...você deve ter posto seu cérebro ao invés de espinafre!
- Peça desculpas!
- Deixe,querido,ele só está...
- Você não é e nunca será minha mãe,ouviu bem?
- Claro,meu anjo. Queria apenas...
- Me agradar? Rá! – Disse irritado,empurrando o prato pra longe. – Minha mãe era milhões de vezes melhor que você!
- Olha,eu entendo que ainda sinta dor por sua mãe estar morta,e eu nem...
- Você a matou!
- Como disse? – Perguntara seu pai.
- Querido,ele só está um pou...
- Sua comensal da morte idiota! Acha que sou o que? Seu boneco,pra você contar men...
- Venha aqui!
Encarou seu pai,que estava furioso.
- Olha,não tenho culpa se sua mãe era realmente uma cadela,que...
- Cadela é você! – Disse se levantando com estrépito. Subiu as escadas,mas não chegou ao seu quarto.
- Desça agora e diga que você...
- Sente muito?
- Exatamente.Anda! Agora!
- Não. Ela não é nada minha! Nada! Não passa de uma cadela metida a comensal da morte que acha que pode tomar o lugar da minha mãe!
- Já chega! Vou te ensinar a respeitar as pessoas dessa casa! – O pai gritou,puxando seu braço e jogando no chão frio do mesmo quarto escuro.Novamente. Amarrou suas mãos e seus pés e o suspendeu no ar(as algemas eram presas por uma corda que era amarrada no teto).
Logo, sua camisa fora rasgada e suas costas ardiam,devido ao peso do chicote sob elas.
- Grita,moleque!Anda! Não sente dor?
Suas costas estavam marcadas(perfeitamente pelo chicote) e a dor já era alucinante,mas não iria gritar.Não podia. Não iria demonstrar fraqueza. Não tinha medo. Apanharia o quanto fosse,sem jamais abrir a boca.
- Grite!!!
Lágrimas escorreram por seu rosto. Tanta...falta. Seu corpo fez uma baque surdo ao cair no chão. Ouviu a porta se fechar a sua frente. Já não estava preso mais.Fitou seus pulsos.
Aos poucos seu sangue escorria pelo chão. Não conseguia se mexer. Sabia que...ah! Se soubesse de alguma coisa...Adormeceu no chão frio do mesmo quarto escuro. Novamente.

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