Acidente de percurso



Gente, mil desculpas... Minha internet tá PÉSSIMA e ela só funcionava, literalmente, por dez segundos e caía de novo... Por isso o capítulo saiu postado pela metade (na verdade, só um parágrafo)... Mas aqui está ele.
O próximo capítulo já tá pronto, mas percebi que vou ter que fazer umas mudanças, então amanhã à noite eu posto, certo?

Beijooos! ;* ;*

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Elas nem se incomodaram em se encontrar com a guia da viagem no dia seguinte, já que não estavam interessadas em fazer nenhum passeio ou fazer parte de torneios esportivos. Ao invés disso, acordaram relativamente cedo (depois de pouquíssimas horas dormindo) e entraram na dança da cadeira, correndo em todas as direções para jogar suas toalhas em alguma espreguiçadeira para guardar seus lugares. Infelizmente, cedo ainda não era cedo o bastante. (“Essas alemãs malditas nunca dormem?” Laura havia explodido.) Finalmente, depois de Laura furtivamente tirar algumas toalhas de cima de umas espreguiçadeiras de donos desavisados, as garotas conseguiram se deitar juntas.

Minutos depois, quando Gina estava nadando tranqüilamente, uma mulher anunciou no microfone que começariam os exercícios aeróbicos na piscina em cinco minutos. Os guias, Victoria e Gary, ajudados pela Brigada de Barbies, se embrenharam pelos caminhos entre as espreguiçadeiras arrastando todos e forçando-os a participar.

“Ah, pelo amor de Deus, quando vocês vão parar de encher o saco?” Gina ouviu Laura gritar para um dos membros da Brigada que tentava arrastá-la para a piscina. Gina foi logo expulsa de lá pela manada de hipopótamos que estavam prestes a mergulhar para seus exercícios. Quando a sessão tinha finalmente acabado, foi anunciado que o torneio de pólo aquático iria acontecer, então as garotas imediatamente pularam de seus lugares e se dirigiram para a paz da praia.

“Você tem notícias dos pais do Draco, Gina?” Laura perguntou enquanto ela e Gina flutuavam em suas camas infláveis no mar.
“Tenho, eles me mandam postais a cada três semanas me dizendo onde estão e como estão.”
“Então ainda estão naquele cruzeiro?”
“É.”
“Sente falta deles?”
“Para ser honesta, não acho que eles pensem que ainda têm alguma coisa a ver comigo. O filho deles morreu e eles não têm netos, então não acho que pensem que temos qualquer ligação.”
“Besteira, Gina. Você foi casada com o filho deles e isso faz de você nora deles. Essa ligação é válida e forte.”
“Oh, não sei,” ela suspirou. “Só acho que isso não é muita coisa para eles.”
“Eles são um pouco quadrados, não são?”
“É, muito. Bem tradicionais. Odiavam que eu e o Draco vivêssemos ‘no pecado’, como diziam. Mal podiam esperar para que nos casássemos. E ficaram ainda piores quando casamos! Não conseguiam entender porque não mudei meu nome.”
“É, eu lembro disso,” Laura disse. “A mãe dele fez um discurso para mim no casamento. Disse que era o dever da mulher mudar o nome como sinal de respeito para com o marido. Imagine só! Ele estava era brava porque acha o sobrenome deles o máximo...”
Gina riu.
“Ah, bem, você está melhor sem eles por perto, de qualquer modo,” Laura lhe assegurou.

“Olá, garotas.” Luna veio flutuando se juntar a elas.
“Ei, onde você estava?” Gina perguntou.
“Ah, conversando com um cara de Miami. Muito legal.”
“Miami? Daniel foi para lá num feriado,” ela disse, passando os dedos levemente sobre a água transparente.
“Hmmm,” Laura respondeu, “cara legal, o Daniel, não é?”
“É, ele é bem legal,” Gina concordou. “Fácil de conversar.”
“Tom estava me dizendo que ele foi para a guerra recentemente,” Luna disse, se virando para ficar de barriga para cima.

As orelhas de Laura captaram o sinal de fofoca, “Por quê?”
“Oh, ele estava noivo, prestes a casar, de uma menina e ela estava traindo ele. Foi por isso que ele se mudou para Londres e comprou o pub, para ficar longe dela.”
“Eu sei, terrível, não?” Gina disse tristemente.
“Por que, onde ele vivia antes?” Laura perguntou.
“Galway. Ele gerenciava um pub lá,” Gina explicou.
“Ah,” Laura disse, surpresa, “ele nem tem sotaque.”
“Bem, ele cresceu em Londres e foi para o exército, se mudou para Galway, onde a família tinha um pub, conheceu a namorada, ficaram juntos por sete anos, noivaram, ela traiu ele, eles terminaram, ele se mudou de novo para Londres e comprou o Hogan’s.” Gina tomou fôlego.
“Nem sabe muito sobre ele, né?” Luna pirraçou.
“Bem, se você e o Tom tivessem prestado o mínimo de atenção em nós naquela noite no Juicy, talvez não parecesse que sei tanto sobre ele,” Gina disse brincando.

Luna respirou fundo. “Deus, estou com muitas saudades do Tom,” ela disse tristemente.
“Disse isso ao moço de Miami?” Laura riu.
“Não, só estava conversando com ele,” Luna disse defensiva. “Para ser honesta, mais ninguém me interessa. É bem esquisito, é como se eu nem visse outros homens, e quero dizer que nem noto eles. E já que estamos atualmente rodeadas por milhões de homens semi-nus, acho que isso é bastante.”
“Acho que eles chamam de amor, Luna.” Laura sorriu para a amiga.
“Bem, o que quer que seja, nunca me senti assim antes.”
“É um sentimento bom,” Gina disse mais para si mesma.
Elas ficaram em silêncio por um tempo, cada uma perdida em seus próprios pensamentos, permitindo o movimento suave das ondas acalmá-las.

“Minha Nossa Senhora da Merda Espalhada!” Luna gritou de repente, fazendo as outras duas pularem. “Olha como estamos longe da praia!”
Gina se sentou imediatamente e olhou em volta. Estavam tão longe que todos na praia pareciam pequenos pontinhos.
“Ai, merda!” Laura entrou em pânico, e assim que isso aconteceu, Gina soube que elas estavam encrencadas.
“Comecem a nadar, rápido!” Luna gritou, e todas se deitaram de bruços e começaram a bater na água com toda força de vontade. Depois de alguns minutos de nadar incansavelmente, elas desistiram, sem fôlego. Para o horror de todas, estavam ainda mais distantes do que estavam no começo.

Não adiantava, a correnteza estava puxando forte demais e as ondas estavam muito grandes.

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