Um natal cheio de pistas



Capítulo 20:
Um Natal cheio de pistas.


LOMYNRA HAT NÕA HADYT OJUDO-LA MOIS. FUI LPY DONDA RADOS OS HISROS QUY RINPA, OGARO SA MY TYSRO YSRO ULRIMO.
NÕA SYI ANDY YSRO AURTO PATCTUXY, MOS HASSA LPY DIZYT QUY CANPYÇA QUYM SOBY.
A BOTMON DA "COBYÇA DY JOVOLI" RYM CYRTOS LYMBTONÇOS QUY LPY SYTIOM MUIRA ÚRYIS. VAÇ^Y, ROLVYZ SY HYTGUNRY CAMA RITOT INFATMOÇAYS DYSSY BTUXA. CAMA CANSYGUIT QUY YLY LPY MASRTY A QUY SOBY. ISSA NÕA SYTIO FÓCIL. MOS PAT OCOSA, SYI QUY YLY GUORDO YSSO LYMBTONÇO YM UM FTOSQUINPA MUIRA BYM LOCTODA, LÓ MYSMA, NA BOLCÕA DA COBYÇA DY JOVOLLI.

NÕA SYI SY TYVY SATRY ORY OGATO, MOS YSHYTA QUY DYSSO VYZ RYNPO.

OGATO VAU MY DYSHYDIT.

RAB.

Harry passou a carta que acabara de chegar para Hermione.
- Pode traduzir?
- Eu já não ensinei vocês como fazer isso?
- Ensinou, mas... você é mais rápida.

Hermione bufou e se virou para a carta, mas seus olhos pareciam satisfeitos.
- Aqui está - disse ela, quinze minutos depois.

Harry e Rony leram.

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Tradução:

"lamento por não poder ajudá-lo mais. Fui lhe dando todas as pistas que tinha, agora só me resta esta última.
Não sei onde está outra horcruxe, mas posso lhe dizer que conheço quem sabe.
O Barman do Cabeça de Javali, tem certas lembranças que lhe seriam muito úteis. Você, talvez se pergunte como tirar informações desse bruxo. Como conseguir que ele lhe mostre o que sabe. Isso não seria fácil. Mas por acaso, sei que ele gurda essa lembrança em um frasquinho muito bem lacrado, lá mesmo, no balcão do cabeça de Javali.

Não sei se teve sorte até agora, mas espero que dessa vez tenha.

Agora vou me despedir;

RAB

Eles se entreolharam.

- O Barman do cabeça de Javali? - perguntou Rony, perplexo. - O que ele pode ter de importante nessa lembrança?

- Teremos que ver - falou Harry. - Vamos até Hogsmeade hoje mesmo. Já tenho um plano, cheguem mais.

Era começo de dezembro. A sra. Weasley não gostou nada de ver os jovens que ela contava para ajudá-la a enfeitar a casa, saírem e dizerem que voltariam tarde.

- Mas, crianças, eu queria que tudo estivesse pronto até Gina chegar!

Harry parou. Esquecera completamente! Gina passaria o natal com eles!

- Quando ela chega? - perguntou.

- Daqui há uns três dias. E vocês tem noção do tamanho dessa casa? Nem com magia eu enfeito tudo sozinha!

- Quando chegarmos hoje prometemos que vamos ajudá-la, mamãe. Isso é importante.

A bruxa deu as costas e entrou na cozinha, vencida e chateada.

Harry e Hermione olharam para Rony, preocupados.

- Tudo bem - ele disse, encolhendo os ombros. - Não tem jeito mesmo, temos que ir...

Isso era verdade. Que opção eles tinham?

Isso vai acabar... pensava Harry Uma hora terá que acabar.. Não podemos tentar levar uma vida normal se sabemos que não a temos agora...

♥=================♥

Ela acordou. Demorou para se lembrar do que porque dormia em uma cama descofortável e cheia de buracos. Era essa a sua vida agora, e era normal nunca se lembrar do porquê as rosas e margaridas de seus sonhos não existiam de verdade.

Suspirou. Estava se acostumando com essa vida.

Olhou para o lado, a procura dele.

Levou um susto ao vê-lo deitado ao seu lado, compartilhando a mesma cama. Normalmente ele preferia não se misturar.

"Talvez deve ter se cansado daquele sofá duro, e esburacado"

Ela riu, ao se lembrar de que não havia muita diferença de estado entre o sofá e a cama.

Resolveu não acordá-lo. Fazia frio... Muito frio... Há meses estavam trancados dentro daquele lugar, e ficar acordado só trazia a realidade de suas vidas a tona. Era melhor deixá-lo dormir...

O observou por alguns instantes. Tinha os cabelos jogados de forma violenta no rosto; os olhos e boca fechados, o peito seguindo a movimentação de sua respiração, lenta e harmoniosa. Um dos poucos momentos em que o via assim.

Resistiu a tentação de acordá-lo com um beijo, ou de tirar os cabelos de sua testa, pois sabia que não lhe agradaria tal demonstração de afeto. Levantou-se e foi até o que chamavam de cozinha.

Outro suspiro. Estava há tanto tempo comendo a mesma massa gosmenta que era o máximo que seus poderes e seu conhecimento em magia permitia que ela conjurasse e cozinhasse.

Ela não aguentava mais, e sabia que ele também não.

Abriu a bolsa que levava sempre consigo e contou as poucas moedas que ali haviam. Daria pra quebrar um galho pelo menos.
Escreveu um bilhete e o deixou ao seu lado na cama. Ficaria furioso quando soubesse, mas mesmo assim, ela não desistiu.

Depois de desfarçar, saiu de mancinho e desaparou até Hogsmeade.

♥=====================♥

Ele fechou a janela. Estava frio demais para deixá-la aberta. Esfregou as mãos e se aproximou da lareira imensa que tinha em sua casa. Vivia sozinho já fazia bastante tempo. Nunca conheceu seu pai, pelo menos não pessoalmente. Tinha muitas anotações, muitas coisas que o surpreenderam. Não sabia como sua mãe havia conseguido tudo aquilo, só sabia que não mão dela aquilo não seia boa coisa. Por isso, foi que pegou-as escondido. Desde então, tem estudado incansavelmente para entender cada detalhe.

Sua mãe morreu e deixou-lhe uma pequena fortuna. Ele riu ao pensar que com certeza teria ameaçado o seu pai. Não sabia nada deles, mas sabia que seu pai não queria que ninguém soubesse que tinham um filho, por isso pagava para que sua mãe permanecesse em silêncio. E não era pouco.

Soriru de novo. Com certeza, pelo que se lembrava, para que calasse uma mulher como aquela, pouco não seria o suficiente.

Não podia dizer que sentia falta dela, pois não sentia. Ela nunca fora a "mãe que ele pedira a Merlim". O colocou para estudar magia em Durmstrang, por ordem de seu pai, e sempre pedia para que passasse as férias lá. Nunca foi amado.

Teria criado ódio de seu pai por isso, mas com o tempo descobriu o porquê ele não lhe assumia, e se fosse analizar a situação, também preferia assim. Imaginava como teria sido viver no meio daquela família, se sua mãe já era ruim.

Suspirou. Hoje sua vida era assim. Estava acostumado a ser solitário, não temia a volta daquele-que-não-deve-ser-nomeado. Não temia a morte. Mas se preocupava com aquelas pessoas que não queriam morrer, que tinham pessoas importantes para si, que tinham família. Por isso resolveu ajudar.

Só esperava que sua ajuda fosse útil...

Abandonou a lareira e resolveu enfrentar o frio lá fora. Iria até o "Cabeça de Javali", e ficaria lá o tempo que fosse necessário. Estava pronto para voltar lá um dia após o outro, mas não iria desistir.

Vestiu a capa, as luvas, pegou as anotações, o capuz, e desaparatou.

♥================♥

Harry, Rony e Hermione chegaram a porta do Cabeça de Javali. Não se espantaram em ver que Hogsmeade estava praticamente vazia, quase ninguém entrava.
Em compensassão, o bar não parecia tão isolado. Parecia haver mais pessoas ali dentro do que em todo o povoado.

Com um olhar Harry fez sinal para Hermione e Rony, que não entraram. Permaneceram do lado de fora, como se não se conhecessem.... Rony ficou parado desiteressado de frente para o bar, enquanto Hermione fingia olhar uma outra vitrine, esperando um sinal.

Harry entrou e deu uma boa olhada para o bar. Havia uma mesa rodeada por bruxos com caras de poucos amigos, tomando algo que lhe pareceu whisky de fogo, em grandes doses. Uma bruxa de narigão que comia uma coisa gosmenta que fez seu estômago revirar. Olhou para o outro canto do bar e viu um rapaz de capuz que analizava alguns pergaminhos. Tinha apenas alguns anos a mais do que ele e Harry se perguntou onde imaginava tê-lo visto, porque lhe parecia estranhamente familiar. Enquanto se perguntava isso, o rapaz, notando ser observado ergueu os olhos e o encarou. Tinha olhos escuros e cabelos tão negros quanto o seu. Harry diria que ele era bonito se analizasse a beleza do mesmo sexo, mas como ele não o fazia, não chegou a reparar nesse detalhe, apenas reparou na aparente expressão de triunfo que surgiu no rosto dele, mas foi oculta rapidamente quando ele voltou a abaixar-se para suas anotações.
Sacudindo a cabeça e pensando estar imaginando coisas, Harry se dirigiu até um canto do balcão, onde teve uma boa vista do armarinho ali debaixo.
Havia uma outra pessoa perto de si ali, conversando em sussurros com o Barman. Ele não podia ouvir a conversa, nem queria na verdade. Olhou para fora e fez sinal para que Hermione continuasse esperando. Surpreendeu o olhar do rapaz sobre ele novamente quando se virou.
Incomodado, voltou a olhar para o Barman que parecia agora discutir com o ser que estava ali, já alto o suficiente para que Harry o ouvisse.
- Se não tem dinheiro, não leva.
Sussurros, como se a pessoa implorasse.
- Não, não e não. Tenho cara de Madre Teresa? Não tem dinheiro, não leva!
Ele puxou a sacola de suas mãos. Harry tentou olhar para quem estava ali, mas o capuz e o cachecol que a pessoa tinha em volta do pescoço o impediram de ver. Olhou para a sacola, agora nas mãos do bruxo, não encontrou bebidas proibidas como imaginou que encontraria, mas apenas duas garrafinhas de cerveija amanteigada e algo que lhe pareceu uns sanduíches grandes.
Dessa vez ouviu a voz do outro indivíduo, que lhe pareceu familiar.
- Por favor, eu te dei o dinheiro..
- Essa micharia não paga nem metade do que você comprou! - revidou o barmam. - Vamos! Me dê o resto do dinheiro, aí você leva a mercadoria!
- Eu só tenho o que te dei... - a voz falou baixa novamente. Harry notou que algumas pessoas se viravam para assistir ao Show.
- Então vá embora! E leve essa porcaria!
O barmam tacou as poucas moedas que a garota havia lhe dado, e ela se abaixou para pegá-las. Harry chamou o Barman mal-humorado até ele e perguntou:

- Escute, quanto foi a conta da garota?
O barmam resmungou um valor baixo, de cara fechada.
Harry entregou o dinheiro na mão do homem, que ficou surpreso.
- Entre a mercadoria para ela - exigiu ele, com a expressão mais séria que ele conseguia fazer.

O barmam ergueu as sobrancelhas.
- Tem certeza de que vai pagar para ela?
- Eu já não disse que sim?
A expressão do homem ficou ainda mais emburrada, ele foi para perto da garota, que ainda procurava algumas das poucas moedas no chão.

- Está com sorte, mocinha. Pagaram a sua conta.

Ela ergueu os olhos, curiosa, para Harry, eles se arregalaram.

Sorriu em seguida, e Harry descobriu naquele momento quem estava por baixo daquele capuz.

Se levantou, e no movimento seu cachecol caiu, deixando a mostra o rosto de Emmy.

Ela se cobriu rapidamente antes que mais alguém além de um Harry espantado a visse. Murmurou um "obrigada" ao passar por Harry e se retirou.

Harry aproveitou e fez sinal para Hermione, pediu uma cerveja amanteigada, e bebia com indiferença quando ela entrou. Tinha uma expressão esnobe quando se dirigiu ao Barman e disse numa vozinha melosa.

- Por favo, senhor, uma cerveija amanteigada, sim?

O homem lhe entregou a garrafa e estendeu a mão, esperando o dinheiro, mas a garota continuou olhando para a garrafa em cima do balcão.

- Você não espera- começou ela, mais arrogante do que nunca. - que eu beba isso... no gargalo, não é?

O homem bufou, ao mesmo tempo em que Harry ria para dentro do copo. Surpreendeu novamente o olhar do rapaz moreno sobre a situação. Ele não era o único que olhava, na verdade. Vários rostos curiosos se voltaram para o balcão, e isso não era boa coisa. Harry se viu pensando em um jeito de afastar a atenção deles, enquanto o Barman batia um copo na frente de Hermione.

Ela apenas lançou um olhar de desprezo para o copo.

- Está sujo.

Mais risadas debochadas, enquanto o bruxo abria o armário embaixo do balcão e tirava de lá um trapo velho e sujo.

Harry esticou o pescoço discretamente. Pode vê-la; a substância branco-prateada dentro de um frasquinho no armário aberto.

Hermione enxeu o copo com a bebida, olhando discretamente para Harry, a espera so sinal, mas ele ainda estava preocupado com as pessoas que os encaravam.

Olhou ao redor, em busca de dicas. Seus olhos se fixaram naquele mesmo jovem, que o encarava de forma incômoda.

Ainda o encarando, o rapaz se levantou. Harry olhou para Hermione e, tomado por um impulso, fez que sim com a cabeça.

Ela derrubou o copo e a garrafa, sujando todo o chão enquanto fingia uma crise de tosse. Naquele mesmo instante, o rapaz tropeçava na cpa, derrubando a bebida em cima do bruxo mais próximo.

A confusão estava armada. Após berrar com Hermione e limpar a bagunça com um aceno da varinha, o Barman foi para o centro do bar onde o bruxo que havia sido atingido tetnava enfeitiçar o pobre rapaz.

-Accio Lembrança!

O frasquinho veio voando até as mãos de Harry, e ele o guardou no bolso.

- Vamos - ele chamou, saíndo do bar.

Hermione jogou uma moedinha em cima do balcão e seguiu Harry para fora.

Alguns metros longe do bar, rony se juntou a eles.

- E então? - perguntou. - Conseguiram?

- Está comigo - respondeu Harry, olhando para trás. - Acham que ele vai sentir falta?

- Talvez - respondeu Hermione. - Mas não saberá que fomos nós. Não há como saber.

- Como faremos para ver a lembrança? - perguntou Rony.

- Teremos que pedir outro favor para McGonagall - suspirou Harry. - Ela já deve estar cansada de nos ver em Hogwarts.

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No dia seguinte...

- Potter. Weasley. Granger? - disse a profª Minerva McGonagall a porta de seu escritório. - A que devo a honra de vê-los aqui... novamente? Com certeza não será para um presente de natal adiantado.

- Desculpe, professora - pediu Harry, ao mesmo tempo em que entrava e sentia um aperto no coração por vaoltar àquele lugar. Olhou ao redor: os acessórios e pertences de Dumbledore ainda estavam lá, apesar de que algumas coisas de McGonagall já tomavam conta do local. - Precisamos... hãm... de uma novo favor..

A bruxa ergueu uma sombrancelha, mas não lhe pareceu brava.

- Um favor, Harry?

O uso de seu primeiro nome lhe deu mais tranquilidade para continuar.

- Sim, professora. Mais um. Eu gostaria de saber... primeiro, sobre a penseira de Dumbledore. Ela está acessível ou fizeram alguma coisa com seus pertences mais importantes?

A professora mordeu os lábios, enquanto buscava se lembrar.

- A penseira? Não, não fizemos nada. Guardamos tudo muito bem guardado. Vejamos... Acho que ela está ali..

Ela se levantou e se dirigiu para um dos armários muito bem trancados da sala. Após murmurar uma boa sequência de feitiços, voltou carregando o objeto parecido com uma bacia de pedra que Harry tão bem conhecia.


- Devo supor que a quer emprestada?

- Bom.. é... seria bem rápido, na verdade, precisamos apenas conferir... uma lembrança.

Ela o olhou desconfiada.

- Sim. Entendo... Porém, não acho uma boa idéia tirarem objetos que eprtenceram a Dumbledore do castelo. Isto não seria sensato.

- Professora - veio Mione em seu socorro.

- Sim, Srta Hermione?

- Não precisamos sequer sair da escola. Se a senhora permitir, poderemos olhar essa lembrança aqui mesmo, no castelo. Está com ela, não está, Harry?

Pego de surpresa, mas se recuperando depressa, Harry afirmou.

- Sim, carrego ele o tempo todo.

Os três olharam para a professora.

- Olha, Potter, não vou perguntar se isso é importante porque tenho certeza de que é. Usem o escritório.

- Ah... hum... como?
- Usem o escritório, Potter - repetiu ela. - Vou permitir que fiquem aqui por algumas horas. Será o suficiente?

Ainda espantado com a generosidade repentina. Harry fez que sim.

- Obrigado, professora - agradeceu. - Acho que não vamos demorar mesmo...

A professora ficou um minuto em silêncio, apenas o encarando.

- Isso é irregular, Potter. Espero que saiba. Assim como emprestar um objeto de um antigo diretor para um aluno, ou ex-aluno. Isso é completamente irregular.

Mas ela mantinha um sorriso, e completou numa voz extremamente bondosa:

- Só vou ceder, Harry, porque como já disse, sei que tem motivos importantes pra me pedir algo assim. Espero que traga bons resultados. Boa sorte.

E ela saiu do escritório, parando apenas na porta para dizer:
- Estarei na minha antiga sala. Quando terminarem...

Os garotos se entreolharam.

- Vamos logo - falou Hermione.- Não podemos nos demorar.

Com um aceno de varinha, Harry abriu o vidrinho e despejou seu conteúdo dentro da penseira, que se misturou lentamente...

Ele se virou para os amigos, que pareciam meio ansiosos, eles nunca haviam feito aquilo.

- Tudo bem - disse ele. - eu vou entrar primeiro e vocês me seguem, ok?

- Seguir? - repetiu Hermione, olhando desconfiada para a penseira. - Mas seguir... como?

Harry teria rido, mas lembrou-se da primeira vez que entrou na penseira e por isso, não o fez.

- É só fazer o que eu fazer, ok? - falou.

Os dois fizeram que sim.

Harry respirou profundamente e se virou para a penseira novamente. Se inclinou, e antes de mergulhar, lançou um pequeno olhar para o retrato onde a imagem de Dumbledore descansava. Lembrou-se de todas as vezes que esteve em um momento como aquele com ele, e suspirou. Antes porém, de se ver mergulhado no conteúdo daquela peseira, pensou ter avistado Dumbledore abrir os olhos, e pisca para ele...

Mas logo se viu em um ambiente antigo, repleto de mesas e cadeiras empoeiradas. O cabeça de Javali há anos atrás. Rony e Mione logo pararam ao seu lado.

- Irado! - Rony exclamou baixinho.
- Psiu! - fez Harry, indicando com a cabeça a porta, por onde entrava um alto rapaz de faces pálidas e encovadas. Era um Voldemort de muitos anos atrás.
- Até que ele era bonito - comentou Hermione.
- Ei! - exclamou Rony ofendido.
- Psiu! Vejam!

O jovem Tom Riddle sentara em um dos bacos altos em volta do balcão, no canto mais afastado, e olhava impaciente para o Barman, que mesmo jovem aparentava ser bem mais velho do que o outro.

- O que vocês acham que ele quer? - murmurou Rony, olhando para as feições apavorantes de Riddle, enquanto esperava inquieto o Barman terminar de atender cliente.

- Uma cerveija amanteigada é que não é - respondeu Harry.

O Barman terminou com o cliente e se aproximou lentamente de Voldemort.

- O que quer? - rosnou, sem encará-lo nos olhos.

- Não sabe mesmo? - sussurrou ele.

Os garotos se aproximaram para ouvir melhor.

O Barman suspirou, sem se atrever a responder.

- Tem a informação? - indagou Voldemort, naquele mesmo sussurro que causava arrepios.

O outro olhou ao redor, caso alguém estivesse ouvindo.


- Eu não sei porque você quer chegar até lá - ele sibilou, descrente. - Aquele lugar não é povoado há anos...!

- E daí? Essas informações não fazem parte do que eu lhe disse para me contar, guarde-as para você. Pela última vez: Tem a informação, ou não?

Outro suspiro.

- Está no meio do Oceano - respondeu vencido. - O Oceano Atlântico. É uma ilha que deve parecer abandonada, mas por dentro é mágica...

- E?

- Se você seguir a trilha, chegará até uma grande mulhara de rocha. Extremamente alta. Não há formas de passar por ela, a não ser voando.

- Não tenho problemas em voar - interrompeu Voldemort impaciente. - Existem vassouras! Continue!

O homem pareceu aborrecido, e continuou meio que de má vontade.

- Passará por o outro lado da ilha, um lugar que mesmo se tentasse chegar direto, antes de atravessá-la, não o veria. É um lugar extremamente perigoso. Para protejerem o lugar, foram plantadas árvores que ganham vida quando alguém chega perto, e são árvores repletas de espinhos. Não queira nem imaginar o que lhe aconteceria se caísse lá...

Os lábios de Riddle se esticaram em um sorriso cínico, como quem acha graça na ingenuidade daqueles que pensam que ele pode ser derrotado por uma simples árvore...

Mesmo com o arrepio que subiu por sua espinha, o Barman tentou continuar seu relato, fingindo nem notar o tal sorriso.

- Vai demorar um pouco, mas você avistará um riozinho límpido e uma gigantesca rocha. Costumava haver uma cachoeira lá também, mas acho que secou. Será a última coisa que verá antes do Oceano. Mas basta você procurar por uma pedrinha vermelha bem no fundo do rio e tocá-la, que a rocha se separará em duas.

- Quem inventou isso era uma criança, não?

O barman corou.

- Só estou contando o que sei. Se você quiser saber como exatamente tudo foi criado, sinto muito, mas eu não sei lhe dizer.

Voldemort abriu outro daquele sorriso, e sussurrou, se aproximando mais:

- Continue.

- É só você seguir pelo caminho que se abrir. É fácil, mas as rochas vão se fechando também, portanto, tem que ser rápido para chegar até o outro lado. Quando chegar, já é mais fácil, é só murmurar um "alohomora" que ela abre. Pronto. Você chegou no esconderijo onde viveram os antigos seguidores de Grindewald.

Harry, Rony e Hermione se entreolharam.

- E depois? - perguntou Voldemort. - O local tem alguma proteção negra?

- Não - respondeu o outro. - Eles confiavam a proteção de sua terra apenas na forma de se chegar até lá.

Voldemort sorriu (se é que aquilo pudesse ser chamado de sorriso) triunfante, e se levantou bruscamente.

- Se contar essa nossa conversa para alguém...

- Não sou maluco - disse o homem depressa, embora expressasse um profundo desagrado ao falar isso.

Voldemort riu.

- Ótima decisão. Será melhor para você e... sua família.

O Barman empalideceu e se afastou, como se tivesse repulsa de permanecer ao lado daquele homem.

Riddle se retirou de mancinho, sem se voltar para a porta, deixando-o ainda mais intimidador.

- Acho que é bom a gente ir também - falou Harry. Dito e feito; ele nem viu como, mas logo já estava no antigo escritório de Dumbledore.

- Ufa! - exclamou Hermione, meio zonza.

- Que coisa! - exclamou Rony se sentando na cadeira mais próxima.

- O que vocês acharam? - perguntou Hermione.

- Bom, está óbvio, não é? - respondeu Harry. - Voldemort escolheu um lugar muito bem escondido e difícil dessa vez para guardar sua horcruxe. Temos que ir para lá.

- Temos então uma longa viajem pela frente, não é? - falou Rony. - Como iremos parar no meio do oceano?

- Enfeitiçamos um bom barco - respondeu calmamente Hermione. - Nõ é tão difícil, eu li uma vez um feitiço que...

- Mas iremos depois do natal, não é Harry? - cortou Rony, prudentemente. - Temos que passar o natal aqui senão mamãe nos mata!

- Claro - respondeu Harry automaticamente. Ainda teria um tempo para passar com Gina. - Depois do natal.

Alguém bateu na porta.

- Com licença? - disse A profª McGonagall, aparecendo na porta. - Mas é que eu preciso resolver umas coisas aqui. Será...?

- Claro, professora. Nós já vamos... - Harry recolheu a lembrança de volta e fechou o frasquinho. - Obrigada.

Os três agradeceram mais umas 5 vezes e se retiraram.

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Notas: Ah gente, agradecendo às garotas que estiveram comentando. Sério, tive uma surpresa quando vi 38 recados quando cehguei aqui hoje, jurava que teria apenas os 29 que estavam dá última vez que entrei!
Muito obrigada garotas...

E vamos indo... Respondendo a quem pergutnou, a fic já está terminada, ok? São 29 capítulos mais epílogo, total de trinta.

Postarei assim que tiver mais comentários. (que é pra eu ficar feliz) xD

Valeu... leiam e comentem!!!!!!

Ah, é! mais uma coisinha.. próximo capítulo se chama "O ataque a KIng Cross", e será um capítulo cheio de ação... XD

E uma cena quenteeeeeee no finalzinho do capítulo... XD
Agora sim, byeeee!

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