Menos MIL pontos pra vc profº

Menos MIL pontos pra vc profº



Como prometido, mais um cap

Gente, mais uma vez eu estou curtindo uma fossa. Isso sempre acontece quando eu volto de um porre de felicidade. Eu passo um feriado maravilhoso com meus pais (lindos e apaixonados), com meu irmão (maior gatinho, ele tem a idade da maioria de vcs meninas. 14 aninhos, acho que ele faria vcs desmaiarem! *irmã coruja*), com meu namorado (lindo que parecia o Snape novinho quando tinha cabelo cumprido), e com meus sogros (fofinhos que eu amo). Ai, quando eu volto à dura realidade da solidão dessa cidade, eu caio em depressão.
Mas não se preocupem. Logo passa...
Bom...
Ou seja, o cap está extremamente dramático. Aliás, acho este cap esta até destoando da fic, de tão trágico!
Mas lembrem-se que depois da tempestade vem a bonança. Esperem muito amor no próximo cap.
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Capitulo dedicado à Julia R.
Pq eu tou morrendo de saudades dela, e agente não tah mais se encontrando no msn.
*chora*
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Capitulo 19 – Menos 1000 pontos pra você professor!

A semana passou mais rapidamente que Hermione gostaria. Já era segunda feira, e ela teria que ir para Hogwarts cumprir a promessa de falar sobre o mundo trouxa para os jovens bruxos, e provavelmente, teria que enfrentar o almoço na escola junto ao professor de poções.

Colocou uma roupa comportada e prendeu os cabelos em um rabo de cavalo. Juntou alguns papéis e fotos que utilizaria durante as palestras e dirigiu-se à lareira do quarto. Para todos os efeitos, ela havia cancelado os compromissos pois estava acamada, dessa forma, não seria incomodada por ninguém. Pegou um pouquinho de pó de flu, jogou na lareira e disse claramente:

- Sala da diretora de Hogwarts!

******

Hermione olhou à sua volta. Seu olhar pousou automaticamente no quadro do ex-diretor Dumbledore. Ele a observava placidamente.

- Ola senhorita. – Disse o retrato.

- O-ola. – Hermione gaguejou, pois nunca havia falado com o quadro do diretor. Era algo sobrenatural para ela.

- Ahhh. Eu gostaria que aqui houvesse um pouco de doces. Eu andei procurando por alguns em outros quadros do castelo, mas parece que os chatos renascentistas só gostavam de frutas, e os modernistas... Bem... Nem ouso entrar em um quadro deles. Eu nunca fui chegado em viagens psicodélicas, se é que você me entende. – disse o velho piscando sugestivamente para ela. – Mas gosto de me aventurar pelos quadros impressionistas e cubistas, uma maravilha ver o mundo de outra forma. – Completou ele alegre.

- Emmm. Deve ser... Divertido – disse a moça perplexa. – Professor, eu nunca entendi como funcionam os quadros...

- Bem, nos guardamos apenas algumas características dos seres que um dia pisaram na terra. Os diretores de Hogwarts em particular, guardam em frascos de tinta, lembranças, gostos, alguns sentimentos, e conselhos coloridos para as futuras gerações. Não é algo inesgotável entende? Além disso, temos uma certa programação para perguntas simples e tarefas de mandar e receber recados de outros quadros... Quando nossa alma deixa esse mundo, as tintas se misturam e magicamente pintam a imagem não só física, mas espiritual, do ser que coletou e guardou essas tintas como um diário.

- Ah... Entendo. - Disse Mione com uma pontada de tristeza.

- Escute querida. Às vezes a felicidade está em nossa frente. Muitos não entendem que ela está lá para nos confortar e não nos machucar, e acabam lutando contra ela, e acabam magoando aqueles que a trazem. Essas pessoas precisam ser ensinadas a amar e confiar novamente. Mesmo que para isso tenham que ser forçados. – Disse o ex-diretor com um cintilar enigmático nos olhos.

- O que? – Perguntou Mione aturdida. – Isso é uma demonstração de conselhos que você guarda??? – Mione sentiu que o conselho se encaixava à ela, mas não entendeu como o retrato descobrira que ela precisava dele.

- Ola querida. Então? Tudo pronto? – perguntou Minerva fazendo Hermione acordar de um devaneio.

- Ola diretora. – Disse Hermione à senhora sentada em uma poltrona no canto da sala. A diretora havia esperado Mione falar com o Ex-Diretor? – É... sim, sim, claro, está tudo pronto. – Disse ela procurando o quadro do diretor, mas este parecia agora estar dormindo profundamente. Então ela levantou o material para mostrar à professora, num gesto de avisar que estava pronta para ir.

- Certo. Então vamos. – Disse a Minerva dirigindo-se à saída.

- Onde será minha sala? – Perguntou Mione com pouco interesse.

- Nas masmorras existe uma sala de conferencias. Grande o suficiente para abrigar os alunos de toda uma série. – Disse Minerva neutra.

- Então os alunos serão divididos por série? – Perguntou Mione.

- Sim, dessa forma você poderá aplicar mais informações para as turmas mais velhas. – Disse Minerva voltando o rosto para observar a moça que à seguia de perto.

- Hum. Tudo bem. – Disse Mione com um sorriso.

- É aqui. – Disse Minerva apontando uma grande porta de carvalho. – Divirta-se querida. Hoje você falara com os primeiros segundos e terceiros anos. Amanhã serão os quatro últimos anos. Creio que uma hora e meia com cada serie seja o suficiente... – Disse Minerva contando o tempo nos dedos. – Ah, sim, e dê uma atenção especial à sonserina. Eles devem saber desde já a importância do mundo trouxa, para não subestima-los mais tarde.

- Certo professora. – Disse Mione.

- Ah, e eu gostaria de te-la para o almoço. Seria muito gratificante. – Dito isso, McGonagall saiu sem dar oportunidade à Mione de negar.

Minerva caminhou muito feliz. Havia colocado o professor Snape para acompanhar as palestras da primeira ministra, alegando que a moça não tinha experiência com crianças, e que portanto ele deveria estar por perto para cuidar de qualquer distúrbio no comportamento da garotada. O Mestre de poções ficou extremamente aborrecido com a velha bruxa, dizendo que não era baba, mas ela simplesmente cancelou as aulas do dia, decretando ‘dia de estudo de atividades trouxas’. Para tanto, além de Mione, ela havia chamado também Harry e Ron, e mais alguns bruxos nascidos trouxas para falarem sobre diversos temas, como engenharia para substituir magia, objetos domésticos que substituíam pequenos feitiços, e historia trouxa e sua relação com a historia da magia. Com isso ela livrava o professor das aulas, trazia Hermione para perto dele, e instruía os alunos sobre o mundo não bruxo. Era o plano perfeito. Agora ela podia ir para sua sala rolar em meio a erva de gato, e esperar que as ‘coisas’ acontecessem.

******
Hermione entrou na sala resoluta, e colocando o material em cima da mesa ela disse:

- Bom dia! – Olhou para as carinhas assustadas. Não sabia por que todos estavam com os olhinhos tão arregalados. Ninguém à respondeu. Notou de repente que ninguém estava olhando para ela, e sim para um ponto atrás, em suas costas. Voltou-se de vagar para procurar o motivo do pavor dos primeiranistas. E com um soluço ela viu o mestre de poções com a cabeça levemente abaixada, olhando para todos os pequenos de forma assustadora. Ela sentiu as pernas falsearem. Não esperava encontrar o professor tão cedo.

- Bom dia. – Disse a voz baixa do professor de forma letal.

- Ahhhm... Bem... O-ola... – Disse Mione acanhada e sentindo um rubor perpassar-lhe a face.

- Senhorita Neshling! Menos 10 pontos para a sua casa. Não mandei a senhorita abrir o material! – Disse Snape para uma lourinha com o uniforme da Grifinória.

Hermione sentiu uma sensação de ‘dèjavu’, ao ouvir o professor ralhar com a menina. Ele sempre fora injusto com ela, e brigara muitas vezes com ela pelo simples motivo dela estar mostrando interesse pela aula. Sentiu a garganta queimar com um desaforo que estava querendo sair, sentiu uma raiva súbita, e criando coragem, conteve-se e disse:

- A partir de agora eu abro uma casa especialmente para você professor. A casa ‘Snape’. – Disse ela vencendo a vergonha. Afinal ela não tinha tido culpa de ter tomado uma poção errada. Então prosseguiu: - E menos 50 pontos para tua casa por falar durante a minha aula! Agora vá sentar naquela cadeira ali. – Disse ela apontando para um lugar ao lado de um lufa-lufa, e continuou: - E se eu ouvir a voz do senhor durante a minha aula novamente, serão menos 100 pontos!

Snape soltou os braços cruzados. Estava perplexo. A ousadia da moça o desarmara, e ele simplesmente obedeceu à ordem. Mas ao sentar-se, alguns garotos riram, e ele voltou-se para traz na carteira para dar-lhes seu típico olhar ameaçador. Porém, Hermione novamente ralhou:

- Menos 20 pontos para a casa ‘Snape’. Eu não autorizei a ninguém olhar para traz. Já são 70 pontos negativos professor, e se o senhor continuar a amedrontar meus alunos, somarei mais trinta pontos negativos à sua casa para completar a soma de 100. Agora, queira prestar atenção sim?

Snape voltou o tronco novamente para frente. E calado ele cruzou os braços e deu uma bufada indignada.

Hermione olhou a cara de Snape. Estava enterrado na cadeira bufando. Parecia um menino contrariado. Ela achou muito engraçado, no entanto, Snape sentia o sangue ferver de ódio pela bruxa atrevida. Ele decidiu que não diria nada no momento. Preferiu prosseguir, não iria tomar providencias na frente de seus estudantes.

Hermione seguiu falando sobre o mundo trouxa e suas diferenças do mundo bruxo. Conseguiu passar didaticamente uma boa noção sobre a política trouxa para os alunos mais novos. E com o avançar das series, ela adicionava mais informações, adequando suas falas para cada serie que se seguia. Snape realmente ‘aprendeu’ algumas coisas novas. Mas sempre que uma turma nova entrava e o via daquele jeito submisso, ele sentia vontade de jogar a jovem bruxa pela janela. Não estava acostumado à receber ordem. E para seu completo desgosto, até a hora do almoço, a mulher já tinha tirado mais de 150 pontos da suposta casa ‘Snape’ criada por ela, e isso deixava Snape com mais raiva ainda. Ele sabia que a casa era de mentira, mas ele sempre fora o primeiro em tudo, e agora estar sucumbindo por mau comportamento em uma casa que nem existia era no mínimo ultrajante!

O horário de almoço finalmente chegou. Agora ele poderia falar poucas e boas para a sua ‘aluna’ atrevida à professora. Esperou todos alunos saírem da sala, não precisava de um monte de pirralhos como expectadores de sua bronca à Ministra trouxa. Levantou-se da carteira e caminhou para o púlpito donde ficava a mesa do professor. Hermione recolhia distraída seu material.

- Senhorita Gran... – Uma batida no batente da porta o interrompeu. Ele voltou-se para a porta aberta exibindo um rosto de fúria. Queria saber quem era o ser estúpido que ousava interromper bem no momento que ele iria destilar seu veneno contra a moça. E para seu completo desgosto, viu o cabeça de tocha e o detestável menino que sobreviveu! O trio de ouro estava ali, adulto e completo.

- AHHHHHHHH! Harry! Ron! – Disse a moça com felicidade. Há muito tempo ela não falava com os amigos. Na verdade, desde o almoço na casa do Ministro. – Não sabia que vocês estavam aqui!

- Mione! – Disseram em coro os amigos. Indo em direção da moça e abraçando-a.

- Professora McGonagall nos chamou para falar sobre preconceito contra trouxas e nascidos trouxas. Disse que hoje era o ‘dia de estudo de atividades trouxas’. Isso não tinha em nosso tempo – disse Harry alegre.

Snape olhou a cena. Fazendo uma cara de repulsa, ele rolou os olhos para traz e disse:

- Comovente.

- Ah. – Hermione pareceu despertar – O senhor gostaria de falar comigo professor? – Disse ela amigável enquanto abraçava Ron.

Snape viu a demora do abraço com o amigo vice-ministro da magia. Aquilo fez-lhe o sangue ferver. Seu coração foi consumido pelo ódio. Ele sentiu que seria mais agressivo do que gostaria, então tentou se conter:

- Eu posso esperar senhorita. Acho que no momento você deseja mais ‘intimidade’ com seu amigo. – Disse ele venenoso.

Hermione ruborizou, achou engraçado o comentário do professor. Até parecia ciúme. Então disse cordata:

- Ron vai se casar sabia? – e esboçou um sorriso bondoso.

- Pelo que eu sei, isso não seria um empecilho para a senhorita. E tenho certeza que com o senhor Weasley, a senhorita não precisaria cola-lo no chão e nem ameaçar jogar uma maldição imperdoável nele. – Disse o bruxão de forma gélida.

A cada palavra, Hermione sentia como uma chicotada. O velho professor não tinha perdido a pratica em machucar com as palavras. Subitamente ela sentiu os cantos dos olhos queimarem, e a garganta deu um nó. À muito tempo ela não sentia aquilo. Desde a guerra, ela nunca mais havia precisado chorar de tristeza. Mas agora as palavras do professor haviam ferido-a como punhaladas no coração. Ela não sabia o porquê, mas estava doendo mais do que deveria.

Harry e Ron, que agora já tinham soltado do abraço, observavam atônitos. Não sabiam o que estava acontecendo. Como não sabiam do que havia acontecido na casa de Hagrid, as palavras do professor soaram como maluquices desconexas. Mas eles perceberam que havia algum significado para Hermione, pois ela estava à beira das lágrimas. Então inconscientemente Harry cerrou os punhos. Precisava primeiro entender o que estava acontecendo.

- E-eu não entendo. – Disse Mione. Ela pensou que talvez tivesse interpretado mal. Talvez o professor não tivesse dito o que ela havia entendido. Ela olhou esperançosa. Seria muita maldade – pensou – Ele não poderia realmente estar insinuando que ela era uma mulher fácil – Concluiu ela descrente.

- A senhorita sabe-tudo entende sim. – Disse o professor com os olhos cheios de maldade. – Só porque eu não ‘quis’, a senhorita esta descontando em uma pequena revanche aqui em sala – disse ele deslizando a mão no ar como se mostrasse as carteiras – Esta questionando e pondo em cheque minha autoridade na frente de meus alunos.

Ron estava atordoado. Por outro lado Harry começava a entender algo, mas não sabia direito o porquê. Será mesmo que Hermione havia tentado algo com o morcego seboso? Pelo que ele estava entendendo sim. Mas não era possível! – Pensou ele desesperado.

- É... O que está acontecendo? – Perguntou Ron aturdido. – Do que vocês estão falando? – perguntou ele para Snape e Mione.

- Ah. A senhorita Granger não contou aos seus ‘melhores amigos’ – Desdenhou Snape olhando para Mione que agora tinha o rosto coberto de lágrimas. Ele sentiu um prazer selvagem em ver que estava conseguindo feri-la – Ela não contou sobre sua estadia em minha casa? E como ela agiu como uma verdadeira...

POWWW!

Um soco desferido de não sei onde, e Snape caiu no chão agradecido. Havia perdido o controle e passado dos limites. Mais um pouco teria dito algo repulsivo à mulher que tanto mexia com sua vida. Com seu coração.

Sentiu o olho inchar. E alguém agarrando seu colarinho. Abriu o olho intacto e viu Potter com os dentes arreganhados e um punho fechado e ensangüentado perto de seu rosto pronto para estragar seu outro olho. Ele parecia pronto a matar. Viu também Hermione e Rony Weasley tentando sem sucesso puxar o rapaz para longe dele.

Mas Snape não estava se importando com o que Harry faria. Olhava para Hermione. Ela chorava e soluçava enquanto pedia para Harry parar.

- SEU DESGRAÇADO! COMO OUSA? – Harry nem sabia direito o que Snape estava ousando, mas percebeu instantaneamente a tentativa anterior do mestre em xingar Hermione. – EU JURO, QUE SE O ‘SENHOR’ ABRIR A BOCA PARA OFENDER MIONE, EU SOU CAPAZ DE...

- HARRY. Não! – Disse a garota chorando desconsolada e fungando.

- ELE É UM CRAPULA MIONE! – disse Harry alterado sem largar a gola do professor.

- Agora que o senhor percebeu? – Disse Snape com um sorriso cínico. Ele sentia o olho doendo. Mais queria levar outro soco. Tinha agido como um idiota. Queria que Potter, ‘o perfeito Harry Potter’, o machucasse mais. Ele sentia que precisava ser punido.

Mas a fala de Snape, ao invés de fazer Harry ficar com mais raiva, fez o moço larga-lo. Ao ouvir as palavras do ex-professor, Harry largou-o como se sentisse repulsa. Ele abraçou Mione, e consolou-a.

Ron ainda não havia entendido. Nem sequer havia percebido a tentativa de Snape em xingar Hermione. Estava com os olhos arregalados olhando o ex-temido professor de poções no chão. Ele pensou em ajudar Snape à levantar do chão. Mas decidiu que não faria isso, pois de alguma forma ele havia magoado Mione.

- Vamos sair daqui Mione. – Disse Harry agora olhando o professor que levantava desajeitado do chão.

- Não Harry. Eu preciso falar com o professor Snape. – disse a moça atordoada. Ela tinha a vista embaçada pelas lagrimas que teimavam em sair.

- Não Mione! Você vem com agente! Nos não precisamos mais suportar as injustiças dele! Se ele quer se enterrar nesse mundo sórdido e solitário em que ele vive, tanto melhor! Eu não vou deixa-lo magoar você! Ele perdeu a humanidade há muito tempo! – Disse Harry alterado.

- Harry, por favor, não diga isso. – Hermione sentia-se ainda mais ferida ao ouvir as palavras de Harry. Seu coração parecia estar sendo rasgado. De alguma forma ela sabia que Snape estava sofrendo ao ouvi-las, e isso à machucava também.

Snape havia levantado. Estava apoiado na mesa, e ouvia tudo sentindo-se cada vez mais como um de seus vermes podres para poção. Ouvir Hermione pedindo por ele foi mais doloroso ainda. Ele estava de cabeça baixa dissimulando fraqueza muscular, mas na verdade estava escondendo o rosto contorcido devido à dor no coração, com a cortina de cabelos negros.

- Ele é um monstro! Sempre foi! Tem prazer em magoar as pessoas, porque não sabe o que é amar e ser amado! Eu sei que ele amou minha mãe! E quando foi rejeitado por ela, ele passou para o outro lado. Eu descobri nas lembranças de Dumbledore! Era a prova de que ele estava realmente do lado da ‘Ordem’. Ele se sentiu culpado por ter entregado a profecia que condenou minha mãe à morte! Tudo por que ele sentiu ciúmes de meus pais! Ele é um porco! Um fraco! Sempre foi! Magoar e machucar pessoas mais fracas o faz se sentir poderoso! – desabafou Harry. E voltando-se para Snape ele disse:

– Eu não quero mais você perto da minha família! Afaste-se de mim, da minha esposa e das minhas filhas! E principalmente de Hermione! Ela é como uma irmã para mim! Se o ‘senhor’ ousar chegar perto dela novamente eu juro que não me responsabilizo pelos meus atos! – Ele finalizou quase urrando pelos dentes travados com a raiva.

Mione e Ron estavam perplexos com a revelação de que Snape fora apaixonado por Lílian Potter. Harry deixou-se cair numa cadeira. Tremia de raiva. Estava com tudo aquilo travado na garganta desde que descobrira as lembranças de Dumbledore que inocentavam Snape. Dumbledore havia pedido na lembrança, para que Harry nunca revelasse para ninguém nada que sabia dessa história.

Ele nunca havia perdoado Snape por ter passado a profecia à Voldemort, e quando descobriu que o ex-professor havia feito tudo aquilo por sentimento ferido, ele sentiu-se consternado pelo ex-mestre de poções, e entendeu um pouco da dor que Snape sentia, mas ao mesmo tempo, ele sentia ainda mais rancor pelo Professor. Ser culpado pela morte de alguém que se ama era algo terrível, e como Snape havia ajudado no parto de Gina, e aparentemente gostava das gêmeas, ele afastou um pouco de seu antigo ódio. Mas diante dessa nova situação, com Mione daquele jeito, ferida, com um evidente sentimento pelo ex-professor, ele não agüentou segurar o segredo, e o ódio voltou à tona com toda força.

- E-eu... – Mione gesticulou. O choque da revelação havia feito com que ela parasse de chorar. – O senhor?... – Ela olhou para Snape que ainda estava de cabeça baixa.

- Sim. – Disse Snape com uma voz de gelar o coração. – O que Potter disse é verdade. Agora, se me dão licença... - Disse ele controlando a expressão de dor e levantando o rosto manchado com o sangue que escorria do supercílio estourado. – Eu vou para meus aposentos. – Completou ele com frieza, e saiu da sala.
*******
Snape saiu da sala andando, no meio do corredor estava apertando cada vez mais o passo. Depois de um tempo já estava quase correndo entre os alunos que, perplexos com o rosto machucado de Snape, passavam pelos corredores em direção ao refeitório virando o rosto para acompanhá-lo com o olhar e cochichavam o acontecimento.

Entrou em seus aposentos. Parou de frente a lareira arfando. Sentiu o estomago dando um nó. Sentiu que iria vomitar. Levantou a cabeça e socou o console da lareira com toda a força. A dor lacerante que sentiu fez o estomago afundar e acalmar. A mão inchou instantaneamente. Os olhos estavam ardendo. Lembrar do que havia causado à Lílian era morrer um pouco à cada dia. Socou uma, duas, três vezes, tingindo de vermelho a parede tosca da lareira. A mão estava vermelha e mole, como se nem um osso dela estivesse inteiro.

“Hermione” – Pensou ele no rosto manchado de lagrimas da moça. Não era capaz de fazer ninguém feliz? Tudo ele amava sempre sofria. Era um veneno? Como uma poção letal? Deveria passar o resto da vida pagando por sua ignorância do passado? Estava condenado a ser erva daninha? Urtiga, em que todos que o tocam sentem dor e sofrimento? Ele não podia ter um amor? Não podia ter um AMIGO?! “Dumbledore” – Pensou mortificado.

Puxou vários volumes de uma prateleira e jogou no chão. Vasos e objetos decorativos foram estilhaçados. Um soco com a mão esquerda na porta garantiu que ele não teria mais como utilizar a varinha para se curar. Outro soco garantiu que sentiria mais dor ainda. Um dedo permanecera levantado, e quando socou a porta pela segunda vez, ele dobrou-se para traz violentamente. A dor física era melhor do que a dor que sentia no peito. Era melhor do que do que a agonia em seu cérebro. Ela camuflava a dor na alma.

“Hermione” – Pensou - E o rosto maravilhado da moça olhando para suas estantes de livros em sua casa simples e pobre apareceu em sua mente. Como fora capaz de dizer aquelas coisas para a moça? Sentiu o coração dissolvendo. Era mesmo um ser repulsivo. Uma mulher franca, simples, inteligente, amorosa. Como fora capaz? De onde saiam tantas palavras letais? De onde ele tirava argumentos para ofende-la? Ela era perfeita. Perfeita de mais para ele.

Sentou-se resignado no sofá. As mãos iram se curar, no entanto, o que sentia no peito voltaria sempre para assombra-lo, mas ele resistiria. Ele tinha que pagar pelas ‘mérdas’ que havia feito. Deitou-se no sofá. Não chorava. Nunca chorava. Seu velho forte e intocável pai trouxa o esmagaria como uma barata se estivesse vivo para vê-lo agora, fraco, vencido... Humano.

E com esse pensamento Snape colocou as mãos moles e quebradas no rosto ferido, e ficou saboreando o gosto amargo da solidão misturado ao sangue das mãos que escorriam para os lábios.

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AHHHHHHHHHHHHH...
*chorando desconsolada*
Kara. Ai meu Mérlin.
Esgotei meu acervo de musica triste!!!
Minha casa tah parecendo um mar de tanta lágrima!
Como eu tou triste!!!!
Gente!
Pelo amor de Mérlin. Me mandem coments. Eu preciso!!!!
Valew!
Ç_____Ç’


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