HERANÇA REAL



Capítulo 3:


HERANÇA REAL.


- Das idéias surpreendentes com as quais sempre me apareces Godric, esta realmente... É a vencedora!

Com ar divertido, Helga Hufflepuff apertou as laterais do capuz forrado contra as faces geladas na vã tentativa de aquecê-las, o ar frio tornando sua fronte ainda mais rosada que o habitual. Seu companheiro de viagem puxou as rédeas de seu garanhão, colocando-o próximo à carruagem da bruxa, guiada por um calado elfo de pernas curtas e orelhas grandes.

- Tu mesma não vivias a me perturbar para que não deixasse este lugar ao léu, esquecido? Que propriedade tão especial não deveria ser desperdiçada?

Helga protegeu-se da luz do sol com uma das mãos para poder visualizar melhor todo o terreno a sua frente. O imenso lago congelado fazia divisas com o maciço verde escuro de uma floresta por um lado, e por outro com o rochedo que se erguia soberbo sobre a superfície vítrea. Ao fundo, altas montanhas de picos muito brancos apontavam majestosamente para o céu azul. Suspirando, voltou os olhos verdes para o amigo.

- O lugar é de fato especial! Já é lindo em pleno inverno, e há de nos tirar o fôlego no verão!...

Godric sorriu para ela, observando com a voz grave:

- Posso ouvir um “porém” a caminho...

- Não seria melhor um castelo já pronto? Tu mesmo és dono de dois ou três! Tens noção de que aqui teríamos de erguer desde a mais funda masmorra até a última das torres? Que aquela floresta pode esconder tanto perigos já conhecidos como os que nunca imaginaríamos encontrar? E que teremos crianças sob a nossa responsabilidade? Hogsmead não possui instalações para...

- Helga! – Interrompeu Gryffindor, tentando parecer surpreso. – Dissestes “teremos crianças”? Aceitastes meu convite, então?

- Como se isto fosse dúvida em algum momento! – Ralhou ela, de forma branda. Erguendo o corpo, desceu da carruagem, andando cuidadosamente até a beira do lago. Godric desmontou e veio em seu encalço. - Não deixei o calor de meu lar para vir contigo até aqui? – Continuou, voltando-se para ele, séria. - Não dirigi cada pensamento para a realização de teu sonho, desde o instante em que me contaste sobre ele, como se fosse o meu próprio?

Ele apanhou sua mão e depositou um beijo nos dedos enluvados. Depois respondeu, tão sério quanto.

- Eu sei que sempre posso contar contigo, minha irmã! Contigo e com Salazar!

Uma sombra, leve demais para ser percebida pelo entusiasmado Gryffindor, perpassou o semblante sereno de Helga.

- O que ele pensa de tua escolha? – Perguntou, apontando com um gesto largo o rochedo atrás de si.

Godric abanou a cabeça, sorrindo indulgente.

- Sabes como Salazar é quando se trata de heranças. Só o fato de a rainha Boadicéia ter tratado este lugar como fonte de magia, como recanto de descanso e restabelecimento, já o fez afeiçoar-se mais a estas terras do que eu, que as herdei!

- Ele demora a juntar-se a nós?

Desta feita o tom da pergunta causou um olhar mais atento em Gryffindor. Ele analisou-a por um momento com os brilhantes olhos castanhos antes de responder, breve.

- Eu lhe pedi que fosse até a corte, cuidar das formalidades com o Conselho dos Duques. Deve demorar algum tempo, de fato.

- Talvez a isso se deva a pressa que teve em partir...

- Pensei que ele havia lhe dito aonde ia, quando se despediram.

Helga sorriu com um quê de melancolia, e desviou os olhos para a paisagem.

- Tal ocasião não chegou a acontecer.

As sobrancelhas de Godric Gryffindor juntaram-se de tal forma, que formaram uma única linha escura sob sua testa. Entretanto, não se alongou no assunto.

- Achas então que o lugar não é apropriado? – Preferiu perguntar.

- O que eu penso é que teremos um trabalho digno de Hércules! – Gracejou Helga, animação e expectativa voltando ao seu sorriso. – Mas sou obrigada a concordar que a magia presente aqui nos ajudará... Embora eu não saiba dizer de que forma! E além do mais... – Passou o braço pelo de Godric, tomando o rumo de volta para a carruagem. – Por mais que eu ame Mutombo e Hérocles e fique feliz em hospedá-los, está mais do que na hora de você assentar raízes e fornecer àqueles dois um lar de verdade! E não visitas esporádicas à minha casa entre um acampamento de batalha e outro! Apesar dos pesares, - Olhou sobre o ombro para a floresta sombria – este será um bom lugar para eles! Aliás, nunca vi família com tantas casas e nenhum lar...

- Cuidado, criatura! Esta tua conversa pende para um rumo perigoso! Daqui a pouco estarás às voltas com planos casadoiros para mim! Estás a tentar me transformar em um homem de bem? – A voz de grave ressoou divertida, mas um tanto ressabiada.

- Não seria má idéia! Eu bem que gostaria de ver o Leão de Gryffindor domado! – Helga riu com gosto ao escutar o resmungo indignado que veio como resposta. – Mas podes sossegar, caro amigo! Com consciência disto ou não, tomastes a melhor das providências para permanecer livre dos grilhões matrimoniais!

- E esta seria? – Questionou ele, ao ajudá-la a subir na carruagem.

- Se abrirmos a escola, serás um mestre, um professor. E a professores não é permitido o matrimônio, esquecestes? Terias de escolher entre um e outro...

- Que seja professor, então! Desde que não estejamos falando de celibato, prefiro a liberdade! - Rindo da gargalhada espontânea de Helga, Godric montou e direcionou o cavalo a passos calmos para o pequeno vilarejo bruxo, no que foi imitado pelo pequeno condutor da carruagem. – Vamos voltar para a estalagem e buscar por uma boa noite de sono. Amanhã começaremos! Temos que mandar trazer teus pertences, e pensei em chamar os bruxos de minhas bandeiras para...

Uma súbita inspiração percorreu o corpo de Helga na forma de um arrepio, e sem parar para racionalizar a idéia, ela o interrompeu.

- Espera! – O amigo olhou surpreso para ela, segurando os passos da montaria. – Godric, o quanto tu confias em mim?

- Com a minha vida e a de meu filho, como bem sabes! Por quê?

- Concordas que precisaremos de ajuda, mesmo estando os três de corpo e alma nisto?

- Helga, digas logo o que estás a enredar nesta tua mente privilegiada! – Brincou ele, arqueando-se sobre a sela.

- Se eu conseguir essa ajuda, a aceitarás sem fazer mais perguntas do que as poucas que poderei lhe responder, o que não acontecerá tão cedo?

Godric Gryffindor arqueou as sobrancelhas, surpreso, mas não hesitou ao responder.

- Se assim me pedires, eu atenderei! Mesmo que à custa de minha curiosidade... Agora vamos sair deste frio! Amanhã pedras começarão a ser movidas de lugar!

Cutucando Molnia, seu imenso cavalo negro, com os calcanhares, partiu em direção a Hogsmead, seguido pela carruagem de sua sorridente amiga.

Atrás deles, uma rajada do vento frio dançou por sobre o gelo, escalando o rochedo aos círculos, e lá no alto transformou-se no esboço de um homem encurvado apoiado em um cajado. Ele observou as silhuetas que se afastavam e sorriu, a expressão extremamente satisfeita aos poucos desfazendo-se novamente no ar.

==*==

Os poucos habitantes que circulavam pelas ladeiras de Hogsmead, na manhã fresca de primavera, dividiram-se entre compaixão e olhares enviesados para a desconhecida e esfarrapada criatura que atravessava com passos vacilantes o vilarejo.

Mal embrulhada em uma capa suja e remendada, a figura baixa magra não erguia os olhos nem para as ofertas de ajuda, nem para os comentários jocosos que recebia. Pela estatura e compleição delicada, adivinhava-se tratar de uma criança, um menino.

Ao passar diante de uma taverna, foi abordado por três ou quatro marmanjos, muito encharcados de firewhisky para a hora matutina. Provavelmente haviam passado a noite na bebedeira.

- Olhem o que temos aqui... Um camundongo tão pequeno quanto imundo!... Hei, menino! Tua mãe não te ensinou a banhar-se vez por outra? – Engrolou o mais alto deles, arrancando risadas dos companheiros. – Não sabes que não podes te misturar às pessoas de bem com essa sujeira toda sobre os ossos? – Rindo alto e jocosamente, segurou a criança pelo braço quando esta tentou desviar-se do caminho deles. – E aonde pensas que vai, sem me responder devidamente?

O menino remexeu-se dentro da capa, e ao mesmo tempo em que o homem o largava subitamente, como se tocar na criança o tivesse ferido de alguma forma, uma voz feminina, estridente e autoritária se fez ouvir.

- Hansberto! Deste para maltratar os filhos de outrem além dos teus próprios? Ah, quando colocar minhas mãos no teu couro, marido!...

Descendo a ladeira vinha uma mulher corpulenta, de modos irritados e que brandia um pesado moedor de grãos na mão direita. Hansberto e seus amigos espalharam-se como ratos, rapidamente escapando da reprimenda.

A robusta senhora parou ofegante ao lado da criança, curvando-se um pouco para avaliá-lo melhor. Suavizou o tom de voz ao perguntar:

- Como te chamas, menino? Onde estão teus pais? Não é seguro andar sozinho assim, nestes tempos sombrios... Podes encontrar homens ainda mais cruéis que o falastrão que tenho como esposo!

A bondade existente nas perguntas pareceu convencer o garoto a falar. A voz fina quase não se fez ouvir.

- Helga Hufflepuff... Procuro por Lady Helga Hufflepuff...

- Ah!... Estás procurando a escola! Eu deveria saber!... – Sorrindo compreensiva, passou os olhos miúdos pela criança, acrescentando bem humorada. - Embora os aprendizes que já vieram não tenham chegado aqui nas condições que estás! – Explicou-se, atenta ao tremor nítido da criança. Sacudindo a cabeça para os lados, a boa senhora voltou-se para subir a rua, tentando trazê-lo junto. – Venha, vou dar-lhe o desjejum, um agasalho decente e depois o levarei até o acampamento na construção. Como é mesmo teu nome, criança?

O menino deu alguns passos para trás, recusando-se a ir. Escondeu ainda mais o rosto nas dobras do capuz, repetindo:

- Por favor, Helga Hufflepuff... Onde posso encontrá-la?

Com um muxoxo impaciente, ela levou as mãos à larga cintura.

- Não virás comigo, não é? – Sem obter resposta, continuou. – E aposto que não me deixarás ir contigo... És muito desconfiado, menino! Não iria te fazer mal algum... – Somente silêncio. - Oh, está certo! Segue este mesmo caminho até sair da vila e continue sem mudar de direção. Logo verás as tendas. Mas não será tão fácil entrar lá, é bom saberes. São cuidadosos na segurança... Terás de dizer teu nome, enfim!

A criança curvou-se levemente.

- Tens minha gratidão, senhora!

- Ficarás bem, sozinho?

O garoto assentiu, baixando a cabeça à guisa de despedida antes de girar sobre os pés e seguir seu caminho. A mulher observou-o afastar-se, um tanto inconformada com sua teimosia. Depois de fazer uma breve prece pela segurança do menino, apertou o moedor nas mãos lembrando-se do marido imprestável que tinha e foi-se, a sua procura.

==*==


- “Por onde anda o Sol quando necessito dele?” – Pensou, obrigando os pés a seguirem rumo às enormes tendas coloridas, bem visíveis em meio ao campo verde. Esfregou os braços sob a fina capa, tentando aquecer-se. – “Ah, que ótimo!... Tal pensamento só pode ser um delírio... Era o que estava me faltando...” – Parou para respirar um pouco, massageando a região das costelas, enquanto estudava os arredores. Em outra ocasião, a beleza cálida da paisagem lhe teria sido motivo de encanto. Agora, porém, só conseguia desejar que a distância a percorrer fosse mais curta.

Finalmente, chegou aos portões do alto cercado que envolvia o acampamento. Agradecendo aos céus, escorou-se em um dos pilares, encostando a face na pedra fria.

- Quem vem lá? – Ecoou pomposamente uma voz juvenil, vinda dos lados da tenda verde e prata situada à esquerda da entrada.

Virou-se lentamente para encontrar um rapaz de seus quinze ou dezesseis anos, de cabelos muito negros e olhar belicoso.

- Quem és? – Perguntou ele novamente, incomodado com a sua demora para mover-se e para responder. O olhar negro encarou depreciativamente suas vestes rotas. – O que queres aqui?

Antes que tomasse fôlego suficiente para manifestar-se, outra voz se fez ouvir, desta feita coberta de cinismo.

- Teus bons modos são tão sofríveis quanto tua capacidade com a varinha, Noir... Simplesmente lastimáveis...

Também de cabelos escuros, mas de vivos olhos castanhos, o segundo jovem equiparava-se em altura e idade com o outro.

- Saia daqui, Topfer! A segurança dos portões é minha responsabilidade hoje! Eu sou o aprendiz do dia!...

- Ah, claro! E eu vejo o grande perigo que estás a enfrentar! O que achas que o menino vai fazer? Afogar-te na poeira das vestes?

- Ele pode ser um espião dos comuns...

- Por favor! Lady Helga? – Conseguiu dizer com dificuldade, interrompendo a discussão. – Helga Hufflepuff...

O que se chamava Topfer aproximou-se, sem dar atenção aos impropérios de Noir. Respondeu de forma cortês, ainda que segurando a varinha bem visível na mão direita.

- Lady Helga está ausente, e não deve voltar tão logo. Posso ajudá-lo? Não pareces bem... – Esticou a mão, tentando alcançá-lo.

Esquivando-se do contato, o menino voltou a apoiar-se no pilar.

- Godric Gryffindor está? Devo falar com ele, então...

- Você vai é falar comigo, pirralho, ou arredar-se de vez daqui! – Sibilou o jovem Noir, aproximando-se irritado.

- Cygni, faça algo de útil com a sua disposição para enfrentar crianças, e vá chamar Lord Gryffindor!

- Eu não vou atrapalhar o treino de Milord com Hérocles só porque um mendigo qualquer invocou de falar com ele! Por que o maltrapilho não diz logo o que quer?

- Tu não queres chamá-lo porque tens medo de enfrentar a irritação de Lord Godric! Como podes esperar que um dia ele te respeite, se te encolhes nas vestes apenas por aproximar-se?

A discussão aumentou, embora a mente do “maltrapilho” não estivesse assimilando mais que o som das vozes alteradas, sem captar-lhes o completo sentido, entretanto. Pôde vislumbrar que várias pessoas aglomeravam-se ao seu redor, atraídas pela desavença, e encolheu-se contra a cerca, instintivamente tentando se proteger.

- O que é que está acontecendo aqui?

A voz grave fez calar o burburinho à volta, e o impacto causado por ela fez seus olhos abrirem contra a vontade, também devolvendo um pouco da firmeza às pernas. O reconhecimento de magia poderosa lhe causou um arrepio que subiu veloz pela coluna, e o que viu a seguir tirou-lhe um suspiro sentido dos lábios.

“Decididamente, estou delirando” – Constatou.

Pelos amarelados e reluzentes recobriam as grandes patas que caminhavam majestosamente em sua direção. De meio à juba avantajada, olhos dourados fixavam-se solenes nos seus. Os movimentos lentos e elegantes eram também claramente ameaçadores. Uma fera que só tivera oportunidade de ver em gravuras e pergaminhos. Um leão.

A imagem do animal só não era mais formidável do que a do homem que o seguia. Mais alto que a maioria, tinha os cabelos ruivos caídos sobre o rosto anguloso, olhos grandes e brilhantes e trajava apenas calças de couro e botas. O suor que fazia a poeira grudar em seu tronco era prova de que andara praticando esforço físico. Andava com a mesma cadência elegante do felino.

- Por que tanto alvoroço? – Trovejou ele. Foi quando seu olhar caiu sobre o motivo da confusão. Com passos firmes e largos, logo estava ao seu lado, sustentando-lhe o peso com as mãos. - Pelo poder de Mérlin! Não viram que a criança está tão doente que mal se mantém em pé! Por que não o levaram para dentro?

Subindo o queixo até conseguir encontrar os olhos do homem, puxou fôlego para perguntar.

- És Godric Gryffindor?

- Sim! – Garantiu a voz lá do alto. – Acalma-te, já vamos tratar de ti!

Encostando o corpo no apoio bem vindo, pode enfim sentir-se em segurança e deixou os joelhos dobrarem-se. Antes de a escuridão lhe tomar todos os sentidos, sua mente febril ainda conseguiu reclamar.

– És alto demais! – E desmaiou.

Godric sorriu da observação impertinente, enquanto tomava a frágil criaturinha nos braços e ordenava ao silencioso leão.

- Vá buscar Helga na floresta! Esta criança precisa de seus cuidados! – Depois que Hérocles afastou-se, desta feita com as patas movendo-se velozmente, ele dirigiu-se aos aprendizes. – Da próxima vez, ajudem primeiro e discutam depois! Agora voltem aos seus afazeres! Todos vocês!

O grupo dissolveu-se, murmurando uns com os outros a curiosidade despertada pela criança que agora era carregada nos braços pelo Leão das Charnecas. Noir voltou a cuidar da entrada, disparando um olhar rancoroso a Topfer, que lhe retribuiu com um aceno debochado.

==*==

Estava quase depositando o menino sobre o confortável leito de peles, em seus próprios aposentos, quando a transformação teve início.

Pernas e braços começaram a crescer como se vários anos se passassem em apenas alguns minutos. Sentiu o peso da pessoa que carregava aumentar sensivelmente, e depositando-a sobre o leito, Godric retirou a capa rota para ver e entender melhor o que estava acontecendo.

Diante de seus olhos surpresos, os cabelos curtos da criança alongaram-se e mudaram do castanho opaco para ébano brilhante. O rosto pequeno e comum distendeu-se até moldar-se em belas e pálidas feições femininas. Como as vestes que portava eram apropriadas para alguém bem menor, um olhar a mais para o tecido agora esticado e insuficiente lhe trouxe a certeza de que, realmente, tratava-se de uma mulher.

- Uma metamorfómaga! Mas que infernos!... – Sussurrou, antes de ser afastado pelas mãos ágeis e pequeninas da recém chegada Helga.

- Pela Deusa! Ainda bem que eu já estava chegando... Deixe comigo, Godric! Eu cuido dela! – Garantiu, enquanto puxava uma grande pele e com ela cobria a desconhecida. – Pobre menina! Está ardendo em febre!...

Duas de suas damas de companhia adentraram ao aposento, uma trazendo um pequeno caldeirão e a outra com vários saquinhos de couro que exalavam forte aroma de ervas. Helga recolheu as ervas, indicando o espaço no chão da tenda que servia de lareira.

– Acendam logo o fogo, e depois vão até meus aposentos e tragam algumas vestes confortáveis para vestirmos nela!... Godric! Ainda estás aqui? Vá! Vá! Preciso examiná-la! Ande!

Sem mover um músculo do lugar, ele esclareceu calmamente, sem alterar-se pela conhecida autoridade despótica que tomava conta de Helga quando um enfermo caía sob seus cuidados.

- Estou em meus aposentos e não vou a lugar algum até obter algumas respostas. Esta mulher chegou com a aparência de um menino e gravemente enferma! Como ficou claro que a conheces, podes começar a explicar o que significa isso tudo!

Lady Hufflepuff, que havia continuado com seus preparativos, soltou algumas folhas dentro do caldeirão antes de virar-se, conformada. Aproximando-se da enferma, acariciou penalizada as madeixas negras.

- Pessoalmente, também é a primeira vez que a encontro, Godric. Confesso que não esperava que chegasse desta maneira... – Aprumando-se, indagou ao amigo. - Tu te lembras sobre a ajuda que fiquei de conseguir? Aquela sobre a qual não posso fornecer muitas informações?

Ele assentiu, sério.

- Pois bem, ei-la que chega! Godric Gryffindor, eu lhe apresento Lady Rowena Ravenclaw!








N/A: Molnia - o garanhão, foi assim batizado por Sally Owens, e Hérocles - o leão, teve sua alcunha escolhida por Morgana Black! A essas duas grandes amigas e conselheiras, renovo meus votos de gratidão imensa e afeição incondicional! Obrigada, meninas!!! :)

- Sem comentários, nadinha de capítulo novo!!!! ;)






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