Na Toca



            A garotinha acorda com um barulho vindo de um lugar não muito longe, quando ela abre os olhos percebe que não está em seu quarto, muito menos no sofá no qual acabara adormecendo, ela reconhece o local rapidamente, os móveis e as quinquilharias espalhadas pela casa que estivera dois dias atrás. A casa de seus avós era o lugar mais legal que ela já conhecera, seus pais e seus tios contavam suas travessuras e tudo mais que já tinha acontecido naquela casa.


            A criança deveria ter entre seus três anos de idade, não entendia o que exatamente estava acontecendo, mas sabia que algo não estava certo. Ela se levantou cambaleado e voltou-se para a porta do quarto que reconhecera como o antigo de sua mãe. Quando se aproximou da porta percebeu vozes vindo do lado de fora, que reconheceu como sendo sua mãe e sua tia Hermione. Ela tentou alcançar a fechadura, porém não obteve sucesso, quando pulou e caiu no chão percebeu que havia machucado a perna e começou a chorar para pedir socorro. No mesmo minuto, as duas mulheres que antes estavam no corredor conversando sobre a situação, entraram desesperadas no quarto a fim de ver o que fazia a pequena Lily chorar.


            No quarto a menina estava sentada ao chão chorando e quando sua mãe a pegou no braço instantaneamente ela parou. Uma olhou para a outra e sorriu, a mulher morena pegou a menina em seus braços e se encaminhou para o corredor com o intuito de descer para a sala e se encontrar com as outras pessoas que já se encontravam lá. A ruiva a acompanhou e silenciosamente desceram as escadas e chegaram onde ao destino.           


            A menina percebeu que quase todos os rostos eram conhecidos, e que realmente a casa estava cheia. “Será que é algum tipo de festa?” pensou a menina sorrindo no colo de sua tia. Quando ela desceu do braço ela foi andando até seu pai que se encontrava no meio da sala falando com mais três pessoas, duas eram seus tios e o outro seu avô. Quando estava chegando eles olharam para ela, seu tio pegou-a nos braços e começou a brincar com seu nariz. Ela não percebeu, mas em toda a sala havia um grande burburinho e não havia crianças além dela. Ela levantou seus braços pedindo colo ao pai, que sem questionar cedeu, segurou a menina primeiramente dando um forte abraço nela e perguntando como ela estava. A menina respondeu com um aceno de cabeça e logo depois foi pega pela sua mãe e levada para a ante-sala onde se encontravam seu primo Michel e sua tia Fleur.


            Sua mãe falou com a outra mulher e colocou a menininha no chão, virou-se para ela ajoelhando-se para ficar quase da mesma altura, e então falou:


“Mamãe vai ter que ficar com as outras pessoas aqui em baixo, mas você vai subir com a tia Fleur e o Michel para ficarem lá em cima brincando e a mamãe promete que de dez em dez minutos aparece lá em cima para saber como vocês estão, tá?”


A menina obedientemente acenou com a cabeça e segurando a mão da Loira subiu as escadas em direção ao quarto que estava antes.


            Sem entender o porquê apenas seguiu as ordens de sua mãe e ficou brincando com seu priminho mais velho que estava meio adoentado, de vez em quando sua mãe aparecia no quarto, quando não era ela era seus tios iguais, que sempre ficavam alguns minutinhos fazendo mágicas para divertir as crianças. Da ultima vez seus tios ficaram tanto tempo que sua avó teve que aparecer na porta do quarto pedindo para eles descerem, mas eles deixaram de propósito um cordão que segundo Michel era para ouvir a conversa dos outros, que ele evasivamente escondeu de sua mãe em um de seus bolsos. Quando sua mãe saiu para ir ao banheiro e deixou eles sozinhos um tempinho, Michel teve a brilhante idéia de utilizar o cordão para escutar o que se passava lá em baixo.


            A menina seguiu o primo até as escadas e como mágica eles conseguiram ouvir tudo que se passava lá em baixo:


 


“Já disse que assim não dá certo! Temos que nos reunir com o ministro trouxa já com todo o nosso plano em mente, contando já com a força deles.”


“Não Hermione, não podemos envolve-los assim em nossa guerra!” Falou uma voz que ela tinha certeza ser seu pai.


“Claro que podemos, e devemos! Essa guerra já não é só nossa Harry, eles também se meteram nisso, e mesmo sem quererem já estão no meio. O que Hermione falou é obvio. Temos que primeiramente, focalizar nos planos de Voldemort. Harry você sabe quem ele é, você o estudou, já esteve dentro dele antes. A primeira chance ele conseguiu escapar, mas dessa vez não podemos deixá-lo sair dessa.”


“Ronald também não é assim, o Harry não pode ficar com a carga toda dessa vez, temos que nos dividir, porque agora ,não é mais uma batalha em hogwarts e sim no mundo todo.” Disse seu avô.


 


Depois de um longo silêncio.


 


“O que vocês dos eston fazendo santados aqui nos escadas?” disse uma voz vinda detrás deles dois que antes mesmo de virar eles já sabiam quem era.


“Mamãe, não podem deixar eu e a Lily fora disso, nós queremos participar também,não é lily?” Perguntou o menino esperançoso olhando para a menininha.


“Si, naum pode nos deisar aqui” respondeu a menina sem entender muito, mas convictas que era melhor seguir o que seu primo dizia.


“Que coisa linda, até parece que eles são weasleys.!” Disse uma voz doce subindo as escadas.


“Mama” exclamou a menininha, andando até a sua progenitora.


“Vamos lá pra baixo, vocês também.!” Disse olhando para Michel e Fleur.


 


Eles desceram e lá encontraram muitos curiosos olhando para eles.


 


“Vocês acreditam que esses dois estavam lá em cima escutando toda a reunião através de uma orelha extensiva que alguém deixou de propósito lá em cima? Quem deve ter sido?” falou olhando para os gêmeos que estavam encostados na parede da sala pra cozinha.


 


“Não estamos sabendo de nada!” respondeu os dois fingido indignação.


“Isso não interessa, Gina e Fleur coloquem as crianças na ante-sala que precisamos continuar isso.” Disse Gui.


“Aproveite e coloque um feitiço de proteção” perguntou a Mãe dele.


“Deixe que disso cuido eu!” Disse Hermione, erguendo a varinha e fazendo surgir um grande quadrado cheio de brinquedos a vista de todos. “Coloque os dois aí que poderemos ficar todos de olho neles e ao mesmo tempo não perdermos a reunião, pois quando mais gente melhor.”


 


Gina e Fleur colocaram seu respectivos filhos dentro do quadrado recém evocado no canto da sala. E logo depois de se certificarem que estava tudo ok, voltaram-se para a reunião.


            As crianças ficaram dentro do quadrado brincando e a pequena Lily percebeu que Michel não estava prestando muita atenção na brincadeira e que de vez em quando olhava para a mesa do meio da sala, onde todos estavam reunidos a maioria dos adultos. Sem entender a pequenininha começou a ouvir parte da conversa dos adultos:


 


“Como vamos fazer isso Quim?”


“Acho que devemos primeiro conversar com o ministro da magia, ele está em estado de choque com tudo isso, não sei nem porque ele não veio hoje, acho que está com compromisso explicando a situação junto com o ministro trouxa.”


“Harry, devemos por tudo isso num papel e pensar claramente passo à passo.”


“Hermione está certa Harry! Agora não temos mais Dumbledore para fazer charadas, temos que nos virar sozinhos.”


“Cala a boca Rony, não está vendo que o Harry está bastante preocupado com toda a situação você não precisa ficar lembrando ele de mais problemas.”


“Sem discussões Gina! Isso não é hora! Agora temos que nos concentrar no que fazer!”


 


Nesse mesmo instante um barulho vindo da lareira interrompe o Srº. Weasley e todos olham para as chamas que agora são verdes e uma cabeça surge no ar.


“O 1º ministro gostaria de convidar Srº. Potter, e a Ordem da Fenix para uma reunião de caráter urgente no gabinete do 1º ministro dos sem magia. Os senhores aceitam?


“Aceitamos, pedimos só alguns minutos para nos prepararmos!” Disse Harry a cabeça flutuante.


“Devo aceitar isso como positivo! Os ministros os aguardam.” Dizendo isso ela sumiu.


 


“Hermione, os relatórios que lhe pedi, estão prontos?”


“Estão Harry.”


“Gui, os arquivos da ultima guerra estão com você?”


“Estão sim.”


“Fred e George, vocês conseguiram fazer aquilo que lhes pedi?”


“Conseguimos, sempre Harry.”


“O que você não pede chorando que não fazemos sorrindo.”


“Então é isso, Srª. Weasley a senhora poderia ficar com Fleur e com as crianças? Porque Gina vai ser necessária nessa reunião.”


“Claro querido”


“Gina, entre em contato com Neville, Simas e Dino. Tonks, entre em contato com Os outros professores de Hogwarts, principalmente Mc Gonnagal e Hagrid, que por estarem em período letivo devem participar desse chamado. Pronto agora estamos prontos para saber da real situação do mundo!” disse Harry se aproximando da lareira para entrar na rede flu.

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Comentários (1)

  • Aline B. Vieira

    EU ESTOU ADORANDO ESSA FIC, O MODO COMO BRUXOS E TROUXAS ESTÃO ENVOLVIDOS NA GUERRA,O CAOS DESCRITO NAS RUAS...A PREOCUPAÇÃO E O PERIGO IMINÊNTE,A SITUAÇÃO CADA VEZ MAIS TENSA NOS DIÁLOGOS!!!ESSA FIC REALMENTE ESTA MUITO BOA, EU EU KERIA CONTINUAR LENDO!!! POR FAVOR, POSTE MAIS CAPÍTULOS!!! 

    2012-09-15
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