O reencontro



Naquela manhã Hermione saiu para escolher as flores de seu casamento. Queria escolhe-las pessoalmente, afinal, tudo teria que ser perfeito.
Mal entrou na loja, e já sentiu-se cofusa. Haviam tantas flores bonitas, que para escolher, horas se passaram. Infelizmente não pudera trazer Fleur e Gina, para ajuda-la, poque ambas acordavam muito tarde, e ela quisera sair cedo.
Por fim escolheu rosas brancas. Elas ficariam magníficas no altar, nas mesas e no bûque. Aquele teria que ser o mais lindo casamento já visto. Pena Harry não estar ali para ajuda-la, afinal era o casamento dele também.
Pediu para o criado acertar as contas com a atendente, e saiu na rua para tomar um pouco de ar puro. Sua casa não ficava longe, e era sempre bom fazer uma caminhada. Enquanto esperava, deu uma olhada na rua, à direita, e seu coraçào quase parou de entusiasmo.
Estava havendo uma feira de arte ali. Se tinha algo que Hermione aprecisava, era arte, em todas as suas formas. Gostava principalmente de livros, mas não ignorava a pintura. Entrou e falou ao criado que ele já podia voltar, e que ela iria dar uma caminhada. Embora este parecesse não ter gostado nem um pouco, concordou, afinal servia à ela.
Hermione entrou muito feliz na galeria, seu coração batendo forte. O lugar era muito escuro e sombrio, quase nada podia ser visto lá. Aquela era arte moderna, e embora não compreendesse bem, gostava de observar os quadros até achar que tivesse entendido-o. Era um disafio, e ela adorava disafios.
Estava ainda no segundo quadro, muito escuro azul-marinho e verde, que parecia retratar uma mulher na praia, quando um homem postou-se ao seu lado, e lhe estendeu um lenço branco.
_Acho que isso lhe pertence.- ele murmurou.
Ela olhou, e viu suas iniciais gravadas no lenço.
_Ah, obrigada. De ve tê-lo deixado cair quando entrei.- ela murmurou envergonhada por estar falando com um desconhecido.
Então, ergueu a cabeça para vê-lo melhor. Teve um sobressalto, seu coração acelerou e seus olhos se alargaram. Mas, apesar de tudo, era uma sensação boa a que sentia, inexplicavelmente boa. Nunca o havia visto, mas aqueles cabelos ruivos, aqueles olhos azuis, aquele jeito envergonhado e atrapalhado, com as orelhas vermelhas, lhe era muito familiar. Ela percebeu que ele fazia esforço para não tremer ou sorrir, mas seus olhos brilhavam de encanto e alegria, como ela nunca havia visto antes. Uma coisa quente passou por ela, e ela sorriu não resistindo, achava que se não expressasse aquilo que sentia de alguma maneira, iria explodir. Ele sorriu radiante em troca.
Mas, então, ela percebeu que aquela não era uma coisa era uma coisa muito comum. “Será que não o conheço mesmo. Parecem que já fazem anos, mas...” De onde o conheceria? Odiava dúvidas, então tomou coragem, embora não sentisse medo nenhum dele, ao invés disso, se sentia muito protegida.
_Me perdoe, senhor. Mas, já nos conhecemos?
_Temo que não nessa vida.- ele disse jovial, não parando de sorrir. Eles pareciam ter exatamente a mesma idade. Então acrescentou, beijando-a na mão.- Permita-me que me apresente, sou o Conde Ronald Weasley. E a senhorita é...?
_Granger. Hermione Granger. Muito prazer, senhor Conde.- então ela caiu na risada.- Tem certeza que não nos conhecemos?
_Então você é uma Granger? Agora posso dizer que talvez já tenhamos nos encontrado. Foi o senhor seu pai que deu aquela magnífica festa à dois dias?
_Foi sim. Então devemos ter nos visto lá. Mas, o senhor não costuma ir nas festas de meu pai, não é mesmo?
_Devo admitir que não. Cheguei apouco da Transilvânia, e um conhecido meu me convidou, dizendo que não teria problema minha presença lá.
_De maneira alguma. Papai gosta de conhecer pessoas novas.
_Então foi uma pena não ter podido conversar com ele pessoalmente. Mas, a senhorita aprecia a arte, vejo.- ele falou vermelho, se virando para olhar o quadro.
_Oh, sim. É incrível como alguém consegue pôr todo seu sentimento em um quadro ou livro ou música, para mostra-los à outras pessoas. E o mais incrível é que essas outras pessoas entendem o que o artista sente, mas não pode expressa-lo. Por isso admiro tanto os artistas, mesmo os da arte-moderna.
_Eu diria que especialmente estes, afinal sentimos mais olhando para isto, - e acenou o quadro.- do que para uma fotografia.
_Tem toda razão.- Hermione sorriu, não sabendo por que se sentia tão completa.
Não gostava daquilo por um lado, mas sabia que não era capaz de se afastar daquele Conde tão estranho e encantador. Os olhos dele a facinavam, pois mostravam sabedoria e mais idade do que ele deveria ter. Já sua aparência e comportamento eram de um rapazote constrangido ao falar com uma dozela. Era engraçado isso, como se ele quisesse ser mais modesto e jovem em sua presença.
_Prrima Herrmione?- Hermione teve um sobressalto, assim como o jovem. Estavam apenas se encarando, mas o chamado de Fleur os acordou. Ela se aproximou sorridente.- Vim prrocura-la já que estava demorrando.
Gina vinha logo atrás, rabugenta, mas sua carranca afundou mais ao ver o Conde. Hermione fingiu não perceber e os apresentou:
_Senhor conde, esta é minha prima Fleur Delacour.
_Encantado, senhora Delacour.- ele beijou sua mão, mas não pareceu muito interessado nela, seus olhos logo correram para Hermione, mas apenas Gina percebeu.
_Conde, hum.- Fleur falou parecendo mais interessada nele.- Muito prrazer!
_E esta é minha amiga, Gina Weasley. Ei, só agora percebo que ambos tem o mesmo sobrenome.
_Uma coincidência adorável.- o conde beijou a mão de Gina, com mais confiança e alegria do que a de Fleur.
_Já não nos vimos antes?- Gina perguntou desconfiada, sem sorrir.
_Deve ter sido na festa do Sr. Granger.- o conde respondeu um pouco embraraçado.
_Não, antes.- Gina estreitou os olhos, olhando mais atentamente.
_As senhoritas devem conhecer alguém parecido comigo. Agora, se me permitem, preciso ir.
_Oh, clarro! Não se detanha por nós, Conde.- Fleur falou jogando todo seu charme para cima dele, embora não obtendo muito sucesso.
Assim que ele virou de costas, Gina murmurou para Hermione:
_Eu não sei não, Mione. Não estou gostando disso, ele é muito esquisito na minha opnião.
_Eu o achei muito amável.- Hermione murmurou ainda encarando o lugar por onde ele saíra.
_Pode ser, mas tenha cuidado com ele.- Gina advertiu fungando.

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