Acima de tudo, Amigos



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[ My Own Prision - Creed]


Logo após entrar na sala comunal Lílian sentiu seu peito explodir de alegria e rapidamente esqueceu os episódios anteriores, tanto a nova “ajudante” quanto a inesperada, porém casual, investida de Tiago. Sua alegria não tinha um motivo ao certo, mas ver ali todos seus amigos juntos rindo e brincando, realmente trazia à tona a emoção de voltar a pensar que aquele era seu último ano em Hogwarts, e que talvez tudo aquilo nunca mais se repetisse.

A primeira semana de aulas, apesar de pesada, passou rápida e sem muitas novidades. A não ser pela estranha insistência de Amanda em querer estar perto de Lílian para aparentemente discutir os assuntos do Diário. Além disso, a escola explodia em especulações sobre a copa, e até aquele momento o diretor ainda não havia se pronunciado quanto ao assunto.

-- Não tenho dúvida alguma que nós vamos ganhar! -- Tiago, que tinha a cabeça encostada no colo de Alice disse.

-- E eu não tenho dúvida que você é o garoto mais seguro que conheço! -- ela comentou enquanto afagava os cabelos do menino. -- Nós nem sabemos com quem vamos jogar, e muito menos se o time é melhor ou pior que o nosso, Tiago...

-- Tudo isso? -- Sirius riu --Alicinha, o Pon... -- percebendo o vacilo o garoto pigarreou -- o Tiago não está seguro, está apenas prevendo o futuro, não!? É mais do que óbvio que nós vamos ganhar!

E novamente aquele assunto parecia surgir pelo grupo. Os que mais falavam naquilo eram Tiago, Sirius e Alice, apesar de Marlene e Anita se arriscarem em alguns comentários, assim como Pedro. Já Lílian e Remo não demonstravam nem um pouco de agrado quanto ao assunto.

Sentados num sofá em frente ao trio dos jogadores os dois pareciam não estar nem um pouco animados com o papo.

-- Ah! Não agüento mais! -- Remo, decidido, falou. -- Vem Lily, vamos... vamos dar uma volta pelo jardim! Nenhum ser humano em sã consciência tem que agüentar esse papo durante um lindo sábado ensolarado!

A garota não hesitou, realmente estava entediada, levantando-se prontamente e seguindo o maroto até o buraco do retrato.

Os dois desde que se conheceram tiveram muita afinidade. Apesar de gostar de acompanhar os marotos em suas ditas “diversões” sempre que podia, Remo sempre fora o mais recatado de todos, a tal qualidade que mais atraia Lílian, que por um tempo chegou a acreditar que ela e o garoto fariam um belo casal.

-- Agora sim! -- ele disse esticando os braços assim que cruzaram a porta de entrada da escola e encontraram aquele sol matinal muito convidativo. -- Nada de quadribol, nada de técnicas absurdas, nada de balaços e goles!

Lílian sorriu, soltando um longo bocejo e se espreguiçando também.

-- Quanto tempo não ficamos um pouquinho juntos! -- ela disse, segurando o braço do garoto.

Os dois se encararam por um momento, mas logo depois desviaram os olhares, como se aquilo fosse algo que pudesse não dar certo.

-- Vamos? -- ele disse como se quisesse quebrar o clima formado pelo silêncio.

A ruiva pigarreou, e balançou a cabeça positivamente. Por alguns minutos os dois andaram quietos, apenas aproveitando o momento. Após uma certa distância da escola sentaram-se na sombra de uma frondosa árvore, bem no centro do jardim, onde costumavam ficar com todos após as aulas.

Remo se sentou com as costas encostadas no tronco da árvore, e Lily acomodou-se recostando sua cabeça no colo do amigo. Todos do grupo tinham uma relação muito amorosa uns com os outros, é claro com algumas exceções.

-- Lily... -- Remo disse repentinamente, após um certo tempo quieto. -- Posso te perguntar uma coisa?

A menina hesitou por um momento, mas logo concluiu que com ele não precisava ter medo de falar nada.

-- Claro que pode! -- ela respondeu com um sorriso doce.

-- Por que você nunca deu uma chance para o Tiago? -- ele perguntou simplesmente.

A ruiva sentiu seu estômago revirar, e aquela conhecida raiva começou a subir por seu corpo, fazendo suas mãos ficarem frias e a respiração um tanto ofegante. Parecia ser óbvio que Tiago pedira a Remo para fazer tudo aquilo, e ela, como uma palerma, acreditara que ele apenas queria sua companhia.

-- Mas é claro! -- ela falou se levantando e sentindo o rosto corar de raiva. -- É claro que foi ele quem pediu para você sair comigo e insistir nessa besteira!

Remo engoliu em seco e ficou observando a menina sem reação, realmente não esperava aquilo.

-- Fica calma Lily, foi só uma pergunta inocente! Não achei que fosse levar a mal... -- disse, com a mais pura sinceridade.

-- Pois não gosto que fiquem insistindo nisso, não gosto mesmo! Nunca gostei do Potter, e nunca vou gostar! -- ela respondeu nervosa, como a velha Lílian Evans.

O menino se levantou, estranhamente cambaleante, e foi até o lado da ruiva, segurando suas duas mãos e encarando-a.

-- Juro que não toco mais no assunto! Agora volta aqui e senta comigo! -- Remo disse, bastante arrependido de ter tocado no assunto.

Lily revirou os olhos e abriu um sorriso aliviado, voltando de mãos dadas com o menino até a sombra da árvore. Então finalmente conseguiram parar para conversar como costumavam fazer tempos atrás.

***


-- Lex, o que você tem? -- Marlene perguntou, após perceber a estranha inquietude do namorado naquela manhã.

Ele pigarreou, parecendo hesitar à pergunta.

-- Nada não, amor! -- disse, enquanto saiam do castelo. -- Só estou com um pouco de dor de cabeça.

-- Não estou falando disso, seu bobinho. -- ela disse carinhosa. -- Você parece diferente do Lex do ano passado! Anda quieto, desanimado...

-- Diferente do Lex do ano passado? -- o menino perguntou, fingindo surpresa. -- ‘Tá tudo bem, Lene! Eu juro!

Os dois, assim como a metade da escola, se dirigiam aos jardins, afim de aproveitar o dia. Apesar de conhecer o namorado muito bem e ter certeza de que algo estava errado, Marlene decidiu não tocar mais no assunto durante o resto do caminho. Além do que supostamente estava acontecendo com o garoto, a relação dos dois parecia um pouco diferente.

-- Você sabe que pode me contar qualquer coisa, não sabe? -- ela falou parando de andar e ficando na frente do menino.

-- Claro que sei! -- ele respondeu, dando um selinho na namorada. -- Já disse que não é nada, pode ficar tranqüila! -- e como costumava fazer, aos poucos foi se aproximando e a envolveu num beijo carinhoso.

Após pouquíssimo tempo uma menina extremamente esbaforida repentinamente chegou por trás dos dois e agarrou o braço de Marlene, interrompendo o beijo do casal.

-- Podemos ajudar em alguma coisa? -- Lex perguntou desconfiado.

Lene já havia reconhecido a garota, e tinha a leve impressão de saber o que ela iria perguntar.

-- Por acaso você viu a Lily, Marlene? -- Amanda disse, olhando feio para Alexander.

Logo após ter sua suposição confirmada ela pensou bem antes de responder a garota, tinha plena certeza de que a amiga não gostaria da companhia de sua nova ajudante.

-- Sabe, tenho a leve impressão a vi entrando na escola ainda agora, por que não procura no salão principal? --ela mentiu, na tentativa de salvar a amiga.

Mas assim que terminou de falar Amanda já ia em direção oposta ao castelo, aparentemente reconhecendo Lílian de longe.

Assim que chegou mais perto da menina ruiva que avistara, Amanda sorriu satisfeita, ali estava Lílian. Mas logo depois sentiu o estômago afundar; aparentemente ela estava acompanhada de um garoto, que naquela situação parecia mais que um amigo.

-- Ei! Lílian! -- a garota falou se aproximando mais, e ignorando o fato de Remo estar ali.

-- Amanda! -- a ruiva falou batendo a cabeça e abrindo um sorriso amarelo, sem nem a metade da empolgação que a menina apresentava.

-- Não sabia que estava saindo com o Lupin! -- ela disse se sentando ao lado de Lílian -- Sempre achei que tivesse algo com o Potter...

Novamente aquela onda de calor e raiva subiu pelo corpo da ruiva, que apertava a mão de Remo para não tomar alguma atitude mais “drástrica”, mas antes que pudesse falar, ou fazer, alguma coisa Amanda voltou com seu agradabilíssimo discurso.

-- Queria te mostrar isso aqui... -- agora ela tirava da sua bolsa uma pasta cheia de papéis.

-- Amanda, não!? -- Remo se pronunciou antes que Lily perdesse a cabeça. -- Em primeiro lugar, não, não estou saindo com a Lílian, somos só amigos -- ao falar isso seu tom de voz inevitavelmente se alterou. -- Em segundo lugar, não é da sua conta se ela está ou não com o Tiago, e em terceiro, hoje é sábado, dia de descansar, eu tenho certeza que a Lils não está interessada em ver seus planos para o Diário agora. -- ele terminou em poucas palavras.

Lílian se surpreendeu com a atitude do amigo. Realmente a menina estava sendo extremamente inconveniente, mas ela nunca esperaria uma atitude tão severa da parte de Remo.

Ao contrário do esperado, uma discussão ou algo pior, os olho de Amanda se marejaram em lágrimas, e a garota saiu correndo abraçada à pasta que pretendia mostrar à Lílian.

-- Tenho a leve impressão de que exageramos um pouco... -- ela disse arrependida, olhando a menina que ainda corria.

-- Achei que você não estava gostando da atitude dela, oras! -- Remo rebateu.

Apesar de ter ficado chateada, Lily resolveu não ir atrás de Amanda. Os dois ficaram ali por mais algum tempo, mas a fome logo lembrou que a hora do almoço havia chegado.

Assim que atravessaram a porta de entrada da escola deram de cara com Tiago e Sirius, que na situação em que estavam provavelmente nem perceberam a presença dos dois ali. Tiago envolto num ardente beijo com Sofia Parks, o que já não era novidade, e Sirius com a típica conversa mole e aquele sorrisinho no canto da boca com uma lufana, pareciam estar fazendo o que mais gostavam na vida.

Lílian apenas bufou e apertou o passo para chegar ao Salão Principal o mais rápido possível. Aos olhos de qualquer um aquela atitude era ciúme, mas ela em uma discussão mental tentava se enganar com apenas o sentimento de desapontamento uma vez que “havia pensado que Tiago se tornara um garoto mais maduro”.

Ao adentrar o salão logo avistou Anita e Alice, que conversavam agitadas e risonhas.

-- Lily, Lily! -- Alice falou, puxando a garota para sentar ao seu lado. -- O Frank me chamou para sair! -- enquanto falava a menina agitava as mãos nervosa. -- Ele me chamou para sair! Você tem noção disso? Ele-quer-sair-comigo!!!

-- Nossa! Que bom! -- a ruiva respondeu com um entusiasmo contagiante e um sorrisinho amarelo estampado no rosto.

-- Aconteceu alguma coisa? -- Anita perguntou apreensiva.

-- O quê!? -- ela se fez de desentendida. -- Nunca estive melhor! -- continuou, enquanto servia-se de batatas.

Um pouco mais a frente, os marotos já se acomodavam em seus habituais lugares.

-- Ela é demais! -- Tiago comentou assim que Sofia passara por ele e mandara um beijinho.

-- Então quer dizer que a Era Evans chegou ao fim? -- Pedro perguntou, estranhando o elogio.

Tiago deu os ombros enquanto cortava algo em seu prato.

-- Acho que ela não quer nada comigo mesmo! -- ele falou não muito animado, enquanto enfiava o garfo na boca. -- Tenho que feguir em frenfi...

Sirius olhou o amigo e levantou as sobrancelhas, é claro que Tiago falava aquilo da boca para fora. Ele tinha plena certeza que seu amigo ainda se sentia extremamente atraído por Lily.

Ao decorrer da tarde tudo foi tranqüilo, Anita e Lílian aproveitaram para terminar uma extensa tarefa de poções, e os outros armaram um campeonato de xadrez na sala comunal que parecia não ter fim, uma vez que Sirius e Marlene não desistiam de se enfrentar.

-- Pregolino, já jogamos 5 partidas, sendo que ganhei 3! Não está claro que eu jogo melhor que você? -- a menina falou, rindo.

-- Lenoca, amor da minha vida, a última partida você só ganhou porque esse gato estúpido me causou um ataque de espirros! -- Sirius rebateu com suas raízes caninas afloradas, rindo também.

-- Não chama o Arnaldo de estúpido, seu cabeçudo! -- Alice bradou, dando um tapinha bem dolorido na cabeça do garoto.

-- Não chama o Arnaldo de estúpido! -- Tiago falou, imitando o jeitinho histérico de Alice e arrancando risadas de todos, menos da menina, que se prontificou a dar um tapa na cabeça dele também.

Todos estavam bem agitados e animados naquele fim de tarde e pareciam nem perceber que Remo há algum tempo não falava nada. O menino estava deitado em um sofá e não tinha uma aparência muito agradável, estava bastante pálido e suava frio.

-- Nossa, finalmente acabamos! -- Lílian falou aliviada, fechando seu enorme livro.

-- Mas eu ainda não consegui entender o porquê de usar raiz forte nessa poção! -- disse Anita desapontada, enquanto rabiscava um pedacinho de papel.

-- Acho melhor você perguntar para algum dos meninos, eu não realmente não estou conseguindo te explicar isso... -- a ruiva respondeu, olhando em volta para ver se algum deles estava desocupado. -- Ali! Pergunta ao Remo, o preguiçoso não está fazendo nada!

Anita mordeu o lábio um pouco hesitante. Ainda não estava completamente habituada com os marotos, apesar de ter gostado muito de todos eles.

--Er... --ela falou assim que chegou mais perto do menino. --Será que você poderia me explicar isso aqui, Remo?

O menino se sentou um tanto cambaleante, e apertou os olhos para tentar focalizar alguma coisa e descobrir quem estava falando com ele.

-- Você ‘tá bem? --Anita perguntou assustada, aparando-o nos braços, uma vez que ao tentar se levantar ele tropeçou caiu sentado novamente.

-- Não muito... --Remo respondeu, ainda nos braços da garota. --Pre-Preciso me deitar um pouco.

Ela não sabia muito bem o que fazer, apenas ajudou o menino a se levantar e o conduziu à escada que dava ao dormitório masculino. Remo subiu os degraus com dificuldade, aquela conhecida sensação tomava conta dele. Logo após adentrar o quarto ele se jogou em sua cama e parecia não querer mover mais nenhum músculo sequer.

Ainda preocupada, Anita foi voltou ao centro da sala comunal, aonde o resto do grupo estava.

-- Gente, o Remo não está legal... -- ela disse enquanto estalava os próprios dedos nervosa.

Pedro coçou a cabeça e olhou para Tiago e Sirius, que já se dirigiam para o dormitório sabendo o que estava acontecendo. Após driblar as perguntas das meninas, que queriam saber o que estava acontecendo, Rabicho também foi para lá.

-- Ele estava muito mal, Anita? -- Lene perguntou preocupada.

-- Bastante... -- a menina respondeu ainda nervosa.

-- Não deve ser nada, gente! -- Alice disse, enquanto guardava as peças do jogo de xadrez. -- Todas nós sabemos que o Remo é um pouco frágil, ele sempre tem essas recaídas...

Todas tiveram de concordar, o garoto de tempo em tempo ficava doente.

Assim que entraram no quarto, Tiago e Sirius se entreolharam receosos, detestavam ver o amigo daquele jeito. Dirigiram-se a sua cama, Tiago se sentou ao lado do travesseiro e botou a mão na testa de Remo, percebendo que a febre começava a aumentar. Ao contrário do que muitos podiam pensar os marotos não eram apenas aqueles machões baderneiros que se davam bem com as meninas. Acima de tudo eram amigos.

-- Pode contar com a gente, cara! -- Sirius falou, segurando a mão do amigo num gesto carinhoso.

Pedro entrou no quarto esbaforido e com as maçãs do rosto extremamente vermelhas.

-- Você só vai se transformar quando a noite cair, ‘né!? -- ele perguntou chegando perto da cama receoso. É claro que já sabia a resposta, mas a idéia de ter um lobisomem em pleno processo de transformação ao seu lado era assombrosa.

-- Pode ficar tranqüilo, Rabicho, rato não é o meu prato favorito! --ele falou soltando uma risada abafada.

-- Vamos esperar escurecer um pouco mais para irmos à Casa... -- Tiago concluiu, olhando pela janela.

-- Eu não gosto de vocês se arriscando comigo, Pontas. -- Remo falou, se sentando recostado no travesseiro.

-- Ah Aluado, deixa de besteira! Você acha que estudamos tanto para sermos animagos por quê? -- Sirius rebateu.

Era difícil o menino aceitar a idéia que seus amigos se pusessem em risco por sua conta, mas os outros três pareciam não ligar para o perigo, talvez Pedro até ligasse, mas não hesitava em acompanhá-los . Após um certo tempo, quando sol quase desaparecia no horizonte, os Marotos saíram sorrateiros pela sala comunal, com Remo envolto na capa da invisibilidade para evitar maiores especulações sobre a repentina saída de todos eles.

O estado do garoto já não era nada bom, muito fraco ele andava cambaleante pelo jardim. Assim que chegaram à entrada da Casa do Grito Remo praticamente se jogou por aquela conhecida, e escorregadia, descida de terra até o leito do túnel baixíssimo que dava na poeirenta e destruída “sala de estar”.

-- Preciso subir... --Remo disse ofegante, passando a mão pela testa para limpar o suor.

Sirius e Tiago se prontificaram em escorar o amigo até o andar de cima, no quarto em que ele costumava ficar até sua transformação, e com grande pesar trancaram a porta.

Os três ficaram esperando ansiosos no andar de baixo. Por mais que estivessem habituados a tudo aquilo, estar naquela situação era realmente doloroso.

Assim que a noite caiu os gritos de Remo começaram a ecoar pela casa, os três meninos tapavam seus ouvidos, agoniados pelo sofrimento do outro. A poção que Remo tomava podia amenizar seu temperamento e deixá-lo consciente, mas a sua transformação era inevitável.

-- Vou lá ver como ele está! -- Tiago falou, se levantando com os olhos inevitavelmente marejados.

-- Calma Pontas, você sabe que temos que esperar. -- Sirius falou, puxando o amigo de volta.

-- Isso não é certo, Almofadinhas, ELE NÃO MERECE ISSO! -- ele gritou com a voz falhada, enquanto andava de um lado para o outro.

Sirius olhou para Tiago e suspirou profundamente, logo depois o abraçou, dando leves tapinhas em suas costas.

-- Temos que agüentar, cara! Precisamos estar ao lado dele... -- ele disse, entendendo perfeitamente o desespero do amigo.

Quem visse os dois naquela situação provavelmente não acreditariam que era os mesmos Tiago e Sirius de sempre. Grossas lágrimas percorriam o rosto de Tiago, enquanto o outro, o mais forte de todo o grupo, abraçava-o com carinho. A cumplicidade entre aqueles quatro era enorme, e ver um amigo sofrendo daquela maneira não era nem um pouco fácil.

Passaram a noite toda ao lado de Remo, como sempre faziam. Ficar na forma animaga não era lá a maneira mais confortável de se passar uma noite, mas só de saber que estavam juntos era o suficiente para que se sentissem melhor. Assim que o sol começou a nascer resolveram voltar à escola. Ainda transformados em animais os três marotos auxiliaram Remo, que a essa hora mal conseguia se por de pé.

Quando estavam já no meio do caminho o menino não agüentou e caiu de joelhos quase inconsciente, deixando a capa escorregar de seu corpo.

***


Anita acordou com o feixe de luz que atingia sua cama, formado pela cortina mal fechada. Ainda zonza de sono ela se levantou e foi até a janela para acabar com o problema e voltar a dormir.

Mas um fato estranho surpreendeu a menina assim que ela focalizou os terrenos da escola. Após ficar algum tempo observando tudo aquilo e se certificando se o que via era real ou apenas um delírio, ela voltou para sua cama intrigada e preocupada. Cachorros e cervos não eram animais comumente vistos em Hogwarts, e ainda mais acompanhados de Remo, que aparentava não estar nada melhor.

N/A Demorou, mas chegooou! hahaha

Realmente esse cap. foi difícil de escrever, além de ter achado ele um pouco corrido eu realmente fiquei em dúvida quanto a atitude dos marotos na casa do grito, achei que podia estar exagerando um pouco...

Mas aí está, sei que num ‘tá 100%, mas acho consegui dar um jeitinho! ^^

Muito³ obrigada por quem comentou!

Beijos
Mah Lupin

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