Ataque ao Ministério da Magia



Dois dias depois, tanto Rony quanto Gina receberam alta. Depois da costumeira festa que os colegas de casa fizeram quando eles retornaram à sala comunal, os quatro se sentaram em suas poltronas preferidas. Conversavam sobre o ocorrido, discutindo qual seria o próximo passo a dar, até que Rony parou de falar. Franziu a testa, como se lembrasse de alguma coisa e depois perguntou:


- Hei Harry! Acabei de me lembrar de uma coisa.
- O que? – Perguntou este.
- Naquela noite no cemitério, eu não estava nada bem. Mas me lembro perfeitamente de ter visto você fazer um feitiço que eu nunca tinha visto você fazer antes.Como você conseguiu criar aquela muralha de fogo?


O silêncio reinou no ambiente por alguns segundos. Então Gina retomou a conversa:


- Que história de muralha de fogo é essa Harry?
- Não foi nada de mais Gina. – Respondeu ele, com uma cara fechada para os amigos.
- Foi sim! – Intromete-se Mione – Eu não falei nada naquela noite por causa da Cho. Mas tanto ela quanto eu ficamos passadas com o que você fez, Harry. Foi um feitiço dificílimo que você conjurou com a maior facilidade. E sem varinha ainda por cima.
- Como é? Sem varinha? – Assustou-se Gina – Harry, porque você não me disse nada?
- Pra você não ficar preocupada, justamente como está agora. Não foi nada demais, eu já disse pra vocês antes que às vezes isto vem assim, naturalmente. Eu simplesmente senti o que tinha que fazer e fiz. Estava preocupado com vocês, nem percebi que estava sem a varinha.
- Harry, isso é muito sério. – Disse Hermione, com sua cara de censura – Apenas bruxos muito poderosos conseguem fazer magia tão avançada sem a varinha. Ou depois de treinarem muito.
- Dumbledore fazia. – Disse Rony.
- É, mas Dumbledore era um dos maiores bruxos da nossa época, não era? E tinha mais de 150 anos de idade, então teve muito tempo para treinar e se aperfeiçoar.
- Voldemort também faz. – Disse Harry, sombriamente.
- Também se encaixa no mesmo perfil, não é? – Gina falou antes de Mione – Ele tem mais de 60 anos e é um dos bruxos mais poderosos da nossa época.
- Exato! – Hermione retomou a palavra – Ambos tiveram tempo para estudar e se aprofundar em magia. Mas com você é totalmente diferente. Só tem dezessete anos e apresenta poderes que a maioria dos bruxos sequer se atreveriam a sonhar. E seus poderes estão crescendo exponencialmente. Eu tenho certeza que em alguns anos você será um dos bruxos mais poderosos do mundo.
- Só espero que não demore tanto, Mione. Estou precisando de força agora, pra derrotar Voldemort. – Concluiu Harry.



O mês de março terminou e o terceiro trimestre começou, levando a maioria dos alunos – principalmente do quinto e do sétimo ano – à loucura, com a proximidade dos exames. Gina e Rony haviam se recuperado totalmente e já estavam em plena atividade. Na verdade, Gina estava assoberbada de atividades, assim como Luna e Cho, que estavam assumindo as obrigações de Harry, Rony, Mione e Neville, que precisavam estudar em dobro para os NIEMS. Cho estava sendo de grande ajuda. Não fizera sequer uma pergunta sobre o ocorrido no cemitério, nem comentara nada com ninguém. Estava assumindo muito mais atividades que qualquer outro e se dedicava ao máximo em tudo que fazia. Os professores pareciam estar inspirados naquele trimestre, e caprichavam nas aulas e principalmente nas atividades extras.


*****


Era Sexta - Feira à tarde, um dia com um sol maravilhoso. O melhor dia da semana, fora sábado, de comércio no Beco Diagonal. Não que isso significasse muita coisa, já que desde que Voldemort voltara as pessoas tinham medo de sair para fazer suas compras. Mas naquela tarde, talvez devido o calor, talvez por estarem mais confiantes já que o Beco não sofrera nenhum ataque desde o desaparecimento de Olivaras, o número de pessoas transitando e fazendo suas compras era maior que o habitual.


Na Gemialidades Weasley, a loja de Fred e Jorge Weasley, os dois irmãos estavam satisfeitíssimos. Era o melhor resultado dos últimos meses. Sua loja sempre tinha um ótimo movimento, bem superior às demais, mas mesmo ela havia sido atingida pela ausência de clientes em decorrência do medo. Além disso, o fato deles juntamente com Lino Jordan estarem ajudando em Hogwarts deixava-os com um tempo escasso para criar novos produtos e cuidar melhor da loja. Neste dia, Lino estava de plantão com a A.D., enquanto os dois se encarregavam da loja. Fred estava encostado no balcão, atendendo uma bruxa idosa que viera com seu neto, tentando convencê-la de que os produtos que fabricavam eram totalmente inofensivo, enquanto Jorge estava no estoque com uma das funcionárias, fazendo um balanço, quando gritos começaram a ecoar pela rua.


Fred chamou outra funcionária e pediu para que ela continuasse a atender a cliente e saiu para a porta da loja, par ver o que estava acontecendo. As pessoas que estavam na loja comprando estavam assustadas com o barulho de pessoas correndo e os gritos. Jorge saiu dos fundos da já com a varinha na mão e encontrou o irmão no meio da loja.


- Comensais! – Disse Fred para o irmão.
- Eu sabia! – Respondeu o outro – Tava demorando pra eles aprontarem. O que você acha?
- O que eu acho? – Perguntou Fred, abrindo um sorriso no rosto, tirando o casaco de pele de dragão e arregaçando as mangas da camisa, sendo imitado de pronto pelo irmão – Acho que hoje nós vamos arrebentar a cara de alguns comensais.
- Era o que eu tinha em mente, meu caro irmão. – Disse Jorge – Já estava começando a enferrujar, sabia?
- Muito bem. Meninas, vocês ficam responsáveis pela loja. Não saiam daqui, que estarão seguras. Mandem uma coruja para Hogwarts, direcionada a Harry Potter avisando sobre o ataque. – Fred instruiu, depois se virou para os clientes que estavam na loja, olhando incrédulos para eles, não só pela coragem que eles demonstravam de sair para lutar mas também por mencionarem Harry – Eu peço para que vocês fiquem aqui dentro da loja, onde estarão seguros. Sair correndo pela rua não é uma boa idéia, no meio desta confusão.
- Pronto Fred?
- Pronto Jorge?
- Vamos! – Responderam os dois e em seguida saíram pela porta da loja, em direção aos gritos.


******



Dez minutos mais tarde, Rufus Scrimgeour estava em sua sala, discutindo com o chefe do departamento de Aurors o ataque ao Beco Diagonal se o contingente que eles haviam despachado era suficiente, quando seu assessor, Percy Weasley, entrou pela sala desesperado.


- Ministro! Ministro era uma armadilha!
- O que? Como assim, Weasley? – Perguntou o ministro.
- O ataque ao Beco. Foi pra desviar a nossa atenção. Eles estão aqui, ministro. Você – Sabe – Quem atacou com vários comensais e já tomaram o Átrio.
- Mas isso é um absurdo! – Esbravejou Rufus Scrimgeour, rugindo como se fosse um leão – Ninguém previu a possibilidade dele nos atacar?
- Claro que nós levamos em consideração, ministro. – Defendeu-se o chefe da seção de Aurors, um bruxo chamado Spencer Hatchfield – Deixamos o número necessário para nos defender de um ataque de comensais. Mas não imaginamos que ele viria pessoalmente nos atacar. Não estamos preparados para isso, não sei se agüentaremos por muito tempo. E de acordo com as informações que recebi do Beco, o ataque lá também é em larga escala, não podemos chamar nosso pessoal de volta.
- Precisamos de reforços. – Disse o ministro, mais para si mesmo do que para os outros – Everaldo!
- Sim! – Respondeu o quadro atrás dele, prontamente.
- Avise Hogwarts que o ministério está sendo atacado e que corre o risco de cair nas mãos de Você – Sabe – Quem a qualquer momento. Peça a ela para avisar Moody e quem mais ela conseguir. Precisamos de reforços urgentes!
- Agora mesmo ministro. – E a figura que estava no quadro se deslocou para a lateral do quadro e desapareceu.
- Weasley! – Continuou Scrimgeour – Diga a todos os funcionários para resistirem o máximo que puderem até o reforço chegar.
- Sim senhor! – Respondeu Percy, saindo correndo da sala.
- Acha que conseguiremos resistir senhor? – Perguntou Hatchfield.
- Precisamos, Spencer. Precisamos! – Respondeu o velho leão, com ar de desânimo.




*******



Harry estava em sua sala, quando uma coruja entrou pela janela e pousou em cima da mesa esticando-lhe a pata, que continha uma carta. Ele não reconheceu a coruja, mas mesmo assim retirou-lhe a encomenda. Assim que se viu livre, a coruja levantou vôo e foi embora. Harry abriu a carta e seu semblante se fechou no mesmo instante. Hermione, que estava na sala, se aproximou e perguntou o que estava acontecendo. Mas antes que ele respondeu, o sistema de som do colégio anunciou que ele era chamado na sala da diretora com urgência.


- Mione encontre Rony e Gina e venha pra sala da diretora. Rápido!
- Ok! – Respondeu ela, e logo saiu correndo à procura dos outros.



Hermione não precisou procurar muito, pois como previra tanto Gina quanto Rony vinham correndo em direção da sala. Não eram os únicos, a convocação urgente de Harry à sala da diretora deixara todos os membros da Armada em estado de alerta e todos que não estavam de serviço de vigia se dirigiam para a sala de Harry naquele momento. Mione pegou os dois pelos cotovelos, disse para os outros esperarem por eles na sala e correu para se encontrar com Harry. Alcançaram-no quando este já ia subir as escadas de acesso à sala, e perguntaram afobados:


- O que é que está acontecendo Harry? – Gina perguntou preocupada.
- De quem era a carta que você recebeu? – Foi a vez de Mione interrogar.
- A carta era do Fred e do Jorge. O Beco Diagonal está sendo atacado por comensais.
- Não! – Disse Gina, temendo pelos irmãos – Nós temos que ir ajudar Harry. Aqueles malucos são bem capazes de enfrentar os comensais sozinhos.
- Você tem dúvida de que já não estejam? – Perguntou Rony.
- Vamos ver o que a diretora quer, depois nós vamos. – Concluiu Harry, batendo na porta e entrando, após a ordem vinda de dentro.



Quando os jovens entraram na sala, lá estavam a diretora Minerva Mcgonagall e Remo Lupin conversando.


- Diretora! – Disse Harry – A senhora me chamou?
- Sim Harry. – Respondeu ela, se virando para os jovens.
- É sobre o ataque ao Beco Diagonal? – Perguntou Gina, aflita.
- Vocês já estão sabendo? – Surpreendeu-se Lupin.
- Acabamos de saber. Fred e Jorge nos mandaram uma coruja avisando – Disse Harry.
- Mas o ataque não se limitou ao Beco. – Disse Mcgonagall – Everaldo acabou de chegar do ministério, dizendo que Você – Sabe – Quem em pessoa está atacando.
- Ele está atacando o ministério pessoalmente? - Assustou-se Harry.
- Infelizmente. – Disse o quadro do ex-diretor Everaldo – Se fossem apenas os comensais, o grupo de Aurors que permaneceram no ministério talvez conseguissem rechaçar o ataque, mas com a ajuda de seu mestre eles conseguiram invadir e já haviam dominado o Átrio quando eu saí.
- Droga! – Desabafou Rony, dando um soco no ar – Assim ficamos entre a cruz e a espada. Ou ajudamos Fred e Jorge ou ajudamos nosso pai, Gina.
- O que vamos fazer Harry? – Perguntou a ruiva para o rapaz.
- Não sei. Realmente não sei. Me parece uma nova armadilha, mas não sei se o alvo principal dele é realmente o ministério ou se ele está tentando nos atrair, dividir nossas forças para conseguir nos derrotar. – Ponderou Harry.
- Harry! – Disse Mcgonagall – Não podemos deixar que o ministério caia nas mãos dele. Se ele matar o ministro, o caos e a desordem tomará conta do mundo bruxo. Será um fato sem precedentes na nossa história, não podemos permitir que isso ocorra. Ficará muito mais fácil para ele vencer.
- Eu sei diretora. – Respondeu Harry, enquanto olhava para o quadro do diretor Dumbledore, que estava sentado tranqüilamente em sua moldura numa posição clássica. Com as mãos juntas sobre o queixo e olhava-o por sobre seus oclinhos de meia-lua – O que devo fazer professor?
- Harry meu rapaz – Começou a falar Dumbledore – Eu sou apenas uma impressão em um quadro, não posso lhe dar conselhos neste sentido. Mas uma coisa eu posso lhe garantir. Eu confio em você. Assim como todos nesta sala tenho certeza que tomará a decisão mais sensata para resolver a crise.
- Certo! – Respondeu ele, um tanto decepcionado, mas se recompondo logo, virou-se para os outros e disse – Mione, quantos membros da A.D. possuem mais de dezessete anos agora?
- Quase trinta. – Respondeu ela prontamente.
- Diretora, a Ordem pode cuidar do Beco Diagonal?
- Creio que sim. Mas você não está pensando em ir pro ministério assim, apenas com os alunos, está?
- Estou sim. Pelo menos os maiores. Temos em torno de trinta bruxos já reunidos, perderíamos muito mais tempo até reunir a Ordem para enviá-los para o ministério. Eles podem ir ajudar no Beco, onde já existem Aurors lutando, além de Fred e Jorge. Os outros ficam aqui e organizam as defesas do castelo junto com os professores, pro caso de haver uma tentativa de ataque a Hogwarts. Dobby! – Chamou ele.
- Sim mestre Harry Potter? – Disse o elfo, aparecendo com um estalo.
- A diretora Mcgonagall vai precisar da sua ajuda para avisar os membros da Ordem da Fênix sobre o ataque de comensais ao Beco Diagonal. Por favor, ajude-a.
- Sim, mestre. O que mestre Harry Potter ordenar.
- Rony, Gina. Se vocês quiserem ir para o Beco, estão liberados. Eu e o restante da Armada vamos para o ministério. É lá que Voldemort está, então é pra lá que tenho de ir.
- Nós vamos com você. – Respondeu Rony prontamente – Fred e Jorge sabem se virar muito bem. Estamos mais preocupados com nosso pai.
- Ok! Vamos então.


O grupo saiu da sala da diretora e retornou para a sala da Armada, onde todos estavam reunidos. Harry não perdeu tempo e disse:


- Pessoal, temos más notícias. Os comensais estão atacando o Beco Diagonal e o Ministério da Magia neste momento. Já providenciamos ajuda para o Beco enquanto nós vamos para o ministério. Só posso levar os que forem maiores de idade, além de Gina e Luna. E só se forem voluntários, não posso obrigar ninguém a ir, pois Voldemort em pessoa está lá.
- Nem precisava perguntar Harry. – Disse Cho – Acho que falo por todos aqui. Pode contar conosco.
- Nós também queremos ajudar. – Disse Colin – Por que Não podemos ir também, mesmo não tendo dezessete anos?
- Colin pode ser outra armadilha e preciso que vocês fiquem aqui. Você assume o comando enquanto estivermos fora, será sua responsabilidade a segurança do castelo. Mas se houver um ataque, passe o comando para o professor Lupin e lhe dê o apoio necessário, Ok?
- EU! No comando? Mas Harry... Tudo bem... Se você acha que eu posso...
- Eu confio em você Colin. Todos estão prontos? Fawkes!


A bela ave, que até então estava em seu poleiro voou até o ombro do rapaz, que lhe acariciou as penas e perguntou:

- Você acha que consegue transportar todos nós até o Átrio do Ministério da Magia?

A ave piscou o olho em sinal de entendimento, levantou vôo e ofereceu a Harry sua cauda, para que ele a pegasse.


- Muito bem. Todos dêem o braço, façam uma corrente e não soltem até eu mandar.


Imediatamente todos se deram os braços, cruzando-os e formando uma massa uniforme. Então, Gina segurou Harry pela cintura enquanto Rony segurou em seu braço esquerdo. Com a mão direita, Harry segurou na cauda da ave, e com um lampejo multicolorido, todos desapareceram.



Um segundo depois, eles sentiram os pés baterem no piso de mármore do Átrio do Ministério da Magia. Harry olhou para frente e seu sangue gelou. Dois pés gigantescos estavam parados bem a sua frente. Levantou os olhos e viu vindo em sua direção uma gigantesca clava. Levantou a varinha e gritou, ao mesmo tempo em que ouvia Rony dizendo o mesmo ao seu lado:


- “Protego!”


A clava bateu com força no escudo duplo, fazendo um som alto e agudo retinir pelas paredes e os dois jovens arquearem as pernas pela força do impacto. O gigante, que tinha mais de seis metros de altura preparou um novo golpe, e enquanto esperava a pancada Harry disse para os outros:


- Quando eu der a ordem, quero que se espalhem em volta dele. Quando eu disser, disparem feitiços estuporantes na cabeça dele, até que caia.
- Harry, lá vem outra! – Disse Rony, recebendo a pancada contra o escudo – Não vamos agüentar muito tempo. Tem que ser agora, cara.
- Certo. VÃO! – Todos os trinta se espalharam em volta do gigante, tentando manter uma certa distância, o que era difícil devido a falta de espaço – Rony, vamos tentar mantê-lo ocupado enquanto eles se posicionam.
- Mantê-lo ocupado? É brincadeira, Harry. Olha o tamanho daquele porrete!
- Qual é Rony? Você é um dos melhores jogadores de Quadribol da escola. Pense nele como se fosse um balaço. Ou um dos batedores da Sonserina.


Em seguida, os dois começaram a correr em volta do gigante, lançando feitiços que eles sabiam que não surtiriam efeito, mas que certamente estavam irritando o gigante. O restante do grupo estava esperando uma brecha, uma oportunidade de acertar o gigante na cabeça, mas esta não aparecia. Então Rony resolveu lançar um feitiço “Conjutictus” no olho do gigante, o que o deixou cego por um instante e completamente ensandecido.


- Hei Harry! Agora ele está se parecendo com o Crable, você não acha?



Disse ele, se virando distraído, crente de que o gigante não representava perigo. O que foi um tremendo erro, pois o ser levantou a cabeça e desferiu um golpe lateral em direção a Rony. Harry, de onde estava nada podia fazer e se limitou a gritar, apontando para as costas do amigo:


- RONY!
- Ah Merda! – Disse o ruivo se virando rapidamente e vendo a gigantesca clava vindo em sua direção – “Protego!”



Rony conseguiu conjurar o escudo a tempo, mas o impacto lateral foi tão forte que ele foi lançado a mais de dez metros de distância e quando bateu no chão não se moveu.


- DISPAREM! – Ordenou Harry, aproveitando que o gigante estava olhando para Rony e rindo.


Quase trinta vozes gritaram ao mesmo tempo “Estupore”. Foram necessários três feitiços até que o gigante cambaleasse e finalmente caísse no chão, desacordado. Só então Harry correu para ver o amigo, seguido dos outros. Hermione e Gina, que haviam largado a formação quando viram Rony ser atingido já estavam ajoelhadas ao lado deste, que estava acordando:


- Rony! Você está bem? – Perguntou Mione.
- Ai! Acho que quebrei o braço. – Disse ele, levando a mão ao braço esquerdo.
- Você é louco, Ronald Weasley. – Continuou ela, dando-lhe vários tapas no corpo, inclusive no braço quebrado – O que é que você estava pensando quando fez uma idiotice daquelas, seu Idiota! Retardado! Mentecapto! Quando vi você voando pelo saguão pensei que estava morto.
- Assim você é quem vai acabar me matando Mione. Desculpa, ta legal? Me distraí.
- Só não se distraia mais, Ok? – Disse Harry, sorrindo para o amigo, enquanto este era abraçado por Mione.
- Ok! Pode deixar. Ai, Mione! Está doendo!
- Eu devia deixar você sentindo dor pra aprender Ronald, mas deixe-me dar um jeito nisso. – E com um movimento da varinha, Hermione conjurou uma tala que imobilizou o braço de Rony e o acomodou junto a seu peito.
- Uau! Muito bom Mione.
- Aprendi com Mme Pomfrey. Achei que ia ser útil.
- Ok! – Interrompeu Harry – Vamos lá pessoal. Vamos retomar este saguão, tem comensais espalhados por aí.


Todos se dispersaram, indo atrás dos comensais, que estavam lutando contra alguns funcionários do ministério num canto do salão ou junto aos elevadores. Em menos de cinco minutos eles já haviam dominado estes comensais e os reunindo no centro do Átrio.


- Muito bem pessoal, agora vamos fazer o seguinte. – Disse Harry, quando todos estavam reunidos novamente – Luna, você fica aqui com uma parte do grupo e mantém as posições, não podemos perder o Átrio para eles de novo. Mantenha o gigante adormecido. Cho, você segue pelas escadas com o restante. Ataquem andar por andar, encurralando-os e só passem para outro andar quando tiverem garantido o que estiverem. Rony, você, Mione e Neville vão direto para o segundo andar, ajudar o Sr. Weasley. Dino, você e a Gina vão comigo para o primeiro, onde fica o escritório do Ministro.


Os grupos se dispersaram novamente. Harry, Gina e Dino foram para um dos elevadores, Rony, Mione e Neville foram para outro enquanto Cho seguia para as escadas, seguida de um grupo de doze alunos. O restante se espalhou pelo saguão, montando guarda.



******


Arthur Weasley estava numa situação complicada. Encurralado em sua sala, ferido e praticamente sozinho. Os cinco comensais que o estavam atacando acabavam de acertar seu colega, Perkins, com a maldição da morte. O corpo do bruxo jazia no chão da sala, imóvel. Atrás de uma mesa, em uma situação tão ruim quanto ele, Tonks era a única que restava lutando ao seu lado. Apenas um milagre reverteria a maré da batalha. Seu braço, sangrando, começava a incomodá-lo.Ele viu um dos comensais se preparando para atacar novamente e ficou em alerta.


- Renda-se Weasley. – Disse o comensal, rindo – Poupe-nos tempo. Nós vamos matá-lo de qualquer jeito mesmo. Ninguém virá ajudá-lo.
- Por que você não se rende? – Disse uma voz vinda da porta, lançando um feitiço nas costas do comensal, que caiu desacordado.
- Rony! – Gritou o Sr. Weasley, não acreditando que o filho estivesse ali.


A batalha tomou outro rumo rapidamente. Hermione, que vinha atrás de Rony acertou outro comensal, assim como Neville. Os comensais restantes, assustados, ficaram no fogo cruzado e logo foram nocauteados. Tonks imediatamente prendeu a todos, enquanto pai e filho se abraçavam no meio da sala.


- Pai! O senhor está bem? O que foi isso no seu braço? – Perguntou Rony.
- Estou ótimo, isto não foi nada. E você, como se feriu?
- Ele resolveu brincar com um gigante. Mas não se preocupe, ainda não me propôs casamento, resolvemos deixar para o próximo.
- Quê? Ah entendi. – Disse o pai do rapaz, lembrando-se da brincadeira que a esposa fizera meses antes na ala hospitalar de Hogwarts – Onde está Gina?
- Está com o Harry, eles foram atrás do ministro. – Respondeu Neville.
- Precisamos ajudá-los. Vamos! – Disse o homem, preocupado com sua filha e Harry.




*****



Harry, Gina e Dino desceram do elevador e quase foram atingidos por um feitiço. Havia um comensal de guarda no corredor. Dino se adiantou, dizendo:


- Deixa esse comigo Harry. Sigam em frente.


Dino partiu pra cima do comensal, que tentava se esquivar dos feitiços lançados pelo rapaz. Harry e Gina passaram correndo por eles e se dirigiram para a ante-sala do ministro. Quando entraram, tinha mais um comensal lutando ali. Era Draco Malfoy, torturando Percy Weasley com a maldição Cruciatus. Harry desarmou-o e disse para Gina:


- Ajude seu irmão enquanto eu vou em frente.
- Certo! Harry tome cuidado. Não se esqueça de sua promessa, hein!
- Ok! Você também.


Dizendo isso e com um sorriso, ele seguiu em frente, enquanto Gina socorria o irmão que estava caído, enquanto mantinha Malfoy na mira da varinha. Este sorria debochadamente para ela, devorando-a com os olhos.


- Oi Gina. Tudo bem com você? – Perguntou ele.
- Não me chame assim, Malfoy. Nunca lhe dei intimidade pra me chamar pelo meu primeiro nome.
- Ah! Bem, sabe... Eu me sinto íntimo de você o bastante pra te chamar do que eu quiser, sabia?
- Eu sei o que você fez seu nojento. Só de pensar eu sinto vontade de vomitar. Você é doente, Malfoy. Até parece que eu trocaria alguém como o Harry por um escroto como você.
- Sério? E o senhor maravilha por acaso sabe sobre nós?
- Não delira, Malfoy. Não existe “nós”, seu débil mental. E se quer saber a verdade, ele sabe o que você fez sim. E não liga a mínima. Na verdade, depois que passou o choque, demos boas risadas juntos.
- Como é? Vocês riram de mim, Weasley?
- Gina, sobre o que vocês estão falando? – Perguntou Percy, que já estava de pé ao lado da irmã.
- Esse idiota roubou uma mecha de meus cabelos. Foi assim que ele conseguiu armar uma cilada pro Harry no natal que quase o matou. Usou a poção Polissuco na Pansy Parkinson. Só que ele resolveu usar também pra satisfazer suas taras.
- O quê? – Revoltou-se Percy – Ele não teve a ousadia.
- Teve sim, Percy. Todos em casa já sabem. Se você estivesse freqüentando nossa casa saberia também.
- O Harry também sabe? E te apoiou?
- Claro. – respondeu ela.
- Muito decente da parte dele. Mas você, Malfoy. Você me paga. Como ousa fazer isso com a minha irmã?
- Qual é, Weasley. Tua irmã é muito gata. Muito gostosa, sabia? Ainda tenho um bom estoque do cabelo dela, mas não seria nada mal reforçá-lo. – E num movimento rápido, Malfoy conseguiu recuperar sua varinha que estava caída atrás de uma mesa.


Ele recuperou a varinha e começou a duelar com os dois irmãos. Apesar da perícia de Gina, ela tinha que admitir que Malfoy era um adversário muito bom, ele lutava ferozmente. Então se ouviu um forte barulho vindo da sala do ministro, que distraiu Gina, preocupada com Harry. Percy percebeu e disse para a irmã:


- Vai lá ajudar o Harry, Gina. Ele deve estar precisando muito mais de ajuda do que eu. Posso dar conta do Malfoy sozinho.
- Tem certeza Percy?
- Claro. Vai lá. Eu sou um Weasley, não sou? Desde quando um Malfoy é páreo para nossa família? – Disse o rapaz com um sorriso.


Gina retribuiu o sorriso, se desviou de um feitiço de Malfoy e foi em direção à porta da sala.


- Não devia ter dito para ela ir embora, Weasley. – Disse Draco.
- Eu posso dar conta de você Malfoy. Você não é digno sequer de lutar com minha irmã. Vou fazer você pagar pelo que fez a ela.
- Vai sonhando, babaca. – E Malfoy atingiu Percy com um feitiço direto no peito, jogando o rapaz contra a parede. Se aproximou, chutou a varinha dele para longe e continuou - Eu nunca fui com a sua cara, Weasley.Vai ser um prazer fazer isto. AVADA KEDAVRA!


Gina estava chegando na porta do escritório do ministro quando ouviu Malfoy lançar a maldição imperdoável. Se virou, mas já era tarde. Olhou para o irmão, e este retribuiu seu olhar enquanto o brilho de seu olhar, bem como sua vida o deixava, seu corpo tombou de lado no chão.


- PERCY! NÃOOOOO! – Gritou ela, correndo de volta pela sala, desesperada, lançando feitiços contra Malfoy, que os desviava com facilidade.
- Isso foi pra você aprender a nunca mais rir da minha cara Weasley. – Disse ele, com um sorriso no rosto. Em seguida, olhou para seu braço esquerdo, onde a tatuagem de comensal estava completamente negra e disse – Bom, vamos ter que terminar este nosso assunto outro dia, meu mestre está me chamando.


Malfoy deu outro sorriso para Gina, e com um estalo desaparatou. Gina correu para o irmão, largando a varinha no chão, abraçou-o e fez a única coisa que lhe restava. Chorou!



*****


Quando Harry atravessou a sala, encontrou a porta do escritório do ministro Rufus Scrimgeour lacrada por um feitiço. Ele não teve dúvidas. Explodiu a porta com um “Bombarda”, que lançou a porta no meio da sala, cobrindo de destroços o corpo de um homem que estava caído no chão. Era Spencer Hatchfield, morto pela maldição da morte. Voldemort estava no fundo da sala, torturando o ministro com a maldição Cruciatus. Quando a porta voou pelos ares, este parou o que estava fazendo e se virou, varinha em riste para ver quem o estava interrompendo. Quando viu quem era, deu um largo sorriso, abriu os braços como se estivesse recebendo prazerosamente uma visita e disse:


- Harry! Eu não esperava vê-lo hoje. Como tem passado?
- Como não esperava me ver seu crápula. Você devia estar contando com isso, não estava?
- Bom, para dizer a verdade eu realmente tinha esperança de poder conversar com você um pouco esta tarde.
- Eu não tenho nada pra conversar com você. – Harry dava passos cuidadosos para dentro da sala, circundando Voldemort, tentando chegar onde estava o ministro, que ainda estava caído no chão.
- Harry, Harry, Harry! Seja razoável meu rapaz. Não há o menor sentido continuarmos brigando entre nós. Já fiz esta proposta antes e vou fazê-la de novo. Junte-se a mim. Junte-se a mim e juntos dominaremos o mundo, Harry Potter.
- Eu não desejo dominar o mundo. Principalmente um mundo em que você seja o regente. Eu nunca esqueci o que você fez com meus pais, ou com Sírius ou ainda Dumbledore. Todos estão mortos por sua causa. Prefiro morrer a ter que conviver com você.
- Sei. Bom, ninguém poderá me acusar de não ter tentado, de não ter sido benevolente com você. Mas se é assim... CRUCIO!



Harry já esperava algo desta natureza, mas mesmo assim não conseguiu desviar da maldição e foi atingido em cheio. A dor explodiu por todo seu corpo e ele foi ao chão, gemendo. Voldemort manteve a tortura por algum tempo e depois a suspendeu, rindo de prazer.


- Meus comensais disseram que você estava mais forte, Harry. Eu precisava ver com meus próprios olhos, sabe? E sinceramente, não estou nem um pouco impressionado. Você continua o garotinho medroso e fraco que eu encontrei no cemitério aquela noite.
- Aquela noite em que eu tinha acabado de sair da prova do tribuxo, cansado e ferido? Lógico que eu estava fraco, qualquer um estaria. E você se vangloria de ter torturado um garoto de quatorze anos, cansado e ferido?
- Insolente! Com quem você acha que está falando moleque? AVADA KEDAVRA!


Mas desta vez Harry estava atento. Não se mexeu e com um movimento rápido da mão esquerda ele convocou uma mesa que entrou na frente dele e foi destruída pelo feitiço, explodindo em vários pedaços com um grande estrondo. Ao mesmo tempo, com a mão direita fez um movimento com a varinha e gritou:


- “Amor Eternus!”


Voldemort, que não esperava nenhuma reação foi atingido do lado esquerdo do corpo e lançado alguns metros para trás. Não caiu, mas ficou visivelmente abalado, mas logo se recompôs.


- Ora, vejam só! Então o pequeno Potter tinha uma surpresinha para mim. – Disse ele, estreitando ainda mais os olhos viperinos e abrindo um sorriso de satisfação - Muito interessante garoto, mas como você pode perceber, sem nenhum efeito.
- Tem muito mais de onde saiu esse, cara-de-cobra. Não tenho pressa, posso fazer isto a tarde inteira.
- Sim, tenho certeza que pode. Mas eu não tenho mais tempo. Tenho coisas mais importantes a fazer. E já consegui descobrir o que queria, portanto vamos ter que adiar nosso ajuste de contas mais um pouco. Mas tenha certeza, Harry de que o nosso próximo encontro será o último.
- Estarei esperando ansiosamente por este dia, pode ter certeza.



Voldemort sorriu, tocou sua marca negra com a varinha e desaparatou. Harry esperou um segundo, até ter certeza que ele realmente havia ido embora e só então relaxou. Se virou para o ministro, que agora estava em pé encostado na parede e perguntou:


- O senhor está bem ministro? Está ferido?
- Não Harry. Eu estou bem. Mas o que foi isso que aconteceu aqui? Por que ele desistiu e foi embora assim?
- Porque ele já tinha o que queria ministro. Ele queria saber a extensão dos meus poderes e eu mostrei quais eram. Agora ele sabe o que vai enfrentar e da próxima vez vai estar preparado.


Enquanto Harry ajudava o ministro, ele ouviu um grito vindo da sala ao lado.


- Gina! – Disse ele, largando o braço do ministro e correndo em direção à porta.



Ele correu para lá e quando atravessou o umbral da porta, viu Gina do outro lado da sala, no chão, agarrada a Percy e chorando. Ele correu até ela e se jogou no chão ao seu lado, já temendo o pior.


- Gina! O que aconteceu?
- Malfoy! – Disse ela – Aquele maldito. Ele matou meu irmão!
- Não! Gina. Me perdoe, a culpa é minha. Não devia ter deixado vocês sozinhos pra enfrentar o Malfoy e ido atrás do Voldemort.
- Para com isso Harry! – Respondeu ela irritada – Você não pode se culpar por tudo de ruim que acontece no mundo. Se tem algum culpado pelo que aconteceu é o Malfoy. E ele vai me pagar Harry. Ah se vai.
- O que está acontecendo aqui? – Arthur Weasley entrava na sala, seguido de Rony, Mione, Dino, Tonks e Neville – Percy? O que aconteceu com Percy?
- Foi o Malfoy, pai. – Respondeu Gina – Ele matou o Percy.


Arthur Weasley caiu de joelhos ao lado do corpo inerte do filho, levando as mãos à cabeça, desesperado. Mione abraçou Rony, que estava vermelho de raiva e parecia que ia explodir. Harry se levantou de onde estava e se aproximou dos amigos, que estavam um pouco afastados, deixando os familiares com sua dor.


- Neville, por favor. Envie uma mensagem a Hogwarts informando o que aconteceu. Nós não voltaremos agora para a escola. Daqui iremos para a Toca. Cuidem de tudo por aqui até os Aurors retornarem, e depois voltem para a escola, acho que não haverá problemas para voltarem, o ministro pode ajudar.
- Ok! Pode deixar Harry. Vou falar com Cho e Luna. – E Neville e Dino saíram para cumprir as ordens recebidas.
- Tonks! Você poderia ir até o Beco Diagonal e avisar os outros Weasleys que estão lá?
- Claro Harry. Vou agora mesmo. – E com um estalo, Tonks desaparatou ali mesmo.



Harry voltou para o lado de Gina, que aparentemente nem notara sua ausência. Ela continuava abraçada ao corpo do irmão, como se fazendo aquilo, pudesse transferir um pouco do calor de seu corpo para o do irmão que estava esfriando rapidamente.



- Arthur! – Disse o ministro, que estava em pé atrás deste, colocando a mão em seu ombro – Eu sinto muito. Não podemos deixá-lo aí, precisamos tomar as providências necessárias para dar-lhe o enterro que merece.
- Sim. Claro Rufus, você tem razão.
- Pai. – Disse Gina – Ele morreu como um verdadeiro Weasley. Lutando pela família, pelo que nós acreditamos. De cabeça erguida. Ele merece um enterro Weasley.
- Claro filha. – Disse o homem, os olhos lacrimejando – Ele sempre foi um Weasley. Pode ter se esquecido do que isso significava por um tempo, mas eu tinha certeza que ele se conscientizaria disso mais cedo ou mais tarde. Só não pensei que fosse numa situação desta.
- Sr. Weasley – Disse Harry – E quanto à Srª Weasley? Como vamos fazer para contar-lhe?
- E você acha que ela já não sabe Harry? – Arthur não pode conter um sorriso triste – Ela não larga aquele relógio. Ficou sabendo no mesmo instante que aconteceu.
- Nós temos que ir pra casa, pai. – Rony falou pela primeira vez desde que chegara, a voz embargada pela emoção – Não podemos deixá-la sozinha.
- Iremos assim que seus irmãos chegarem. – Respondeu ele – Mas... Harry, você encontrou com Você – Sabe – Quem? Lutou com ele?
- Por Merlin! Harry, como você está? – Desesperou-se Gina, se virando para ele de imediato – Está ferido? Onde? Deixa eu ver. Me desculpa, eu me esqueci totalmente.
- Calma Gina. Eu estou bem. Cumpri minha promessa, não estou ferido.
- Mas eu ouvi um barulho horrível lá dentro, por isso eu deixei o Percy. Eu estava indo ajudar você.
- Foi uma mesa. – Respondeu Rufus Scrimgeour, se antecipando a Harry – Harry conjurou uma mesa para protegê-lo da maldição da morte com uma das mãos, enquanto atingia Você – Sabe – Quem com um feitiço, usando a varinha que estava na outra. Foi impressionante. E Você – Sabe – Quem também achou, apesar de não ter dado o braço a torcer. Ele ficou abalado pelo golpe que recebeu e foi embora.
- Você botou o cara-de-cobra pra correr Harry? - Perguntou Rony, pasmo.
- Não, eu não coloquei ele pra correr. Mas isso não importa agora, não é? Eu estou bem e isso basta por enquanto. Temos assuntos mais urgentes para tratar agora. – Ele beijou a testa de Gina e a abraçou, tentando com isso consolá-la.




*****



Quando Tonks aparatou no Beco Diagonal, encontrou uma das cenas mais inusitadas de sua vida. Seis comensais da morte amarrados, deitados no chão. E sentados em cima deles, estavam Fred e Jorge, conversando animadamente, enquanto as pessoas passavam e riam da cena. Gui estava em pé, ao lado dos irmãos, participando da conversa. Se a notícia que ela tinha para dar não fosse tão triste, ela certamente cairia na risada.


- Olá rapazes. – Disse ela.
- Oi Tonks – responderam os gêmeos em uníssono.
- Oi. – Cumprimentou Gui, mais sério – Como estão as coisas no ministério?
- Estão bem. A armada chegou bem a tempo e conseguiu evitar uma tragédia maior.
- Maior? – Perguntou Fred – O que você quer dizer com maior?
- O que aconteceu com nosso pai? – Perguntou Gui, avançando para cima de Tonks.
- Arthur está bem, não foi nada com ele. Foi o Percy.
- O que foi que aquele babaca fez desta vez? – Irritou-se Jorge, largando-se novamente em cima dos comensais, que gemeram de dor.
- O que foi Tonks? – Perguntou Gui, mas não precisava de resposta. Os olhos da moça brilharam e ela começou a chorar.
- É melhor vocês virem comigo para o ministério, o pai de vocês está chamando.



Os rapazes, se apercebendo do que havia acontecido imediatamente se juntaram a ela e partiram em direção ao ministério. Lá chegando, se juntaram ao pai e irmãos.Logo em seguida, todos foram para a Toca, onde encontraram uma Srª Weasley catatônica, agarrada ao seu relógio. Quando viu a família entrando pela porta, correu em direção a eles, abraçando um por um e cobrindo-os de beijos, até chegar no marido. Então se largou em seus braços, chorando copiosamente e repetindo “Nosso menino, Arthur. Nosso pequeno Percy! Por Que? Ele não merecia isso”.


O sepultamento de Percy Weasley ocorreu no dia seguinte, no cemitério onde toda a família era enterrada a várias gerações. Um grande número de bruxos esteve presente, inclusive o ministro Rufus Scrimgeour. Teve cobertura da imprensa, mas não foi Rita Skeeter que compareceu, foi outro jornalista que entrevistou algumas pessoas e redigiu uma nota ressaltando as qualidades do rapaz e como ele morrera lutando em defesa do ministro e da família.


Os jovens ainda permaneceram mais dois dias na Toca, tentando confortar a srª Weasley, que parecia que nunca mais pararia de chorar. Mas depois disto, tiveram que retornar para a escola, pois as provas finas estavam se aproximando e eles precisavam mergulhar nos estudos.




*****



Voldemort estava sentado em sua poltrona, pensando. – “Não esperava que Potter tivesse progredido tanto. Ele não usou a varinha para lançar aquela mesa sobre minha maldição. Nem se mexeu quando eu a lancei, não se abalou nem um pouco. Tinha total controle sobre a situação. E que feitiço foi aquele que ele lançou em mim? – Ele levou a mão à lateral de seu corpo, levantou sua túnica e olhou para o ferimento que havia, levantou sua túnica e tocou na grande queimadura que havia –” Por pouco não deixei escapar que ele havia conseguido me atingir. Não posso deixar que aconteça de novo. Assim que me recuperar preciso matá-lo, a qualquer preço.”


*****



Em seu quarto, tarde da noite, finalmente Harry podia pensar sobre o ocorrido no ministério. Ele tinha tanta esperança que o feitiço tivesse algum efeito sobre Voldemort. Mas ele mal havia sentido o impacto. Mas sentiu. Disto Harry tinha certeza, pois ele sentiu o assombro e a dor de Voldemort em sua mente, quando o atingiu. Talvez ele não tivesse lançado o feitiço com força suficiente, o que não significava que não poderia funcionar. Era a única opção que eles tinham, ele só precisava encontrar um meio de aumentar sua potência. E ele já sabia como.

N.A: Bom, taí o cap. espero que não tenha demorado muito. O próximo deverá ser o antepenúltimo, realmente a estória está chegando em sua reta final.

Molly, infelizmente não posso revelar os nomes ainda, senão perde a graça, não é?

Lenne e Pablo, obrigado pelos comentários e Jaline, Fiquei muito feliz com o seu. Muito obrigado pela força.´

Então é isso, até o próximo capítulo. Continuem postando os comentários. Grato.

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