Visita a Godric’s Hollow



Harry acordou na manhã de segunda – feira com um som ao qual já estava se acostumando, Rony estava fazendo exercícios. Desde que chegara à Toca, ele havia estranhado a nova mania do amigo. Todas as manhãs Rony acordava bem cedo e saia para correr pelo quintal por uma hora. Depois voltava para o quarto e praticava mais uma longa série de exercícios. Quando o questionou sobre aquilo, o amigo respondeu:

- Ora, Harry. Desde que decidimos sair nesta nossa viagem em busca das Horcruxes, eu decidi que devia tomar alguma atitude para me tornar mais útil na expedição. Veja bem, não sou lá muito inteligente como a Mione nem tão bom em feitiço quanto você, então andei pensando em que eu poderia ajudar. A única coisa em que sou bom é Quadribol, então como poderia não ser um peso morto para vocês? Bom, alguém vai ter que fazer o trabalho mais pesado, não vai? Então resolvi assumir este papel. Estou me exercitando todos os dias desde que cheguei em casa, preciso ficar mais forte e mais ágil, pra compensar as minhas outras deficiências e poder ser útil à equipe.

Harry não concordava com o amigo de que ele não seria útil como era, mas não tentou fazer com que mudasse de idéia. Era óbvio que Rony se sentia inferior a ele e Mione, e se aquilo estava fazendo com que se sentisse melhor, não seria ele a desestimular o amigo. E realmente, Rony estava mudando. Não apenas fisicamente, pois estava começando a adquirir mais massa muscular. Sua auto confiança também havia aumentado e ele estava mais bem humorado.

Levantou-se, cumprimentou o amigo, se arrumou e se sentou, esperando enquanto o outro terminava de se exercitar e tomava um banho. Depois, juntos descera, para tomar o café da manhã. Logo após, se uniram a srª Weasley e as meninas para ajudar na arrumação da casa, que estava completamente de pernas para o ar depois da festa.

Durante a tarde, chegaram as cartas de Hogwarts, assinadas pelo novo vice – diretor, o pequeno professor de feitiços Filio Flitwick, informando do início das aulas dia 1º de Setembro e a lista de matérias. Junto à carta destinada a Harry, havia uma da diretora Minerva Mcgonagall, marcando uma reunião com ele para quinta – feira, a fim de discutirem a reabertura da escola. Harry respondeu confirmando sua presença imediatamente. Definitivamente, aquela seria uma semana cheia. Mas era importante a reunião com a diretora antes da que ele teria com a A.D., pois assim já teria várias instruções para passar aos colegas.

Quando o sr Weasley chegou do trabalho à noite, informou aos rapazes que havia conseguido marcar seus testes de aparatação para a manhã seguinte, o que deixou ambos muito satisfeitos, e quando amanheceu o dia eles já estavam de pé e prontos para irem ao ministério. Os testes transcorreram sem problemas e antes do almoço ambos já estavam de volta, aparatando no meio da cozinha e dando um grande susto na srª Weasley, que quase soltou uma panela que estava manuseando no chão. Depois de levarem uma grande bronca dela e outra de Hermione, que entrou na cozinha para ver o que estava acontecendo, foram se preparar para o almoço.

A tarde transcorreu serena, os três amigos passaram o tempo conversando e se divertindo. Gina mantinha-se distante deles e assim foi também a manhã de quarta – feira. Logo após o almoço Remo chegou e eles se despediram da srª Weasley e saíram de casa. Antes de desaparatar no jardim da casa, Harry viu Gina na janela de seu quarto, olhando para a partida deles.

Após aquela já conhecida mas não menos desagradável sensação na boca do estômago, eles aparataram em uma rua simples de subúrbio, com casas de telhados coloridos e belas árvores ao longo das calçadas, que propiciavam sombras muito agradáveis para aqueles dias de verão com temperaturas tão altas. No final da rua, havia uma praça e depois da praça, um muro alto, com um portão adornado com anjos e de onde se destacavam, mesmo á distância várias criptas e estátuas de tema religioso.

O pequeno grupo seguiu pela rua, vazia àquela hora do dia, contornou a praça e parou em frente ao portão, que estava encostado. Remo se adiantou, abriu o portão e se pôs de lado, para a entrada de Harry. Este respirou bem fundo, soltou um longo suspiro, como que procurando coragem para o passo seguinte e entrou cemitério adentro. Remo o seguiu, olhando atentamente para o rapaz, estudando – o. Ele estava visivelmente nervoso, apreensivo, ansioso. Um pouco pálido, esfregando as mãos e, vez por outra, passava a mão direita pelos cabelos revoltos, o que despertou uma lembrança em Remo de seu pai e amigo, Tiago, e não pode reprimir um leve sorriso. Logo atrás, vinham Rony e Mione, de braços dados acompanhando o amigo.

Caminharam entre as ruas do pequeno cemitério, conduzidos por Remo até chegarem num extremo, próximo ao muro leste, onde havia uma grande árvore com flores amarelas cujos galhos balançavam levemente ao sabor do vento e espalhava seu perfume pelo ar, um perfume leve e delicado. As flores que eram derrubadas pelo vento flutuavam como plumas e vinham descansar sobre um túmulo, construído de mármore branco em cuja lápide estava escrito:

“Aqui Jaz Tiago e Lílian Potter, amados amigos, os melhores que alguém poderia ter. Que continuem a desfrutar unido onde quer que estejam, o amor que descobriram e semearam entre nós em sua curta vida”.


Embaixo desta frase, havia a data de nascimento e morte. Harry se aproximou do túmulo, acariciando-o com a mão e perguntou:

- Então eles estão juntos? Isto é ótimo, Remo.
- Não podia ser de outro jeito, Harry – Respondeu o amigo – eles não de se desgrudavam um segundo depois que descobriram que estavam apaixonados. Não podíamos separá-los neste momento, não é?
- Não, claro que não. – Disse Harry, levantando o rosto e olhando para Remo, sorrindo e com seus olhos brilhando. Para disfarçar a emoção, perguntou – E esta árvore, de quem foi a idéia?
- Ela é linda, não é? – Lupin olhou para a árvore, seguido de Harry – Dumbledore a plantou. Sua mãe adorava o perfume destas flores, ele disse que assim nos lembraríamos dela só de chegar aqui.
- O perfume é delicioso mesmo, não é? – Perguntou Mione, ao lado de Harry, visivelmente emocionada.

Harry se voltou novamente para o túmulo dos pais, ainda acariciando-o, e começou a conversar com ele, como se assim os pais pudessem ouvi-lo.

- Oi pai! Oi mãe. Desculpa não ter vindo antes. Acho que não estava pronto ainda, entendem? Sei que foi besteira da minha parte, devia ter vindo aqui logo que descobri tudo o que aconteceu naquela noite, mas não tive coragem, vocês entendem? Sabem, eu tinha que vir aqui falar com vocês. Este ano não vai ser fácil, espero terminar com esta loucura que paira sobre nossas cabeças. Preciso do apoio de vocês.

Mione ia começando a se afastar de Harry, puxando Rony, mas ele a puxou de volta, dizendo:

- Não! Não vá embora, nenhum de vocês. Quero apresentá-los a eles. – E, se virando novamente para o túmulo dos pais, continuou – Estes aqui são meus amigos, Ronald Weasley e Hermione Granger. São como dois irmãos pra mim, sabem? O Remo também está aqui, pai. Sei que ele foi como um irmão pra você também, então acho que podemos dizer que isto é um encontro de família, não é? Só faltou uma pessoa, que eu gostaria muito de apresentar a vocês, mas acho que não será possível. – Disse, seu pensamento desviando para Gina, que ele gostaria que estivesse ali ao seu lado, segurando sua outra mão, como Mione estava fazendo agora. – Mas não se pode ter tudo na vida, não é mesmo?


Ele continuou ali mais algum tempo, falando sobre vários assuntos, de como ele era bom jogador de Quadribol como o pai, de seu patrono, de tudo que lhe vinha à cabeça e que teve vontade. Os outros permaneceram calados ao seu lado, esperando pacientemente. Hermione soltara a mão de Harry e abraçara Rony pela cintura, recostando sua cabeça no ombro dele, enquanto lutava para conter as lágrimas. Rony e Remo estavam visivelmente emocionados, mas conseguiam se segurar.

Depois de pedir por seus amigos e a todos os Weasleys, Harry se despediu dos pais e dirigiu para a saída do cemitério, seguido de perto dos amigos. Chegando ao portão, que ele mesmo fechou. Deu um sorriso e perguntou a Remo:

- Onde era a nossa casa, Remo?
- Tem certeza que quer ir até lá, Harry? – Perguntou Remo
- Tenho sim. Na verdade eu sinto que preciso ir, se não for hoje não sei quando poderei voltar. – Respondeu ele. Estava se sentindo muito bem, leve e em paz consigo mesmo.
- Então vamos, é seguindo um pouco para fora da cidade.

Seguiram por uma rua à direita, mais estreita que aquela onde eles aparataram, mas tão bonita e tranqüila quanto. Enquanto caminhavam, Remo disse:

- Fiquei muito emocionado com o que você disse agora poço, Harry.
- Que? Que foi que eu disse demais? – Perguntou Harry.
- Aquela estória deu ser como um irmão para seu pai. – disse ele.
- Mas não é verdade? Vocês não eram como irmãos mesmo?
- Claro que éramos, e assim eu me considero até hoje.
- Ótimo, porque eu resolvi te adotar como meu tio. Sei que não sou um exemplo de sobrinho (Pode até perguntar para os meus tios que eles vão atestar isto). O que acha?
- Seria uma honra, Harry. Uma grande honra! – Respondeu remo com a voz embargada pela emoção.
- Só não me peça pra te chamar de titio, hein. Justo agora que estou conseguindo me acostumar a não chamá-lo mais de professor, senão minha cabeça vai dar um nó. E pode falar para a Tonks que ela não tem cara de tia, então sem chance para ela também.
- Ok! Ok. Pode ficar tranqüilo. – Riu-se remo – Aproveitando a deixa, tenho uma novidade para dar a vocês, em primeira mão.
- Novidade? – Perguntou Rony, curioso – Uma boa novidade, eu espero. Não temos tido muito boas notícias ultimamente, não mesmo?
- Não sei se você vai achar muito boa Rony. – respondeu Remo, rindo ainda mais – É que eu vou voltar a dar aulas de DCAT em Hogwarts este ano.
- Jura Remo? – Perguntou Mione – Que notícia maravilhosa. Mas como a diretora conseguiu convencer os conselheiros a te contratarem depois do que aconteceu em nosso terceiro ano?
- Bem, parece que devo isto a vocês, sabem? – Brincou Remo.
- Como assim? – Perguntaram os três.
- Bom, parece que a diretora expôs ao conselho que boa parte do que Harry ensinou aos membros da A .D., como por exemplo, o Feitiço do Patrono, ele aprendeu comigo, e que seria de extrema importância eu voltar a lecionar aos bruxos mais jovens novamente, neste ambiente de guerra que vivemos. Isto, aliado a novas medidas de segurança que ela prometeu tomar para que não haja novos incidentes durante o período de lua cheia, garantiram a minha recontratação.
- Que ótimo, finalmente teremos um professor decente de DCAT novamente, hein! – Disse Rony, dando um tapinha nas costas de Remo.
- Ora, Rony. Vocês não precisam de professor, já são ótimos. Acho que não tenho nada para ensinar a vocês que já não saibam.
- Tem sim Remo. – Disse harry, parando de andar. Fazendo assim que os outros também parassem e olhassem para ele, um passo atrás. – Eu preciso que você me ensine Oclumência.
- Oclumência, Harry? – Espantou-se Remo – Voldemort está invadindo sua mente outra vez?
- Não, há muito tempo não sinto Voldemort. Não é por causa dele que preciso praticar a fechar minha mente. – Respondeu o rapaz.
- Por causa de quem então, Harry? –Insistiu o outro.
- Snape. – Respondeu Harry, com grande esforço, como se dizer aquele nome lhe causasse grande dor.
- Snape? – assustou-se Remo – Mas o que é que Snape tem a ver com esta estória de Oclumência, Harry?
- Vocês lembram quando Dumbledore mandou Snape me ensinar quando estávamos no quinto ano? – começou o rapaz a explicar – Pois bem, lembram-se que eu disse que ele não estava me ensinando nada, que na verdade eu estava ficando pior a cada cessão?
- Lembramos Harry, claro que lembramos. – Disse Mione, envergonhada ao se lembrar que não acreditara no amigo na época.
- Então. Eu tinha razão, certo? Quer dizer, ele na verdade abriu ainda mais a minha mente para Voldemort conseguir entrar e plantar aquela visão falsa que causou a morte de Sírius.
- Nós já sabemos de tudo isto, Harry – Impacientou-se Rony, tão constrangido quanto os demais por acreditar que Snape estava tentando ajudar Harry na época – Mas o que isto tem a ver com você ter aulas de Oclumência agora?
- É o que eu estou tentando explicar, será que posso? Bom, ele não abriu minha mente só para Voldemort. Ele também conseguiu entrar em e ler a minha mente. Lembram – se que na noite em que ele matou Dumbledore eu tentei persegui-lo? – Os outros concordaram com a cabeça, e ele continuou – Bem, quando eu o alcancei e tentei azará-lo, não consegui. Ele rebatia todos os meus feitiços antes que eu pudesse pronunciá-los. Ele lia em minha mente o que ia fazer e conjurava o contra-feitiço ao mesmo tempo, foi terrível. Nada que eu fazia dava certo.
- Eu não sabia disto, harry. – Disse Remo, preocupado – Realmente, temos que fazer algo a respeito.
- Exatamente. Se ele quisesse, poderia ter me matado naquela noite. Mas, pelo que entendi, Voldemort quer fazer isto pessoalmente. Preciso fazer alguma coisa a respeito, senão não terei chance contra ele no nosso próximo encontro.
- Próximo encontro? Que estória é essa de próximo encontro? – Quis saber Remo.
- Tenho certeza que vamos nos enfrentar de novo, Remo. E quero estar pronto desta vez, quero ter uma surpresinha pro seboso.
- Muito bem, vamos ter que encaixar estas aulas à noite, durante o horário normal de aulas não será possível. Na verdade, acho que deveríamos começar o quanto antes, se possível ainda hoje.
- Não! – Gritou Harry – Calma lá. Esta semana já estou tão ocupado que nem posso respirar direito. Que tal a partir de Segunda? Será que seus pais se importariam se eu recebesse estas aulas na sua casa Rony?
- Claro que não Harry. – Respondeu o amigo. – Nossa casa é sua também, fique a vontade.
- Valeu, cara. O que você acha Remo?
- Tudo bem, se você não pode começar esta semana, paciência. – Lamentou-se o professor – Infelizmente só teremos tempo de treinar por uma semana antes de regressarmos a Hogwarts. A lua cheia sabem...
- Ah! Ok! Sem problemas, vamos tentar aproveitar ao máximo esta semana, então.

Continuaram caminhando mais alguns minutos, até que Remo lhes indicou uma casa que outrora, deveria ter sido muito bonita. Era uma casa de dois andares, com um jardim na frente, agora coberto com mais de um metro de mato, uma cerca baixa de cor azul e um portão, também azul. A pequena área coberta na entrada da casa demonstrava que a tinta que revestira as paredes um dia fora de cor amarela, e as janelas pintadas de vermelho. As vidraças estavam quebradas, a maioria por crianças que passavam na rua e de lá jogavam pedras, mas que não se arriscavam a entrar ali. Os pais lhes diziam que a casa era assombrada, que nela acontecera um duplo assassinato a vários anos e que o filho do casal que ali morara havia desaparecido, sem deixar vestígios.

Eles caminharam até a porta, afastando o mato que cobria o caminho. Remo retirou do bolso interno das vestes uma velha chave, colocou-a na fechadura, que girou com um ruído alto e abriu a porta, que rangeu até parar devido um monte de entulho, deixando uns 30 Cm de abertura. Remo encostou o ombro na porta e a empurrou, abrindo passagem para que eles pudessem entrar.

A sala era enorme e com certeza havia sido um lugar aconchegante. Havia poucos móveis no ambiente, um conjunto estofado, uma estante, uma mesinha de centro e outros móveis que não dava para ver direito o que eram, pois estavam cobertos por lençóis. Havia também, um grande número de móveis quebrados, mesas, cadeiras, etc.

O grupo se espalhou pela casa. Enquanto Harry e Remo permaneciam na sala, Mione e Rony foram para a cozinha, também muito bem montada. Depois de olharem tudo minuciosamente, retornaram à sala, onde Harry encontrara uma foto, onde ele e seus pais brincavam no jardim em frente da casa, muito contentes. Depois de um tempo apreciando a foto com um sorriso, estendeu aos amigos, que a receberam e Hermione disse:

- Você era um bebê lindo, Harry!
- O que você quer dizer com isso? – Perguntou ele – quer dizer que agora eu sou feio, é?
- Não foi isso que eu disse, seu bobo. Só disse que você era muito fofo quando era pequeno.
- Meus tios não acharam isso quando me acharam na porta deles. Vamos subir para ver lá em cima?

Subiram as escadas e seguiram por um corredor. Não foi difícil achar o quarto que queria, pois estava sem a porta, que estava em pedaços no chão. Entrando, havia uma cama e ao lado um berço, com um móbile, feito de pequenas fadas, pendurado em cima.

Harry se sentou na cama.Não conseguia mais ficar em pé, suas pernas tremiam. Ficou acariciando o berço, brincou com o Móbile. Ficou ali por um bom tempo, olhando para tudo aquilo, o olhar vago e distante, imaginando como teria sido a sua vida se Voldemort não tivesse entrado em sua vida, crescendo ali, feliz naquela casa com seus pais, lamentando sua infância perdida. Depois pensou em tudo o que o futuro lhe reservava, e se um dia ele teria paz na vida para poder ser realmente feliz, sem o peso daquela profecia pesando sobre sua cabeça.

Depois de algum tempo, ele levantou-se da cama. Não agüentava mais ficar ali. Saiu do quarto e encontrou os amigos novamente na sala, sequer havia percebido quando eles o deixaram sozinho no quarto, e pediu para ir embora. Saíram para a rua, onde o sol começava a se por no horizonte e desaparataram, retornando para casa.

N’a Toca, Gina estava angustiada. Já era fim de tarde e eles não haviam retornado ainda. Quando eles saíram para o jardim para desaparatar ela, da janela do quarto quase pediu para que esperassem por ela. Tinha muita vontade de ter ido junto, ela sabia que seria uma experiência massacrante para Harry, e apesar dele não querer mais saber dela e ter brincado com seus sentimentos, a verdade era que ela ainda se importava com ele e estava extremamente preocupada com sua reação.

Novamente ela estava á janela, o sol se pondo quando ela ouviu o som de alguém aparatando no jardim. Olhou para baixo e viu o pequeno grupo. Harry vinha á frente, de cabeça baixa e andando rapidamente. Ela saiu correndo do quarto e cruzou por ele na escada, que parou para que ele passasse, esperando por um olhar da parte dele que, aparentemente, nem notou a presença da menina. Em seguida apareceu Hermione, com o semblante pesado, se dirigindo para o quarto delas. Rony ficara no andar de baixo, obviamente querendo dar um tempo para o amigo.

Ela seguiu a amiga de volta ao quarto, aflita e assim que fecharam a porta, perguntou:

- Mas o que foi aconteceu Mione? Eu estava morrendo de preocupação. Vocês ficaram lá a tarde toda, estava começando a achar que vocês tinham sido atacados por algum comensal...
- Ah, Gina! – Respondeu a amiga, se jogando nos braços de Gina, chorando – Nunca me senti tão incapaz em toda a minha vida. Ele sofreu tanto, tive tanta pena, e não pude fazer nada para ajudá-lo a aliviar a dor que ele estava sentindo. O máximo que consegui foi não chorar na frente dele, não sei como consegui me segurar até agora.
- Mas o que aconteceu, Mione? – Perguntou novamente Gina, já com os olhos brilhando e um aperto no coração.

Mione contou tudo que eles haviam feito, como era o cemitério, sobre a conversa de Harry no túmulo dos pais. Nesse ponto ela disse:

- Ele falou de você, Gina.
- Ele falou de mim? – assombrou-se a garota, que a esta altura já estava com os olhos tão vermelhos quanto os de Mione.
- Não disse seu nome, mas ficou bem claro que ele queria que você estivesse ali com ele e o quanto estava sentindo por você não estar.
- Eu bem gostaria de ter ido, Mione. Você sabe disso. Mas, levando em conta a nossa situação, não havia a menor condição. Que mais aconteceu?

Mione continuou a relatar a viagem, se alegrou um pouco ao contar sobre Remo, alegria compartilhada com entusiasmo por Gina. Depois, quando contou sobre Snape e as aulas de Oclumência uma nova ruga se formou na testa desta, preocupada com mais esta informação sobre Harry, pensando no quanto ela desconhecia o rapaz, o quanto ele escondia de sua vida (o que para ela, era mais um sinal de que Harry não gostava dela). Quando entraram no assunto da casa dos pais de Harry, novamente as moças se emocionaram. Mione descreveu a casa, e disse que quando chegaram no quarto de Harry, onde havia o berço, o rapaz ficou sentado, por meia hora sem se mexer, nem ouvir eles falando com ele e do estado em que se encontravam, as duas amigas se abraçaram dando forças uma á outra, imaginando uma forma de ajudar o rapaz.

Em seu quarto, Harry estava deitado, olhando para o teto. Novamente não desceu para o jantar, tinha muito em que pensar. Não viu quando Rony entrou no quarto, perdeu a noção do tempo. Mas quando resolveu dormir, sua cabeça já estava novamente no lugar e seu coração, apesar de triste, estava em paz.



N.A: Bom, eis mais um capítulo. haverá mais um deles na toca e depois eles voltarão á Hogwarts, onde a ação deve começar pra valer. Por favor, preciso de comentários, para ter uma noção de como esão as coisas, se estou no caminho certo.

P.S. ACABEI DE POSTAR UM TRAILER, ESPERO QUE GOSTEM DO QUE VEM POR AÍ. ESTOU AGUARDANDO OS COEMNTÁRIOS, OK??

Fico no aguardo e até o próximo capitulo.

Claudio

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