Visita a Hogwarts



Eram quatro da manhã. Sirius não dormia, estava parado no sofá pensando sobre
Dumbledore. Como pudera Snape trair a confiança de todos e matar o homem que lhe
abrira as portas para o lado certo? O homem que lutou para recuperar a credibilidade
dele na sociedade bruxa?
Ele não podia acreditar naquilo, foi quando duas pessoas desciam as escadas
anciosas observando-o.

-Sirius? Perguntou uma voz feminina que o homem reconheceu como de Hermione.

-Hermione! Rony! Reconheceu Sirius sorrindo enquanto os dois desciam os degraus
restantes rapidamente. Sirius levantou-se e deu um abraço em cada um.

-Como estão hã? Bem espero!

-Ótimos! Respondeu Hermione.

-Escutem, me digam uma coisa, alguem faz idéia do paradeiro de Snape?

-Não...Nunca mais ouvimos falar...

-Pena.. Bom esquecendo disso, alguma outra novidade?
Boa eu espero.

-Sim! Fleur e Gui se casaram! disse Rony sorridente.

-Gui? Tão jovem! quem diria...

-E essa eu acho que você vai adorar! Disse Hermione sorridente.

-É? Vejamos! Disse Sirius ancioso.

-Lupin está namorando!!!! Contou Hermione aos risos de satisfação quando percebeu
a alegria iminente no rosto de Sirius.

-AHHHH NÃO...HAHAHAHAHAHA!!! ALUADO??? E QUEM É A GAROTA???

-Voce vai gostar mais ainda de saber! A Tonks!!!

Sirius levou as mãos ao rosto em um sorriso gigante, que era estranhamente
desproporcional para sua aparência cansada e sofrida.

-TONKS?NINFADORA TONKS???? HAAAAAAA MEU DEUS!!!! POR QUANTO TEMPO ESTIVE FORA??
HAHAHAAHAHAHAHAHAHAHAHA...

-Mais ou menos dois anos... Disse Hermione.

-É...As coisas mudaram mesmo...

Os tres continuaram conversando por um bom tempo, enquanto no dormitório acima,
Harry dormia profundamente. Em sua mão esquerda, havia um medalhão. A falsa Horcrux
de R.A.B.

Harry estava suando, sonhava que Gina estava presa em uma grande gaiola,
e Voldemort ameaçava matá-la. Harry gritava, implorava mas ele não ouvia.
Voldemort aplicou na garota uma grande dose de Cruciatus, que provavelmente
duera mais em Harry do que nela, pois esse começou a se desmanchar e acordou
em desespero na casa sete de Godric's Hollow.

Seus membros doiam. Os esforços físicos e mágicos que fizera para salvar seu padrinho
lhe cançaram muito. Mas ao sentir as dores musculares do esforço excessivo, Harry não
se queixou. Ficara feliz como poucas vezes antes. Isso significava que não fora sonho algum.
Que Sirius Black, seu padrinho estava no andar debaixo, repousando de sua grande sequencia
de provações. Azkaban...Refúgio em montanhas...Largo Grimmauld...Arco da morte... Era bem
verdade que desde a morte de Tiago, Sirius teve muito poucas oportunidades de ser feliz.

Seus pensamentos recairam em Gina. Como estaria a garota? Será que ainda pensava nele?
Não seria melhor esquecer Voldemort e arriscar tudo pra ficar do lado dela? Ou
esses pesadelos seriam uma espécie de aviso? Harry se inquietou. Virava-se pra todos os
lados mais seu sono não voltava. Foi então que percebeu que era tolice ignorar a menina
que ele tanto queria por causa de Voldemort. Ele estava decidido a reencontrar Gina ao
amanhecer na toca, e então decidiria de vez qual seria o seu futuro amoroso.

E então voltara a dormir em um sonho estranho que envolvia Gina, Cho e um trasgo.
Harry tinha que escolher uma pra salvar, mas queria salvar as duas. Ele demorou
tempo demais e o trasgo esmagou as duas. Após isso o trasgo se transformou em Snape
e atirou um avada kedavra nele. Após ser ofuscado pela luz verde, Harry se viu bebe outra
vez, estava em um berço, Voldemort queria mata-lo, e Gina e Cho discutiam pra ver quem
salvaria a vida dele, Voldemort matou ambas e atirou nele a magia da morte. Harry acordou
suado novamente em desespero. Era manhã, Harry sentia a claridade invadir seu quarto pelas
cortinas finas e brancas que davam pra varanda. Decididamente ele tinha muito mais pesadelos
do que qualquer pessoa.

Ao descer para a sala, deparou-se com um animado Sirius desfrutando de um farto café da manhã
ao lado de Hermione e Rony.

-Alo Harry! Bom dia! Cumprimentou o padrinho.

-Bom dia Sirius! Rony, Mione! Disse Harry. Era muito bom ver Sirius novamente. Harry sentia
uma alegria profunda demais para ser expressada.

-Alo h-Harr-y! Disse Rony com a boca cheia de Purê de batatas.

-Bom dia Harry! cumprimentou Hermione sorridente.

Harry sentou-se junto a eles e conversaram a manhã inteira sobre os eventos que ocorreram
enquanto Sirius esteve no Arco. Incluindo tudo que Dumbledore dissera sobre Riddle e as
Horcruxes. A princípio Sirius ficou horrorizado, mas logo demonstrou interesse em reunir-se
a ordem e seus ideais. Isso lembrou a Harry seu desejo de visitar a toca, e sobretudo, a Gina
então sugeriu:

-Sirius, porque não damos uma passada na toca?

-Exelente idéia Harry! Dar uma palavrinha com o Arthur, degustar as maravilhas da
cozinha da Molly...Ahhhh que beleza! Sem ofensas a sua comida Hermione! Estava realmente bom!

-Claro claro! Disse Hermione aos sorrisos. Nem em sonhos eu tentaria competir com a senhora
Weasley, é a melhor cozinheira que eu já vi!

-Hehe..Acho que por isso Rony está tão alto forte e bonito! Culinária da Molly desde criança
hehehe!

-É mesmo! Disse Hermione sorrindo e olhando para o garoto.

Ao ouvir isso Rony corou e encarou seus sapatos.

-E com sorte encontramos Lupin, Tonks e o pessoal! Disse Harry tirando os olhares do amigo.

-O que estamos esperando? Perguntou Sirius.

Ao sair na rua, virou um enorme cachorro preto que correu para várias direções seguidas,
depois dando voltas atrás do rabo. Os tres sorriam assistindo Sirius.
Mas durou pouco porque instantes depois ele voltou a forma humana dizendo:

-Diabos! Está provado que sou um homem inocente não está?

-Está... Disse Harry a beira de risos.

-E VOCÊS NÃO ME FALAM NADA!? HAHAHAHAHAHAHA

Os tres riram por vários minutos.

Ao aparatarem na toca, Harry, Rony e Hermione entraram pela porta da cozinha.
No momento que apareceram perceberam uma mesa de almoço abarrotada de gente.
Contaram Fred, Jorge, Gui, Fleur, Sra Weasley, Sr weasley, Moody, Lupin, Tonks,
Minerva, Hagrid, Gina e Aberforth, que sorriu no momento que os viu.

Todos prestaram demasiada atenção neles. Foi quando Aberforth anunciou.

-Bem, como eu estava dizendo antes da chegada de vocês, Harry e eu temos uma surpresa
para todos! Partilhada pelo jovem Weasley e pela srta Granger!

Harry entendeu na hora que era referente ao resgate a Sirius, e percebeu que o
padrinho se deixara do lado de fora pra uma possível entrada teatral.

-É bom que seja boa hein Harry!? Aberforth chamou todo mundo aqui pra isso! Disse Fred
torcendo pra uma presepada do garoto.

Lupin assistia anciosamente com um sorriso tranquilo de felicidade no rosto, de braço
dado com Tonks.

-Ahh...Pensando bem...Não é grande coisa...É só..SIRIUS!!!!! Harry dizia fingidamente
desanimado e deu uma enorme ênfase no nome do padrinho

Nesse momento Sirius atravessou a fenda da porta escancarada com um enorme sorriso no
rosto.

Lupin babou um pouco de seu uísque de fogo e ergueu-se tão rápido que derrubou a cadeira.
Tonks abriu o maior sorriso que Harry ja a vira dar. O espanto mesclado com felicidade e
êxtase foi geral.

-Não é grande coisa Harry?? hehehehe... Brincou Sirius que recebeu um abraçou muito forte
de Lupin.

-Almofadinhas!!!!!

-Aluado!!!! hehehehehe Pensou que eu já era não?

-Admito que sim meu amigo! Admito que sim!

Harry percebeu que ambos tinham os olhos um tanto marejados, mas não achava isso uma
coisa ruim... Tampouco feia, afinal, só pode ter aquela sensação quem tem um amigo de verdade.
Ele sabia, que se seu pai estivesse vivo, aqueles seriam seus melhores amigos.

Era muito bom que desfrutassem de alguma alegria nesses tempos difíceis. Um por um, todos
cumprimentaram Sirius. Que sentou-se alegremente entre Harry e Lupin.

Foi um dos melhores dias do ano. Todos relembravam fatos importantes, engraçados e ridículos
uns dos outros.Na maioria deles Harry nem havia nascido.

Moody chamou Harry de canto e lhe deu uma foto.

-É aquela da ordem? Perguntou Harry sem muito interesse.

-Veja com seus próprios olhos e diga o que acha.

Ao olhar, Harry viu seu pai e sua mãe, que lhe levava no colo. Os dois
acenavam para foto enquanto o bebe Harry tinha uma engraçada expressão de
susto.

-Quer pra você Harry? Perguntou Moody sorrindo com sua face repleta de cicatrizes.

-Sério? Posso ficar com ela?

-Pode sim Harry! Foi a última foto deles antes de...Bem, o dia.

Harry entendeu perfeitamente o que significava aquele "o dia" e guardou a foto
em um bolso interno de suas vestes.

-Harry, posso te fazer uma pergunta?

-Sim senhor.

-Como você encara essa boataria de "O Eleito", "O garoto que sobreviveu" e tudo mais?

Harry não sabia o que Moody queria, mais não viu mal nenhum em ser sincero.

-Não dou muita importância pra falar a verdade.

-Você não acredita que um dia, você e Voldemort estarão frente a frente em um duelo
final?

-Sim senhor...Eu acredito, mas não por causa de boatos e profecia. Mas por que essa é a
minha escolha.

Moody sorriu aprovadoramente.

-Escute Harry, você é o bruxo mais corajoso e competente de sua idade, acredito que
no fim das contas, chegará longe! E não escondo uma fé dentro de mim que me diz que você,
Harry, será aquele que nos livrará desse grande estorvo.

-Obrigado senhor!

-Alastor Harry! Você já é um adulto, e um grande amigo meu! Acho que está mais do que na
hora de me chamar pelo primeiro nome!

Harry sorriu.

-Certo Alastor!

Moody retirou-se mancando, e Harry observou o bruxo deitar-se na sala para descansar, ao
passo que a casa estava cheia de vozes e risadas por todo canto.
Harry viu Gina subir pesarosa as escadarias, e a seguiu.

-AH! Harry!?

-Gina...

-E então...Como vão indo? Perguntou timidamente a garota.

-Humm...Nada mau.

-Harry, me responde uma coisa? As feições e a voz de Gina denunciavam que era algo que ela
queria muito fazer.

-Sim Gina, o que quer saber?

-Você não usou aquilo como desculpa pra terminar usou?

-O que?! Gina...Eu..Não!

-Então porque ficou todo confuso? Gina agora segurava as lágrimas.

-Gina, eu só...

-Me diga Harry, vai deixar eu enfrentar tudo e todos ao seu lado ou eu terei
de seguir meu caminho sozinha?

-Gina! É sério, eu quero, mais...Não dá. Eu me preocupo com você!

-Harry...Você não entende que o melhor pra mim é ficar com você?

-Não Gina! Não é!

-Vou abrir o jogo Harry...Tome! Gina lhe empurrara um pergaminho muito vermelho que tinha
letras cor de vinho e um cheiro de perfume. Harry abriu o pergaminho e leu:




"Querida Gina,


Sei que ainda está triste por causa do
maldito Harry. Nós dois sabemos que ele
gosta de brincar com os sentimentos das
pessoas, assim como ele fez contigo!
Mas, eu queria lhe lembrar que eu ainda
amo você! E se estiver disposta a voltar
comigo, estarei de braços abertos.
Não temerei esses tempos difíceis se
estiver ao seu lado!
Beijos de quem te ama muito!


Dino Thomas.

O monstro dentro de Harry rugiu como nunca. As palavras "maldito Harry" e
"gosta de brincar com os sentimentos" clamavam por seu ódio em letras garrafais.
Mais ele achou melhor naum demonstrar.

-Err...O que exatamente você quer que eu faça com isso?

-Decida-se Harry! Eu não vou ficar sozinha! Eu preciso de alguém do meu lado...
Sou uma pessoa carente Harry...Sempre fui. Porque voce acha que eu me entreguei a
tantos meninos em Hogwarts? Porque sou uma piranha Harry é isso que acha?
Gina dizia nervosamente e ja naum escondia as lágrimas que saltavam-lhe a face.

-Não Gina, eu nunca....

-Gina! Não! Eu... Harry não sabia o que dizer, o que ele mais queria era dizer que
ficaria com ela, e que a amava, mais isso seria mostrar a Voldemort que ele ainda a queria.
Arriscar a vida dela pela felicidade, ou aceitar a tristeza e deixa-la em segurança nos
braços de outro? Decididamente não era uma escolha fácil.

-Harry, entendi... Se um dia você mudar de idéia, eu largo qualquer um por você!

Harry sentiu um engasgo na garganta, seus olhos ardiam de tanto lacrimejar e lhe parecia
não ter mais estomago nem víceras, como se sumissem do nada. E ver Gina lhe dar as costas
e subir chorando pro quarto era uma das piores coisas que poderia ter acontecido a ele.
Ao descer, Harry encontrou os Gêmeos Weasley, que lhe entregaram um pacote nas mãos e sairam
disfarçadamente como se nada tivesse acontecido. Rony chegou subitamente e disse:

-Alo Harry, o que é isso?

Harry viu os gemeos fazerem sinais por tras de Rony que lhe diziam pra disfarçar e mudar de
assunto.

-Hã...nada, alguns itens que encomendei com seus irmãos.

-É!? Posso ver? Perguntou Rony empolgado.

-Err...Poder pode...Mais é perigoso. Disse Harry pensando em alguma desculpa.

-Perigoso? Porque?

-Porque podem...Podem... Explodir!!!

-Explodir Harry?

-É. Disse o Harry com simplicidade.

-E o que tem ai?

-Ah, muitas coisas. Na hora certa eu te mostro.

Rony olhou com cara de confuso e desconfiado e antes de sair da sala disse:

-Você anda muito estranho Harry!

A noite foi caindo e Harry decidiu retornar a Godric's Hollow.
Durante a noite Harry acordou algumas vezes lembrando-se de
que queria visitar Hogwarts.

Na manhã seguinte, Harry acordou cedo junto a Rony e Hermione e
os tres aparataram para os portões de Hogwarts.
As gárgulas dos imponentes javalis alados dos portões pareciam rachadas.
Teriam sido atingidas por algum dos feitiços das lutas na confusão do
último ano letivo?

De longe, podia-se avistar Hagrid, o gigante guarda-caça e professor de
trato das criaturas mágicas. O enorme homem trazia um molho de chaves e
um grande sorriso no rosto.

-Bela surpresa hã Harry! Sirius hehehehe...

Hagrid abriu os portões para eles, que seguiram a conhecida trilha até o
castelo. Era bom estar de volta ali. Em especial para Harry, que considerava
aquele lugar como o primeiro em que fora feliz.

Com exceção dos javalis alados, nada parecia diferente.
De longe, Harry viu algo que não estava lá em seus cinco primeiros anos de escola.
Era um túmulo branco. Harry demorou seu olhar no túmulo que sabia ser de Dumbledore,
era lá que acontecera o estranho evento pós morte do diretor.
Umas misteriosas labaredas cobriram o corpo do diretor gerando aquele túmulo.
Na ocasião, Harry teve a impressão de ver uma Fênix voando ao infinito e sumindo
na linha do horizonte.
Não era Falwkes. A mesma apareceu instantes depois com uma triste, porém motivadora
canção. Canção essa que ninguém jamais iria esquecer.

-Harry!? Vamos? Perguntou Hermione ao ver a expressão pensativa do amigo.

-Hã!? Sim, claro...

Ao chegarem nos portões Hagrid disse:

-Espero que venham a minha cabana tomar um chá após a visita a escola!

-Pode contar com isso Hagrid! Respondeu Rony lhe dando tapinhas nos cotovelos,
porque era onde ele conseguia alcançar.

Ao entrar, Harry teve uma nítida lembrança da primeira vez que cruzara aquele
portal. A sensação de curiosidade, excitação e apreensão que sentira. Somada ao
frio congelante que sentia na barriga. Era como um retorno ao lar.

Os tres chegaram ao refeitório, agora vazio, onde se encontravam quatro enormes
ampulhetas, uma representando cada casa. Era visível que a Sonserina tinha bem
mais pontos do que as outras casas. Os tres perceberam que a Griffinória não era
a mesma coisa sem eles.

Decidiram visitar o antigo escritório de Dumbledore. No caminho Harry parou mais de
cinco vezes olhando pensativo para um canto ou outro, entre eles a estatua da bruxa
de um olho só, o banheiro em que prepararam a poção polissuco no segundo ano, o banheiro
em que enfrentaram um Trasgo montanhês em seu primeiro ano e a ala hospitalar que tanto
abrigara e acudira Harry em outros tempos.

Ao chegarem no escritório, a escada por trás da estátua ergueu-se automaticamente, sem
senha ou ordem. Ao chegarem ao topo encontraram Minerva sorrindo para eles.

-Bom dia Potter! Weasley! Stra. Granger!

-Bom dia professora! Cumprimentaram os tres animados descordenadamente.

-E então, como está o andamento da tal missão que o professor Dumbledore te passou Harry?

-Humm...Nada mau! Mentiu o garoto sabendo que ainda naum pegara nenhuma horcrux desde a
morte do diretor.

-Que bom Potter! Veja, isto pertence a você! Disse ela sorrindo e lhe apontando a penseira,
as espada de Griffindor, um anel velho e um envelope.

-Professora... Começou Rony, mas foi interrompido por Minerva.

-Atrás da estante Weasley... Atrás da estante.

Rony correu até lá para apanhar a vassoura que Dumbledore deixara.
Enquanto isso, Harry apanhou o envelope em silêncio e leu:






"Prezado amigo Harry,


Esta é a quarta parte de minhas cartas
a você. Como eu ja havia lhe dito antes,
a penseira e a permissão para usá-la é
de sua posse.
Espero que lhe seja útil.
E mais uma coisa Harry,

omoc áj ehl iof litiú amu zev, o ohlepse
ed desejo es-edop rartsom mu odaila etnemavon...

Sem mais.
Boa sorte Harry!


Alvo Dumbledore."




Harry leu e releu a mensagem estranha umas duas vezes e guardou a carta para
decifrar em casa.


-Humm...Professora?

-Sim Potter?

-Se importa se eu lhe fizer uma pergunta?

-Atrevido como sempre..tsc tsc... Disse uma voz do alto que Harry ja sabia ser
de Finneus

-Óbviamente que sim Potter! Faça.

-Bom... A Umbridge foi diretora da escola por um tempo, e os antigos diretores
se transformam em quadros não é? Porque não há quadro da Umbridge? É preciso estar
morto?

-Não necessáriamente Harry, decidimos que ela não era digna de permanescer nessa
parede tão importante de bons diretores e removemos o quadro dela.

-Então, uma pessoa pode aparecer em um quadro mesmo estando viva?

-Não entendo o motivo da pergunta Potter, mas sim, por meio de uma magia avançada.

Harry não demonstrou, até porque seria tolice. Mas por dentro ele gritava de alegria.
Aquela informação não acabava com sua teoria absurda da possível sobrevivência de
Dumbledore.

-Falando em quadros professora, onde está o quadro de Dumbledore? Disse Hermione
observando
um quadro sem nenhum ocupante, apenas um fundo verde oliva.

-Não fica muito por aqui. Como grande bruxo é requisitado em vários quadros diferentes.

Harry sentiu um leve desapontamento, afinal, uma de suas esperanças no regresso a
Hogwarts era uma conversa com o quadro do diretor... Iria matar um pouco as saudades,
além de tirar muitas dúvidas.

-Agora se não se importarem, eu gostaria de continuar meus afazeres da escola,
estejam a vontade pra continuar sua visita! Disse Minerva sorrindo.

Os tres se despediram e sairam para os corredores agora um pouco mais cheios de gente.
Muitas das quais apontavam e cochichavam para os três.

-Passa o tempo, acaba a escola e você ainda é famoso hein Harry!? Disse Rony sorrindo.

-Não Rony, não é pra mim que estão apontando. É pra nós três. Se esqueceu que lutaram
contra comensais da morte enquanto todo mundo fugia e se escondia?

Rony se espantou levemente e começou a andar de um jeito estranho, se empertigando como
um pavão. Harry e Hermione trocaram um risinho abafado.

Os tres pararam sobre a ala de troféus. Harry admirava os troféis ganhos em nome de seu pai.
Mas foi então que percebeu outra coisa. Muitos daqueles troféis foram ganhos por ele e sua
turma da Griffinória. Haviam seis troféis do campeonato inter-casas dos pontos e deméritos,
haviam tres taças de Quadribol, e uma taça que Harry ainda não havia tido a oportunidade de ver.
Era um escudo, dourado e muito reluzente de aspecto novo.
Haviam as escrições:


HARRY POTTER

serviços prestados a Hogwarts



Harry sorriu admirado e espantado vendo a expressão de alegria no rosto de Hermione e
de leve ciúmes no rosto de Rony.

-Harry! Isso é demais! Disse Hermione.

-Estranho não é? Na época que eu estudava aqui eu costumava ser repreendido por fazer
esses "serviços". Comentou Harry fazendo Rony e Hermione rirem.

ao continuarem olhando, perceberam um escudo quase igual ao de Harry. Grande e reluzente.
Mesmo formato, as únicas coisas que diferenciavam era o ouro mais escurecido pelo tempo, e
o nome do ganhador.


TOM RIDDLE.



Os tres se lembraram então da vez que contemplaram aquele escudo, no seu segundo ano de escola,
quando queriam descobrir quem era Tom Riddle.
Harry sentiu um súbito de raiva. Riddle. Aquele nome não lhe trazia pavor como para quase todos
os bruxos, mas sim, ódio.

Os tres continuaram a andar pelo imenso castelo de Hogwarts abordados por boas e más recordações
em quase todo o trajeto. Foi então que uma voz meiga e idiota veio por trás deles:

-AdIvInHa QuEm é Uon-Uon???? Líla Brown havia coberto os olhos de Rony com as mãos.

Hermione fez uma cara entre pânico, desprezo e ódio puro, por mais incrível que parece-se,
para Harry era a mesma expressão transloucada e homicida que ele mesmo costumava ter ao pensar
em Voldemort.

-Hummm... Deixa eu ver... Voz patética, brincadeira infantil, mãos geladas...Ah! Oi Líla tudo bem?

Quase ao mesmo tempo que essas palavras sairam da boca de Rony, Harry e Hermione deram um
semi-salto para trás, não era do feitio de Rony tomar uma atitude drástica assim. A expressão do
rosto de Hermione mudou como se a tivessem transfigurado. Ela exibia um sorriso assustado e uma
cara que dizia "bem feito".

Líla soltou Rony as lágrimas, olhou um por um dos tres e gritou:

-A CULPA É SUA! Para Hermione que fez uma cara que duvidava e provocava ao mesmo tempo.

-Minha é? Por que seria? Perguntou Haermione num tom educado de provocação.

-VOCÊ ESTRAGOU TUDO! VOCÊ FEZ A CABEÇA DE UON-UON!!!

-Não me chame assim! Eu não gosto. Disse Rony em tom simples

-MALDITA GRANGER! Sua... Ao dizer isso ela sacou a varinha, mas foi abalada por Hermione que
puxou a varinha tão rápidamente que ninguem percebeu.

-Sua o que? Perguntou Hermione sorrindo vendo a cor púrpura surgir no rosto de sua oponente.

Líla não respondeu, começou a inchar feito um balão. Nesse momento Harry se lembrou de quando
fizera isso com a tia Guilda, anos atrás. Tirando a cor púrpura era exatamente o que acontecera
com a velha ignorante naquele dia na casa dos Dursleys. Ao lembrar dos Dursleys, lembrou de Duda
e perguntou:

-Hermione, como anda a cura que você estava preparando?

-É mesmo Harry! Tive bastante progresso! Creio que dentro de um ou dois meses esteja pronta!

Hermione apontou a varinha para a garota suspensa no ar e a fez murchar e voltar ao chão.

-Nunca mais chegue perto de mim! Disse Hermione ameaçadora, porem sorrindo.

-Nem de mim! Disse Rony aproveitando a deixa para seguir Harry e Hermione.

Ao chegarem no exterior do castelo, Harry viu de longe o campo de Quadribol.
Era ali que aprendera a jogar seu tão querido esporte. Olhou para o céu claro e azul
e lembrou com saudades de seus jogos contra as tres casas rivais.

-Harry... Chamou Hermione sorrindo para ele. Devaneios e lembranças de novo?

-Hã, desculpe...É sim. Disse ele feliz. É bom estar aqui!

Rony também passara alguns segundos examinando o campo, lembrando-se com alegria da
ocasião em que fora erguido por seus colegas da griffinória aos coros de Weasley é
nosso rei. Decididamente era um dos dias mais felizes do garoto.

-Vamos? Dumbledore não estava... Visitamos a escola... Não falta mais nada. Disse
Rony.

-Ainda não Ron... Temos de ir até a cabana de Hagrid para o chá.

-É mesmo...Só espero que ele não tenha feito bolachas... São realmente ruins!

Os tres atravessavam o gramado verde claro de Hogwarts quando Harry viu
novamente o túmulo branco.

-Escutem, quero ir até lá um instante. Podem ir na frente se quiserem.

-De jeito nenhum Harry, vamos com você!

Os tres chegaram ao túmulo branco. Era muito bonito e mesmo sendo um
túmulo não tinha aquele aspecto triste e mórbido de todos os outros.
Harry olhou pesaroso por alguns segundos e depois lembrou de uma frase que
o diretor dissera uma vez:

"Para a mente bem estruturada a morte era apenas a grande aventura seguinte"

nenhuma mente era melhor estruturada do que a de Dumbledore... Mas então,
porque diabos ele pediu a Snape para poupar sua vida em tom de suplícas?
Seria apenas algo para mexer com o psicológico do professor?

Harry deixou sua mente vagar em lembranças de Dumbledore. Pensou novamente
no dia em que conversara com o diretor na ala hospitalar. Lembrou-se nítidamente
do diretor apanhando um feijãozinho e exclamando.

"Que pena! Cera de ouvido!"

Harry teve uma briga interna para naum rir dessa lembrança. Mais uma vez, a
inesplicável vontade de sorrir lhe tomou posse.

-Vamos até o Hagrid? Sugeriu Harry.

-Espera ai! Eu quero deixar alguma coisa em homenagem! Disse Rony.

-É verdade! Havia esquecido desse costume... Mas onde... Começou Hermione antes
de ser interrompida por Rony.

-Ali, naquele alçapão. Disse Rony apontando.

-Ah certo! Disse ela.

Harry apanhou o anel destruído de Slytherin que carregava consigo e atirou
lá dentro.

"Como agradecimento por me mostrar o caminho Dumbledore... Acho que posso chamá-lo de Alvo."

Rony apanhou um pergaminho e jogou rapidamente lá dentro, deixando suas orelhas corarem.
Hermione foi até lá com um vidrinho quebrado, eram os restos do extinto vira-tempo.
Mas antes de sair, Hermione percebeu que o pergaminho que Rony atirara era o testamento do
diretor para ele. E nas costas haviam palavras escritas por Rony em resposta.

"Adotarei professor!"

Hermione sentiu uma grande vontade de usar o Wingardium Leviossa não verbal para erguer
o pergaminho e ler as palavras do diretor, mas em respeito a ambos, simplismente abaixou
a tampa do alçapão abarrotado de coisas.

Os tres seguiram para a cabana de Hagrid que tinha disponibilizado quatro copos enormes
que mais pareciam baldes. Hagrid despejou uma quantidade generosa em cada copo.

-Então? Como estão indo? Perguntou Hagrid muito feliz.

-Ótimos! Sorriu Hermione.

-Bom, bom! saudades de vocês seus pestinhas! Sabiam hã?

-Nós também de você Hagrid!

Os quatro ficaram conversando por algum tempo, quando aproximadamente as quatro da tarde
decidiram ir embora.
Os tres pegaram os pertences na sala da minerva e se dirigiram até o portão de saída.
Hagrid trouxe em suas mãos a pesada penseira. e ao chegarem fora dos terrenos de Hogwarts
desaparataram se despedindo de Hagrid.

Era noite em Godric's Hollow, Harry estava cansado e resolveu se deitar. Quase imediatamente
após faze-lo adormeceu.

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