Novamente no Largo Grimmauld



Capítulo 12: Novamente no Largo Grimmauld





-Socoooooorro!!!!! Harry ouviu um chamado distante.
Ele abriu os olhos em um lugar sombrio. Tinha paredes descascadas e muito velhas.
cadeiras desparelhadas atiradas pelos cantos e móveis quebrados, estraçalhados em
muitos pedaços. No meio de tudo um homem.

Um homem que aparecia cada vez mais frequentemente na cabeça de Harry, o homem ofídico
que inspirava o temor na cabeça de muitas pessoas, Lord Voldemort.
Harry viu muitos corpos no chão. Eram crianças. Todas caídas e com os olhares vidrados,
mostravam sintomas de quem havia sido atingido pela maldição Avada Kedavra, os sintomas
eram...Nenhum! As pessoas atingidas por essa magia simpismente morrem, sem sequelas,
sangramentos ou qualquer sinal. As crianças usavam uma bata cinza, como se fosse um
uniforme.

-Malditas crianças! Disse Voldemort.

Após isso, ele gritou:

-REVELIO !!!

Uma marca de luz em brasa queimou das paredes gerando uma porta.
O portal era grande e levava a umas escadarias escuras de aparência sombria.
Voldemort adentrou.

De intervalos em intervalos fazia acenos rispidos com a varinha eliminando armadilhas.
Sempre murmurando alguma coisa ou puxando algo invisível.
Por fim, Voldemort chegou onde queria, era um salão mal aparentado, muito escuro com
um feiche de luz azul no centro do salão. De resto nada se via, era uma imensa escuridão,
Harry não via o chão em que Voldemort pisava. Era como andar no vácuo.


-Feche os olhos! Voldemort disse essas palavras ao vento, em linguagem ofídica.

-Lumus!

Uma claridão imensorável irrompeu da varinha de Voldemort. um réptil. Não era um réptil
comum, era algo que serpenteava, era enorme, metros e mais metros. Não era nenhum animal
que Harry ainda não vira na vida, mas isso não lhe tranquilizara, pois sabia como era
difícil enfrentar um basilisco.

-Boa menina! Guardou direitinho meu tesouro guardou? Disse Voldemort sibilando a
linguagem das cobras. Linguagem ofidioglota.

O enorme basilisco ergueu e abaixou a cabeça afirmativamente, Harry percebeu que o escuro
era proposital para que Voldemort não morresce ao re-entrar naquele salão, uma vez que o
basilisco perceberia ser o seu senhor, e fecharia os olhos antes de ser visto.

Voldemort caminhou pelo caminho iluminado e ordenou:

-ACCIO HORCRUX!

Uma espécie de taça tremulou dentro do pequeno espaldar que a segurava, porém, jorros verdes
irromperam dos arredores da horcrux.

Voldemort deu dois passos para a dirita onde estava marcado no chão um grande X escrito com
sangue.

todos os pontos da sala foram atingidos, menos o basilisco que adentrou uma toca, e o X
onde estava Voldemort. Harry entendeu que ali era o lugar que ele planejara que ficasse
livre de ataques, sendo que invasores não saberiam.

-Muito beeeem... Anos e anos e a magia continua... Voldemort dizia orgulhoso e feliz
consigo mesmo.

Deu alguns passos e tocou a taça.

"Intacta... Muito bem! Meu segredo continua guardado... Com exceção do maldito diário
que Lúcius plantou débilmente em Hogwarts... Pena... Mas não importa não importa...
O anel e o medalhão de Slytherin... A taça de helga... Pena não ter conseguido nada
de Havena Havenclaw...Seria bom ter horcruxes dos tres fundadores descentes de Hogwarts.
Sem problemas... Afinal, melhor que algo de Ravena, é algo de mim! e claro quanto aos
Potters...."

Voldemort não mexia a boca, mas Harry ouvia nítidamente essas palavras. O que levpou a crer
que eram pensamentos de seu letal inimigo. Harry estava prestes a ouvir uma revelação de
Horcruxes, o que Voldemort pensaria sobre os Potters? Mas o que Harry viu a seguir foi a
seguinte cena:

Voldemort ergueu as sombrancelhas assustado.

"estou muito exaltado! Potter pode sentir a qualquer momento!"

OCLUMÊNCIA! ESVAZIAR A MENT...

Tudo se fechou em um breu. Harry nada mais viu. Acordou suado e no chão.
Mas subitamente Harry sentiu um pequeno incomodo lhe aflorar a mente...
Alguem tentava adentra-la. Harry olhou e viu os rastros de magia claramente invadindo sua
cabeça pela testa, era Voldemort! Estava tentando usar a legimencia a distância proporcionada
pelo elo mental entre os dois. Lembrou-se de Snape, e suas aulas incômodas e inúteis sobre
oclumência. Fechar a mente, esvaziar emoções, era difícil. Mas era preciso.

Harry fechou os olhos, respirou fundo e vagamente, foi aliviando emoções... Quase que meditando.
Sentiu-se seguro.

...

Momentos se passaram sem que Harry pensasse em quase nada. Ao abrir os olhos, vira que os
rastros de magia haviam se desgastado muito, e estavam sumindo. Sinal de que conseguira.
Voldemort havia desistido e deve ter concluido que em sono tão pesado, Harry não pensava em
nada.

Harry percebeu que usara corretamente dois ramos da magia no qual não era comum acertar tão
bem nem tão fácil. Oclumência e rastreio de magia.
Mas isso não era hora de se vangloriar, Harry acabara de descobrir o paradeiro de uma
das Horcruxes, a taça de Helga, que outrora pertencera a ingênua senhora Hepzibá Smith.

Era bem verdade que Harry nunca estivera naquele lugar pessoalmente, mas no ano anterior,
Dumbledore o levara até lá por intermédio da penseira.

Era ali que Tom Riddle havia sido abandonado quando criança. Era ali que crescera e
aprendera precocemente seus dons bruxos. Harry estava em êxtase, era de algo assim que ele
precisava pra se motivar mais no seu empenho a caça das Horcruxes.

saiu em disparada para o corredor da casa, sem se importar com o horário, que não
devia ser muito mais trade do que cinco da manhã.
Harry bateu na porta de Hermione muito afobadamente.

-Mione!!! Hermione!!!!

Harry estava suando, e sua cicatriz ardia em brasa, a presença da legemencia de Voldemort
lhe fizera mal. Harry ouviu algum barulho do quarto de Hermione e logo depois o abrir
da porta.

-Sim Harry? Perguntou a garota por entre a frestinha que abrira para ve-lo.

-Hermione, eu....

Mas Harry não chegou a terminar sua frase. Rony havia aberto a porta de seu quarto ao lado e
parecia razoavelmente irritado.

-Que diabos fazem no corredor a essas horas da madrugada?

-Rony! Preciso te contar algo!

Harry relatou para os dois amigos sobre seu sonho, sobre a tentativa da legimencia
de Voldemort e sobre sua nítida visualização dos rstros de magia e sua competente
oclumência. Hermione pareceu encantada com a notícia, por outro lado, Rony não esboçou
nenhum sinal de agrado.

Os três desceram até a cozinha onde Hermione começou a preparar alguma coisa para
eles e Rony e Harry ficaram sentados a mesa, um de frente para o outro.

Rony olhava para todos os lugares, menos para Harry e Hermione.

-Rony? Você está legal cara? Perguntou Harry em tom cuidadoso.

-...

A cozinha recaiu em um silêncio mortal, quebrado apenas pelo barulho das panelas
que Hermione derrubara ao fundo.

-Rony! Falei com você! Repetiu Harry num tom impaciente e rígido.

Rony o observou por um momento com uma expressão de desdém e disse:

-Estou Harry... Tudo ótimo! E forçou um sorriso triste que não combinava com
seu rosto semi-púrpura e seus traços nervosos.

Harry sabia que algo estava errado. Sentiu uma vontade imensa de uar seus novos dons na
legimencia para invadir a mente do amigo e descobrir o que se passava, era algo quase
maior do que ele. Ele tinha todo o poder de descobrir a verdade se assim quisesse.
Mas, por outro lado, não era nada educado invadir a mente de alguém. Rony tinha o direito
de permanecer sozinho em seu conciente.

Durante toda a manhã Rony ignorou Harry e lhe fez desfeitas, até que o garoto
decidiu ir até o Largo Grimmauld ver Sirius.

-Rony, Hermione, Querem dar um pulinho no Largo Grimmauld?

-Err... Infelizmente não dá Harry, eu prometi aos meus pais que lhes faria uma visita
agora que não estou mais em Hogwarts.

-Fazer o que naquela casa imunda? Prefiro ir até a minha casa! Disse Rony aparentemente
nervoso.

-Rony!? Exclamou Hermione estarrecida.

-Não disse nada de mais. Simpismente prefiro ir até minha casa do que ir visitar
o-padrinho-que-sobreviveu ao lado do grandioso "eleito"!

Harry ergueu a varinha apontando para o estranho amigo.

-Pode descontar sua raiva em mim Rony! Conheço essa sua criancice a anos!
Mas se tornar a zombar de Sirius...

-Vai fazer o que Harry!? Disse Rony levantando-se rapidamente e sacando sua varinha.

-Meninos já chega! Parem com isso! Disse Hermione desesperada se atirando
entre os dois.

-Criança? Eu? Quem tem pesadelinhos toda noite?

-Está certo senhor adulto. Havia me esquecido de seu imponente nome, como é mesmo?
Ah sim! Mr.Uon-Uon!

A varinha de Rony faíscava, seus olhos tinham uma expressão homicida.

-Não...Me chame...Disso!

-VOCÊS DOIS JÁ CHEGA! Hermione tinha lágrimas saltadas nos olhos.

-Porque não me ataca Potter? Com medo?

-Apenas me de um motivo!

-É só isso? ACCIO ESTANTE!

A enorme estante da sala despencou quebrando muitos objetos pequenos e amassando outros.

-Concerte agora seu idiota! Disse Rony sorrindo maldosamente.

-Eu estaria realmente nervoso Rony... Se eu fosse um trouxa! REPARO!

Todas as coisas pequeninas se recompuseram e voltaram até a estante reerguida e inteiriça.
Rony fez novamente sua expressão de espanto e raiva.

-Se acha muito bom não é "Potter"? Vejamos como se sai em um duelo!

-NÃO! Gritou Hermione.

-Quando e onde você quiser "Weasley"!

Harry se retirou pela porta da frente seguido por Rony. Hermione tentava detê-los a todo
custo.

-Não sei o motivo disso tudo Rony! Mas se está realmente inclinado a faze-lo, não me
resta escolha senão derrotar você! Quer mesmo jogar nossa amizade fora por uma briga
que eu nem sei se tem motivo?

-Você não é meu amigo Potter! Disse Rony erguendo a varinha a altura dos olhos, Harry
o imitou. Após isso ambos fizeram um movimento ríspido para a direita.

-Um...Dois...Três...

Harry estava tranquilo quando Rony gritou:

-EXPELIARMUS!

Harry moveu sua varinha para cima, e nada aconteceu.

-ESTUPEFAÇA! Gritou Rony reassumindo o tom púrpura.

Harry desviou os lampejos vermelhos com um simples aceno.

-Desista Rony!

Mas Rony não parecia ouvi-lo. Estava embriagado de ódio.
E num ato de desespero gritou:

-CRUCI...

Mas antes que acabasse a frase estava suspenso no alto, preso pelo
tornozelo por algo que parecia ser uma corda invisível.

-COMO PODE???? Perguntou Rony.

-Se estivesse prestando atenção no que Hermione tem nos ensinado esse tempo todo Rony,
saberia que estou usando a legimencia para prever seus ataques, e utilizando magia
não verbal para rebate-los, e quando percebi que cojitou usar o cruciatus eu lhe ergui
usando Levicorpus.

-Se acha muito esperto não Harry? TOMARA QUE VOLDEMORT LHE FAÇA EM PEDACINHOS!
TOMARA QUE ELE TRUCIDE VOCÊ!

Harry não pareceu ligar para as ameaças do amigo. simplismente o levou ao chão,
enquanto Hermione soluçava em um canto.

-Não vai adiantar conversar com você agora Rony! Sei que não... Depois a gente
conversa... sua mente me entregou tudo.

Harry não podia culpar Rony por estar nervoso, lera em sua mente claramente as frases:

"O que ele fazia no quarto dela aquelas horas?"
"Porque estava tão afobado?"
"Ele sabe que eu gosto dela... Tem que saber!"
"Porque ele é sempre o melhor em tudo?"
"Porque ele é o herói que sempre consegue as coisas mais difíceis?"

Rony tinha ciúmes dele, isso não era de hoje. Não culpava o amigo, pois na única vez
que Rony o superara na vida a dois anos atrás, Harry também alimentara uma fagulha de ciúmes.
Na ocasião, Rony havia ganho o distintivo de monitor, e Harry sentira algo parecido ao que
o amigo sentia agora. A diferença era o temperamento de Rony.

Harry abandonou a praça de Godric's Hollow pesaroso. Acabara de duelar com seu melhor amigo.
Era uma sensação muito ruim de quem perdera uma parte da alma. Será que era a mesma sensação
de se fazer uma Horcrux?

Harry aparatou no Largo Grimmauld, e se dirigiu até o local onde sabia estar a casa de Sirius,
foi então que encontrou seu padrinho atravessando a rua com alguns pacotes.

-Harry!!! Mas que bela surpresa! Veio visitar seu padrinho foi?

-Sirius! Como anda?

-Bom, pra um cara que passou dois anos no limbo, sofrendo de cruciações de tempos em tempos
e assistindo vultos entrarem em um grande portal que levava sabe-se lá pra onde... Nada pode ser
ruim Harry! disse Sirius sorrindo. E você?

Harry pensou em comentar que estava mal, que acabara de duelar, mais achou ridículo comentar que
isso o afetara após o relato de seu padrinho sobre o arco da morte.

-Hum bem também.

Os dois entraram na casa numero 12 recem surgida do nada.
Harry e Sirius conversavam quando Harry falou:

-Sirius, sabe o Mundungo?

-Claro que sim Harry, o que tem o Dunga?

-Bem, ano passado, ele andou roubando coisas daqui... Da sua casa.

Sirius ergueu as sombrancelhas e arregalou os olhos, por um instante Harry pensou que
o padrinho se zangaria, mas ao invés disso ele começou a gargalhar.

-HAHAHAHAHAHAHA... Esse Dunga... Nem pra poupar essas velharias em nome da minha memória...

Harry parou e lembrou-se de que o padrinho odiava aquelas velharias Black, então decidiu
esquecer do assunto.

-Sabe Harry, essa casa pode ser um caos, suja, feia, horripilante...
Mas as vezes me traz boas recordações... Como agora... Voce ai parado pensativo...
me lembra quando seu pai veio aqui uma vez... Ficou exatamente ai, exatamente do mesmo jeito.

-Meu pai esteve aqui?

-Sim Harry, veio passar uns dias comigo, mas não gostou de meus queridos pais e vice-versa.
o único com quem se deu bem foi Régulo, meu irmão mais novo.

-O que houve com Régulo mesmo? Voldemort o matou?

-Não creio que tenha sido... Não deve ter sido importante o suficiente.
Era um comensal e tudo mais, mas não devia ser nada demais para Voldemort.

-O que ele fez para merecer a morte?

-Quem sabe? O velho Alphardinho deve ter se amendrontado de última hora... Tarde demais para
desistir.

-Alphardinho?

-É, seu nome do meio é em homenagem ao nosso parente. Alphard.

-E o último óbviamente, Black? Perguntou Harry demonstrando uma nota de ansiedade
na voz.

-Sim Harry, porque?

-Sirius, veja isto! Disse Harry retirando o medalhão do bolso interno das vestes.

-De que se trata Harry?

Harry juntava as peças do quebra cabeças, R.A.B...Régulo Alphard Black.
"Ao Lorde das Trevas..."
Régulo sendo um comensal o chamaria de Lord das trevas!
"Há muito estarei morto..."
Régulo estava morto! E foi Voldemort que o matou, ou um de seus seguidores.
Tudo se encaixava.

Harry explicou a Sirius sobre horcruxes e sobre como conseguiu o medalhão.
Mas Sirius não pareceu concordar com a idéia de Régulo ter escrito a carta.

-Mas porque?

-Harry, eu conheço a letra de meu irmão, não é essa! Alguém tentou imita-la, e
vez um ótimo serviço, mais não atingiu a perfeição! Essa carta não é de meu irmão
Régulus! Alguem achou conveniente imita-lo.

Harry assentiu com a cabeça. Sirius sabia mais do que ele sobre Régulo.

-Além do mais, Régulo não teria coragem nem poder o suficiente para fazê-lo!

Harry teve de admitir que sua teoria sobre Régulo tinha muitas falhas.

-Sirius, essa magia de alterar letras, é muito complexa?

-Sim Harry, só um bruxo competente pode realiza-lá.

Harry começou a imaginar quem teria descoberto o segredo antes dele e claro, de Dumbledore.

-Harry, quero que saiba que tem todo meu apoio nessa sua busca!

-Obrigado Sirius! Vou precisar realmente de alguma ajuda.

Ao fim da tarde, Harry decidiu voltar a Godric's Hollow e se entender com seu amigo Rony.

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