O Príncipe Assassino



Capítulo 13: O Príncipe Assassino






Ao aparatar nos jardins de sua casa, percebeu as luzes apagadas, provevelmente deveria
estar vazia.

Harry seguiu o caminho dos jardins pensativo. Onde estaria Rony?
Será que a amizade deles seria abalada para sempre depois disso?
já levara uns socos do amigo uma vez, mas eram circunstâncias totalmente diferentes.
Rony estava sobre o efeito da poção do amor cujo alvo era o próprio Harry.

Ao tocar a maçaneta, Harry percebeu algo estranho. O que era, ele não sabia,
mas algo estava mortalmente anormal naquele início de noite em Godric's Hollow.
Soltou a maçaneta e olhou tudo ao redor dele, haviam pegadas. Muitas.
Seguiam da entrada até onde estava.
As pegadas em grama amassada mostravam um pequeno alvoroço a porta da casa de Harry.
Quem seriam? Estariam ainda lá dentro? Ao observar melhor, viu os vestígios de magia
que indicavam aparatação, quatro ou cinco pessoas.

Harry contornou a casa e mentalizou

"ACCIO CAPA DA INVISIBILIDADE!"

De sua sacada na maior varanda, Harry percebeu sair a capa farfalhando a ventania,
era possível ve-la as vezes quando o vento lhe mostrava a parte interior da capa.
Harry a apanhou e seguiu pela porta dos fundos que dava pra sua cozinha.

A porta vivia trancada por precaução, então ela não poderia abri-la sorrateiramente,
Harry pensou em usar o Alohomora, mais faria demasiado barulho e lhe entregaria.

Precisava pensar. Então pensou em criar uma distração para eles, como chamariz,
e enquanto eles se concentrariam no alvoroço, Harry entraria pela casa pelos fundos,
invisivel e impercebido, estuporava seus inimigos e descobria quem eram.

Harry trajou a capa, e olhou para a parte frontal de sua casa, não havia ninguém na
praça, o que era igualmente anormal a essas horas.
Haviam duas latas de lixo abarrotadas de coisas, Harry decidiu usar isso como seu
elemento de distração, olhou as latas, girou a varinha sacudiu e pensou:

"WINGARDIUM LEVIOSSA!"

As latas começaram a levitar, cada vez mais alto, e quando alcançaram cinco metros
do chão, Harry as soltou.

BLAM BLAM PÉIN!

Vários estrondos metálicos quebraram o silêncio absoluto de Godric's Hollow, e
ao mesmo tempo que as latas faziam o barulho Harry ordenou:

-ALOHOMORA!

A porta se abriu rapidamente e Harry se atirou pra dentro. Havia um homem atrás da
porta, que se levantou e se atirou para frente da porta, mas Harry, invisível, já
tinha adentrado a casa, mentalmente disse:

"ESTUPEFAÇA!!!"

Um jorro vermelho atingiu o homem, era MacNair, um comensal da morte.
Era pior do que ele pensava, acabara de adentrar um ninho de comensais da morte,
mais fugir não era a opção que Harry escolheria.
Harry andou devagar até a sala, onde percebeu tres comensais da morte lhe esperando por
trás da porta que quase abrira, um espiava a janela. O que espiava disse:

-Diabos, agora pouco eu o vi aparatando e andando pra cá! Agora esse
barulho dos infernos e nenhum muleque!

Harry lembrou-se da maldição crucio que Voldemort aplicara a tres pessoas de uma vez.
Qual era mesmo a palavra?

"trity, trin...TRINITY!"

"ESTUPEFAÇA TRINITY!!!!!"

Três jorros saíram da varinha de Harry atingindo dois comensais.
O que não levou girou o corpo numa imensa velocidade ordenando:

-AVADA KEDAVRA!

Harry se atirou novamente para a cozinha fazendo um naco de sua parede voar pelos
ares e sua capa cair no chão. Harry recostado abaixo da parede recém destruída estava
coberto de pó branco caído dos destroços da parede, levantou-se e olhou pelo buraco
que Belatriz Lestrange acabara de fazer na parede.

-AVADA KEDAVRA!

Outro jorro de luz verde veio na direção de Harry, era a maldição da morte.
Harry sabia muito bem que não sobreviveria a outra dessas. Harry pulou pra trás e
gritou:

-REPARO!

A parede foi reconcertada instantaneamente sendo novamente destruída, mas
bloqueando a passagem do Avada Kedavra.

Harry concentrou-se, deixou aquela estranha sensação de poder tomar conta dele.
Observou Belatriz atravessando o portal da cozinha sorridente e invadiu sua mente
na mesma hora.

Nas pupílas de Belatriz foram onde Harry começou a focalizar a mente da comensal.

"Vou matá-lo! O Lorde vai ficar tão satisfeito! Vai voltar a confiar em mim!
Só preciso mata-lo... Avada..."

-EXPELIARMUS!!!!!! Gritou Harry fazendo a comensal rodopiar no ar antes de ver sua
varinha voar para longe.

-Acho que Voldemort não vai ficar muito feliz com seu novo fiasco não é?

"Macnair! Pegue-o!" Harry leu estas palavras da mente de Belatriz, e percebeu então
que o comensal estava se reerguendo por trás dele. Harry virou-se rapidamente e gritou:

-SECTUMSEMPRA!

O homem foi cortado nas faces e no braço, fazendo uma enorme quantidade de sangue jorrar.

-AHHHHH!!!

"Ele conhece magias das trevas!!! Não é um simples menino!" Esses foram os pensamentos
de Belatriz.

-PETRIFICUS TOTALUS!!!!

O homem cambaleante caiu duro no chão.

-Agora Lestrange, conte o que querem aqui e quantos mais estão na casa?

"cinco" Pensou ela.

-Quatro! Você já pegou a todos nós não foi?

-É... Não tem mais ninguém? nenhum nome?

"Crabble"

-Não.

-Diga! Onde está o outro! Sei que tem outro!

"Vai se dar mal quando entrar no quarto moleque metido a herói!!!!"

-Não tem mais ninguém.

-PETRIFICUS TOTALUS!

Lestrange caiu inerte no chão, ao passar petrificou os dois homens caídos para
previnir-se, após apanhar novamente a capa, Harry subiu as escadarias silenciosamente
e ordenou mentalmente:

"ALOHOMORA!"

A porta escancarou-se e um jorro de luz verde saiu de lá de dentro.
Após isso um homem saiu pelo portal olhando de uma extremidade a outra do corredor.

Harry apontou pra ele e pensou:

-ESTUPEFAÇA!

Um jato de luz vermelha derrubou o homem de capuz que Harry sabia ser Crabble.

Harry despiu-se da capa e arrastou o homem até a sala onde haviam mais dois
homens. Após reunir os cinco comensais petrificados Harry aplicou mais uma dose
de Petrificus Totalus em cada um. e após isso conjurou cordas vermelhas e muito
grossas amarrando a todos.
Harry retirou as varinhas dos que ainda a tinham e as quebrou.

-O ministério não demorará a vir! Eles já perceberam as maldições imperdoáveis!

Era verdade, quase no instante que harry acabara de dizer essas palavras Harry
percebeu pelas janelas os vultos de pessoas aparatando à porta de sua casa.

Vários comensais entraram na casa com as varinhas em punho. Entre eles Moody
e Shacklebolt.

-Pelas barbas de Merlin! Harry Potter derrotou a todos!!! Disse um comensal
adentrando a casa.

Moody não sorria, olhou disconfiado pra Harry, como se fosse atacá-lo.

-O que foi Moody? Perguntou Harry assustado.

-Não é muito convincente que Potter tenha derrotado a todos... Você pode ser um
impostor.

Harry não sabia se ficava nervoso pela cisma de Moody, ou se ficava grato pela
inteligência, afinal, Harry poderia estar no lugar de um daqueles comensais
enquanto outro fingia ser ele.

-Pergunte-me algo que só eu saberia!

-Qual é a foto que eu te dei na ocasião em que Sirius voltou?

-De mim com meus pai.

-POTTER! MEU DEUS! VOCÊ DERROTOU A TODOS?

-Sim senhor! Vigilância constante! Disse ele sorrindo.

Moody olhou para Harry com um ávido interesse e orgulho que nunca demonstrara, e
se permitiu um sorriso admirador.

-Estupendo Harry! Estupendo!

Harry ouviu pelas costas um comentário que soou algo como "O Eleito" e um
"Menino-que-sobreviveu" mas prefiriu não dar atenção.

-Potter... Começou Moody antes de ser interrompido.

-Me chame de Harry! Respondeu o garoto que sentia uma admiração pelo auror que
trabalhava pra ordem.

-Muito bem, Harry! Você está se tornando realmente um grande bruxo!
Superou todas as espectativas acredito eu! Mais quero que saiba de uma coisa,
lutar com Voldemort é algo completamente diferente do que contra seus comensais!
Não se iluda achando que a guerra está ganha porque ela ainda está em seu começo!

Com a menção dessas palavras, Harry lembrou-se das palavras de Firenze, o centauro.
Firenze costumava dizer que estavam num período de calmaria que era o meio de duas
guerras. Dizia que Marte estava brilhante. Ainda o centauro Agouro disse que Firenze
atrapalhou a previsão das estrelas quando o centauro lhe salvou no primeiro ano.
Será que as estrelas diziam que sua morte era certa nas mãos de Voldemort?

Durante todo o tempo, Kingsley nem olhou para Harry, parecia zangado.

Harry assistiu os comensais serem levados pelos aurores, que usaram uma grande
força tarefa da magia reparo, que concertou quase instantâneamente sua casa.

Após isso Harry tentou descansar um pouco, mas sua adrenalina ainda não baixara
completamente, quando de súbito, Harry sentiu uma enorme queimação na testa.
Sua velha cicatriz ardia em brasa. Eram os sentimentos de raiva de Voldemort que
os atingiam pelo elo. A vitória de Harry perante os comensais frustrou realmente
Lord Voldemort.

Harry acalmou-se usando a oclumência, e instantes depois, assistiu a várias pessoas
aparatarem em seus jardins. Hermione, Sr. Weasley, Sra Weasley, Lupin, Sirius, Fred,
Jorge e um mau-humorado Rony.

-Harry querido!! Disse a senhora Weasley lhe arrebatando um abraço muito forte e lhe
dando um beijo em cada bochecha. Você está bem?

-Sim estou eu... Estou legal!

-Harry! disse o senhor Weasley lhe apertando a mão.

-Noite senhor Weasley. Disse ele forçando um sorriso.

Será que estariam nervosos com ele por duelar contra seu filho? Aliáis, será que
alguém sabia?

-Harry! Hoje mostrou que é um herói! Primeiro detonou o Roniquinho... Disse Fred sorrindo

-...Depois cinco comensais! Quer nos matar de orgulho Harry!? hahahahaha. Completou Jorge.

Harry corou, de fato, todos sabiam do duelo entre ele e Rony.

-Ah Harry, espero que não tenha se zangado... Sabe que o Rony é um cabeça oca desde pequeno!
Disse a senhora Weasley. Hermione me contou que você pegou leve com ele mesmo quando ele
te ofendia arduamente!

Rony olhou pra Hermione com um olhar que murcharia flores. E Hermione por sua vez observou
o teto da casa com atípico interesse.

Sirius sorria olhando o afilhado, Lupin tinha a mesma expressão. Harry não pode evitar, sua
legimência estava descontrolada após o uso excessivo minutos atrás.

"Tiago ficaria realmente orgulhoso!" Pensava Lupin.

"Esse é o Harry! Filho de Tiago e Lílian! Se fosse o Tiago ia se gabar a
semana toda... Ahhh que saudades!" Sirius sorriu sonhador ao término desses pensamentos.

Harry fechou sua mente novamente para tentar deter a legimencia. Não era legal fazer o que
estava fazendo.

-Gostaria de estar aqui na hora... Disse Sirius. Teria a minha revanche com Belatriz hehehe.

-Só espero que não caia em nenhum buraco dessa vez Sirius! Disse o sorridente Lupin.

Quase todos na sala gargalharam, inclusive Sirius. A exceção foi Rony.

-Então o grande Harry vingou a "quase" morte de seu padrinho não foi? Disse Sirius ainda
no ar descontraído.

Harry estava sem graça. Não gostava da conhecida sensação de estar sobre holofotes.

-Viram a cara da Gina quando disseram que Harry lutou contra cinco comensais? hahahahaha...
Quase que a menina infarta! Disse Jorge zombeteiro.

-E porque ela não veio Jorge? Perguntou Harry tentando não parecer muito interessado, embora
fosse bom saber que a menina ainda se preocupava com ele.

-Ela quis ficar lá com aquele idiota... Como é mesmo o nome dele? Ah! Dino Thomas!

Harry sentiu o monstro dentro dele rasgar metade de suas entranhas.

-JORGE! Ralhou a senhora Weasley.

-Oras mamãe, alguém tinha de contar a ele!

-Mas ele deve estar se sentindo mal agora! Disse a senhora Weasley.

-Tudo bem... Harry se interpôs. Eu pedi por isso. E forçou um corajoso sorriso.

-Eu acho isso errado mamãe, ela nem é maior ainda e ja teve mais relações amorosas
que o Rony e o Harry juntos! Claro que nosso fracassado irmão só teve uma oportunidade,
e com uma garota que não era aqueeelas coisas certo, Jorge? Disse Fred.

Hermione olhou do teto para o chão, Rony ficou púrpura e Harry sentiu um enorme grito
de ciúmes dentro dele.

-Meu caro irmão Jorge, na verdade era mais feia que o Monstro de tiara!! Completou Jorge.

-Bah, calem-se vocês dois! Ralhou ela novamente.

-mas que ela é feia é... Disseram os dois em coro bem baixinho.

-Disseram alguma coisa??? Perguntou a senhora Weasley ameaçadoramente.

-Nada querida mãe! Disseram os dois.

-Bem, agora vamos embora porque o Harry aqui tem que descansar!

Todos se despediram sobrando apenas Harry, Rony e Hermione.
Harry ainda estava mal com Rony e foi falar com ele. Os dois tinha a cabeça
baixa

-Err Rony, você...

-Tudo bem Harry... Sou um idiota e sei disso...

-Não, você não é um idiota!

Hermione aproveitara a deixa da saída dos outros para ir até a praça com
o pretesto de "respirar um ar".

-Sou sim Harry, "o amigo do eleito"...

-Rony, sua baixo-estima esta muito exagerada! Você nunca fez algo por si só?
Nunca fez algo grande?

-Nada como você Harry... Você sabe... É sempre o melhor em tudo...

-Não é verdade Rony... Não me lembro a última vez que vi você perder num jogo
de xadrez...

-Bem...

-Não, é sério! Voldemort teria retornado muito antes se não fosse você!
Lembra, no primeiro ano? Quem venceu no xadrez bruxo pra me deixar passar até
o salão do espelho?

-É... Mas fora isso...

-Não Rony! Repetiu Harry sériamente. Você sabe muito bem que metade das coisas
que eu consegui fazer foram por pura sorte, e na maioria você esteve presente!

Quem foi lutar contra os comensais da morte no ministério voando num Testrálio
que não podia sequer ver? Quem foi o goleiro da Griffinória nos dois últimos anos
sendo campeão nos dois? Quem foi nomeado monitor? Rony, pare de se comparar a mim!
Não estamos competindo! Nunca estivemos!

Rony sorriu e abriu os braços para ele, os dois se abraçaram por um tempo e
e foram sorrindo até o sofa da sala.

-Ah! E Rony, eu não estava saindo do quarto aquela hora se é o que você pensou...

-Não, não pensei isso não.

-Ah não? Disse Harry sorrindo irônicamente.

-Bem... Talvez tenha pensado só um pouquinho. HAHAHAHA.

Os dois gargalhavam gostosamente.

-Rony, porque não fala de uma vez que gosta dela? Harry perguntou de repente, embora
ainda sorrisse.

-EU!? QUEM DISSE QUE EU...

-Rony...!

-Bolas... Maldita legimencia hehehehe!!!

Harry não estava de fato usando a legimencia, nem era preciso pra saber que Rony
gostava de Hermione de um jeito diferente.

-Ah Harry, você sabe... Eu tenho vergonha... E além do mais, e se ela disser não?
Ou e se ela aceitar e terminarmos depois? Será que nossa amizade será a mesma?

Foi então que Harry percebeu que ele não era o único a cojitar esse problema, uma
vez que Hermione e agora Rony revelaram esse receio.

-Ah Rony, vai dar certo! No fundo no fundo você sabe que vai!

-Mas...

-Rony, nunca conte a ela que eu contei isso a você! A Mione me disse que sente
o mesmo por você! Não tem como ela recusar!

-SÉRIO? Perguntou Rony exasperado e abrindo um sorriso de orelha a orelha.

-Sério! Rony, isso ja deveria ter acontecido a muito tempo! Chegou o grande
dia!

-Harry, será que hoje...

-Claro Ron!!! Olhe lá fora! A Mione está sozinha... O clima está agradável...
Lua cheia... A praça está clara de tão enluarada... O que pode dar errado!

Rony olhou para o seu amigo com um olhar que nunca fizera antes. Algo
como um agradecimento interno e muito verdadeiro, Harry nem percebeu e já estava
lendo a mente do amigo.

"Harry... Que sorte eu tenho de ter um amigo assim... Nunca mais vou discutir com ele!
estamos do mesmo lado! Devo tanto a ele! Vou dizer a Hermione que a amo! Hoje é o dia!"

Harry se comoveu internamente remoido por um pequeno remorso de ter invadido a mente
do amigo, mas ainda não aprendera a controlar totalmente seu novo dom.

-Deseje-me sorte Harry! Disse Rony ao levantar-se do sofá.

-Você não precisa de sorte Rony! Tem mais chances do que se tivesse bebido toda Félix
Felicis do mundo!

Rony sorriu, respirou fundo e tomou coragem.

Ao passar pela porta, Harry sorriu ao ver o amigo pelas costas indo de encontro a
Hermione.
Enfim chegara o dia em que ficariam juntos. Após tanto tempo, tantas aventuras, eles
ficariam juntos. Era gostoso saber que esse dia chegara, uma vez que Harry imaginou
que nunca chegaria por alguns momentos do ano passado quando os dois brigaram e Rony
começou a namorar a pegajosa Lilá Brown, mas enfim, os dois triunfaram.

Eram aquelas pequenas coisas que faziam a vida valer a pena...
Um encontro entre amigos... Algumas boas lembranças... Um novo casal... Um duelo contra
comensais da morte pensou ele rindo ironicamente da maneira como lembrara Sirius ao pensar
nisso.

Harry não via mais os dois no coreto da praça, provavelmente estavam em algum lugar
mais reservado enquanto conversavam. Ou ja estariam num estágio um pouco mais avançado?
Harry sorriu novamente olhando vagamente a bonita lua cheia. Lembrou-se então de Lupin.
Estivera ali em sua casa há poucos minutos para ver se ele estava bem, e agora que a lua
saira, devia estar realmente mal como lobisomem. É bem verdade que já estava acostumado
desde a época de seu pai, mas Harry não pôde deixar de sentir um ódio do homem chamado
Fenrir Lobo Greyback.

Harry pensou novamente nos dois amigos que as essas horas deveriam estar se beijando
ardentemente como costumara fazer com Gina. Porque não voltavam? Perguntou a si mesmo.
"Ela está com Dino!" pensou para si mesmo. "Mas eu posso traze-la de volta!"
"Mas se eu morrer ela vai sofrer mais" "Ela vai sofrer do mesmo jeito!"
"Mas será que eu gosto tanto dela assim?"

Perdido em seus confusos pensamentos sobre Gina Weasley, Harry adormeceu ali mesmo
no sofá.

Já era muito tarde quando harry ouviu o barulho da porta se abrindo e levantou-se
rapidamente erguendo a varinha. Só então lembrou-se que Rony e Hermione estavam lá fora,
e se sentiu muito besta ao fazer essa cena.

-Err... Desculpem!

-Harry! Pensei que não iriamos mais duelar... Já não foi o suficiente? Disse Rony rindo,
abraçado com Hermione pela cintura.

Harry riu bastante.

-Harry, temos uma notícia pra te dar!

-Humm deixa eu adivinhar... O Olho-Tonto está distribuindo doces na pracinha? Disse
ele sorindo irônicamente.

-Rony e eu estamos namorando! Disse ela toda sorrisos.

-HAHAHA!!! JÁ PASSOU DA HORA HEIN!?

-Mione disse que há muito tempo ela já queria...

-Acho que vocês foram os últimos a saber disso...

Um silêncio estranho tomou conta do lugar. Será que ele ficaria sem graça na presença dos dois?
Será que agora seria o primeiro de muitos momentos em que harry se acharia sem assunto no meio
de duas pessoas que sem ele teriam muito o que conversar? Mas quase que respondendo aos receios
de Harry Rony falou alegremente:

-Então... Amigos inseparáveis como antes?

-Não Rony... Respondeu Harry muito sério. Amigos inseparáveis como NUNCA!!! Completou sorrindo.

Os três subiram as escadas sorrindo muito felizes. Harry or um momento pensou que Rony estava
entrando no quarto de Hermione, mas deram apenas um caloroso beijo e Rony seguiu até seu quarto.
Harry adentrou feliz seu quarto para continuar sua noite de sono, quando viu atirado pra fora de
seu malão um velho pedaço de pergaminho farfalhando ao vento da varanda preso por um canivete.
Harry segurou o canivete que lhe fora dado por Sirius tempos atrás para abrir qualquer porta, e
o admirou por algum tempo, e para livrar as mãos e segurar o pergaminho enfiou o canivete no bolso.
Percebeu então que o pergaminho era o mapa do maroto, criado por seu pai e os marotos a muito tempo
atrás, outrora pertencido a Fred e Jorge e agora com ele. Harry apanhou o mapa sorridente absorto
em memórias e disse com um toque da varinha:

-Juro solenemente que não preteno fazer nada de bom!

O mapa começou a ilustrar os terrenos de Hogwarts, e Harry assistiu a aparição de vários pontos
pequeninos indicados por legendas que mostravam os nomes. Agora que Dumbledore morrera, muitos
poucos pontos estavam remanescentes na escola. Harry leu o nome de Hagrid na cabana, da professora
Minerva e alguns outros poucos nomes que conhecia. Mas, dois nomes em particular fizeram seu
coração ir até a garganta e despencar até o estômago. Duas legendas estavam paradas perto do local
onde ficava o túmulo branco. Os nomes na legendas eram Severo Snape e Lord Voldemort.

Harry saiu em disparada de seu quarto tendo o cuidado de chamar Rony antes de Hermione e falou aos dois:

-Temos de ir a Hogwarts!

-Harry, são duas da manhã... O que va...

-Voldemort...!

Rony e Hermione arregalaram os olhos sonolentos.

-...E Snape! Completou ele com um ódio mortal na voz.

Harry apanhou o mapa do maroto e mostrou aos dois.

-Mac Gonagal e Hagrid correm perigo! Disse Hermione aflita.

-Vamos agora Harry! Disse Rony apressado.

-Esperem! Sozinhos não poderemos vencer por enquanto! Rony! chame Sirius!
Hermione, Aberforth não deve estar em servoço pra ordem, então deve estar dormindo no sótão
do cabeça de Javali! Acorde-o! Se conseguirem chamem os aurores!

-E você Harry! Perguntou Hermione.

-Vou tentar detê-los até vocês chegarem!

-Mas Harry...

-Quer deter os dois ou não quer? Vão!

Os tres correram até a porta, e desaparataram ao sair.

Harry chegou aos portões de Hogwarts, estava muito escuro e os portões estavam trancados.
"Como vou entrar lá sem a chave?" Harry cruzou os braços pensativo quando sentiu um volume
no bolso interno de sua jaqueta. Era o canivete de Sirius. Harry impunhou o canivete contra
a fechadura do portal e após alguns minutos conseguiu abrir.

Harry adentrou desesperado e correu em direção ao túmulo branco. Voldemort tentava abrir o
túmulo. Não estava interessado na escotilha detrás dele, apenas nos restos mortais do velho
diretor. Será que queria confirmar com seus próprios olhos que o diretor estava realmente morto?

Harry seguiu sorrateiramente até a beira do lago onde se abaixou e ficou observando os dois.
E se ele atacasse Voldemort agora? E se o pegasse pelas costas com um Avada Kedavra? Mas logo
descartou a idéia, já que as horcruxes ainda estavam inteiras.

-Maldição Snape... Será não podem fazer nada direito? Ralhou Voldemort.

Harry sentiu sua testa arder.

-Milorde, eu acredito que esteja... Bem, me desculpe... Equivocado.

-Ah então eu estou Severo? Conte-me então Snape, porque quando você disparou
o Avada Kedavra ele... Espeeere... Temos companhia! Apareeeeeça!!!!!

O coração de Harry deu um pulo. Para ouvir a conversa dos dois Harry se arrastou tanto que
deixou escapar barulhos de grama.

-Bom... Talvez não seja ninguém... Disse Voldemort sorrindo maldosamente.
Talvez... Eu esteja...Equivocado... Não é mesmo Snape?

-Senhor... Eu...

-Severo... Você anda me desapontando... Conclua a missão! Vou para meu humilde lar alimentar
Nagini com mais algum trouxa antes de repousar. Não me desaponte Severo!

Ao terminar a frase, Voldemort desaparatou, mesmo dentro dos terrenos de Hogwarts.

Harry olhou o professor pelas costas. Será que conseguiria usar a legimencia daquela distância?

Harry forçou sua legimencia, e começou a ter vislumbres... Era legimencia visual.


Zas!

Um homem batia numa mulher enquanto um pequenino bruxo de nariz adunco se curvava chorando contra
a parede...


Zás!

Um Snape de quinze anos escrevia dezenas de linhas em um teste de poções...


Zás!

Snape trajava uma capa e escutava uma profecia por além da porta...


Zás!

Snape disparava um jorro de luz verde contra Dumbledore...


Zás!

Mais ou menos com dezessete anos Snape passeava com Lílian Evans nos jardins de Hogwarts,
Tiago observava furiosamente das margens do lago negro... Snape e Líliam pareciam se divertir
muito juntos.


Harry não aguentou aquilo... Sua mãe se tornara amiga de Snape no último ano de Hogwarts?
Ele não a odiava? Snape pareceu sentir que invadiram sua mente pois ergueu-se rapidamente
e olhou para todos os lados. Após confirmar a ausência de todos chegou mais perto do túmulo.
Harry usou novamente a legimência.

"Mas que diabos ele acha que irá encontrar... Espere... O que é isso? Legimiens?
Alguem... OCLUMÊNCIA FECHAR A MENT..."

-Quem está ai? Gritou ele.

Harry decidiu que era a hora! Vingaria o diretor e detonaria Snape. Então se levantou num tom
corajoso e heróico e disse:

-Sou eu Snape!

-Potter? Que diabos acha que está fazendo?

-Vingando Dumbledore!

-Cale-se e deixe de tolices!

-Vou destruir você Snape! Harry fitava seu oponente com uma raiva mortal.

-Ah vai Potter? Gostaria de vê-lo tentar.

Harry não disse mais nada, ergueu a varinha a frente do rosto, imitado por um sorridente Snape.
Ambos fizeram um movimento ríspido para a direita.

Ali estavam ex-aluno e professor prestes a batalhar ferozmente dispostos a matar e a morrer.

-Um...Dois..Tres...

Harry tentou invadir a mente de Snape, mas nada conseguiu, e pego de surpresa por sua falha foi
atingido:

-CRUCIO!!!

Harry se contorcia no chão, quando conseguiu apontar a varinha e gritar:

-SECTUMSEMPRA!!!

Snape foi cortado na face caindo pra trás com as mãos no rosto.
Harry aguentara a dor quando pensou em Dumbledore. E em tudo que ele o ensinara desde
que se conheceram. Não fosse pelo homem a sua frente, seus pais estariam vivos, ele não teria
essa cicatriz e Dumbledore estaria vivo.

-EXPELIARMUS!!!

Snape foi arremesado pra longe e caiu dois ou tres metros longe de sua varinha.

-SOFRA SNAPE! CRUCIO!

Harry gritara com vontade. Snape urrava de dor, mas logo levantou-se sorrindo.

-Tolo! Lestrange já não lhe ensinou que raiva justificada não causa dor?

Ao dizer isso Snape mergulhou atrás de sua varinha e levantou-se com ela em mãos.

-AVADA KEDAVRA!

Harry saltou pra detrás do morro onde ele se escondera.

-Venha Harry! Duele como um homem!

Harry levantou-se, precisava tomar a dianteira da luta.
"Se ele me acertar eu já era... mas ele nao pode acertar o que não pode ver"

-LUMUS SOLLEN!!!!

Um jorro de luz muito clara irrompeu da varinha de Harry ofuscando a visão de Snape.

-AHHHHHH...POTTER EU TE PEGO!

Harry correu para os lados se esquivando de feitiços invocados por Snape que atirava
pra todos os lados na esperança de acertar Harry.

"É isso ai!" Pensou Harry que tomara a dianteira do duelo.

"ESTUPEFAÇA!" Mentalizou ele.

Snape defendeu sem olhar, agora que estava cambaleando e recuperando a visão.

-Posso não estar vendo Potter, mas sua oclumência é tão patética que posso prevenir-me
de olhos fechados, Dumbledore foi tolo de me mandar ensinar a você...

Harry ardeu em fúria.

-MALDITO! ELE CONFIAVA EM VOCÊ! ELE CONFIAVA EM VOCÊÊÊÊÊÊÊ!!! TRAIDOR!!!

-Que comovente... Está bravo? Mate-me!

-ESTUPE...

Snape bloquiara antes de completar. Então era isso, a oclumencia devia ser melhorada.
Harry fechou a mente, começou a se concentrar, fechou os olhos e os reabriu mais confiante.

"ESTUPEFAÇA" Pensou ele, e realmente Snape quase fora atingido por ele.

-Veja só! Parece que "O Eleito" não é totalmente burro afinal...
No fim das contas aquele velho tolo ficaria orgulh...

RAAASG!

Snape fora atingido por um Sectumsempra não verbal na boca, fazendo outro corte profundo
e jorrando mais sangue ainda.

-NÃO MENCIONE O NOME DELE!!! VOCÊ É INDIGNO!!!

Snape atirara vários jatos de luz verde pra cima de Harry que se atirava desesperadamente pra
longe das rotas dos raios de Avada Kedavra.

Harry ia atirar um Petrificus Totalus, mas Snape se precaveu novamente, ele esquecera de novo
de usar a oclumencia.

"Tenho de usar a oclumencia, tenho de usar a oclu..."

Enquanto pensava harry foi estuporado, caiu inerte no chão com uma forte dor no peito onde
fora atingido. Acabou pra ele... Snape vencera. Harry não tinha condições de se mexer, estava
a mercê de seu inimigo, quando jorros de luzes vermelhas irromperam quase que do nada e espantaram
Snape que fugiu rapidamente para a floresta proibida.

Sirius estava atirando em Snape vários raios de estuporação.
Chegou muito ofegante seguido por Rony, Hermione e Aberforth.

-Fugiu... O maldito fugiu... Disse Sirius ofegante observanto que pisara em uma parte vermelha
do gramado.

-Mas que diab...SANGUE! HARRY!!!???

Ao olhar, percebeu que ele não tinha cortes profundos, apenas arranhões de se jogar no chão.

-Parece que o Harry aqui fez algum dano ao Snape hehehe...

Os quatro foram até Godric's Hollow após relatar a Minerva sobre o ocorrido(Aberforth foi contatar
a ordem). Mac Gonagal contou que agora que Dumbledore se foi, bruxos muito poderosos como
Voldemort podem sim aparatar e desaparatar nos terrenos de Hogwarts, pois a magia enfraqueceu.
E cojitaram fechar novamente a escola.

Harry recuperou os movimentos em seu sofá na sua confortável casa numero sete de Godric's Hollow.
Após isso contou a todos o que vira e como duelara contra Snape.

-Cinco comensais, um melhor amigo e um professor de poções no mesmo dia... É Harry, esta muito agressivo
últimamente.. Brincou Sirius dando risadas, Harry dormiu em seu quarto enquanto Sirius dormia na sala
lhe escoltando.

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