A Horcrux de Helga



Capítulo 14: A Horcrux de Helga




Harry acordou muito tarde.
Passavam-se das duas da tarde quando ele desceu para comer alguma coisa.
Sirius e Hermione mantinham uma animada conversa sobre quem aprontara mais
em Hogwarts, se fora o trio de Harry, Rony e Mione, ou os Marotos.
Ao perceberem a presença de Harry o cumprimentaram.

-Bom dia senhor duelador! Cumprimentou Sirius sorrindo.

Harry olhou pra trás como se tivesse alguém mais além dele e respondeu
sorrindo:

-Bom dia almofadinhas!

-Bom dia Harry! Dormiu bem? Perguntou Hermione sorrindo.

-Durmi como um trasgo...

Harry apanhou um quarto de Grapefruit e alguns cozidos de aspargos com
abóbora que Hermione fizera.

-Hermione... Perguntou Harry ainda de boca cheia. E as anotações da cura?
Estão progredindo? Concluiu Harry após engolir o que mastigava.

-Ah Harry eu realmente não tive muito tempo ultimamente... Estava estudando
as anotações de Dumbledore, sabe, procurando pistas. Mas é provável que eu
consiga sim Harry!

Harry seguiu até o banheiro, após meia hora parecia um outro menino. Cabelos
caídos e molhados, olhar mais acordado e esperto, andava mais ereto.

-Meu Deus! O que um bom banho não faz! Exclamou Sirius sorrindo.

Harry sentou-se muito sério na cadeira da cozinha e disse aos dois:

-Vou buscar a taça de Helga!

-Agora? Perguntou Hermione.

-É. Tem um basilisco lá dentro, preciso tomar cuidado.

-Vou com você Harry! Disse Sirius muito sério.

-Eu também! Vou acordar o Ron! Ao dizer isso Hermione subiu as escadas pulando
de dois em dois degraus rapidamente

-Harry, nesse tempo em que eu fiquei fora você se tornou um bruxo aquém do
que eu podia imaginar... E acredite, sendo filho de quem é eu sempre tive altas
espectativas sobre você!

Harry sorriu sem graça, porém feliz e decidiu perguntar algo que pensara após
a "morte" de seu padrinho anos atrás.

-Sirius, uma vez você disse que quando entrou em Hohwarts após fugir de Azkaban queria
assistir eu jogando quadribol...

-Sim Harry! Queria ver se talentos naturais passam de pai pra filho.

-E o que achou?

-Que estava errado. Não foi Tiago quem eu vi nos céus aquele dia... Foi um Harry, muito
mais rapido, muito mais preciso, muito melhor jogador! A vitória contra a sonserina foi
perfeita! Vibrei como se fosse novamente um primeiroanista da Griffinória.

Harry sentiu uma grande alegria em ouvir aquilo. Seu pai ficaria orgulhoso se fosse vivo.
Rony desceu as escadas esfregando os olhos e perguntou:

-Harry, quer ir buscar a Horcrux hoje?

-Sim Ron... Pretendo porque?

-Simplismente porque você não pode estar em dois lugares
ao mesmo tempo...

-Não entendi.

-Harry, você tem um jogo de Quadribol hoje! Contra os Morcegos...
Os Hail de Balycastle!!!

Harry assustou-se com a notícia. Era hoje o dia em que faria a primeira apresentação
da temporada. Jogaria pelo seu time Harpias de Holyhead logo mais a noite.

-Perdi alguma coisa Harry? Ouvi dizer Hail de Balycastle? Perguntou Sirius interessado.

-É mesmo! Você ainda não sabe que vou jogar no quadribol profissional não é?

-MEU DEUS HARRY! ERA O SONHO DE TIAGO!!!!

Harry sorriu.

-Ainda tem a Firebolt que eu te dei? Perguntou Sirius. Ah droga... Fazem anos...
Não me diga que saiu de linha? Você conseguiu uma mais moderna?

-Na verdade, depois da Firebolt só foi lançada uma vassoura... Disse Harry meio sem jeito,
afinal, não iria jogar com a vassoura que Sirius lhe dera de presente.

-É mesmo? sempre fui fanático por vassouras! Cleansweeps, Nimbus, Seringers e Firebolts.
Posso dar uma olhada em sua nova vassoura Harry?

Harry assentiu com gosto já que percebera que o padrinho havia entendido perfeitamente
que para Harry era mais conveniente usar a nova.

-ACCIO FIREBOLT NIGHTCAST!!!!!!!!

Uma vassoura de madeira preta muito lustrada desceu as escadarias voando até as mãos de
Harry, que estendeu para que o padrinho a apanhasse.

-UAU! DEMAIS HARRY! Será que eu poderia... Bem...

Harry sorriu.

-Claro! Vá em frente!

Sirius abriu a porta para a ensolarada tarde do vilarejo bruxo, montou a vassoura e saiu
voando numa enorme arrancada para os céus.
Dez minutos se passaram até que Sirius retornou com os cabelos jogados pra trás rebeldemente.

-uau Harry! É a maior evolução que eu já vi!

Harry se aprontou em alguns minutos e partiu para o estádio sedie dos Harpias de Holyhead.
O estádio também era conhecido como Ninho das Harpias.
estava lotado. era imenso e Harry
sentiu um enorme frio agourento na barriga.

Harry adentrou o vestiário ja vestido com os uniformes do time, e cumprimentou um a um todos
os companheiros de equipe.

-Faltam cinco minutos! Gritou um bruxo gordo da porta.

-Nervoso Harry? Perguntou Guga Jones, muito confiante.

-Um pouco pra falar a verdade.

-Relaxa, vai dar tudo certo! Se precisar de qualquer coisa tem uma amiga aqui hein!?
Ao dizer isso ela bateu no ombro dele e lhe deu uma piscadela, segundos depois virou-se e
caminhou para o corredor com a vassoura em mãos.

Harry sorriu para ela. Não era de todo uma pessoa agradável mas mostrara ser solidária.
E percebera que Harry suava frio e tremia de ansiedade.

-Hei Arry! Venha cá! Disse um homem corpulento que Harry reconheceu sendo p senhor Ridic.

-Sim senhor...

-Boa sorte meu garoto! Se ganharmos o jogo de abertura você receberá um bônus!

-Bônus?

-É... Algo entre nós! Fiz umas apostas que você vai ser o destaque do jogo!

-Senhor, obrigado a confiança mas...

-Nada de "mas"!

-O velho Ludo Bagman ganha de mim nas apostas desde que me entendo por gente. Agora
ele não sabe quem será o novo apanhador, então apostou que será um vexame!

Era verdade, sem a imprensa Harry estrearia como total novidade.
Será que os convites anonimos que enviara pela coruja de última hora haviam chegado a
tempo? Será que estariam lá para assistir no camarote?

Harry sentiu um grande frio na barriga quando ouviu o homem falando:

-Apresentar-se no campo!

Era incrível que seus companheiros de equipe estivessem agindo tão naturalmente.
Suas entranhas se contorciam e ele não estava certo se conseguiria jogar.

Harry seguiu os outros tentando não aparentar nervosismo. Uma voz aumentada pela magia
sonorus anunciou:

-Num oferecimento de nossos patrocinadores da temporada, a marca mundialmente
conceituada de vassouras FIREBOLT! E o jornal Profeta diário, que volta as suas
atividades amanhã!

Após uns seis ou sete segundos ele continuou:

-O time da casa, Harpias de Holyhead, vem com um novo e misterioso reforço, por outro lado,
Hail de Balycastle não perde pra os Harpias a quase trinta anos. Os Harpias estão prontos
para entrar! Com os números 2 e 3, os batedores, John Letter e Allan Spoke!

Os dois homens mais fortes e mais altos do time entraram voando na claridão ofuscante do
estádio, eram muitos gritos de euforia da arquibancada.

-Com a 9, 10 e 11, as artilheiras, Guga Jones, Evangeline Sparrow e o artilheiro
Luca Brazili!!!

Foi quando Guga adentrou correndo o gramado muito verde e muito bem cuidado sobre aplausos
e vaias ensurdecedoras da torcida, seguida por Luca e Evangeline.

Harry percebeu que Os gritos para Guga foram bem mais avantajados do que os primeiros.

-Agora, com a 1, a goleira Margareth Spillmans!!!

A mulher ao seu lado montou a vassoura e partiu pelo portal. Harry ficara por último,
era o que todos esperavam. A novidade do time.

-E AGORA... A NOVIDADE MAIS ESPECIAL DA TEMPORADA!!! O REFORÇO DOS HARPIAS!!! A ESPERANÇA SOB
VASSOURA... VOCÊS JÁ O CONHECEM!!! EU TENHO O PRAZER DE APRESENTAR...

Harry montou a vasoura.

-...HAAAAAAAAAAAARYYYYY POTTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Então ele aproveitou a deixa de seu nome para entrar voando no estádio lotado.
Era uma visão impressionante. Vazio, ja era algo estrondoso, cheio de pessoas
assistindo era ainda mais magnífico. Harry deu um rasante pelas arquibancadas
ouvindo gritos ensurdecedores, ainda mais frenéticos do que os de Guga Jones.

-A NOVA CONTRATAÇÃO É NADA MAIS NADA MENOS QUE HARRY POTTER! DIZEM POR AI
QUE ENQUANTO ESTEVE EM HOGWARTS NÃO HOUVE JOGADOR A SUA ALTURA!

Harry estava com uma maravilhosa sensação que mesclava felicidade, êxtase,
ansiedade e nervosismo.

Todos se endireitaram ao meio do campo, que possuía um gramado tão fofo e verdejante que
parecia não machucar em uma ocasional queda.

-Aos seus lugares! Gritou um juiz bigodudo. Quero um jogo limpo e bonito!

Soou o apito.

Todos partiram instantaneamente de suas posições, uma goles foi arremessada
ao alto, duas bolas negras e muito pesadas chamadas balaços foram soltas e um
pequenino círculo dourado equipado com asas, que voou graciosamente depois
sumiu em tamanha velocidade.

Harry partiu para as alturas, seguido por um homem negro e muito alto de
aparência bruta. Abaixo deles, Guga Jones arrebatou a goles das mãos de um homem
chamado Frinishc Aldebra, e tocou para Luca Brasi. Luca fingiu deixar a goles cair,
e quando o adversário pensou em descer para apara-la, Evangeline surgiu segurando
o pomo e lançando em profundidade para Guga. A artilheira segurou firme e fez um
giro da preguiça para desviar de um balaço, no meio do giro, arremessou muito bem,
com força e no aro mais distante do goleiro. Incrivelmente, o goleiro avançou numa
volta de meia lua e antecipou-se a frente da goles, defendendo-a com a ponta da
vassoura e segurando com apenas uma das mãos.

Harry teve a impressão de ouvir o narrador gritar algo como "Woodástico".
O que seria? Mas não teve tempo pra continuar seus pensamentos, pois o apanhador
adversário avançou em uma investida contra o solo, Harry o seguiu na esperança de
um possível pomo.

Era verdade, o pomo estava a uns oito metros de onde estavam os dois apanhadores, mas
Harry não conseguia tomar a dianteira, o bruxo bloqueava a passagem com a própria
vassoura e com o pesado corpo.

O pomo inclinou-se para as arquibancadas, e Harry tomou o caminho lateral mais rápido
que seu oponente, passando por baixo dele, isso rendeu algumas palmas e gritos da torcida.

Harry esticou o braço, estava a menos de dois metros do pomo, mas algo fez com que ele
perdesse a velocidade. O apanhador adversário havia segurado sua vassoura pelo cabo,
e com um sorriso malandro, tomou a dianteira de Harry.

Na defesa dos Harpias, a goleira Margareth estava levando sufoco, cinco arremessos
seguidos do time de Balycastle, Harry percebeu que o placara continha vinte a zero
para os visitantes.

O pomo subiu até ficar na altura dos refletores e sumiu com a ofuscação de
vistas, Harry prosseguiu mais um pouco até se dar conta de que o pomo devia estar
longe dali.

De repente, um grito de susto veio das arquibancadas, Harry teve menos de um segundo
pra desviar de um balaço que passou ventanejando contra seu baço. Um homem muito largo
com um taco na mão ergueu-se sorridente, o balaço errante atingiu um dos refletores
explodindo muitas lâmpadas.

Um homem magro de aspecto doente ergueu-se calmamente e falou:

-Wingardium Leviossa!

Os milhares de cacos pairaram sobre o ar.

-Reparo!

Como se rebobinassem o tempo, os cacos se reuniram concertando o
refletor norte.

Enquanto isso, Guga havia jogado a bola por cima dos tres artilheiros driblando e
passando pra Evangeline, que abaixou-se da goles como se fosse um balaço, isso confundiu
o exelente goleiro, e logo em seguida, Luca Brazili aparou a goles e marcou, sem
chances para o goleiro, trinta a dez.

Harry voou pelo estádio a procura de um brilho dourado, percebera muitos, que na
maioria eram truques da platéia e de fogos comemorativos.
Um balaço ia na direção de Allan, que o rebateu certeiramente contra a cabeça de um dos
artilheiros adversários. Ao ser atingido, o homem voou na direção oposta da vassoura
que continuou seu trajeto frontal sem um piloto.

Harry assistia a queda quando algo de estranho no solo lhe chamou a atenção.
Era um brilho cor de ouro que se movia de um lado para o outro, era o pomo de ouro.

Harry desceu fulgaz sentindo a ventania da velocidade lhe fustigar o rosto.
O apanhador adversário seguiu Harry velozmente. Ao chegarem perto, o pomo girou para
as laterais numa clara tentativa de despistá-los, de fato, o apanhador do Hail de
Balycastle saiu da rota do pomo duas vezes, sendo vaiado pela torcida.

Harry estava em nítida vantagem, imitando e até antecipando cada movimento do pomo.
Foi então que o batedor do time adversário resolveu intervir, atirou contra Harry um
balaço que o atingiria de frente, Harry ergueu-se deixando só as mãos na vassoura, e
num giro rápido de braços, fez com que o balaço passasse por entre os dois.
O apanhador dos Balycastle que vinha logo atrás de Harry foi pego de surpresa pelo
desvio inesperado do oponente, e foi atingido na boca pelo balaço.

O coração de Harry disparou. Não era pelo susto do balaço, nem pelo receio do adversário
ter se ferido, mas sim pelos calorosos gritos de euforia da torcida.

Ele nunca recebera antes uma torcida tão imensa.
Harry continuava no encalço do pomo, que subia e descia rodopiante, mas sempre seguido
de perto por Harry que recebia uma salva de aplausos a cada invertida difícil de vassoura.

Guga Jones marcava o quinto gol dela pelos Harpias, o placar estava cento e setenta a cento e
vinte a favor dos Hail de Balycastle.
Se Harry captura-se o pomo agora, seriam vencedores da primeira partida do campeonato,
e vencer na abertura era importante para seguir bem na competição.

O pomo desceu mais, Harry também, a cada metro mais próximo do chão, mais pessoas
levantavam de seus lugares anciosas na expectativa da captura. Harry inclinou o cabo da
firebolt nightcast quando estava a poucos metros do chão. Não era o suficiente, o pomo
voava tão baixo, que fazia um rastro de poeira levantada pelos lugares onde passava, Harry
desceu ainda mais.

Era arriscado tocar o chão a qualquer instante, pois estava tão rente que tinha a sensação
constante de queda. O pomo começou a vacilar para a esquerda, Harry aproveitou o pequeno
indício para fazer a antecipação. Guinou-se para a esquerda segundos antes do pomo e na
velocidade em que estava chegou primeiro.

Harry esticou o braço e deu um rápido tapa no ar. Quando abriu a mão tinha nela o pomo,
parado mansamente como se sempre fosse uma bolinha inerte.

A multidão enlouquecera. Os coros de "Harry, Harry, Harry..." Eram ensurdecedores.
Os jogadores do time desceram assim que perceberam a captura e abraçaram Harry de um jeito
exagerado.

-MUITO BEM HARRY! SABIA QUE SE DARIA BEM! Gritou Guga Jones eufórica.

Uma hora se passou até que o estádio esvaziasse. Harry saia do vestiário satisfeito
consigo mesmo, fizera um bom jogo, estava nas graças da torcida e ganhara uma bela quantidade
de Galeões, que emprego poderia ser melhor?

Era bem verdade, que a poucos anos atrás ele começara a suprir um sonho de ser auror,
mas depois de ver a sujeira e o fascismo do ministério, Harry decidiu não trabalhar com
nada que fosse relacionado.

Ao sair do estádio não havia ninguém esperando por ele. Ele esperava que todos estivessem
lá para lhe dar os parabéns, mas pelo jeito nem assistir o jogo eles haviam assistido.

Ao aparatar em sua casa em Godric's Hollow percebeu mais rastros de magia de aparatação,
mais pegadas no gramado, e uma movimentação atípica no interior da casa.

Harry não acreditava que os comensais atacassem novamente do mesmo jeito, mas algo estava
errado naquilo.
Fizera um trajeto diferente do que usara contra os comensais da primeira vez.
Aproveitou que estava com sua vassoura e voou até a varanda de seu quarto, ao chegar lá abriu
a porta devagar e reparou um corredor deserto, mas uma sala um tanto barulhenta.
Que havia um alvoroço no térreo era inquestionável, mas a pergunta era, quem era o causador?

Harry desceu com a varinha em punho, e ouviu uma voz rouca e grave anunciar sua chegada.

-Se não quiserem ser atacados por Potter é melhor revelarem logo a surpresa!

Alastor Moody vira a chegada de Harry com seu olho mágico. Tinha um sorriso satisfeito no rosto.

-PARABÉNS HARRY!!!! Disseram várias pessoas em coro com uma sala abarrotada de comida.

Harry se surpreendeu, eles tinham assistido e correram pra preparar alguma comemoração

-Vigilância constante hã Harry!? Gostei de ver hehehehe... Alastor Moody sorria orgulhoso.

Harry sorriu em troca e olhou para todos em sua comemoração.
Uma a uma, todas as pessoas cumprimentaram Harry.

-Porque não nos contou antes Harry querido? Perguntou a senhora Weasley lhe dando um grande
abraço.

-Eu... Queria fazer uma surpresa! Não era verdade, Harry se esquecera completamente do novo
emprego por causa de suas tarefas mais importantes.

Na noite que se passou eles festejaram por horas, até que os convidados começavam a ir embora.
Ficaram apenas Harry, Rony, Hermione e Sirius.

Sirius havia decidido permanecer uma grande parte de seu tempo ao lado deles,
só assim poderia auxiliar na busca e destruição das Horcruxes.

-Amanhã saímos em busca do orfanato! Disse Harry para os três antes de subir para seu quarto.

Ao chegar em seu quarto Harry sentou-se em sua cama. Ficou horas e horas pensando.
"Quem será R.A.B?" "Porque se passa por Régulo?" "Como vou passar pelo basilisco?"

Após muito tempo, Harry adormeceu. Diferentemente do que se acostumara nos últimos meses,
não teve nenhum pesadelo. Não haviam dementadores, Snapes, Ginas em gaiolas nem Lordes.
Simplismente estava voando. Sem vassoura, sem Testrálio, sem hipogrifo. Sozinho.
Os céus mudavam de cor em intervalos curtos de tempo. Harry não sabia onde queria chegar,
nem pra que, mas precisava ir até lá.

Quando acordou, Harry percebeu não ser muito tarde, pois os raios de Sol que lhe batiam às
janelas estavam fracos e claros. Harry levantou-se, foi até o banheiro e saiu de lá arrumado
e de banho tomado com uma decisão na cabeça:
"A Horcrux de Helga será destruída!"

Quando chegou na sala, foi abordado por uma coruja que entrou pela janela e lhe entregou um
exemplar do profeta diário, na foto de capa, estava uma grande foto de Harry, que voava
e capturava o pomo de ouro, na matéria haviam as escrições:

"Novo reforço Potter é destaque na partida de abertura da liga
inglesa de Quadribol (Pags 7-10)"

Harry sorriu e abriu o jornal para folhear, quando percebeu as seguintes notícias:

"Enxame de Dementadores manda dez para o ST. Mungus, seis deles sem a alma.

Nessa madrugada, cerca de cem Dementadores atacaram o vilarejo de Bervelycehas.
Sem aviso e pegos desprevinidos, os moradores ficaram a mercê dos Dementadores.
Seis beijos do Dementador foram dados, e como se sabe, a alma é eternamente
aprisionada, não fosse por um bruxo não identificado que conjurou um exelente patrono
muito potente, os numeros seriam maiores. Há quem diga que o patrono era um falcão,
expeculam-se Harpias, mas o mais cojitado pelas testemunhas foi realmente uma Fênix.

Dicas para evitar Dementadores..."

Harry arregalou os olhos, seis almas aprisionadas... Era algo realmente ruim e
preocupante.

Duas horas se passaram até que Hermione, Rony e Sirius se arrumassem.
O motivo da demora é que Hermione e Rony tomaram café da manhã em particular demorando o
óctuplo do que demorariam dias atrás.

Por fim, eles decidiram sair. Harry disse:

-Muito bem! Vamos aparatar pra lá então!

-Errr...Harry, não sabemos onde fica... Não podemos aparatar.

Era verdade, Harry teria de ir sozinho, mas foi então que teve uma idéia,
levou os amigos até a penseira e mostrou-lhes o lugar, só então puderam aparatar até
o orfanato de Riddle.

Apareceram à porta do lugar, haviam muitos trouxas no local, mas nenhum parecia notar
o velho orfanato. Voldemort deveria ter utilizado um feitiço anti-trouxa.
Os três entraram pra um velho corredor com azulejos dispares e muito empeirados.
Pelo caminho, Hermione soltava vários gritinhos, sendo sempre abraçada por Rony, que
a acalentava em seus choramingos.

O motivo da tristeza de Hermione eram vários corpos no chão. Na maioria crianças.
Os corpos das crianças estavam começando a se decompor, era uma das cenas mais bizarras
que eles ja haviam visto na vida.

-Muito triste... Disse Sirius Black segurando algumas lágrimas nos olhos, com uma
expressão que ia de depressão ao ódio por Voldemort.

Harry falou:

-É aqui!

-Harry tudo que vejo é uma parede...

-Por enquanto...REVELIO!

Chamas irromperam do rodapé da parede, e começaram a subir em brasa pela parede lisa,
formando um portal e revelando escardarias sombrias abaixo.

-Fiquem atentos para os rastros de magia!

Harry começou a descida sombria que sabia terminar em um sétimo de seu destino.
A Horcrux de Helga Hufflepuff. Pelas escadas, Harry nada mais via além de dois
metros de lances de escadas, que pareciam se repetir várias e várias vezes.
O mais intrigante, era que em intervalos muito parecidos eles viam ossadas humanas
em formas idênticas, todos os restos mortais estavam em igual posição. Seria um ritual?

Quase cinco minutos de decida se passaram quando Hermione resolveu quebrar o silêncio
e intervir.

-Harry, no seu sonho demorava mesmo assim?

-Pra falar a verdade não Mione... Muito menos.

-Percebi estarmos no meio de um ciclo de magia, mas não conheço bem qual é,
por isso não posso dizer exatamente o que está acontecendo.

-Acho que posso ajudar... Disse Sirius muito sério saindo da escurdidão que o
envoltara quando se recostou nas paredes.

-Como? Perguntou Rony que parecia assustado.

-PREMONITÓRUM! Ao dizer isso, a varinha de Sirius soltou dois raios amarelos,
um apontava o caminho das subidas e o outro o das descidas.

-O Premonitórum foi uma magia inventada por Tiago há muito tempo atrás, mostra o
que há de errado ou intrigante, ou vestígios de magia remanentes.

-O que esses raios amarelos estão indicando Sirius? Perguntou Hermione.

-Que há algo de errado tanto acima, quanto abaixo de nós, e que há magia por toda a
volta.

-Tenho uma teoria... Disse Harry.

-E qual é? perguntou Rony.

Harry não disse nada, apenas aumentou a intensidade de seu Lumus.
Após isso pareceu nem ouvir o amigo, e inesperadamente disse:

-Fiquem aqui! Já volto... Eu acho!

Harry desceu as escadarias correndo o mais rápido possível, algo estava errado
naquele lugar, e ele tinha uma boa idéia do que poderia ser.

Menos de um minuto se passou até que Harry visualizou abaixo dele um ponto luminoso
e ouviu algumas vozes. Quando Harry chegou perto o barulho de seus passos anunciaram
a sua chegada, as vozes sumiram abruptamente, quem quer que fosse aguardava Harry
anciosamente.

Mas ele já fazia idéia do que encontraria ali. E no momento que desceu até o lance
ouviu tres vozes tentarem lhe estupeficar, então rapidamente ergueu a varinha e gritou:

-PROTEGO!

Os lampejos ricochetearam pelas paredes das escadarias.
E como Harry previra, lá estavam Rony, Hermione e Sirius, confusos e parados.

-Entenderam? estamos realmente andando em círculos! É o primeiro desafio de Voldemort!

-Você não viu essa parte nos seus sonhos Harry? Perguntou Rony.

-Não Ron... Ele fazia movimentos estranhos de tempos em tempos... Mas não os vi.
Parecia empurrar alguma coisa, ou puxar, não sei.

-Tente se lembrar Harry! Ou ficaremos presos aqui por um bom tempo.

Harry puxou os detalhes de seu sonho legimente. Voldemort descia as escadas, e
passava por cima do cadáver que viram tantas vezes, pouco depois disso empurrava algo
para a esquerda.

-Vamos até o cadáver!

Os tres desceram rapidamente até acharem o corpo.

-Por aqui! Procurem vestígios de magia!

Harry olhou para frente forçando sua visão, mas nada parecia existir ali além
da já conhecida continuação de escadarias, mas foi então que algo começou a surgir.
Uma espécie de névoa muito rala se destacava dos demais lugares.

-É AQUI! ACHEI!

Harry tentou tocá-la, se conseguiria não sabia, mas sua fé e sua intuição diziam que sim.
Suas mãos vagavam ao nada, locomovendo-se no invisível. De repente, elas foram aparadas por
algo no ar. Não era nada sólido, tampouco líquido. Tocar magia era uma sensação desconhecida
das demais, comparar isso com qualquer coisa seria como comparar o Dragão Norueguês Norberto
com o bichento.

Suas mãos conseguiram empurrar a barreira invisível para a esquerda, revelando um
novo caminho.

-Muito esperto Riddle! Mas não o suficiente! Disse Harry sorrindo orgulhoso e descendo
as escadarias.

Os tres desceram por mais uns trinta segundos até que Harry parou bruscamente.

-O que foi Harry? Perguntaram os tres quase que ao mesmo tempo.

-Como assim o que foi? Não há mais escadas!

-Está louco Harry como voc... Hermione calou-se no meio de sua frase, acabara de perceber
que o amigo estava certo, as escadas que eles enchergavam eram apenas um truque, e como
Harry estava atento demais ao menor sinal de magia nem sequer viu a falsa ilusão, uma vez
que percebera algo de falso.

-Do que estão falando? Perguntou Sirius intrigado.

-Não há escadas á sua frente Sirius! São ilusões! A continuação está longe.

Harry a observou por alguns segundos, sempre pensativo.
Foi quando sem prévio aviso grirou o corpo nos calcanhares empunhando a varinha para o
precipício e disse:

-CARPE RETRACTUM!!!

Uma corda em fogo irrompeu da ponta da varinha de Harry, com um gancho em brasa na
extremidade, o gancho se fincou no concreto da continuação da escadaria verdadeira.

-Segurem em mim!

Os tres obedeceram, mal haviam tocado em Harry e o gancho preso na outra parte da escada
começou a engolir rapidamente as cordas em chama viva. Harry, Rony, Hermione e Sirius foram
puxados para a a continuação da escada em tamanha velocidade que seus cabelos foram
arremessados para trás, e seus estômagos ficaram gelados.

Os tres cairam desequilibrados no outro extremo da escada.

-Harry, não seria mais fácil conjurar uma escada verdadeira sobre a falsa? Perguntou
Sirius massageando o alto da cabeça.

-É... Deve ter sido isso que Voldemort fez pra chegar até aqui...
Já que eu não o vi pulando um monte de escadas... Disse Harry sem graça pondo-se de pé.

-Não importa como chegamos! O importante é que estamos aqui! Disse Hermione séria apontando
um portal. Era muito escuro nada se via por além da fenda.

Harry sabia que ali se escondiam perigos mortais.
Pelo menos dois que ele já conhecia. Harry não podia negar que saber o que encontraria era
uma grande vantagem, mas isso não o acalmava.

-Escutem! Há um Basilisco lá dentro! A essa altura ele ja deve saber que estamos aqui...
Fizemos muito mais barulho do que eu esperava. Alguém sabe alguma tática pra não olhar direto
nos olhos dele? Harry dizia em voz baixa e anciosa.

-Eu tenho uma idéia! Os olhos do Basilisco são mortais enquanto enchergam, por causa da íris
forte, se dilatarmos os olhos dela, ou mesmo a cegarmos, ela não poderá nos matar só com o olhar,
mas temos de fazer isso sem olharmos pra ela. Após a frase, Hermione fizera menção de dar uma
olhada temedora para o portal que escondia a Horcrux.

-Harry o cega, eu o mato, Hermione averigua qualquer outro perigo possível e Rony apanha a Horcrux!

-Certo... Concordaram eles em coro.

-Há mais coisas que precisam saber, caso tentem uma magia convocatória a sala se enche
de avadas kedavras, o único ponto livre é um "X" marcado a sangue no chão.

-Harry, pra cegá-lo sem olhar, você precisará de muita coragem... Faça a magia
inventada por seu pai, o Premonitórum, um raio vermelho indicará o perigo mortal,
um raio amarelo indicara algo de estranho, e um raio negro indica segundos de distância
entre você e a morte, espere o raio vermelho começar a enegrar, é sinal que ele estará
perto, e vire-se de olhos fechados invocando o seu Lumus mais forte! Como está muito escuro
e suas pupílas estão contraídas, a luz excessiva o cegará! Mas pra garantir, use logo após
o feitiço Conjuntivictus! Sirius parecia tenso.

-Vamos então! Boa sorte pra nós! Disse Harry forçando um sorriso.

Harry foi o primeiro, adentrou a escuridão imensorável do salão, sendo quebrado apenas por
uma luz azul que saia do meio da sala.
Harry ouviu uma voz ofídica sibilar algo para ele.

-Invasoresss! Mortesss! E com essas palavras algo pareceu rastejar pra perto dele.

-PREMONITÓRUM! Gritou Harry fazendo um raio amarelo ir da varinha pra algo longe das suas costas.

-Que sssserão oss invasoresss??

Harry suava frio, o basilisco já planejava os matar. Mas Harry decidiu adiantar a cegueira de
seu oponente reptílico, e surprendeu a si mesmo quando disse no mesmo tom ofídico:

-Venha me buscar! Estou aqui! Vou matar seu mestre!

De súbito um enorme réptil avançou rápido contra ele da escuridão.
Imediatamente a luz de sua varinha tornou-se vermelha, logo depois negra, misturando-se
com a escuridão e anunciando o perigo imediato. O coração de Harry deu um salto, e junto
dele, o próprio Harry, que mergulhou para a esquerda com os olhos fechados e gritou:

-LUMUS SOLÉM!!!!! LUMUS MAXIMA!!!!!

Um silvo reptílico estridente de dor se espalhou pelo local, o eco do sofrimento do basilisco
estremecia os alicerces, mas não era uma situação pra ter pena, e sim, glória.

-CONJUNTIVICTUS!!! Harry não dera tempo do réptil se reerguer, atingiu seus olhos que incharam
muito.

Nesse momento os tres invadiram a sala correndo, Hermione parou perto de um "X" marcado no chão
e começou a avaliar o local. Rony correu em direção ao centro do salão, onde estava a horcrux de
Helga, e Sirius atingia o basilisco com vários feitiços.

O plano estava dando certo, mas os raios do Premonitórum de Harry surgiram novamente, estavam
amarelos apontando um lugar a frente de Rony, que corria na direção do perigo.

-RONY PARA!

Rony olhou para o amigo diminuindo sua velocidade.

-O que há Harry?

Mas a resposta não precisou ser dita, trevas imergiram da parede engolindo Rony.

-SOCORRO ME AJUDEM! POR FAV...

Hermione correu para o local e se atirou em meio as trevas, que por um momento ficaram
confusas e acabaram engolindo Hermione pra dentro da parede.

-MIONE NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!

Harry sentiu um enorme pesar na garganta e no estomago. Estaria Hermione Granger morta?
Mas havia mais coisas com o que se preocupar, uma delas era o estado irracional de Rony
que apontou a varinha para a horcrux e gritou:

-HARRY, SE PEGARMOS A HORCRUX TALVEZ ELA VOLTE!
ACCIO...

Harry percebeu o erro do amigo, na cólera do desespero, Rony esquecera dos avisos de Harry.
Ele teve dois segundos pra mergulhar no "X" escrito a sangue no chão.

...HORCRUX!!! Concluiu Rony observando a taça vibrar lentamente em cima do espaldar.

Harry sabia o que viria a seguir e gritou a primeira coisa que lhe veio na cabeça pra
salvar Rony:

CARPE RETRACTUM!!!

A corda em chamas irrompeu novamente, infincando dolorosamente o gancho metálico no braço
de Rony, que foi atravessado de um lado ao outro, espirrando sangue por todas as partes de
suas vestes. Rony foi puxado rapidamente na direção de Harry, aterrisando milésimos de segundos
antes de raios verdes lotarem a sala.

Deu certo, Rony foi salvo. Mas agora ele gemia no chão quase desmaiando de dor.

-Rony! Descanse! eu pego a horcrux!

-Salve Mione Harry... Por favor! Eu sei que você pode! Já salvou Gina... Papai...
gente tão importante pra mim! Sei que consegue de novo! Dizendo isso Rony virou-se de borco
apertanto o braço ferido.

Harry levantou-se e olhou por todo o salão a procura de Sirius, mas tanto ele, quanto o basiliscos
haviam sumido.

-LUMUS!

Harry seguiu a trilha vazia de obstáculos procurando vestígios de magia e sinais do
Premonitórum. Assim como no sonho, nada aconteceu. O caminho pelo meio era o mais seguro.

Harry olhou com ódio para o espaldar, mas estava feliz de finalmente ter conseguido
chegar até lá. Apanhou a taça na mão e sentiu-se muito bem ao lembrar de Dumbledore.

"Aqui está Alvo! Todos os seus esforços pra me ensinar não foram em vão!"

Mas alguem o puxou pelo braço e disse:

-Não tão cedo Potter!

Harry virou-se assustado, quem seria?
Mas pra seu espanto, um Tom Riddle de 10 anos o encarava com ódio, coragem e e aversão.

-Riddle?

-Sim! Como um mísero bebê... Como pôde derrotar o...

-...Bruxo mais grandioso de todos? É o que ia dizer? Completou Harry.

-Sim!

-Entenda uma coisa Tom, o que ele faz não é nem de longe algo grandioso...
Grandioso seria ajudar os outros! Manter amigos, lutar por coisas boas, isso
seria grandioso Tom... A única grandiosidade do seu futuro são as más escolhas.

-Não são escolhas Potter, são o poder!

-Poder? Quem quer esse tipo de poder?

-EU QUERO POTTER! Não há bem... Nem mal. Há apenas o poder, e aqueles que são
fracos o suficiente para obtê-lo.

-Sim... Sabia que você diria isso...

Harry percebeu se tratar da alma de Voldemort, assim como no segundo ano enfrentou uma alma
adolescente que frequentara Hogwarts, agora enfrentaria a criança que frequentara o orfanato.

-Vou sugar a vida de sua amiga trouxa! E tornar ao Lord atual duas vezes mais poderoso! Pois
mais uma parte de sua alma se fortalecerá!

Harry lembrou-se que o Riddle da câmara queria fazer algo parecido com Gina na ocasião.

-Enganasse jovem Tom... Você irá destruir seu mestre!

-Como disse? Porque acha que eu...

-Duas coisas que você não está levando em conta Tom... Primeira, ela é uma sangue ruim não é?
Não é o que você diz sobre os mestiços?

-Sim, mas o que isso...

-Voldemort não gostaria de se fortalescer nas custas de alguém assim... Ele gostaria de alguém
de sangue puro! Alguém como eu!

-E a segunda?

-Amor... Ela é capaz de sentir isso, e Voldemort desprezaria ter esse sentimento em sua alma.

-Maldição... Você está certo Potter... Mas isso não quer dizer que eu polparei a sua vida!

-Não estou pedindo que o faça. Estou propondo um duelo... Em troca, quero que solte a
Hermione.

-De acordo... Mas só se me vencer!

Harry percebeu o peso que estava sobre suas mãos, falhar não era nem de longe aceitável.
Usara o velho ego, orgulho e preconceito de Riddle contra ele mesmo, alertando-o contra a raça
de Hermione e propondo um desafio. Mais uma vez os ensinamentos de Dumbledore sobre Riddle
se provaram de extrema utilidade.

Harry reparou que o Riddle não tinha varinha, como seria o duelo?

-Como duelará sem uma varinha Tom?

-Não me chame de Tom... Chame-me pelo meu pseudo nome! Lord Voldemort.

-Ainda falta muito pra seu estado de esírito tornar-se Voldemort!

-Será mesmo Potter? E quem é você pra saber das coisas?

Harry pensou em muitas coisas, como "não sou ninguém", "Harry...Só Harry" como respondeu
uma vez ao gigante Hagrid, mas a verdade é que ultimamente ele não se sentia mais o mesmo de
sempre. A morte de Dumbledore lhe amadureceu muito, uma vez que seu mais forte aliado se fora,
Harry percebeu a grandiosidade de seus atos para todo o mundo.

Não estava nas mãos de Hermione, nem de Rony, nem na de mais ninguém. Só ele, Harry poderia
reverter essa situação, e por isso deixou de se menosprezar como sempre fizera antes.

"Não sou ninguem?" Era uma mentira. Harry havia finalmente percebido o grande bruxo que é.
Não pelo duelo com Snape, não pelo duelo com os comensais, nem por duelo nenhum. Mas
sim por seus ideais. Harry lutava pela paz, felicidade e tranquilidade de ambos os mundos.
E sua nobreza de coração e sua determinação a vencer era o que fazia dele o grande bruxo que
percebera ser.

Ele não era mais "Harry... Só Harry." foi então que ergueu a cabeça para responder para a sétima
parte de espírito de Voldemort que se encontrava diante dele:

-Quem sou eu? Harry Potter, o eleito!

A expressão de Riddle endureceu na hora, como se pela segunda vez na vida sentisse medo.
Olhou com um ódio pavoroso para Harry, que manteve a expressão séria encarando Riddle nos olhos.

-Eleito não é? Acredita nessa tolice? Perguntou um nervoso Tom.

-Sim Riddle. Harry respondeu com simplicidade, e então ergueu a varinha diante do rosto.

Riddle usou os artifícios que usava na época, tentou usar o poder mental sem varinha
para atingir Harry. Era absurdo que uma criança de dez anos soubesse usar um Cruciatus
sem varinha e não verbal, mas Harry sentiu a dor lhe aflorar a pele.

Sua cicatriz queimava, e ele começou a seder. Seus joelhos atingiam o chão com força,
fazendo suas entranhas amolecerem em uma dor preguiçosa.

-É isso que tem pra me mostrar Harry? HAHAHAHAHAHAHA... Eleito...

Harry ouvia a distante risada de Riddle, e percebeu que a luta estava muito aquém do que
planejara, precisava retomar o controle, foi então que ergueu a varinha e gritou:

-ESTUPEFAÇA!!!

Um jorro de luz vermelha partiu na direção de Riddle, que se assusou, mas foi atravessado
pela magia sem sentir nada.

-HAHAHAHAHA... Não foi muito eficaz foi Harry?

Ele não podia ser atingido pelo feitiço... E agora? Como Harry sairia dessa?

-Tom, Tom... Dor física não me destruirá... Apenas me fará sofrer é verdade... Mas enquanto não
destruir minha mente, o que duvido que consiga fazer, estarei inteiro e de pé!

Harry usava o ego inflado de Tom novamente contra ele, uma vez que lhe disse o que não fazer,
o Riddle criança faria exatamente pra provar que pode.

-COMO NÃO POSSO? Verme inútil! Assista a destruição de sua mente!

Riddle desapareceu, e adentrou a mente de Harry.

A dor era imensa. Harry sentia que sua cabeça estava rachando em duas. Sua cicatriz queimava como
se fosse atirada no inferno, mas ele resistiria. Naquele momento, Riddle estava pior do que ele.

E a confirmação veio a seguir, Riddle imergiu de volta ao salão caído e muito machucado.

-Maldito! O que é isso na sua mente?

Harry sorriu embora sentisse muita dor e respondeu:

-Minha alma é pura e inteira Tom! Um mero sétimo de alma não aguenta isso!

-Maldito seja Potter... Dizendo isso o sétimo de espírito anuviou sua coloração e desaparaceu.

Harry sabia que ele não estava morto. Não enquanto a taça estivesse inteira.
Levantou-se novamente orgulhoso e apanhou a taça nas mãos. No canto da parede trevas intensas
que pareciam visgo-do-diabo cuspiam alguma coisa grande com cabelos espessos.

Harry correu até lá e assistiu Hermione abrir os olhos lentamente.

-Você conseguiu de novo não foi Harry? Disse Hermione numa voz muito baixa e fraca, com um
sorriso que exigiu muito esforço. Logo depois Hermione fechou os olhos.

-Mione.. MIONE!!!

Harry estava em desespero. Teria Hermione morrido? O que podia fazer?

-ENERVATE!!! ENERVATE!!!

Harry tentava de todos os jeitos reanimar a amiga, mas parecia tarde demais.

-ENERVATE!!!!!!!!!!! ENERVATEEEEEE!!!!!! Harry bradava em desespero e fúria deixando
escapar lágrimas grossas de seus olhos. As lágrimas lavavam sua pele suja pela batalha
contra Riddle e a esquiva dos raios de Avada Kedavra.

-HERMIONEEE!!!! ACORDAAAAAA!!! ENERVATE!!!!!!

Harry caiu novamente de joelhos. Não poderia estar acontecendo.
Foi quando Harry teve uma última e desesperada idéia.

-LEGIMENS!!!

Harry usou de sua vontade de penetrar a mente e começou a visualizar um plano escuro,
e deixou o local onde estava. Se Hermione ainda tivesse mente estaria viva.

Por um momento, Harry pensou o pior, pois a escuridão só poderia significar a morte.
Mas logo uma luz longínqua apontou uma saída, e perto dela, estava Hermione, flutuando
para além da luz.

"Que mente estranha... Há algo de errado aqui..." Pensou Harry.

E ao perceber que também podia flutuar ele foi o mais rápido que pode atrás de Hermione.

-HERMIOOONE! Harry gritou, sentindo ecos de sua voz.

Hermione não pareceu ouvir. Continuou a flutuar em marcha lenta para além da luz.
Harry chegou mais perto, e percebeu que a luz formava um portal, e haviam mais pessoas
entrando lá dentro.

Harry conseguiu alcançar Hermione, que parecia inespressiva. Fitava o vazio a sua frente
dirigindo-se imponderávelmente para a luz. Harry tocou seu ombro e disse:

-Hermione! Pare! Sou eu, Harry!

Ela continuou sem ouvi-lo.

-Mione... Fala comigo.

Harry percebeu que haviam outras pessoas flutuando, mas sem se dirigir para a luz,
e uma delas observava os dois tristemente.

-PODE ME OUVIR??? Harry gritou para o homem que os observava com as mãos etediadas no
queixo.

Alguns segundos de silêncio mortal se passaram. Harry entendeu que o homem não podia
ouvir, e quando virou-se para Hermione ele ouviu uma voz fraca dizer:

-Quinhentos e dezesseis mil oitocentos e quarenta...

Harry virou-se rapidamente.

-Como disse?

-...

-Alo?

-Quinhentos e dezesseis mil oitocentos e quarenta...

-O que? O que que tem?

-Quinhentos e dezesseis mil oitocentos e quarenta...

-Você é louco?

-Quinhentos e dezesseis mil oitocentos e quarenta e um...

-Do que está falando?

O homem mexeu-se ligeiramente observando Harry como se visse um alienigena.

-Es-ta-ta Falan-do comi-go?

-Sim estou... Onde estamos?

-Ma-mas ninguém fa-fala co-mi-mi-go a Quinhentos e dezesseis mil oitocentos e quarenta e uma horas.

Harry se espantou, pelo seus calculos rapidos aquilo ultrapassava cinquenta anos.

-Nossa, mas como? Porque?

-Nã-não costu-mam fa-falar muit-to essas pe-sso-ssoas não é?

-Onde estamos?

-No na-da... Num sub infer-no amaldiçoado... Não estamos vivos... Mas ainda não morre-mos...

-Como disse?

-Quan-do as pe-ssoas mo-rrem, pa-ssam por aque-quele porta-tal... E fazem a pa-ssagem.
Mas quando se che-chega aqui por ou-outros me-meios, fica aprisionado pelo-res-resto da
eternidade...Da eternidade.

O homem tinha dificuldades de falar de tanto tempo que parara com esse hábito.
Harry percebeu que a mente de Hermione não estava mais em seu corpo, e como a acompanhou estava
ali, no limbo.

-Como o senhor entrou aqui?

-AHHH!!!!!! AHHHHHH!!! AHHHHHHHHHH!!!

O homem começou a gritar e tão de repente quanto começou, se silenciou totalmente.
E então disse de súbido:

-Grindelwald...

Harry lembrou-se do que Aberforth lhe disse no casamento dos Weasleys, que Grindewald atirava pessoas
contra o arco da morta a mais de cinquenta anos atrás. Então era ali que Sirius ficara o tempo todo
durante os dois ultimos anos...

Harry lembrou-se das palavras do padrinho que lhe disse que ficava no limbo vendo pessoas entrarem
num portal o tempo todo.

Mas no seu desespero deixou o homem sozinho e correu atrás de Hermione.
Não podi deixar ela fazer a passagem.

-MIONE! ME ESCUTA! PARA! MIONE! AQUILO ALI É A MORTE! PARA!

Hermione continuou seu trajeto cada vez mais perto da luz.

Harry entrou em desespero e choramingou:

-Hermione... Por mim... Por Rony...

Mas para sua surpresa, ela parou.

-Ro-ny...

-ISSO MIONE! ISSO! Disse harry aos gritos mudando sua expressão de desespero pra de
alegria.

-Harry... Estou morta? A voz de Hermione era monótona e sem emoção.

-Não Mione! Volte comigo! Vamos voltar!

-Mande um beijo pro Rony... Diga que eu o amo... Ainda sem emoção Hermione virou-se para
continuar a caminhada.

-NÃO! MIONE, VOLTE COMIGO!

-Minha cabeça me manda seguir... Meu coração me manda voltar...

-Hermione... Por favor...

-Me guie Harry...

Harry sorriu e apanhou a mão que Hermione estendera pra ele, e concentrou-se muito para voltar
ao seu corpo, de imediato Harry não conseguiu, ficaria preso entre o tudo e o nada pelo resto da
eternidade?

Mas em seguida sentiu seu corpo evacuar o local, parecia deixar de existir por um momento e logo,
sentiu como se estivesse caindo no vazio, e abriu os olhos muito assustado de volta ao salão
subterrâneo do orfanato.

Hermione continuava inerte a sua frente. Teria se perdido?


-ENERVATE!!

Longos dois segundos se passaram até que Hermione tossiu.

Harry sorriu como poucas vezes antes. Estava viva. Hermione estava viva.

-Harry... Disse ela com a voz fraquinha.

-Mione... Harry sorria exausto.

-Aquilo realmente...?

Harry fez que sim com a cabeça, fazendo Hermione soltar um olhar de esclamação.

-O que será que há por detrás da porta?

-Não sei Mione... E espero que desconheçamos esse mistério por muito tempo...

Os dois se levantaram e seguiram até onde estava Rony.

-Rony? Você está bem? Perguntou Harry.

Rony soltou um gemido baixo que lembrou algo parecido com "to legal".
Segundos depois um enorme estrondo de destruição invadiu o salão.
Os tres oharam rapidamente para o local. Havia um enorme buraco na parede por
onde saia um basilisco de uns quinze metros e um Sirius Black muito tenso
atirando diversas magias contra as escamas repítlicas do monstro.

-FUJAM! HARRY, LEVE-OS DAQUI!!!!

-NÃO! Vou ficar aqui!

Hermione ajudava Rony se levantar quando Sirius foi atingido por uma caldada do Basilisco e
voou para a parede do salão.

-Mione, leve Rony daqui!

O Basilisco se atirou contra Harry ao ouvir sua voz.
Harry mergulhou pra esquerda segundos antes dos afiados
dentes do Basilisco se fecharem no local exato onde estivera.

Harry pensou:

"PETRIFICUS TOTALUS!"

Mas nada aconteceu. O Basilisco não recebera um feitiço demasiado fraco.
Harry sentiu sua espinha gelar, o Basislisco virou-se na sua direção, o encurralando
contra a parede. Sua cabeça se aproximava cada vez mais.
O que faria?

Harry mirou o outro lado do salão e e rodopiou sobre a capa, com um forte estalo, Harry
desapareceu dali reaparecendo do outro lado do salão.

O estalo da aparatação atraiu novamente o bsilisco, que rastejou com incrível rapidez
e precisão até onde Harry estava. Harry viu o pequeno espaldar que havia abrigado a
Horcrux de seu bolso e mentalizou:

"Wingardium Leviossa"

O espaldar começou a levitar silenciosamente e Harry o soltou fazendo com que o barulho
chamasse a atenção do Basilisco.

O enorme monstro reptílico avançou contra o espaldar abrindo a guarda pra Harry o atacar.

-ESTUPEFAÇA!!!

os lampejos vermelhos de harry nada mais fizeram além de atrair novamente a atenção do
monstro, o encurralando outra vez, ja que isso não era nada difícil devido a seu enorme tamanho.


E só quando o basilisco estava a centímetros de Harry que uma voz ecoou pelo salão.

-AVADA FLAVICAN!!!

Um raio dourado atingiu o basilisco pelas costas fazendo-o soltar um terrível grito
agudo. O basilisco começou a definhar, até cair inerte no chão.
Um epectro negro saiu de dentro do basilisco e desapareceu como fumaça.

O que era aquilo?
Avada Flavican?

-Harry! Você está bem? Perguntou Sirius aflito.

-Hermione, Rony?

-Sim!

-E a taça? Perguntou Sirius.

Harry abaixou a cabeça pesarosamente Sirius entendeu que algo de errado havia acontecido,
mas eis então que Harry abriu um sorriso eufórico e a ergueu de dentro do bolso das vestes fazendo-a
brilhar luxuosamente sob o reflexo da luz fraca que vinha da escada.

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